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DESTAQUES
Goiás tem duas mortes por dengue confirmadas neste ano, diz Saúde
Empresas negociam planos de saúde na porta do Cais Vila Nova
Ministro concede internação de João de Deus no Instituto de Neurologia de Goiânia
Influenza preocupa organizações nacionais e mundiais
TV ANHANGUERA
Goiás tem duas mortes por dengue confirmadas neste ano, diz Saúde
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/goias-tem-duas-mortes-por-dengue-confirmadas-neste-ano-diz-saude/7476070/
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JORNAL OPÇÃO
Empresas negociam planos de saúde na porta do Cais Vila Nova
Pacientes afirmam que receberam orientações de funcionários da unidade pública sobre plano. Secretaria de Saúde nega e diz que comercialização não foi autorizada
Uma atividade incomum chamou atenção de pacientes do Cais Deputado João Natal – “Vila Nova” nesta quinta-feira, 21. Uma tenda verde montada na calçada do hospital, além de toldos com valores, anunciava planos de saúde com “preços populares”.
Pelas redes sociais, usuários do SUS que presenciaram as negociações entraram em contato com o Jornal Opção. Apesar da presença da empresa de planos há cerca de 8 horas, a direção da unidade informou à reportagem que desconhecia a presença da tenda ali, já a empresa diz que não houve impedimento.
Segundo relato de pacientes, os que chegavam e não tinham uma vaga de atendimento eram informados pelos próprios funcionários do hospital sobre uma “segunda opção”.
Em visita à unidade de saúde, a reportagem confirmou a presença do plano. Quando procurada, a diretora do Cais, Roberta Lopes, disse estar surpresa e afirmou que não sabia que havia plano de saúde comercializando pacotes em frente à unidade. Um vendedor ambulante, no entanto, disse que quando ela chegou ao Cais, a tenda já estava na porta da unidade e que seria impossível não ter notado.
Segundo ela, aquilo não teria sido autorizado. Questionada, afirmou que reconhecia ser uma atuação irregular, mas justificou que não teria o controle da situação. Pacientes, porém, insistem que aquela seria uma ação consentida e que haveria, ainda, um interesse por parte da direção em manter a tenda ali. A diretora nega.
Consentimento do cais e a “ajuda aos pacientes”
Foram 8 horas de negociações de serviços. Acompanhando um paciente para atendimento, Isis Carneiro, conta que teria presenciado uma atendente do hospital informando valores do plano a uma segunda mulher. Essa informação, no entanto, foi desmentida pela SMS.
Com palavras firmes, Isis Carneiro, a mulher que acompanhava um paciente considerou tudo um “absurdo”. Entre um relato e outro, Isis afirma: “São serviços garantidos pelo SUS. A presença da empresa se aproveita das falhas do atendimento”.
Após cerca de 20 minutos da presença da reportagem, o stand foi retirado pela empresa. Um dos funcionários, de maneira ríspida, chegou a dizer ao jornal que não lhes foi dito antes que a presença na calçada não era autorizada. Segundo o homem, o trabalho realizado pela empresa era de “ajuda aos pacientes sem vagas”.
Em nota, o plano de saúde Cartão de Todos disse:
O gerente da regional Goiânia do Cartão de TODOS, Ubirani Guimarães De Pinho, afirma que, ao tomar conhecimento do estande no Cais da Vila Nova, prontamente providenciou a retirada do local e afirma que esse tipo de ocorrência não irá se repetir.
Secretária Municipal de Saúde
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde endossou a defesa de que não havia tido a autorização e afirmou não ter “nenhuma relação com montagem de tendas na calçada do cais Vila Nova ou de qualquer unidade de saúde para fins comerciais”. Ainda em nota, disse que a informação de que funcionários da unidade repassam informações sobre o material exposto “não procede”.
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Ministro concede internação de João de Deus no Instituto de Neurologia de Goiânia
Nefi Cordeiro, relator do caso, entende que a condição de risco social que levou à decretação da prisão cautelar do acusado não tira seu direito à dignidade e à saúde
O ministro do Superior Tribunal e Justiça (STJ), Nefi Cordeiro, determinou a internação do médium João de Deus no Instituto de Neurologia de Goiânia, para um período inicial de quatro semanas de tratamento. A decisão foi tomada com base em pedido urgente da defesa, feito por meio de petição avulsa em habeas corpus.
Conforme o ministro, o médico responsável deve comunicar qualquer melhora do quadro de saúde do médium que permita sua transferência para tratamento na unidade prisional. Também ficou determinado que se avise em caso de eventuais alterações relevantes do quadro de saúde na fase final do prazo de quatro semanas.
João, que foi acusado de abuso sexual e está preso desde 16 de dezembro, estará acompanhado por escolta policial no local de tratamento médico ou submetido a monitoramento eletrônico. Ele também deverá pagar pelo atendimento.
Decisão
Segundo a defesa, em documentação exigida previamente pelo STJ, o estado de saúde de João é grave e ele possui um aneurisma da aorta abdominal com dissecção e alto risco de ruptura, o que faz com que seja necessário o controle adequado da pressão arterial. Os advogados do médium também pontuaram que na unidade prisional onde ele se encontra não havia médicos suficientes para acompanhar todos os presos e a medicação era inapropriada.
“Não se faz agora a valoração como certa da incapacidade de tratamento regular pelo Estado, mas se admite a existência de prova indicadora de graves riscos atuais”, disse Nefi Cordeiro, que concedeu a medida em decorrência de novas provas e risco de vida do paciente. O relator ainda afirmou que a condição de risco social que levou à decretação da prisão cautelar não tira de João o direito à dignidade e à saúde. Por fim, o relator decidiu que: “Assim é que em proteção à vida, que exige prioritária ação estatal, determino a internação hospitalar do paciente, João Teixeira De Faria, no Instituto de Neurologia de Goiânia, ou hospital outro próximo que atenda esse grau de complexidade, às suas expensas, durante o período inicialmente indicado de quatro semanas ou antecipada melhoria do estado de saúde que o permita tratamento na unidade prisional, sob escolta policial ou monitoramento eletrônico”.
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Influenza preocupa organizações nacionais e mundiais
Segundo OMS, próxima pandemia é imprevisível, mas inevitável. Dado o aumento da globalização, urbanização e mobilidade, contágio será maior e mais rápido
Cem anos atrás a gripe espanhola, “a mãe de todas as pandemias”, matou 5% da população global. Em 12 meses cerca de 50 milhões de pessoas morreram – mais do que na Primeira Guerra Mundial, mais do que a AIDS em toda sua história. Entre as vítimas, o então presidente do Brasil, Rodrigues Alves, que morreu no contágio em 1919. Apesar de os sintomas daquela infecção serem diferentes (as vítimas da gripe espanhola sangravam pelo nariz, olhos e ouvidos), o vírus que a causava era o influenza H1N1, contra o qual lutamos até hoje.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que um bilhão de casos de influenza aconteçam anualmente, ocasionando 290 a 650 mil óbitos em todo o mundo. De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), no ano de 2018 o Brasil teve 35.534 casos e 5.270 óbitos pela de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os números de casos reportados de SRAG quadruplicaram em Goiás nos últimos seis anos.
Enquanto o fardo econômico de uma pandemia severa, como a de 2009, gira em torno de 500 bilhões de dólares, o custo estimado para sua prevenção é de apenas U$ 4,5 bilhões. Para mitigar os impactos do contágio, a OMS lançou na segunda-feira, 11, suas Estratégias Globais do Influenza para 2019-2030. O plano é considerado pela organização o maior em relação a este problema. Entre as metas está a vacinação dos grupos vulneráveis em todo o mundo.
O vírus é especialmente problemático porque possui a capacidade de se recombinar e passar por mutações periódicas que dificultam seu reconhecimento pelo sistema imunológico. Por isso, todos os anos, centros de vigilância recolhem amostras das cepas dos vírus circulantes na população local e enviam as análises à OMS, que, com base nesses dados, geram orientações para laboratórios criarem as vacinas.
Segundo o Sinan, no ano passado 57% do total das amostras do influenza recolhidas correspondiam ao vírus tipo A H1N1, 24% ao tipo A H3N2 e 10% ao tipo A não subtipado. Por isso, as vacinas distribuídas pelo SUS de 15 de abril a 31 de maio na Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza serão trivalentes, imunizando aqueles que a receberem contra essas três cepas do vírus.
Em Goiás
Houve um salto de 426 casos anuais em 2013 para 1.584 em 2018 no Estado de Goiás. Segundo a infectologista Renata Bernardes, isso na realidade se deve a uma melhora no sistema de notificação e não a um surto da doença. “Houve também no ano de 2017 uma redução na vacinação. Então, em 2018, aumentou o número de casos, alguns com gravidade. A mídia noticiou óbitos e a população voltou a buscar a vacina”, afirmou a profissional.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que 107,14% da população prioritária foi vacinada em 2018. Isso significa que, além de 1.301.902 pessoas nos grupos de risco, foram aplicadas 92.957 doses em pessoas fora do público-alvo. De acordo com Renata Bernardes, “se atingirmos a meta de 95% do grupo prioritário vacinado, acabamos fazendo um bloqueio para as outras pessoas também – o vírus circula menos e o risco de pessoas não vacinadas contraírem a doença diminui”.
A médica infectologista afirmou ainda que um dos principais empecilhos é que muitas pessoas associam a vacinação apenas a casos de gripe sórdida e só a procuram quando já estão doentes. A profissional e a Secretaria de Estado da Saúde lembram de hábitos importantes para a prevenção, como cobrir o nariz e a boca com lenço ao tossir ou espirrar; lavar as mãos com água e sabão com frequência; evitar tocar olhos, nariz ou boca; não compartilhar objetos de uso pessoal; manter os ambientes arejados e evitar aglomerações.
As categorias consideradas de risco e que receberão a imunização pelo SUS são: pessoas de 60 anos ou mais de idade, crianças de seis meses a seis anos de idade, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores de saúde, professores, povos indígenas, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação