Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 03/04/19

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Mães que perderam filhos à espera de atendimento cobram melhorias na Saúde
MP-GO protocola ação pedindo que médico do TJ-GO perca o cargo após denúncias de assédio
MP-GO pede que médico do TJ-GO perca o cargo após denúncias de assédio
Secretaria Estadual de Saúde anuncia ampliação de leitos pediátrico e neonatal
Fátima Mrué diz que emergência pediátrica é de responsabilidade do Estado
Secretária diz que mortes de crianças não têm relação com Prefeitura
Confusão no HMI e demora em Cais protagonizam pediatria em Goiânia nesta terça
Gustavo Mendanha cobra recursos Federais para novo Hospital Municipal
“Secretária e Iris são assassinos por negligenciar Saúde”, diz Sabrina


TV ANHANGUERA

Mães que perderam filhos à espera de atendimento cobram melhorias na Saúde
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/maes-que-perderam-filhos-a-espera-de-atendimento-cobram-melhorias-na-saude/7508195/

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PORTAL G1

MP-GO protocola ação pedindo que médico do TJ-GO perca o cargo após denúncias de assédio
A denúncia, segundo o Ministério Público, se baseia em apuração decorrente de inquérito civil público sobre suposta prática de assédio moral, sexual e abuso de poder. Defesa de Ricardo Paes Sandre sempre negou acusações.
Por Rodrigo Gonçalves, G1 GO
O Ministério Público do Estado de Goiás protocolou na tarde desta segunda-feira (1º/4) ação civil pública por Ato de Improbidade Administrativa contra o médico Ricardo Paes Sandre, pedindo que ele perca o cargo no Tribunal de Justiça do Estado (TJ-GO) . A denúncia, segundo o órgão, se baseia em apuração decorrente de inquérito civil público sobre suposta prática de assédio moral, sexual e abuso de poder, além de outras irregularidades envolvendo exercício, como diretor do Centro de Saúde do TJ.
A defesa do médico nega as acusações desde que elas surgiram. Sobre a denúncia do MP, a defesa diz que "as denúncias contra o médico possuem narrativas coincidentes com a reforma administrativa que ele promoveu no centro de saúde do Tribunal de Justiça e que exigiu o cumprimento da carga horária dos servidores". (Veja a nota na íntegra abaixo).
Já o TJ-GO informou que o processo administrativo contra o servidor corre em segredo de Justiça e encontra-se em tramitação na Corte do Tribunal, mas foi suspenso pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Quanto à ação civil pública ajuizada pelo MP, o Tribunal afirmou que ela "vai tramitar normalmente, perante a unidade Judiciária para qual for distribuída, como ocorre em todos os processos do TJGO".
Na ação é pedida a suspensão cautelar do exercício do cargo público e a perda do cargo público ocupado por Ricardo Paes Sandre. Também são pedidas providências do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) e da Polícia Federal.
As investigações começaram em maio de 2017. Segundo o MP, a ação foi proposta a partir de representação de servidoras do TJ-GO. O órgão informa que a ação civil pública abrange apenas as situações de assédio moral, sexual e abuso de poder em razão do gênero.
No documento é narrada a situação de dez mulheres – três estagiárias, duas psicólogas, duas auxiliares administrativas, uma técnica em enfermagem, uma fisioterapeuta e uma técnica em higiene dentária – que noticiaram as práticas abusivas e assediadoras do médico, como constrangimento, humilhação e importunação sexual. Todas prestavam serviço no Centro Médico do TJ-GO
Segundo o MP, os promotores de Justiça Geibson Cândido Martins Rezende, Fabiana Lemes Zamalloa do Prado, Juan Borges de Abreu e Carmem Lúcia Santana de Freitas instauraram inquérito civil público em razão da gravidade dos fatos noticiados pelas vítimas. Embora a ação não esteja sob sigilo, os nomes das vítimas não serão expostos para preservá-las.
Ainda de acordo com a ação civil pública, o médico teria violado princípios regentes da administração pública, como a moralidade administrativa, a impessoalidade e a eficiência, para satisfazer interesses pessoais. Essas atitudes, segundo os promotores, tiveram reflexos também na qualidade e eficiência dos servidores públicos e a imagem do Poder Judiciário.
De acordo com os promotores, a cada depoimento alguém se referia a outra pessoa que supostamente teria sofrido assédio ou abuso de poder por parte de Ricardo Sandre. Também, de acordo com o órgão, era visível o receio que vítimas e testemunhas tinham do réu e das consequências decorrentes do fato de depor no inquérito civil público. Inclusive, em muitas audiências, as pessoas ouvidas indagavam se o médico teria acesso ao depoimento, demonstrando muita preocupação com essa possibilidade.
Ricardo Sandre, narra a ação civil pública, “adotou um modo de gerir fundado no autoritarismo e na perseguição àqueles que questionavam suas decisões ou o desagradavam”. Também teria adotado decisões administrativas desvinculadas do interesse público para atender interesse pessoal, submetendo os que a ele se opunham a situações de humilhação e constrangimento. Passou a importunar as servidoras, com abordagens de cunho sexual explícito, até mesmo com solicitação ou oferecimento de favores sexuais.
A investigação apurou também que Ricardo Sandre instalou clima de terror psicológico, espalhando medo, receio e pavor entre os servidores, em função do grau de parentesco com o presidente do TJ-GO e pelo porte ostensivo de arma de fogo.
Foi determinado o encaminhamento de cópia da investigação para o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) para adoção das providências legais. Em nota, o Cremego disse que recebeu na tarde desta terça cópia da ação movida pelo MP.
"O trabalho do Cremego refere-se à apuração de infrações à ética médica. Esse trabalho e todas as apurações contra médicos instauradas no Conselho tramitam em sigilo processual, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional (CPEP) Médico em seu artigo 1º", declarou.
O MP, com ação protocolada nesta segunda, pede também o envio de cópia da investigação à Polícia Federal para cassação do porte de arma do réu.
Segundo os promotores narram na ação, as vítimas afirmaram temiam represálias uma vez que Ricardo Sandre arrogava-se a condição de “genro do presidente do TJ-GO, irmão de juiz de Direito e de delegado da Polícia Federal”.
O G1 também aguarda uma resposta da Polícia Federal de Goiás sobre as denúncias.
O médico já tentou reverter judicialmente as acusações, mas no início de março deste ano, a Justiça de Goiás arquivou as queixas-crime oferecidas por ele contra supostas vítimas dele. A Corregedoria Nacional do MP também arquivou reclamação feita pelo médico contra os promotores de Justiça Fabiana Lemes Zamalloa do Prado e Geibson Cândido Martins Rezende, que coordenam as investigações.
Veja a nota da defesa na íntegra:
"O advogado Thomaz Ricardo Rangel, da banca que faz a defesa do médico Ricardo Paes Sandre disse, em entrevista coletiva na tarde de terça-feira, 2, que "é um alívio poder exercer a defesa longe do monopólio do Ministério Público de Goiás", referindo-se ao fato do MP-GO finalmente protocolar ação civil pública contra o cliente. Até agora, Ricardo Paes Sandre foi objeto das investigações. Nesta fase pré-processual tudo o que foi mostrado pelo MP-GO serve apenas para o próprio MP apresentar a ação.
– Agora, com a ação na Justiça que a defesa vai trabalhar, juntar provas e testemunhos que desmentem as alegações contra o médico.
-"Até agora a narrativa foi unilateral".
-A defesa quer deixar claro que as denúncias contra o médico possuem narrativas coincidentes com a reforma administrativa que ele promoveu no centro de saúde do Tribunal de Justiça e que exigiu o cumprimento da carga horária dos servidores.
-As queixas-crimes promovidas pelo médico Ricardo Paes Sandre não foram processadas pelo Judiciário não porque os fatos não aconteceram ou não tenham relevância. A Justiça entendeu, em tese, os crimes cometidos contra o médico são mais graves do que aqueles aos quais é apontado como autor.
-A investigação do MP-GO ressignificou o uso de arma de fogo pelo médico em uma reunião com peritos criminais em que se discutia exatamente a possibilidade da Polícia Federal conceder aos profissionais o porte de arma de fogo. Na ocasião, o médico explicou a um dos colegas que qualquer pessoa pode requerer o porte junto à PF, mostrando a arma de sua propriedade desmuniciada. Em momento algum houve disparos ou a mesma foi apontada a quem quer que seja.
-A defesa, bem como a assessoria de imprensa, está à disposição para maiores esclarecimentos."
Denúncia de favorecimento
No fim de janeiro deste o Conselho Nacional de Justiça havia determinado a suspensão da investigação no Tribunal de Justiça de Goiás contra o médico. A decisão foi tomada após o Ministério Público alegar que o juiz responsável por analisar o processo foi indicado pelo presidente do órgão, sogro do investigado. A Defesa negou qualquer favorecimento.
Na ocasião, em nota, o Tribunal de Justiça informou que o presidente do TJ-GO, em função do parentesco, estava afastado do caso.
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O HOJE

MP-GO pede que médico do TJ-GO perca o cargo após denúncias de assédio
Denúncia, segundo o Ministério Público, se baseia em apuração decorrente de inquérito civil público sobre suposta prática de assédio moral, sexual e abuso de poder

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) protocolou na tarde desta segunda-feira (1º/4) ação civil pública por Ato de Improbidade Administrativa contra o médico Ricardo Paes Sandre. A denúncia, segundo o órgão, se baseia em apuração decorrente de inquérito civil público sobre suposta prática de assédio moral, sexual e abuso de poder, além de outras irregularidades envolvendo exercício, como diretor do Centro de Saúde do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). Na ação, é pedida a suspensão cautelar do exercício do cargo público e a perda do cargo público ocupado por Sandre.
Segundo o MP-GO, a ação foi proposta a partir de representação de servidoras do TJ-GO. De acordo com o órgão, a ação civil pública abrange apenas as situações de assédio moral, sexual e abuso de poder em razão do gênero e narra a situação de dez mulheres que afirmaram as práticas abusivas e assediadoras do médico, como constrangimento, humilhação e importunação sexual.
Ricardo Sandre, conforme a ação civil pública, “adotou um modo de gerir fundado no autoritarismo e na perseguição àqueles que questionavam suas decisões ou o desagradavam”. Também teria adotado decisões administrativas desvinculadas do interesse público para atender interesse pessoal, submetendo os que a ele se opunham a situações de humilhação e constrangimento. Passou a importunar as servidoras, com abordagens de cunho sexual explícito, até mesmo com solicitação ou oferecimento de favores sexuais.
Segundo os promotores de Justiça Geibson Cândido Martins Rezende, Fabiana Lemes Zamalloa do Prado, Juan Borges de Abreu e Carmem Lúcia Santana de Freitas, as vítimas afirmaram que temiam represálias uma vez que Ricardo Sandre arrogava-se a condição de “genro do presidente do TJ-GO, irmão de juiz de Direito e de delegado da Polícia Federal”.
Ainda de acordo com a ação civil pública, o médico teria violado princípios regentes da administração pública, como a moralidade administrativa, a impessoalidade e a eficiência, para satisfazer interesses pessoais. Essas atitudes, segundo os promotores, tiveram reflexos também na qualidade e eficiência dos servidores públicos e a imagem do Poder Judiciário.
A equipe de reportagem do jornal O HOJE entrou em contato com a assessoria de imprensa do TJ-GO e foi enviada uma nota:
O TJGO informa que o Processo Administrativo contra o servidor médico Ricardo Paes Sandre encontra-se em tramitação nesta Corte, mas foi suspenso pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O Processo Administrativo corre em segredo de Justiça. Quanto à ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público, ela vai tramitar normalmente, perante a unidade Judiciária para qual for distribuída, como ocorre em todos os processos do TJGO.
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Secretaria Estadual de Saúde anuncia ampliação de leitos pediátrico e neonatal
Ação imediata prevê, para os próximos quinze dias, a ativação de mais 10 leitos de UTI e cerca de 30 de enfermaria

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás vai ampliar o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de enfermaria pediátrico e neonatal. A medida visa, de imediato, reduzir a superlotação de pacientes no Hospital Materno-Infantil (HMI), unidade referência no Estado para atendimentos de média e alta complexidade pediátrica e neonatal. O trabalho faz parte de uma sequência de estratégias que estão sendo traçadas para melhorar e ampliar a rede de atendimentos materno-infantil no Estado.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, a estrutura atual do Materno não é adequada para a assistência à população goiana e a capacidade da unidade já está além do seu limite operacional há muito tempo. Por isso, a gestão está buscando, desde o primeiro dia da gestão – quando o secretário esteve com o governador Ronaldo Caiado no Hospital –, ações de curto, médio e longo prazo para diminuir a sobrecarga do HMI.
Nesse sentido, os esforços do Governo de Goiás englobam, de imediato, a contratualização de novos leitos no Hugol e provavelmente no recém-inaugurado Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP); a ampliação de leitos no HMI, em 60 dias; e a construção, em longo prazo, de um novo hospital de mesmo perfil, mas com o dobro de capacidade de atendimento do atual Materno-Infantil.
Além disso, o gestor se colocou à disposição da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia para oferecer soluções à falta de atendimento pediátrico na rede municipal, a fim de que casos de menor complexidade tenham resolutividade nas unidades municipais, como no Cais Campinas, que concentra hoje todo o quadro de médicos pediatras contratados pela Prefeitura. Com isso, segundo Ismael, a rede de assistência estará completa em todos os seus níveis de atenção e as crianças que necessitam do Sistema único de Saúde não ficarão desassistidas.
Mais leitos de UTI e enfermaria
Somente no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (HUGOL), serão ativados mais dez leitos de UTI pediátrica e até 39 (no mínimo 30) leitos de enfermaria, nos próximos quinze dias. Há também previsão para ampliação do centro cirúrgico. As definições contratuais ainda estão em andamento, em caráter de urgência, para que as medidas possam impactar o quanto antes a qualidade do serviço na rede de saúde de Goiás. A negociação também se estende ao Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, com o qual se espera a contratualização de outros 10 leitos de UTI e 30 leitos de enfermaria pediátricas, também para início de funcionamento imediato.
A porta de entrada para emergência pediátrica continuará sendo o HMI e o Cais Campinas. O HUGOL receberá somente os pacientes encaminhados pela Central de Regulação, ou, como já é realizado atualmente, os casos de trauma.
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JORNAL OPÇÃO

Fátima Mrué diz que emergência pediátrica é de responsabilidade do Estado

Por Mayara Carvalho

Secretaria Estadual de Saúde diz que superlotação no Materno Infantil é causada por falhas no atendimento básico

A secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, está na Câmara Municipal de Goiânia, na manhã desta terça-feira, 2, prestando esclarecimentos aos vereadores sobre o atendimento na capital.
De acordo com a secretária, há uma confusão na responsabilização da prefeitura pelos atendimentos de urgência pediátrica. Segundo Mrué, a competência sobre o assunto é do Estado e não do município.
“A parte de pediatria não está na nossa responsabilidade e tampouco é a recomendação do Ministério da Saúde. A recomendação e responsabilidade da urgência pediátrica é no hospital porta aberta Materno Infantil”
Ainda segundo Fátima, o que faltam não são médicos para atendimento hospitalar, mas sim de vagas de UTI. “O maior é problema não é falta de pediatra, mas sim falta de leitos. Lugar de pessoas em situação grave é no Hugo, Hugol e Materno. Pacientes graves precisam ir para hospitais, esse é o problema. O Cais não é o lugar adequado para tratá-las”.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) para questionar sobre a responsabilidade do Estado em disponibilizar atendimento de urgência para as crianças.
Por e-mail, a SES respondeu que “o HMI é referência na assistência especializada materno infantil de média e alta complexidade, sendo responsabilidade dos municípios o atendimento de baixa complexidade e básico de saúde, que é falho. No entanto, por ser um hospital de porta aberta, não recusa atendimento a quem o procura. Como consequência, ocorre  a superlotação do Materno”.
Hospital Municipal
Uma forma de oferecer um melhor atendimento aos goianienses foi apontada durante a sessão ordinária desta terça-feira, 2: a criação de um Hospital Municipal.
De acordo com a secretária, o assunto está em análise. “Estou tratando desse assunto com o prefeito até para desafogar o atendimento e não ficarmos dependentes de outra unidades. Logo espero dar notícias sobre esse assunto”.
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Secretária diz que mortes de crianças não têm relação com Prefeitura

Por Mayara Carvalho

Fátima Mrué diz que crise no Materno Infantil não pode ser associada ao município e que nos casos das mortes, crianças precisavam de hospital e não de Cais
A secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, está na manhã desta terça-feira, 2, na Câmara Municipal de Goiânia onde presta esclarecimentos aos vereadores sobre crise na Saúde da capital.
Em entrevista à imprensa, a secretária disse que há “equívoco muito grande” e que município não pode ser associado à crise no Materno Infantil. “Crianças em estado grave não podem estar em unidades como Cais. Essas crianças devem estar no hospital. Casos graves que precisam de internação, precisam de hospital e não de atendimento hospitalar”.
Para Mrué, prefeitura não pode ser responsabilizada pela morte das duas crianças, na semana passada. “O Materno está no domínio do Estado. Serviços vieram sendo reduzidos ao longo dos anos e isso precisa ser equacionado”.
Soluções
De acordo com a secretária, soluções estão sendo estudadas em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) e duas medidas já foram anunciadas.
O Estado se comprometeu a ampliar em 10 o número de leitos de UTIs pediátricas no Hugol. Já o município vai lançar ainda nessa semana um edital para contratar novos pediatras da rede.
De acordo com Mrué, não há número definido de vagas a serem preenchidas. “As contratações serão feitas para suprir as demandas. Não há vagas”.
O salário oferecido aos novos pediatras é de R$ 11,5 mil. A secretária explica que chegou ao valor depois de fazer uma pesquisa sobre a média salarial paga em outras cidades.
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Confusão no HMI e demora em Cais protagonizam pediatria em Goiânia nesta terça

Por Francisco Costa

No Materno Infantil marido entra em desespero, briga, e se vê na mira de arma de fogo; no Cais de Campinas, atendimentos demoram mais de 2h e local fica sem pediatra por 1h na troca de plantão

Era por volta de 19h40, quando nossa equipe de reportagem chegou ao Hospital Materno-Infantil (HMI). De longe se ouvia os gritos. Da porta era possível ver uma grávida ao chão (pelo menos de sete meses), um homem desesperado, segurado por familiares, que queria brigar com três ou quatro seguranças, que portavam cassetetes e, também, uma arma de fogo.
O homem, que só disse o primeiro nome, João, afirmou que sua esposa grávida estava internada há dois dias e que fora maltratada, que não recebia atendimentos. Ele confessou que ameaçou partir para a briga se ela não fosse atendida e o fez.
Com pressa, ele disse que iria para a maternidade Dona Iris, enquanto a esposa chorava e gritava que sentia dor e passava mal. Foi a última vez que falou conosco.
Uma enfermeira, que não quis gravar entrevista, disse que a mulher, na verdade, se internou nesta terça-feira, 2, e teve todos os esclarecimentos. Segundo ela, a grávida teve “alta por evasão”, que é quando a pessoa opta por deixar o local. O segurança que permaneceu na recepção também não quis falar.
Valdenira da Silva Souza está grávida de 39 semanas e reforçou a brutalidade no tratamento. Ela relata ter vindo de Anicuns, sentindo dor, e, mesmo assim, a mandaram procurar outra clínica. “Disseram que só atendem de alto-risco. Agora eu estou sangrando”, disse visivelmente abalada.
Atendimentos
Apesar do pânico que tomou conta dos presentes, quando a equipe do Jornal Opção chegou, os pacientes que aguardavam no local relataram que a unidade de saúde estava com bom andamento – e, de fato, estava vazia.
Priscila da Silva Pereira levava a filha bebê para atendimento e foi chamada durante a conversa. Antes de ir, ela relatou que o local é bom, mas costuma demorar. “Hoje está rápido”, disse enquanto ia.
Samara Santos Marinho levou a filha de 2 anos, que estava há dois dias com febre. Ela também declarou ter sido atendida rapidamente. “Fomos bem atendidas”, elucidou.
Antes
Porém, no Cais de Campinas a situação era diferente. Às 19h não havia ninguém nem na recepção.
Sara Gomes chegou 18h30, quando trocava o plantão. Em 40 minutos ela sequer foi atendida. Ela foi ao local em busca de atendimento para a filha de 10 anos, que está com febre, diarreia e vômito.
Dois minutos depois chegou uma atendente, que não soube dizer se havia pediatras no recinto. “Mais cedo tinha quatro”, informou. Ela saiu e quase 19h30 retornou, quando Sara foi atendida e ela mesmo foi verificar se havia chegado algum médico.
“Acabou de chegar uma pediatra”, comemorou. Vale destacar, que não havia informativo de escala no local. Segundo funcionários, eles não colocam, porque não dá para saber qual médico estará disponível.
Espera longa
Werlene Pereira dos Santos levou a filha de 4 meses, que estava gripada. Ela já aguardava há mais de uma hora, desde antes da troca de plantão. “Na triagem só disseram que iria atender”, revelou.
Já Kelly Cristina estava há mais de 2h no aguardo pelo atendimento do filho, que tem 2 anos e está todo empolado e com febre. “Há três dias busco solução. Já estive aqui antes e ninguém sabe dizer. De domingo para segunda, fiquei de 2h às 4h30 esperando. É demorado demais. Ninguém fala nada”, respondeu angustiada sobre a espera.
Manhã
No período matutino a demora e poucas informações também estiveram presentes na unidade de Saúde.
No Cais de Campinas, Vânia Ferreira aguardava o atendimento para a filha de três anos, que tem febre e vomita. “Ninguém dá uma posição para a gente”, disse ela, que no momento da entrevista estava há 1h30 esperando.
O caso de Beatriz é semelhante. Também no Cais de Campinas, aguardava há 40 minutos para atendimento à filha de 1 ano e 7 meses. Ela afirmou que a menina está com febre desde domingo.
Segundo ela, não deram previsão ou mais informações. Clarice do Nascimento, que acompanhava a sua mãe, disse que a demora é muito grande. “Já era assim, quando estava gestante e vim consultar há dois anos”, declarou ela que chegou às 9h30.
“Há dois anos, com a bolsa estourada, fiquei esperando das 19h às 23h para pegar um ultrassom”, comparou a demora de antes com a de agora. Segundo ela, a posição do hospital é aguardar, pois faltam médicos.
Materno-Infantil
Dona Elzinha, que aguardava a neta da irmã ser atendida, estava há mais de 4 horas na espera. De Mozarlândia, a família veio para um retorno. “Viemos em novembro e o retorno ficou marcado para fevereiro mas não deu certo. Estamos tentando descobrir sobre convulsões que a menina tem dado”, revelou.
Já Débora Cinta, gestante de 37 semanas, veio de Santa Rosa para buscar a atendimento no Materno-Infantil. Ela afirmou que tem sido bem atendida em suas passagens.
Posicionamentos
No período matutino, conforme a assessoria do Cais de Campinas, havia quatro médicos. A escala também não estava lá pela manhã. Ainda conforme a comunicação, até às 12h foram atendidas 81 crianças e oito aguardavam.
O Jornal Opção tentou contato com a Secretaria Municipal de Saúde, que não atendeu ou respondeu ao e-mail, sobre demora no atendimento durante troca de plantão e falta de aviso oficial da escala. Também tentou-se ligar para o número de plantão da Prefeitura de Goiânia, que caía direto na caixa postal.
Já sobre o Materno-Infantil, por telefone, a assessoria de comunicação adiantou que o dia foi tranquilo e que o hospital possui quatro pediatras de 7h às 19h (dois na emergência, um na reanimação e um hospitalista) e três no plantão, de 19h às 7h (dois na emergência e um na sala vermelha – mais abrangente).
[Atualização] Nota enviada pelo HMI:
“A direção do Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), esclarece que a paciente S.C.O. deu entrada na unidade, nesta terça-feira, dia 2 de março, às 12h05min, com 35 semanas de gravidez. Ela foi devidamente assistida e acompanhada por equipe multiprofissional. Às 19h45min, a paciente evadiu-se da unidade, recusando a conclusão do tratamento e o acompanhamento necessários para o desenvolvimento fetal.
O esposo da paciente, visivelmente agitado, adentrou a recepção da unidade, aos gritos de que invadiria o Pronto Socorro da Mulher com o intuito de obter mais esclarecimentos sobre as condições de saúde da esposa. Em total estado de descontrole, agrediu verbalmente as recepcionistas, derrubou os separadores de ambiente da recepção, assustou os pacientes e acompanhantes que aguardavam atendimento na recepção, agrediu fisicamente um vigilante, o que resultou na necessidade de ser contido com o intuito de que a sua ação não acarretasse mais danos à estrutura física do hospital, pacientes e colaboradores.
A equipe de segurança e os colaboradores que acompanharam o fato dirigiram-se à delegacia de Polícia Civil para prestar queixa contra o agressor.”

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Após protestos, OS que cuida do Crer, Hugol e HDS promete pagar benefícios

Por Luiz Phillipe Araújo

Sindicato informa que cortes foram causados por “interpretação de uma cláusula”. Nesta terça-feira, 2, movimentos causaram lentidão no atendimento
A Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (Agir),organização social que gere o Crer , Hugol e HDS, decidiu, nesta terça-feira, 02, que benefícios excluídos da folha de pagamento de servidores serão pagos na sexta-feira, 5. Decisão foi tomada após protestos dos trabalhadores.
Com diversos setores de braços cruzados, sala de recepção do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER) ficou lotada durante todo o dia. Trabalhadores realizaram a chamada “operação tartaruga”. O movimento foi motivado pela retirada de benefícios da última folha de pagamento.
Em nota o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (STS), comunicou que os cortes de benefícios foram causados por “uma mera interpretação de uma Cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho”, o texto afirma que após as negociações os benefícios serão pagos integralmente na próxima sexta-feira, 05.
“Acordo Coletivo”
Apesar da promessa de pagamento dos valores, o STS adiantou que a gestão da Agir requereu junto ao sindicato a abertura de uma negociação coletiva, para a promoção de um Acordo Coletivo.
“A Diretoria da STS deixa claro, desde já, que os benefícios que foram retirados e serão devolvidos, não serão objeto de negociações, ou seja, serão mantidos. O STS não fará qualquer negociação coletiva, sem convocar e discutir os termos do acordo com os trabalhadores do Crer, Hugol e HDS”, afirma a nota.
Mesmo após o anuncio do pagamento, servidores do Crer organizam nas redes sociais um protesto com faixas de repúdio ao corte. O movimento está marcado para começar na manhã desta quarta-feira, 02.
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Gustavo Mendanha cobra recursos Federais para novo Hospital Municipal
Por Luiz Phillipe Araújo

Prefeito encontrou-se com ministro da Saúde, foi acompanhado do deputado federal Professor Alcides (PP), nesta terça, 2
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB) esteve em Brasília nesta terça-feira, 02, para uma reunião com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O encontro teve como objetivo a ampliação de capacidade do Hospital Municipal de Aparecida.
O Hospital inaugurado em dezembro de 2018 é a maior do Estado, construído por uma prefeitura. A expectativa da gestão municipal é de que até dezembro deste ano novos leitos sejam inaugurados, passando das atuais 100 vagas para 230 entre leitos de clínica cirúrgica e UTI pediátrica.
“Meu grande desejo hoje é ver nosso Hospital Municipal funcionando em sua totalidade. Pra isso, precisamos de recursos e do apoio do governo federal para aquisição dos equipamentos necessários”, disse Gustavo Mendanha.
O encontro foi acompanhado pelo deputado federal Professor Alcides (PP). Segundo o Prefeito, o objetivo da gestão proporcionar saúde pública que a cada dia seja de maior qualidade para a população.
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“Secretária e Iris são assassinos por negligenciar Saúde”, diz Sabrina
Por Mayara Carvalho

Fátima Mrué presta contas aos vereadores na manhã desta terça-feira, 2. Titular da Pasta nega que prefeitura tenha participação na crise da Saúde na capital
A vereadora Sabrina Garcez (PTB) afirmou que a secretária de Saúde, Fátima Mrué, e o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), são assassinos por terem negligenciado a saúde na capital.
“Basta de hipocrisia nessa Casa. Quanto tem um projeto como o meu, de descentralizar o atendimento, o prefeito veta e tem o apoio de muitos vereadores. Então, não basta dizer sinto muito para essas mães“.
“A senhora deveria pedir para sair da secretaria em nome da sua história, porque vocês estão matando as pessoas em Goiânia”, disparou Sabrina.
Famílias
Na sessão na Câmara desta terça-feira, 2, que recebeu a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrúe, convocada para prestar esclarecimentos sobre a falta de médicos nos Cais de Goiânia, os familiares de duas crianças que faleceram na última semana, Klaiton e Diogo, deram seus relatos emocionados.
Lana Muriel e Kennedy, pais do pequeno Klaiton que tinha apenas dois dias de vida, subiram à tribuna. “Eu só quero Justiça pelo que fizeram, ele foi negligenciado”, disse Lana. “Deixaram meu filho morrer porque eu não tinha nenhum convênio”, lamenta.
Ludmila dos Santos Ferreira, que é tia do pequeno Anthoni Henrique Nogueira de Souza, de 1 ano e 6 meses, também falou sobre a peregrinação em busca de atendimento. “Na quarta vez, conseguimos atendimento e ainda esperamos mais três dias por um leito na UTI. Vi muitas mães desesperadas, isso é muito triste”, contou.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação