Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 01 a 03/06/19

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Posto de vacinação tem fila enorme por doses contra gripe, em Goiânia
Caso de estudante violentada em UTI fomenta discussão a respeito de abusos
Servidores podem pagar mais por plano de saúde
Novas regras de portabilidade para plano de saúde entram em vigor
Saúde de João de Deus está evoluindo bem , mas ele segue internado, diz defesa
Em dez anos, acidentes de trânsito consumiram R$ 3 bilhões do SUS e Bolsonaro ainda quer acabar com radares nas estradas federais

TV ANHANGUERA

Posto de vacinação tem fila enorme por doses contra gripe, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/posto-de-vacinacao-tem-fila-enorme-por-doses-contra-gripe-em-goiania/7662738/
……………

O POPULAR

Caso de estudante violentada em UTI fomenta discussão a respeito de abusos

Investigações de estupros em UTI promovem debate sobre relação entre médico e paciente. Conselho prioriza proteção a profissionais. Família de idosa luta para esclarecer caso
A estudante de Arquitetura Susy Nogueira Cavalcante, de 21 anos, estava em um ambiente teoricamente seguro quando foi abusada pelo técnico em enfermagem Ildson Custódio Bastos, de 41 anos. Ele nega. E completamente fragilizada, entubada e amarrada a um leito de UTI do Hospital Goiânia Leste em virtude de crises convulsivas. E, apesar de não ser comum – ao menos observando as situações registradas -, o caso de Suzy não é o único, e chama atenção de especialistas que discutem violência sexual, que falam que o ambiente hospitalar pode ser propício para um abusador, por ser um local restrito e conter pessoas em situação de vulnerabilidade.
O Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) informou que nos últimos 10 anos foram registradas duas denúncias contra técnicos de enfermagem. No total, o conselho possui mais de 38 mil técnicos. Uma das denúncias foi de assédio sexual cometido em 2017. Já a outra foi anterior ao ano citado, e foi um caso de estupro cometido contra uma paciente em condições parecidas com as de Susy: desacordada e em UTI. O homem foi denunciado por supostamente ter realizado atos libidinosos na paciente.
Em ambas as denúncias, processos éticos foram instaurados, mas nenhum foi concluído. Assim, teoricamente os denunciados podem continuar atuando. A assessoria do órgão afirma que em casos como estes o conselho informa as unidades onde os técnicos trabalham. Os processos seguem um rito parecido com um processo judiciário, sendo que testemunhas e vítima são ouvidas, por exemplo.
Após o caso de Suzy, a família de Antônia Vieira Maciel, na época com 82 anos, foi à Polícia Civil para denunciar um abuso que teria sido sofrido pela idosa na UTI do mesmo hospital. A modelista e costureira Sara Maciel, de 39 anos, conta que a avó ficou nove noites na unidade. Após a primeira noite, durante o horário de visita, a idosa pediu a uma das filhas para que lhe tirasse de lá. Já no segundo dia, Sara conta que foi visitar a avó e ela estava encolhida na cama, de olhos fechados, e não se deixava ser tocada por ela ou por sua tia. "A única coisa que ela falou foi pra minha tia. Ela disse: 'me acode, me tira daqui'. Nós vimos que ela estava apavorada."
Antônia morreu 15 dias depois de sair do hospital. Antes disso, entretanto, ela contou à família o que aconteceu. Sara explica que só depois de sair da unidade elas puderam ver que a idosa estava com muitos machucados – no quadril, nos seios e entre as pernas. "Ela disse: 'nem te conto o que sofri na UTI', e começou a chorar. E depois contou: 'tinha um rapaz que ficava cuidando de mim de madrugada e ele fez coisa muito ruim pra mim. Ele abusou de mim com o dedo, com muita brutalidade'", relatou. Isso teria acontecido por três noites. Antônia contou à filha e à neta que pediu ajuda a enfermeiras, mas elas teriam brigado com a idosa. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a denúncia.
Sara afirma que esperava a avó se recuperar para ir ao hospital identificar o abusador. Como ela morreu, ela e sua tia foram à unidade falar com funcionários sobre o ocorrido. Segundo ela, foi pedido para que ela voltasse uma semana depois. Quando ela assim o fez, disseram a ela que era tudo imaginação da avó; que ela teve delírio. Ao ver a postura do hospital, Sara afirma que pediu as imagens de câmera de segurança, mas foi informada que para isso teria de ter um mandado judicial.
"Eu fiquei triste, porque ela (a avó) ficou muito triste, e eu nunca duvidei dela. Ela entrou numa depressão. Não sorriu mais", disse. A modelista afirma que avisou às funcionárias que se isto havia acontecido com a avó, ocorreria com outra pessoa. "As pessoas do hospital não são inocentes, porque elas sabiam. A gente contou", disse.
Sobre o caso da idosa, a OGTI, empresa responsável pela UTI no Hospital Goiânia Leste, informou em nota no último dia 30 que não encontrou evidências de condutas ilegais em relação a esta paciente, mas que prestaria os esclarecimentos à delegacia. Na última sexta-feira (31), o órgão afirmou que enviou todos os documentos solicitados pela polícia à delegacia.
Em nota, o Coren-GO disse ainda que "embora o assédio sexual seja uma situação inaceitável e que o conselho repudia, é importante levar em  consideração a grande diferença existente entre o número de inscritos e os casos registrados", que são mais de 38 mil. O órgão disse acreditar que os casos são raros e não devem influenciar na credibilidade e segurança do trabalho desenvolvido pela categoria.
Diferente do Coren, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) disse não ter estatística de casos de abuso sexual envolvendo médicos em relação a pacientes. Conforme órgão, a base de dados não possibilita fazer a pesquisa separando por tipo de denúncia.
O presidente Leonardo Reis disse, entretanto, que não são muitos casos, e que tramitam atualmente entre duas ou três sindicâncias.

Morosidade
No ano passado, foi amplamente divulgado o caso do médico Joaquim de Sousa Lima Neto, condenado em junho a 10 anos de prisão por estuprar pacientes em seu escritório ginecológico. Os relatos de abusos estão no período entre  1994 e 2018.
Ele foi condenado por três estupros e três violações sexuais. Entretanto, mais de 30 mulheres compareceram à delegacia para relatar que também foram vítimas do médico quando os casos mais recentes foram denunciados e se tornaram públicos. Apesar da condenação judicial, a sindicância aberta contra ele no Cremego ainda não foi finalizada. Enquanto o processo não é finalizado, o conselho poderia ter suspendido de forma cautelar o registro médico do homem, mas isto não  ocorreu. Assim, em tese, se não estivesse preso, ele poderia continuar atuando como médico.
Segundo o presidente do Cremego Leonardo Reis, o registro não foi suspenso porque não houve um pedido durante a sindicância. "O sindicante não vislumbrou indício dessa necessidade por uma série de fatores", disse.

8 perguntas para Leonardo Reis
Presidente do Cremego fala sobre postura médica
1- Há uma dificuldade maior em denunciar casos de abusos cometidos por profissionais da saúde pela relação de confiança que existe e por talvez o paciente não compreender como funcionam determinados procedimentos?
Como em uma consulta ginecológica, por exemplo. Não, a gente orienta que, no caso de consulta ginecológica, que sempre tenha um acompanhante e uma pessoa auxiliando o médico, uma terceira pessoa no ambiente. Isso diminui muito as desinteligências possíveis durante a consulta.
2- É obrigatório que o médico leve uma terceira pessoa?
É uma orientação do conselho, mas não é mandatório.
3- Existe a intenção de tornar isso obrigatório?
Não é factível, não é possível do ponto de vista ético.
4- Por quê?
Porque essa terceira pessoa é mais para proteção do médico. Se o médico ou a médica entende que não é necessário, não tem como obrigar.
5- E a proteção do paciente?
(Proteção) De ambos, mas sobretudo do médico. Porque ali tem uma testemunha de que o que foi feito está dentro do que é preconizado… Para a proteção da paciente ela leva um acompanhante, né?
6- Mas se um médico tem a intenção de cometer um abuso, ele não vai pedir para uma terceira pessoa ficar dentro do consultório, não é?
Exatamente. É por isso que seria de bom alvitre, para proteção dele, já que ele é um abusador, ter uma terceira pessoa para que o seu impulso psicopatológico não seja consumado.
7- Mas se for um profissional mal-intencionado ele não vai pedir para que uma terceira pessoa fique no consultório.
Então logo ele logo vai ser denunciado. E se preciso, vai ser cassado imediatamente.
8- Tem algum protocolo interno que visa evitar abusos?
A gente parte do pressuposto que o profissional médico é um profissional sério, que tenha ética, decência. Então, no máximo a gente orienta que tenha uma terceira pessoa para comprovar sua ética e sua conduta proba. Partindo do pressuposto de que um psicopata na medicina, um estuprador, que ele seja uma exceção, e não regra.

Circunstância favorece casos
Psicóloga do Núcleo de Vigilância às Violências e Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Cida Alves afirma que quando se observa casos de abusos cometidos por profissionais de saúde, existe a mesma relação de poder evidenciada em outros casos, como aqueles envolvendo pais, padrastos, professores ou líderes religiosos. "Acaba usando da vulnerabilidade da pessoa para ter ganhos sexuais", disse, pontuando que na saúde é mais delicado, por envolver uma pessoa que já está com uma debilidade física.
Cida conta que já lidou com um caso de um médico que abusava de pacientes homens, em 2003. "É muito mais comum do que a gente imagina. Na verdade, a violência sexual é muito mais comum do que imaginamos em todas as relações", disse. A psicóloga lembra, ainda, de uma paciente que ela acompanhava e  havia sofrido abuso sexual do tio e depois de um dentista.
A especialista aponta que por ser um assunto crítico, toda instituição – família, escola, igreja, serviço de saúde -, ao invés de tomar medidas para proteger as vítimas, tendem acobertar as situações, sendo omissos ou mesmo coniventes. "Tudo para que a imagem da instituição não seja ferida. A gente viu isso na Igreja Católica, no caso de João de Deus", pontuou. E completou: "É importante que o corporativismo não seja, de maneira nenhuma, uma justificativa para desproteger a vítima".
Nesta mesma linha, a psicóloga e pesquisadora da temática de violência, Malu Moura, afirma que em um ambiente hospitalar teria de ser um local com monitoramento maior, por ser um espaço solitário. Segundo ela, há lugares em que a UTI é movimentada, mas é um ambiente em que uma pessoa mal intencionada encontra local propício.
A psicóloga afirma que a violência sexual é "democrática", uma vez que atinge pessoas de classes sociais diferentes, em ambientes distintos, em vários países. "Não tem um ambiente isento, que ali possa ocorrer violência sexual, até porque isso não está no ambiente, mas sim na pessoa. Pode ser o médico, a liderança religiosa", disse.
……………..
Servidores podem pagar mais por plano de saúde

Com um rombo de R$ 75,5 milhões em 2018 e déficit crescente, instituto não descarta aumentar o valor cobrado de usuários. "Nesse ritmo, a chance de quebrar é muito grande", diz presidente da autarquia
O aumento dos gastos com assistência é fator apontado como responsável por agravar a crise financeira do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo), que aponta crescimento de déficit nas contas de 129,25% em três anos. O desequilíbrio entre a receita e os custos teriam passado de R$ 32,9 milhões, em 2016, para R$ 75,5 milhões no ano passado. O resultado aponta tendência de aumentar o valor cobrado dos servidores públicos.
Na avaliação sobre 2019, segundo o instituto, em nenhum dos meses do ano a projeção de gastos em assistência é menor ou igual à receita do período. As despesas assistenciais devem chegar a R$ 1,5 bilhão e a receita assistencial ficará em R$ 1,3 bilhão. O presidente do Ipasgo, Silvio Fernandes, explica que a tabela de custos não é acompanhada porque não houve reajuste no patamar necessário.
Apesar dos cálculos e projeções terem apontado que o aumento em 2018 deveria ser de 13,55%, foi aplicado 6%. Movimento semelhante ao que aconteceu em outros anos. Sobre como ficará o reajuste anual, que tradicionalmente já poderia ser feito desde março, o presidente avalia que primeiro haverá tentativas de corrigir distorções encontradas e de enxugar gastos administrativos.
"Primeiro vamos fazer o possível administrativamente e depois de organizado ver o que pode ser proposto", diz ao reforçar que há atraso de pelo menos um ano entre o que deveria ter sido aumentado de receita e o que de fato aumentou. Sem citar ainda um provável porcentual de ajuste a ser cobrado dos servidores, ele afirma que corre atrás de um equilíbrio. "Tenho todas as possibilidades. Não posso sacrificar as pessoas", garante.
A situação, como avalia, está clara e o descompasso poderia levar a consequências graves. "Tem de buscar alternativas para evitar o colapso. Nesse ritmo, a chance de quebrar é muito grande." A receita do instituto é totalmente bancada pelos servidores públicos, que são os beneficiários da assistência. Até mesmo a cobertura estaria na mira das discussões. É que ela é integral, inclui, além da médica, a odontológica e terapias complementares. Porém, o valor da mensalidade é único.
Conforme Silvio, o valor que o usuário paga por um plano similar é cerca de 58% a mais do que a média das contribuições cobradas pelo Ipasgo, nos últimos quatro anos, em comparação aos valores praticados no mercado. "Em alguns casos, chega a ser o dobro do preço." Adequações nas tabelas de preço teriam sido, em média, 20% menores do que o sugerido pela Agência Nacional de Saúde (ANS) nos últimos quatro anos.
Irregularidades
Só que há outro desafio, a correção de irregularidades. Com 625 mil usuários, o instituto possui problemas administrativos graves. Desde autorizações sem o devido processo legal até inclusão de prestadores por usuários fantasmas. Fora pagamentos por serviços com valores bem acima do praticado no mercado. O presidente cita que já foram identificados várias distorções, entre elas a cobrança de mais de 2 mil hemogramas realizados por um usuário em somente um dia. O que biologicamente seria impossível.
"Temos metas claras de racionar recurso. Não é pagar menos e restringir, é dar o tratamento ao que tem de ser feito e buscar um maior controle." Sobre a cobertura abrangente, diz que o custo pesa, mas que o usuário paga o que foi proposto e é preciso honrar isso. O caminho, como expõe, é transparência para justificar as ações que serão tomadas em busca de equilíbrio.
Uma auditoria será reforçada no Ipasgo, novos levantamentos e cálculos também já estariam em curso para auxiliar a conter despesas e distorções. Além disso, ajudaram a justificar o ajuste anual que deve ser proposto. A projeção considera também o envelhecimento dos usuários, que aumenta custos.
Entidades são contra reajuste
No ano passado, foi aplicado um reajuste abaixo do que havia sido calculado como necessário para o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo). O ex-presidente, Romeu Sussumu Kuabara, estava à frente do instituto na época e explica que os representantes dos servidores públicos foram inflexíveis na negociação. Relatórios de avaliação atuarial de novembro de 2017 demonstraram a incapacidade financeira, segundo ele, de manter equilíbrio econômico com um reajuste da tabela atuarial inferior a 13,55%.
Foi aplicado reajuste de 6% à tabela atuarial e 13,55% ao piso e teto de contribuição porcentual (50% dos usuários). "Embora, legalmente, a decisão não fosse determinada por eles (servidores), forçar um reajuste sem o consentimento dessa categoria iria contra a própria natureza institucional do Ipasgo: prestar assistência ao servidor público."
Ele cita que foram feitas várias medidas para sanar problemas financeiros, como a racionalização de uso dos serviços assistenciais. Mas pontua também que a contribuição devida pelos servidores públicos é calculada com base em porcentual sobre o vencimento, "só é reajustada quando e se a remuneração destes é reajustada, o que só aconteceu em casos muito específicos nos últimos anos".
Aliás, esse é um dos motivos que o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Goiás (Sindipúblico), Nylo Sérgio, cita como justificativa para as entidades serem contra aumento. "O governo do Estado não dá data base do servidor desde 2015 e enfrentamos vários problemas com o Ipasgo." Ele cita a necessidade de melhorias e a expansão da assistência no Entorno do Distrito Federal.
………………
PORTAL G1

Novas regras de portabilidade para plano de saúde entram em vigor

Beneficiários de planos de saúde coletivos empresariais também podem migrar para outros planos ou operadoras sem cumprir novas carências.
A partir deste mês, beneficiários de planos de saúde coletivos empresariais já podem migrar para outros planos ou operadoras, com a entrada em vigor das novas regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), anunciadas no final de 2018.
A portabilidade é o direito de trocar de plano de saúde por alguma insatisfação ou inadequação do serviço, sem precisar cumprir carência (tempo mínimo) no plano novo.
Com a mudança nas regras, todos os clientes de planos de saúde passaram a ter direito a ela. Até agora, somente clientes de planos individuais ou familiares e beneficiários de planos coletivos por adesão podiam fazer a portabilidade.
Mais: Entenda as regras da ANS para cancelar plano de saúde
Agora, o cliente de um plano coletivo empresarial poderá migrar para um plano individual sem cumprir carência, e vice-versa, desde que tenha a mesma faixa de preço e respeite o prazo mínimo de permanência, que não mudou.
É preciso ficar no mínimo dois anos no plano de origem para pedir a primeira portabilidade e no mínimo um ano para fazer novas portabilidades.
Mas há duas exceções: se o beneficiário tiver cumprido cobertura parcial temporária, o prazo mínimo para a primeira portabilidade será de 3 anos; e se ele mudar para um plano com coberturas não previstas no plano de origem, o prazo mínimo será de 2 anos.
Os planos empresariais representam quase 70% do mercado e dispõem da mesma cobertura assistencial dos demais planos.
Demitidos e aposentados
A medida beneficia também os demitidos, que precisariam cumprir novos períodos de carência ao mudar de plano de saúde.
Planos de pós-pagamento
Segundo a ANS, não será exigida compatibilidade de preço para os planos em pós-pagamento -modalidade exclusiva dos planos coletivos onde a quitação dos custos é feita após a utilização do serviço -, uma vez que o custo desse produto não é fixo.
Entenda abaixo o que muda com a nova resolução da ANS:
Planos coletivos
Como era: Pela norma em vigor até agora, apenas beneficiários de planos individuais ou familiares e coletivos por adesão poderiam fazer a portabilidade.
Como fica: A norma amplia a portabilidade para beneficiários de planos coletivos empresariais.
Fim da "janela"
Como era: O pedido de troca de plano devia obedecer uma carência de 120 dias (4 meses) contados após o 1º dia do mês de aniversário do contrato.
Como fica: O beneficiário não precisa mais cumprir o tempo mínimo para mudar de plano, e poderá fazer isso a qualquer momento.
Compatibilidade entre planos
Como era: A regra exigia que as coberturas entre o plano de origem e o plano de destino fossem compatíveis.
Como fica: É possível mudar para planos com tipos de cobertura maiores que o de origem, sem precisar cumprir carência para as coberturas já previstas no plano anterior. Com a mudança, quem possui um plano ambulatorial poderá fazer portabilidade para um plano ambulatorial e hospitalar, por exemplo.
……………

Saúde de João de Deus está evoluindo bem , mas ele segue internado, diz defesa

Prazo de internação autorizado pelo STJ termina neste domingo (2). Médium é acusado de abusos sexuais, mas sempre negou os crimes.
O advogado de defesa de João de Deus, Alberto Toron, informou que o quadro de saúde dele está evoluindo bem, mas segue internado em um hospital de Goiânia. O prazo de internação autorizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) termina neste domingo (2). O médium é acusado de abusos sexuais durante atendimentos espirituais, mas sempre negou os crimes.
O médium está preso desde o dia 16 de dezembro. No dia 22 de março, a Justiça autorizou que ele fosse transferido para o Instituto de Neurologia de Goiânia para tratar um aneurisma no abdômen. No último dia 2 de maio, o ministro Nefi Cordeiro prorrogou pela segunda vez o prazo de internação.
"Ele só poderá sair do hospital com alta médica. Não tenho conhecimento de que os médicos responsáveis pelo tratamento a tenham dado. Pelo que sei, agora, ele está evoluindo bem", disse o advogado.
O defensor não informou se vai entrar com um novo pedido de prorrogação do prazo de internação para o médium.
O hospital informou, em nota, que o paciente segue internado, mas não vai informar o estado de saúde do paciente a pedido dele.
O G1 tenta contato por email e telefone com o Superior Tribunal de Justiça desde sábado, para saber se, com o fim do prazo, a defesa já apresentou novos laudos médicos, algum pedido de prorrogação ou se há alguma decisão sobre permanência do paciente no hospital ou retorno ao presídio. Porém, devido ao final de semana, não obteve resposta até a publicação dessa reportagem.
Réu em oito processos
O Ministério Público denunciou o médium nove vezes. A Justiça já aceitou oito denúncias. São no total 32 vítimas.
Quatro por crimes sexuais: dois deles já tiveram audiência realizada e os outros dois estão com audiência marcada;Um por crimes sexuais, corrupção de testemunha e coação: ainda não teve audiência;Um por crimes sexuais e falsidade ideológica: atualmente está em fase de citação (comunicação ao réu);Dois por posse ilegal de armas de fogo e munição: um já teve audiência realizada. O TJ não deu detalhes sobre o outro caso.
Trâmite
De acordo com o Tribunal de Justiça, João de Deus ainda não foi ouvido em nenhum dos processos acima — o interrogatório será o último ato da fase de instrução . Depois da instrução, vêm as alegações finais da defesa de João de Deus e do Ministério Público e, então, a sentença.
Ação de indenização
Além dos oito processos criminais, o Ministério Público Estadual entrou com uma ação civil pública pedindo indenização no valor de R$ 20 milhões por danos morais e coletivos de todas as vítimas dos abusos. O dinheiro será usado em projetos de prevenção à violência sexual contra mulheres.
Os promotores já receberam 680 contatos de mulheres que se dizem vítimas. Destas, 160 já prestaram depoimento de maneira formal.
…………….

DIÁRIO DE GOIÁS

Em dez anos, acidentes de trânsito consumiram R$ 3 bilhões do SUS e Bolsonaro ainda quer acabar com radares nas estradas federais

No Brasil, a cada 60 minutos, em média, pelo menos cinco pessoas morrem vítimas de acidente de trânsito. Os desastres nas ruas e estradas do País também já deixaram mais de 1,6 milhão de feridos nos últimos dez anos, ao custo direto de quase R$ 3 bilhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). Os números fazem parte de um levantamento elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que na semana passada realizou em Brasília (DF) um evento nacional para entender esse problema que atinge proporções epidêmicas.
Para o coordenador da Câmara Técnica de Medicina de Tráfego do CFM, José Fernando Vinagre, os números mostram que os acidentes de trânsito constituem um grave problema de saúde pública e que provoca sobrecarga nos serviços de assistência, em especial nos prontos-socorros e nas alas de internação dos hospitais.
"É preciso reconhecer o importante aprimoramento da legislação ao longo dos anos e também o aumento na fiscalização, especialmente após a Lei Seca. No entanto, precisamos avançar nas estratégias para tornar o trânsito brasileiro mais seguro", destacou.
Bolsonaro na contramão
Enquanto médicos e especialistas em trânsito defendem mais rigor na legislação de trânsito e na formação dos condutores, o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), faz demagogia o com assunto. Na última semana, o presidente voltou a defender mais uma fez a retirada dos radares das estradas, a ampliação do prazo de validação da carteira de motorista de cinco (5) para dez (10) anos e também aumentar de 20 para 60 os pontos na carteira. Todas medidas do presidente tem um objetivo: fazer demagogia para agradar os caminhoneiros, uma de suas principais bases eleitorais.
De acordo com a Agência Brasil, a  fala do presidente foi feita em Cascavel (PR), onde conversou rapidamente com algumas pessoas e reforçou o envio de projeto de lei ou medida provisória para alterar as regras da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Em um vídeo divulgado pelo Palácio do Planalto na semana passada,  Bolsonaro aparece respondendo algumas perguntas de uma pessoa que reclama da burocracia exigida para a profissão de caminhoneiro.
Vou te dar uma boa notícia. Eu devo, na semana que vem, depende do presidente da Câmara, se será projeto de lei ou medida provisória, mexer no Código Nacional de Trânsito, onde a gente passa para 40 o número de pontos. O ideal era passar para 60, mas a gente teria dificuldade. E, também, a validade da carteira de motorista, de cinco para 10 anos , disse Bolsonaro.
Reduzir acidentes de trânsito pode gerar economia de R$ 1,14 trilhão para o país
Enquanto o presidente Bolsonaro faz demagogia às custas de vidas inocentes, o o coordenador do SOS Estradas Rodolfo Rizzoto, informa que somente no ano passado, estima-se que os acidentes custaram R$ 340 bilhões, e o déficit da previdência foi de R$ 195 bilhões. Mensalmente o Brasil registra 3 mil mortos e 24 mil feridos no trânsito. Esta média é feita a partir do pagamento do seguro DPVAT, mas os números podem ser ainda maiores, observa.
Reduzir os acidentes em 10% ao ano permitirá economizar R$ 1,4 trilhão e ainda salvar vidas. A redução prevista com a reforma da Previdência no mesmo período é de R$ 1 trilhão , adverte Rizoto.
Para o especialista em trânsito, investir em políticas de prevenção de acidentes do trânsito salva vidas, diminui os gastos com a saúde pública e ainda pode evitar que aposentados e pensionistas venham a ter uma vida de miséria com a aprovação da reforma da previdência proposta pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Tocantins lidera ranking
Entre 2009 e 2018, houve um crescimento de 33% na quantidade de internações em todo o País. O pior cenário, proporcionalmente, foi identificado no estado de Tocantins, que saiu das 60 internações, em 2009, para 1.348, no ano passado (aumento de 2.147%). Na sequência aparece Pernambuco, onde o salto foi de 725% na última década.  O Estado de Goiás iniciou a série, em 2009 registrando 5.072 internações, e em 2018, registrou 6.547 internações, num aumento de 29,08%, totalizando nesta década 61.440 internações.
Apenas cinco estados registraram queda no número de internações por acidente de transporte: Maranhão (redução de 40%), Rio Grande do Sul (22%), Paraíba (20%), Distrito Federal (16%) e Rio de Janeiro (2%).
……………….

Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação