ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Polícia espera que Ipasgo entregue relatório para continuar a investigar suposto rombo
Família de idosa acamada teme redução do tempo de acompanhamento técnico pelo Ipasgo
Grande maioria de beneficiários de planos está satisfeita com serviços
Novo modelo de remuneração
Telemedicina ainda na sala de espera
Governo confirma Novo eSocial e mudanças nas normas
TV ANHANGUERA
Polícia espera que Ipasgo entregue relatório para continuar a investigar suposto rombo
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/policia-espera-que-ipasgo-entregue-relatorio-para-continuar-a-investigar-suposto-rombo/7840933/
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JORNAL OPÇÃO
Família de idosa acamada teme redução do tempo de acompanhamento técnico pelo Ipasgo
Por Felipe Cardoso
“Se diminuir esse período da presença da técnica de enfermagem nós não saberemos o que fazer”, diz filha
O atendimento médico domiciliar oferecido por planos de saúde, o chamado home care, tem sido uma alternativa para idosos que necessitam de atenção especial. Entretanto, nem sempre o serviço é realizado da forma como o paciente esperava.
A família de Valma Soares de Macedo, usuária do plano de saúde do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo), usa o home care há cerca de um ano e dois meses. Aos 67 anos, a aposentada sofre do Mal de Alzheimer e precisa de cuidados na maior parte do tempo.
O serviço é prestado pela Semp Saúde — empresa terceirizada pela Ipasgo. No entanto, a filha de Valma, Ludmila Soares, diz que o Ipasgo quer diminuir o tempo de atendimento em que uma técnica de enfermagem fica com a sua mãe.
Segundo ela, o instituto pretende reduzir de 24h para 12h a presença da técnica de enfermagem no local. “O caso da minha mãe é de alta complexidade. Ela precisa de atendimento especial”, disse. “Minha mãe está vegetando e precisa desse acompanhamento. Se diminuir esse tempo da presença da técnica de enfermagem nós não saberemos o que fazer”, disse.
O que diz o Ipasgo
Em nota, o Ipasgo informou que neste ano “não houve alterações nos critérios de atendimento do Programa Especial de Reabilitação e Cuidados Especiais, que seguem a portaria editada em 2017”. E completou dizendo que o esforços da nova direção, na verdade, visam “à ampliação dos serviços do plano de saúde em todo o Estado de Goiás”.
Em relação à Internação Domiciliar, o Ipasgo disse que os pacientes elegíveis para tal são classificados de acordo com o quadro clínico apresentado, com parâmetro nas normas editadas pela Associação Brasileira de Medicina Domiciliar (Abemid), conforme escalonamento para designação dos níveis de complexidade da assistência domiciliar.
“Para os casos considerados de baixa complexidade, o plantão de técnico de enfermagem é de 6 horas; nos casos de média complexidade o plantão técnico de enfermagem é de 12 horas e os de alta complexidade têm plantão técnico de 24 horas”, disseram.
Tratando-se especificamente do caso de Valma Soares de Macedo, o Ipasgo se comprometeu a averiguar a situação. As informações, segundo o Instituto, estão sendo checadas. Assim que houver qualquer novidade o Jornal Opção irá atualizar a matéria.
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MONITOR DIGITAL
Grande maioria de beneficiários de planos está satisfeita com serviços
Cerca de 80% dos beneficiários estão satisfeitos com os serviços oferecidos pelos planos de saúde no país. Esse é um dos principais resultados de pesquisa realizada pelo Ibope em parceria com o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iess). O levantamento ouviu 3,2 mil pessoas entre os dias 29 de abril e 17 de maio de 2019. Essa é a terceira edição do estudo, realizado desde 2015. O índice de satisfação com os serviços é o mesmo registrado no levantamento de 2017 e superior ao de quatro anos atrás.
A diretora-executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Vera Valente, destacou a importância dos planos de saúde para a população brasileira. "A pesquisa mostra, mais uma vez, que quem tem plano de saúde privado se sente satisfeito e bem atendido. O desafio é criar mecanismos, baseados na lei, que permitam que muito mais pessoas possam ter seu plano, seja A aprovação aos serviços aumenta à medida que são utilizados. Do total de beneficiários que precisaram de internação nos últimos 12 meses, 83% se sentiram muito satisfeitos ou satisfeitos.
A taxa de recomendação é também bastante alta, chegando a 80%. E o desejo de continuar com a contratação do serviço aumenta de acordo com a idade, saltando de 60%, para aqueles com menos de 35 anos, para 74% entre os que têm mais de 65 anos.
A percepção de qualidade do serviço vem crescendo. O atendimento é o principal motivo de satisfação com os planos de saúde para 55% dos entrevistados, ante 24% registrados na pesquisa de 2015. Em relação aos canais de atendimento, 75% consideraram que as informações obtidas foram suficientes.
A pesquisa também mostra como a oferta do benefício de um plano de saúde influencia a decisão de aceitar ou não uma nova oportunidade de trabalho. A quase totalidade dos entrevistados (97%) indicou que é muito importante que as empresas ofereçam planos de saúde aos seus colaboradores.
O desemprego é a principal razão alegada pelos entrevistados para deixar de utilizar os serviços dos planos de saúde. "O acesso a um plano de saúde privado está diretamente relacionado a emprego e renda", disse Valente. "Como não temos perspectivas de geração expressiva de novos empregos no curto e médio prazo, é importante buscarmos caminhos de viabilidade para a volta da oferta de planos individuais", alertou. Segundo a pesquisa, essas novas alternativas poderiam atender a 73% dos entrevistados que hoje não contam com um plano de saúde, mas gostariam de contratar o serviço.
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Novo modelo de remuneração
Com o objetivo de aprimorar o modelo de gestão do sistema de saúde suplementar brasileiro, a Hospital Care, holding administradora de serviços de saúde, pertencente aos fundos Crescera e Abaporu, desenvolveu uma nova unidade de negócios no setor. Baseada nas Accountable Care Organizations (ACOs) dos EUA, esta nova divisão foi criada para o desenvolvimento de um sistema integrado de saúde privado no Brasil e chega ao mercado com o objetivo de oferecer um modelo de remuneração variável, que leva em consideração a redução de riscos na prestação de saúde e custos para a população e na melhoria da qualidade dos cuidados, tanto de uma perspectiva clínica quanto em termos de experiência e satisfação do paciente.
"A filosofia desta nova unidade está baseada no que chamamos internamente de 'Valor & Acesso', que segue a premissa de sempre oferecer o melhor desfecho clínico ao paciente. Sendo assim, ela é regida por três conceitos: (I) melhorar a forma de prestação de contas entre as operadoras e hospitais para controle de qualidade e redução de desperdícios, (II) possibilitar o acesso dos pacientes aos serviços de saúde específicos e necessários, direcionando o foco do pagamento e (III) desenvolvimento de estratégias inovadoras e tecnologias baseadas no melhor conhecimento científico e técnico existente", esclarece o Fabio Gonçalves, diretor de Valor e Acesso da Hospital Care e responsável pelo projeto.
A Hospital Care já colocou o novo modelo de remuneração em prática no Hospital Vera Cruz, de Campinas, desenvolvendo a estratégia em cima do plano de saúde próprio Vera Cruz, que atualmente possui 30 mil usuários na região. Desde 2017, com o novo modelo de remuneração também no atendimento domiciliar, os custos totais do programa foram reduzidos, diminuindo os desperdícios e aumentando a satisfação dos usuários.
A Hospital Care está presente em cidades que funcionam como polos regionais para a gestão de saúde populacional e conta atualmente com hospitais, centros médicos, clínicas e laboratórios nas regiões de Campinas, Ribeirão Preto e Florianópolis. Para consolidar a sua atuação na saúde suplementar brasileira, a empresa tem apostado no crescimento rápido e orgânico: já são 16 ativos adquiridos em pouco mais de dois anos, com a expectativa de uma ampliação sustentável.
"Para que esse modelo funcione, vamos utilizar uma análise avançada de dados com o objetivo de entender os fatores envolvidos na saúde, realizando o cruzamento de informações de toda a população daquela determinada região. O modelo também é pensado não somente para atingir metas financeiras, mas para que o profissional atuante busque de fato atingir metas técnicas em todo o desfecho clinico", complementa Fábio.
O cenário atual da saúde brasileira é alarmante, de acordo com uma pesquisa do Iess, em 2017, quase R$ 28 bilhões dos gastos das operadoras de planos de saúde foram com contas hospitalares e exames, sejam eles fraudes ou desperdícios com procedimentos desnecessários. "Os dados mostram que é preciso uma rápida virada para que possamos crescer e oferecer o melhor serviço possível à população. A Hospital Care tem um sistema que beneficia toda a cadeia produtiva da saúde; médicos, pacientes, fontes pagadoras e investidores, pensando sempre na sustentabilidade do setor", explica Rogério Melzi, presidente da Hospital Care.
Dentro de cada polo regional, a Hospital Care tem capacidade para integrar os procedimentos de baixa, média e alta complexidades em seus ativos, que permitem que o paciente seja constantemente acompanhado e que os médicos de fato possam trabalhar na prevenção. Para casos de cirurgia ou doenças crônicas, o paciente volta para o mesmo médico que já vem acompanhando ele, como uma espécie de "médico da família" o que possibilita que ele tenha maior assertividade.
"Temos o objetivo de tornar este novo modelo escalável. Já temos resultados sólidos em Campinas e projeções favoráveis para um sistema cada vez mais sustentável e que ofereça qualidade de atendimento a população. Além de replicar em Ribeirão Preto e Florianópolis, vamos oferecer para outras companhias e também para a melhor gestão da carteira das operadoras de saúde parceiras", finaliza Melzi.
Este novo modelo de gestão também deve evitar o mau uso do sistema de saúde, como por exemplo sobrecargas de procedimentos médicos, como internações e exames. Além disso, incentiva o desenvolvimento de um sistema completo de assistência, desde o atendimento primário – incluindo programas de prevenção -, passando pelo secundário e por fim o terciário, como por exemplo, um hospital central com um número equalizado de leitos em relação a real necessidade da população local de serviços de alta complexidade;
O modelo da Hospital Care foge dos atuais oferecidos no mercado brasileiro de saúde pautados puramente no modelo de remuneração fee for service – remuneração por quantidade de serviços realizados -, além dos modelos verticalizados – hospitais e clínicas próprias – e até mesmo de cooperativa praticado pela Unimed, por exemplo.
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PORTAL TERRA
Telemedicina ainda na sala de espera
Atendimento médico já pode ser feito através de consultas por apps e inteligência artificial, mas serviço gera polêmica
Hoje, quem fica doente precisa sair de casa. Afinal, ainda que muitos médicos aceitem fazer a consulta por meio de WhatsApp e Skype, não há meios oficiais e seguros de encaminhar a receita. Mas a solução para isso já pode estar na tela do seu celular. É a telemedicina, ramo do atendimento médico que leva consultas, exames e triagens direto a plataformas digitais especializadas, e com uma grande leva de startups tentando entrar no mercado.
Uma dessas startups é a Teldoctor, de teleconsultas. Fundada em 2018, a empresa oferece uma plataforma, via aplicativo ou website, que faz triagem ou atendimento médico simples. Ali, o paciente passa por um questionário típico dos consultórios (idade, cirurgias, remédios) e, depois, relata a dor ou incômodo que sente. A partir daí, o serviço usa uma inteligência artificial própria para fazer um diagnóstico prévio.
Para validar a máquina, um médico do corpo clínico da Teldoctor faz a certificação do caso, que também é enviada digitalmente ao paciente. Como qualquer médico, o profissional da Teldoctor pode prescrever remédios e exames ou fazer encaminhamentos a outros profissionais – ainda que medicamentos específicos, como antibióticos, sejam evitados. Tudo isso é feito em poucos minutos, de maneira digital, com um custo de R$ 69,90.
"Nós fazemos um atendimento primário e que envolva apenas alguma das três mil doenças mais comuns do mundo. Caso a gente perceba que é algo mais grave, estornamos o valor do atendimento e encaminhamos para um pronto-socorro", explica Marcelo Callegari, sócio da startup. Segundo ele, a startup já realizou 450 mil atendimentos desde a sua criação e tem capacidade para 150 mil consultas ao mês. "O nosso objetivo é levar isso a cidades que não têm atendimento. É desafogar o SUS com uma boa triagem."
O alívio de movimento dos prontos-socorros é o que também mira a Teladoc, empresa americana que chegou ao País em 2018 após comprar a Advance Medical, empresa de orientação médica via telefone. Com a união, a companhia passou a oferecer serviços de vídeo – entre os clientes da Teladoc estão BRF, Grupo Renault, o Hospital Sírio Libanês e o Grupo Fleury.
"Hoje, cerca de 51% das pessoas que ligam pelo 0800 e tinham intenção de ir ao pronto-socorro acabam ficando em casa. Quando a gente passar a realizar a consulta, esse número pode subir para 80%", explica Jean Marc Nieto, diretor-geral da empresa no Brasil.
Além de triagem e consultas, a telemedicina olha também para a digitalização de exames. Startups como Portal Telemedicina, acelerada pelo Google, oferecem uma plataforma online que conecta clínicas pequenas ou em regiões remotas com especialistas espalhados pelo Brasil. Ou seja: quem mora em alguma cidade afastada não precisa se deslocar com seu exame para saber os resultados. Basta enviar a documentação pela plataforma e esperar o laudo – os dados ainda ficam armazenados por até cinco anos caso o médico precise recorrer a informações mais antigas.
Legislação
Apesar das promessas de agilidade e precisão, a telemedicina é alvo de polêmica. No começo do ano, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a norma 2.227/2018, que regulariza o exercício de medicina via meios digitais em plataformas que sigam regras de segurança e privacidade. Porém, foi revogada dias depois após protestos de parte da comunidade médica, o que fez uma norma de 2002 voltar à ativa. A nova regularização está em consulta pública, e deve ser publicada no fim do ano.
"Em 2002, não havia Facebook, iPad e smartphone. A tecnologia avançou e a medicina tem de acompanhar", afirma Chao Lung Wen, da Câmara Técnica de Informática em Saúde do CFM. "A comunidade médica tem de entender que é uma oportunidade", diz.
Nos Estados Unidos, onde a prática da telemedicina já é legalizada e possui mercado ativo, a receptividade do público é alta. Segundo a consultoria Accenture, hoje 29% dos 2.338 entrevistados nos Estados Unidos usam alguma forma de atendimento virtual. E mais da metade usa enfermeiros virtuais para monitorar condições de saúde, medicamentos e sinais vitais.
"Alguns centros estão muito avançados e já trabalham ativamente nas áreas de ensino, pesquisa e até atividades assistenciais com telemedicina", destaca a vice-coordenadora do Núcleo de Educação a Distância e Tecnologias da Informação em Saúde da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Denise Zornoff. "Mas o Brasil tem um forte potencial. Já tem programas de impacto que colocam o País no mapa da telemedicina e se torna promissor para investimentos neste mercado. É impossível parar a telemedicina."
À espera
Não é bem assim. A indefinição da regulamentação freou investimentos – há o receio de que produtos seja restringidos ou proibidos. A Telavita, por exemplo, está em um estado de suspensão com a telemedicina. A startup é uma estrutura preparada para fazer consultas por meio de vídeo. É um modelo testado e validado por conta do serviço de consultas com psicólogos, modalidade que tem sinal verde para funcionar.
No entanto, a startup decidiu esperar a regulação para evitar dores de cabeça no futuro. "A situação é a mesma de quando esperávamos a regulação da teleterapia. Hoje, já podemos fazer orientação, mas não diagnósticos completos", explica Milene Rosenthal, fundadora da Telavita. O que ela espera é um posicionamento do CFM com relação aos protocolos, já que a prática é difícil de mudar. "As pessoas já consultam médicos por Skype e WhatsApp. Esperamos que o conselho olhe para segurança", diz.
Chao Lung Wen, do CFM e também professor da Universidade de São Paulo (USP) na área de telemedicina, vai além: "É preciso que se rompa o desconhecimento com a área. As faculdades de medicina precisam colocar a disciplina de telemedicina ao longo do curso, para os profissionais irem se acostumando", disse . "Se isso já tivesse sido feito, a nova norma não teria sido questionada."
'Uber' das consultas
Uma startup médica que vai num caminho diferente das que apostam em consultas a distância é a Docway. Fundada por Fábio Tiepolo, em 2015, a startup surgiu com a ideia de "uberização" da medicina. Para isso, a pessoa entra na plataforma, escolhe a especialidade, marca o horário e aguarda a chegada do médico em casa. O pagamento, que tem um valor diferente para cada profissional, é feito por cartão de crédito direto no app. Segundo a companhia, já são 100 mil usuários e 4 mil médicos em mais de 260 cidades.
A startup quer ir além, mas prefere esperar a regularização do setor para avançar com mais segurança. "Nos preparamos durante 2018 com muito investimento na área para atender a requisitos da teleconsulta. Mas tivemos de ajustar nossos planos e esperar a regularização."
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EXAME
Governo confirma Novo eSocial e mudanças nas normas
Pouco tempo depois de o governo anunciar que faria uma revisão nas NRs (Normas Regulamentadoras) que definem a área de SST (Saúde e Segurança do Trabalho) já se tem as primeiras mudanças através de portarias publicadas. O governo também prometeu mudanças no eSocial SST, chamando o sistema de "Novo eSocial", com o objetivo de simplificar e modernizar, deixando as obrigações acessórias mais fáceis de serem atendidas pelos empregadores e preservando os investimentos já realizados. Tem-se então as primeiras mudanças e um direcionamento através de Nota Técnica publicada no portal do eSocial.
Esses acontecimentos marcam de certa forma um novo momento para a área de medicina e segurança do trabalho e principalmente para os prestadores de serviço. Como tudo que é novo, é importante tomar conhecimento das mudanças e principalmente do direcionamento das políticas nessa área, para traduzir se é benéfico ou se prejudica o ambiente de negócios atual. A comunicação por parte dos membros do alto escalão do governo e da mídia nacional tem gerado muitos ruídos, o que tem gerado insegurança e incompreensão para os interessados da área. Mas se for observada a comunicação escrita publicada oficialmente, essa apresenta maior coerência apesar de, em certos momentos, não esclarecer tudo.
É sabido que todas as NRs serão revisadas até o final do ano de 2019. Já foi publicado o cronograma dessas revisões e também é possível acompanhar e participar de consultas públicas através do participa.br [1].
Até o presente momento tem-se:
NR-1 Disposições Gerais: modificada pela Portaria Nº 915, de 30 de julho de 2019 [2] NR-2 Inspeção Prévia: revogada pela Portaria Nº 915, de 30 de julho de 2019 [2] NR-12 Máquinas e Equipamentos: modificada pela Portaria Nº 916, de 30 de julho de 2019 [3]
As modificações realizadas na NR-1, em resumo, visam modernizar as regras dos treinamentos/capacitações do trabalhador e também dar um tratamento diferenciado para as empresas de menor porte: MEI, ME e EPP. Para exemplificar ela trouxe mudanças como a incorporação da modalidade de treinamento a distância (EaD) e misto (semipresencial), além de aproveitamento de treinamentos. Já no campo do tratamento diferenciado para as empresas de menor porte com baixo grau de riscos (1 e 2) é dispensado a elaboração de PPRA e PCMSO mediante declaração de inexistência de riscos.
A NR-2 foi revogada e exigia que todo estabelecimento novo antes de iniciar suas atividades tinha de solicitar aprovação de suas instalações ao órgão regional do MTb. Exigência essa que não era cumprida tão pouco fiscalizada.
As mudanças na NR-12 ocorreram após debates promovidos desde fevereiro deste ano pela Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), presidida pelo Ministério da Economia. A NR-12, considerada complexa, de difícil execução e desalinhada com padrões internacionais, foi modificada para atingir os seguintes propósitos:
Assegurar o alinhamento do País com as normas técnicas nacionais e internacionais Flexibilizar a aplicação com mais opções técnicas Diferenciar máquinas novas e usadas para alguns requisitos, respeitando as características construtivas Incorporar itens que garantam mais segurança jurídica Indústria 4.0 e robótica
Curiosamente, a nova NR-1 em seu item 1.5 aborda a prestação de informações digitais, ao que tudo parece será absorvido pelo eSocial SST:
1.5 Da prestação de informação digital e digitalização de documentos
1.5.1 As organizações devem prestar informações de segurança e saúde no trabalho em formato digital, conforme modelo aprovado pela STRAB, ouvida a SIT."
Eventos de SST continuam no eSocial
No dia 02 de agosto 2019 o governo publicou a Nota Técnica 15/2019 [4] no portal do eSocial, em linha com divulgações anteriores com objetivo de simplificar o eSocial. Ou seja, o eSocial não vai acabar, longe disso. O chamado Novo eSocial na verdade é uma simplificação robusta do que está em vigor atualmente, divido em fases. Havia uma indefinição grande sobre os eventos de SST, se iriam continuar ou se seriam extintos. Após muitas especulações, finalmente a NT 15/2019 deixou um pouco mais claro o caminho que será trilhado para essas obrigações.
Essa nota técnica, como o próprio título no portal eSocial menciona, marca o início da primeira fase da modernização do eSocial. Diversos campos relacionados a folha de pagamento e RH deixam de ser obrigatórios e diversos eventos deixam de existir, além de haver uma simplificação em regras, sempre preservando a estrutura atualmente utilizada. A nova versão adota o codinome v.2.5 (rev), porém ainda terá data divulgada para entrar em produção. Do lado da Segurança e Medicina Ocupacional dentro dessa primeira fase de revisões podemos citar a simplificação do evento de afastamentos, onde será possível registrar o fim de um afastamento previamente, o que facilita a organização do trabalho nos casos de términos já conhecidos, como licença maternidade.
Já na segunda fase, virá com modificações robustas como extinção de diversos eventos de folha/RH. Para os eventos de SST, tem-se o que segue:
Exclusão S-1060 – Tabela de Ambientes de Trabalho será incorporada provavelmente ao S-2240 que também será simplificado. Exclusão S-2221 – Exame Toxicológico do Motorista Profissional pois a portaria que exigia a informação no CAGED será revogada e, portanto, o evento perderá sua função.
Os demais eventos continuam, entretanto certamente serão fortemente simplificados. A segunda fase ainda prevê, entre outros:
Eliminação de mais de 500 campos do leiaute Eliminação do NIS Unificação de prazos para envio dos eventos Não exigência de dados já constantes em outras bases Simplificação das informações de Segurança e Saúde no Trabalho – SST
Nesse último item, temos a redução de 6 para 4 eventos de SST. Os eventos mantidos irão sofrer simplificação significativa. Serão mantidas informações necessárias para as obrigações acessórias como CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) e PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário). Notadamente a tabela de riscos, que tinha mais de 1.200 itens será drasticamente reduzida para algo em torno de 300.
Certamente isso é apenas o início de um novo ciclo, onde haverão várias adaptações e simplificações para os eventos de SST dentro do eSocial. Entretanto agora, as empresas prestadoras de serviços e aquelas com SESMT próprio devem ficar atentas e buscar informação sobre esse processo de mudança gradual que está ocorrendo.
Acontecerão mudanças em Normas Regulamentadoras e eSocial SST acontecendo simultaneamente. A mensagem do governo está mais clara nesse momento para todo setor, e deve-se convergir para os dados necessários ao atendimento das obrigações acessórias (CAT e PPP).
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação