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DESTAQUES
Cama sem lençol e cirurgia à luz de vela: raio-X de 506 hospitais do Brasil
Interdição do Materno Infantil sobrecarregará Cais de Goiânia, afirma SMS
Assembleia vê rumos para Materno Infantil
Atendimento pediátrico
No STF, governadores defendem alívio em judicialização da saúde
MP firma acordo com Prefeitura de Goiatuba para adequações no Hospital Municipal
Hospitais aguardam definições sobre nova lei para abandonar de vez o papel
Anvisa ordena recolhimento de 200 lotes de remédio contra a pressão alta
UOL
Cama sem lençol e cirurgia à luz de vela: raio-X de 506 hospitais do Brasil
Os hospitais brasileiros estão superlotados e falta quase tudo: de roupas de cama a gerador de energia em centro cirúrgico. A conclusão é da primeira pesquisa do gênero produzida pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), que visitou 506 hospitais públicos nas cinco regiões do Brasil.
O estudo, divulgado hoje, percorreu salas de cirurgia, unidades de internação e enfermarias dessas unidades de saúde. "O resultado é assustador", afirmou ao UOL o responsável pela pesquisa, o vice-presidente do Conselho, Emmanuel Fortes. "Os hospitais estão lotados e falta até relógio na parede."
De acordo com o levantamento, 53% das 131 unidades de internação estavam superlotadas, 21% dos leitos não tinham grades de proteção, 26% não dispunham de biombos ou cortinas para separar um leito do outro e 63% dos leitos não tinham sequer lençóis.
É uma agressão à condição humana. É uma demonstração de descaso e abandono Emmanuel Fortes, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina
Em casos extremos, o risco de infecção hospitalar é evidente. "Em 3% das salas cirúrgicas não havia nem local para os médicos lavarem as mãos antes da cirurgia", diz Fortes.
Considerando apenas as poucas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) –68 em 506 hospitais–, os pesquisadores não encontraram monitor cardíaco em 41% delas. Cerca de 54% das unidades não dispunham de equipamento para transportar o paciente para fazer exames, 35% não ofereciam ressonância magnética e 21% das macas não contavam com suporte para oxigênio.
Fortes conta que uma das maiores surpresas foi descobrir que há casos de médicos que operaram "à luz de velas".
Todo centro cirúrgico precisa de gerador com bateria para garantir energia elétrica se ela faltar durante uma cirurgia, mas em 33% dos casos isso não existe. Há relatos de improvisos: médicos operando com lanterna e à luz de velas.
Superlotação
De acordo com o pesquisador, a lotação é mais grave no setor de emergência. "É preciso que abrir novos leitos hospitalares no Brasil. Desde 1990, perdemos 233 mil leitos. Hoje, temos 534 mil. Trata-se de negar acesso ao serviço de saúde", avalia.
Fortes diz que hospitais e gestores culpam o baixo orçamento pelas condições. Para ele, o que falta mesmo é gestão. "A gente sabe que tem serviços públicos bons e ruins. Alguns bem administrados oferecem assistência muito melhor."
Em nota, o Ministério da Saúde também culpou a má gestão ao afirmar que repassa recursos para custeio de serviços de média e alta complexidade aos fundos estaduais e municipais, "cabendo aos gestores locais a melhor gestão e distribuição desses recursos aos estabelecimentos de saúde vinculados ao Sistema Único de Saúde".
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JORNAL OPÇÃO
Interdição do Materno Infantil sobrecarregará Cais de Goiânia, afirma SMS
Por Lívia Barbosa
Crise do HMI já teria sobrecarregado Cais Campinas, com um aumento de 40% nos atendimentos
Em audiência que debate saúde pública em Goiás, realizada na manhã desta quinta-feira, 9, na Assembleia Legislativa (Alego), o superintendente de Gestão de Redes de Atenção à Saúde, Sílvio Queiroz, afirmou que o município de Goiânia não concorda com a interdição do Hospital Materno Infantil (HMI).
Segundo Queiroz, a secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, entende a dificuldade do Materno Infantil, e a SMS tem tomado medidas que vêm a conta-gotas contribuir para desafogar a unidade. “A crise do HMI sobrecarregou nossos serviços, principalmente o Cais Campinas, com um aumento de 40% nos atendimentos”, observou.
O superintendente informou ainda que a SMS realizou processo de credenciamento para contratação de novos pediatras, mas com baixa adesão. Ele explicou que o município pretende pulverizar a pediatria em 24 regionais da Capital. Além disso, informou que a inauguração da Maternidade Oeste está agendada para 24 de outubro. A unidade irá atender em cirurgia cardíaca.
Crítica
Presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves afirma que a entidade vê com preocupação a ameaça de fechamento do HMI, e critica a gestão feita por organização social. “Já estão há quase seis anos e não houve melhora”, salienta.
A sindicalista afirma ainda ser contrária à mudança do HMI para outro local da cidade. “É uma história de 50 anos. Concordamos que mude, mas provisoriamente. O importante é que seja feita a manutenção adequada daquele prédio.”
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DIÁRIO DA MANHÃ
Assembleia vê rumos para Materno Infantil
Fórum será aberto nesta quinta-feira às 8h30, diz o médico Gustavo Sebba
A crise do Hospital Materno Infantil, unidade da Secretaria de Estado da Saúde, é o tema de audiência pública, nesta quinta-feira, às 8h30, no Palácio Alfredo Nasser. A sede da Assembléia Legislativa do Estado de Goiás. A promoção do fórum é da Comissão Especial de Saúde e Promoção Social. Da Casa de Leis. A medida é de autoria do deputado estadual Gustavo Sebba.
– # Não ao fechamento do Hospital Materno Infantil.
CAMPANHA NACIONAL
É a campanha nacional que Gustavo Sebba, graduado em Medicina, com a Residência e Especialização interrompidas para o exercício de seu segundo mandato parlamentar. A unidade atende bebês e crianças que compõem a população de baixa renda, diz. A Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988 garante a universalização do Serviço de Saúde, atira.
– Não podemos aceitar a decisão de fechar a unidade. Estratégica para o SUS. No Estado de Goiás.
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O POPULAR
Atendimento pediátrico
Há um contexto preocupante, que só valoriza o esforço do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP). Conforme reportagem na edição de ontem, a prefeitura antecipou a abertura de 10 lugares em unidade de terapia intensiva (UTI) e 30 em enfermaria voltados a crianças, inicialmente previstos para final de junho. Isso alivia parte da pressão verificada desde março, no auge da crise de leitos no Estado, especialmente com a superlotação no Hospital Materno-Infantil.
Mas esse problema, infelizmente, não é peculiaridade de Goiás. Entre 2010 e 2016, o Sistema Único de Saúde(SUS) fechou quase 10,1 mil leitos de internação em pediatria clínica (para pacientes de 0 a 18 anos), segundo levantamento inédito da Sociedade Brasileira de Pediatria. Em 2010, a rede pública tinha 48,2 mil vagas do tipo (entre leitos próprios e conveniados). Em 2016, caiu para 38,1 mil.
Só em UTIs neonatais, estruturas necessárias para atender recém-nascidos em estado grave, faltam 3,2 mil leitos, conforme parâmetro da Sociedade de Pediatria. Segundo a entidade, são necessários ao menos 4 leitos do tipo por mil nascidos vivos. No País, a taxa atual é de 2,9.
Diante disso, torna-se vital a responsabilidade dos gestores públicos, como nesse caso de Aparecida de Goiânia
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AGÊNCIA BRASIL
No STF, governadores defendem alívio em judicialização da saúde
Ao todo, 11 governadores estiveram hoje (9) no Supremo Tribunal Federal (STF) para defender decisões favoráveis que desonerem os cofres públicos dos estados no que se refere ao fornecimento de tratamentos médicos via decisão judicial.
Em 22 de maio, estão pautadas para julgamento três processos sobre o assunto: um que trata da solidariedade entre governos federal, estadual e municipal para arcar com os custos da judicialização da saúde; outro sobre o fornecimento de remédios de alto custo; e um terceiro sobre o fornecimento de medicamentos não registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Todos esses processos possuem repercussão geral. Isso quer dizer que os resultados dos julgamentos devem definir parâmetros para enquadrar a atuação das instâncias inferiores relativa a cada um desses temas.
Participara da reunião no Supremo nesta quinta os governadores Flávio Dino (Maranhão); Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul); Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte); Waldez Góes (Amapá); Camilo Santana (Ceará); Ronaldo Caiado (Goiás); João Azevêdo (Paraíba); Wilson Witzel (Rio de Janeiro); Marcos Rocha (Rondônia); Antonio Denarium (Roraima); e Mauro Carlesse (Tocantins).
Os governadores se queixaram ao presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, de que todo o ônus sobre o fornecimento de tratamentos caros via decisão judicial tem recaído sobre os estados, pelo fato de as ações serem ajuizadas quase sempre nos judiciários estaduais, que têm o poder de determinar o bloqueio de recursos diretamente nas contas dos governos.
"Aquilo que é da responsabilidade solidária, não existe solidariedade nenhuma. Divorciaram de nós e pagamos sozinhos", disse o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que defendeu que medicamentos de alto custo sejam sempre fornecidos pelo governo federal.
Os governadores ressaltaram o que avaliam como um desequilíbrio provocado pela judicialização da saúde sobre o orçamento dos estados. Segundo eles, muitas vezes para cumprir decisões judiciais que beneficiam um número reduzido de pessoas, fica prejudicado o atendimento à população como um todo.
"A desproporção do valor disso é gritante. Vamos atender 500 mil pessoas com o valor que atendemos 30 milhões de pessoas na atenção básica", disse o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, que preside o colégio de governadores. "O SUS [Sistema Único de Saúde] é universal. Quando você começa a atender as demandas judiciais específicas de cada cidadão, você tira os recursos do sistema como um todo".
Segundo dados fornecidos por Azambuja, "só a judicialização no ano de 2018 chegou a R$ 17 bilhões em todos os estados brasileiros".
Durante a reunião, o governador de Roraima, Antonio Denarium, subiu o tom e disse que "estão saqueando o dinheiro público com quadrilha organizada da judicialização da saúde". Segundo ele, há médicos que agem premeditadamente para que seus pacientes obtenham, na Justiça, o pagamento de tratamentos caros.
O ministro Dias Toffoli disse que o STF irá "estabelecer parâmetros a respeito". "Temos que ter a reflexão se o Judiciário não está assumindo o papel exatamente de gerir esse orçamento", respondeu Toffoli durante a reunião.
Segundo pesquisa publicada em março pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entre 2008 e 2017 aumentou 130% o número de demandas judiciais relativas à saúde. A maior parte, porém, se refere a processos contra planos de saúde.
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MINISTÉRIO PÚBLICO/GOIÁS
MP firma acordo com Prefeitura de Goiatuba para adequações no Hospital Municipal
Com o objetivo de garantir a qualidade no atendimento e segurança de funcionários e pacientes do Hospital Municipal de Goiatuba, o Ministério Público firmou termo de ajustamento de conduta com a prefeitura para sanar irregularidades na parte estrutural da unidade, apontadas pelo Conselho Regional de Medicina (Cremego). Assinam o documento a promotora de Justiça Antonella Paladino; o prefeito José Alves Vieira; o procurador-geral do município, Vinícius Ribeiro; a secretária de Saúde, Patrícia Lima; e o diretor do hospital, Alberto Tassara Dias.
O acordo fixa o prazo de um mês para instituir uma Comissão de Revisão de Prontuário Médico, como estabelece o Conselho Federal de Medicina, adquirir máscaras laríngeas para o centro cirúrgico do hospital, comprar e instalar dispositivo para aspiração da traqueia dos recém-nascidos e também de um monitor cardíaco para a sala de recuperação pós-anestesia.
Em 90 dias, deverá ser adquirido e instalado no centro cirúrgico um capnógrafo (aparelho que analisa e registra a pressão parcial de CO2 durante o ciclo respiratório) e, em 180 dias, implantados sanitários para o público na sala de espera do pronto-socorro e construir barreira na entrada do centro cirúrgico. Devendo ser encaminhados ao MP, em 90 dias, a cópia do projeto arquitetônico dessas obras e o cronograma de execução.
Entre os compromissos assumidos também está a conclusão da reforma do projeto arquitetônico hospitalar, em convênio com ente financeiro, no prazo de 180 dias, com envio ao MP, em 30 dias, de cópias do projeto e cronograma de execução. Por fim, deverá apresentar à promotora o Certificado de Conformidade do Corpo de Bombeiro e o alvará sanitário. Em caso de descumprimento, foi fixado o pagamento de multa diária, pessoal e solidária no valor de R$ 10 mil.
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O GLOBO
Hospitais aguardam definições sobre nova lei para abandonar de vez o papel
Quase seis meses após a Lei 13.787 de dezembro de 2018 ter formalizado a digitalização e gestão eletrônica dos prontuários médicos, o setor hospitalar segue aguardando homologações para poder, enfim, acabar com os arquivos em papel. A expectativa do Ministério da Saúde é que a informatização completa do segmento gere uma economia de cerca de R$ 22 bilhões.
De acordo com Gustavo Azevedo, gerente nacional de negócios da Arquivar, franchising de tecnologia para gestão de processos e armazenamento de documentos, embora a lei tenha sido uma boa notícia para os hospitais, ainda não ficou definido se o tema será regulado pelo governo ou pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Além disso, alguns procedimentos precisam ser homologados, o que gera insegurança no setor para virtualizar de vez os prontuários gerados em papel.
Para se ter uma ideia do impacto que a definição pode representar para a área da saúde, Azevedo conta que um único cliente da Arquivar, – no caso um hospital médio do interior de Minas Gerais, – mantém 21 mil caixas de 20 quilos de documentos armazenados. Cada caixa tem, em média, 3,5 mil folhas de papel. De acordo com a legislação brasileira, os hospitais devem manter arquivados todos os prontuários médicos em papel por 20 anos após a última movimentação do paciente.
O mercado está ansioso por definições. O prontuário em papel é o calcanhar de Aquiles da saúde por gerar custos enormes para manutenção, tanto em termos de espaço físico quanto de preservação , diz Azevedo. Ele enfatiza que a revolução tecnológica no setor anda a passos lentos, o que impede, inclusive, um uso mais eficiente dos dados contidos nos prontuários. A transformação do papel para o digital irá representar um ganho de processos, além de enormes ganhos ambientais e financeiros para os hospitais , finaliza.
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URGENTE NEWS
Anvisa ordena recolhimento de 200 lotes de remédio contra a pressão alta
Anvisa anunciou o recolhimento de 200 lotes de remédio contra a pressão alta
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, na noite desta quarta-feira (8), a recolha de 200 lotes de remédios contra a pressão alta. De acordo com o órgão, a medida é preventiva e foi tomada para "garantir a saúde da população". Existe uma suspeita de que os medicamentos foram contaminados por "impurezas" que podem causar câncer.
Leia também: Conselho Federal de Medicina aponta irregularidades em hospitais públicos
A lista de medicamentos recolhidos pela Anvisa é compostas pelas chamadas "sartanas", como a losartana, valsartana e irbesartana. Para conferir a relação compelta dos remédios que serão recolhidos, clique aqui .
Os remédios foram recolhidos pois existe uma suspeita de que eles tenham sido contaminados por "impurezas" que podem causar câncer em casos de exposição a longo prazo.
"O recolhimento determinado pela Agência atinge apenas lotes específicos de medicamentos, estratégia adotada em diversos países para os mesmos produtos. Desde julho de 2018, a Anvisa tem realizado publicações e ações alinhadas com agências do mundo inteiro, tais como a Agência de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos da América (FDA) e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), visando a segurança da saúde da população e a qualidade dos produtos consumidos", declarou a Anvisa, por meio de nota oficial.
A agência ainda destacou que o risco de contaminação é baixo (0,00017%) e que as pessoas devem manter o tratamento até consultarem um médico. "Para quem tem em casa o medicamento com o mesmo número de algum lote recolhido, a Agência orienta que o tratamento de hipertensão não seja interrompido até que se faça a troca por outro medicamento. Isso porque a interrupção pode causar sérios prejuízos imediatos, como risco de morte por derrame, ataques cardíacos e insuficiência renal", informou a Anvisa.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação