Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 29/02 E 01/03/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Amil e Rede DOr negociam retomar acordo
NotreDame Intermédica vê oportunidade "enorme" em verticalização
Especialista reforça cuidados básicos para evitar transmissão de coronavírus
“Máscara dá uma falsa sensação de proteção contra o novo coronavírus. Se não lavar as mãos, de nada resolve”
Cientistas brasileiros sequenciam coronavírus da COVID-2019 em tempo recorde
Mandetta: quadro de coronavírus está "longe" do desespero no Brasil
Mais um caso de coronavírus no Brasil é confirmado pelo Ministério da Saúde
Apesar de 2º caso confirmado, coronavírus não circula pelo País
Após caso, Einstein enfrentou rumor e consulta cancelada
Hospital deve localizar paciente com suspeita que abandonar teste
CFM: médicos devem esclarecer sobre prevenção e tratamento do Covid-19
O GLOBO
Amil e Rede DOr negociam retomar acordo

Sem alarde, a Amil e a Rede D'Or estão negociando a volta da parceria.
Em abril passado, a Amil anunciou que estava descredenciando os hospitais da Rede D'Or, a maior do país, para os clientes de seus planos de saúde.
Quem acompanha as conversas de perto informa que ainda tem muito chão pela frente antes de algum acordo ser sacramentado.
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JORNAL DA SAÚDE

NotreDame Intermédica vê oportunidade "enorme" em verticalização

O presidente do grupo NotreDame Intermédica, Irlau Machado Filho, disse no dia 22 de fevereiro ao Valor Online que a companhia não acredita ter mais um limite de 70% na verticalização e que ainda há muita oportunidade nesse processo.
"Podemos imaginar [um percentual] de 75% a 80% em consultas. Já estamos em 70% em hospitalização, podemos chegar a 75%. Já temos objetivos importantes, que com a construção de uma rede própria vai acontecendo", disse o executivo.
Ele citou uma das iniciativas nesse sentido, que é a migração para produtos próprios na Green Line, comprada em 2019. "Antes a única que conseguia tirar vidas nossas era a GreenLine. Agora estamos oferecendo dentro da própria operação", afirmou. Perguntado sobre a oferta de planos para pessoas com mais de 50 anos, lançada em setembro, Machado Filho disse que as vendas estão três meses mais avançadas que o planejamento inicial e que o objetivo para 2020 é ampliar a cobertura, que hoje está restrita às cidades de Sorocaba e Jundiaí, no Estado de São Paulo.
O executivo disse ter uma visão positiva para o primeiro trimestre e também para o ano de 2020. "Vejo uma redução no número de demissões nas empresas e um ambiente competitivo favorável", disse o executivo, adicionando que o número de contratações tem avançado, mesmo que em um ritmo ainda não muito forte. Machado Filho disse não enxergar desaceleração no ritmo de crescimento orgânico da companhia para o ano, mas destacou também o papel das aquisições, afirmando que a lista de potenciais candidatos foi ampliada nos últimos tempos. Em 2019, a companhia fez seis operações.
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TV ANHANGUERA

Especialista reforça cuidados básicos para evitar transmissão de coronavírus
https://globoplay.globo.com/v/8361287/programa/
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JORNAL OPÇÃO

“Máscara dá uma falsa sensação de proteção contra o novo coronavírus. Se não lavar as mãos, de nada resolve”

Superintendente de Vigilância em Saúde alerta que máscara é recomendada para pacientes confirmados do novo coronavírus, diz que medo é normal, mas que pânico atrapalha porque gera desespero

A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (Suvisa-SES), Flúvia Amorim, trocou a mesma área de atuação na Prefeitura de Goiânia para assumir o cargo no governo no momento em que o novo coronavírus fez surgir milhares de casos da doença Covid-19 pelo mundo.
Os primeiros contágios foram confirmados no início de janeiro na China, mas a doença já chegou ao Brasil, com dois casos confirmados de pacientes em São Paulo. Ao mesmo tempo, o pânico e a desinformação levaram as pessoas a uma corrida às farmácias para comprar máscaras. “É muito mais importante lavar as mãos do ficar usando máscara o tempo inteiro”, destaca Flúvia.
A epidemiologista titular da Suvisa vê avanços na experiência com outros casos novos e graves de gripe, como a H1N1, que trouxeram protocolos de atuação, tratamento e coleta de material para análise de novos vírus, como é o caso do SARS-CoV-2. Flúvia observa o que leva um paciente a ser considerado como caso suspeito do novo coronavírus: “Se a pessoa esteve em um país considerado de transmissão sustentada nos últimos 14 dias, tem febre e tosse, ela entra como caso suspeito”.
Rodrigo Hirose – São quantos casos suspeitos em Goiás de contágio do novo coronavírus?
Estamos até agora com dois [após a entrevista, concedida no final da tarde de quinta-feira, 27, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) descartou três casos suspeitos em Goiás. Na contagem do Ministério da Saúde, ainda consta que Goiás tem cinco suspeitas em análise].
Inclusive foram feitas coletas dos dois pacientes e estamos aguardando resultados de exames [já divulgados, com suspeitas descartadas], que podem sair em até 72 horas. Mas geralmente têm saído antes, como foi feito no caso dos repatriados, que a previsão era de 72 horas, mas os resultados saíam entre 24 horas e 36 horas.
Augusto Diniz – Os dois casos suspeitos não consideram aquele que foi descartado na quarta-feira, 26, pelo Hospital de Doenças Tropicais (HDT)?
Todos são encaminhados para o HDT.
Rodrigo Hirose – O caso de suspeita que surgiu em Formosa está entre os dois que foram descartados?
Precisamos esperar o paciente chegar ao HDT para avaliar e saber se se tratava de um caso de contágio no novo coronavírus. O que se verificou é que não se trata de um caso da doença Covid-19.
Para ser suspeito tem todos os critérios de definição de caso pelo Ministério da Saúde. Há um equipe avaliando outros que foram notificados para saber se entrarão ou não. Repassamos para o Ministério, que valida para que possamos considerar como um caso realmente suspeito.
Rodrigo Hirose – Quais são os critérios?
Tem de apresentar febre e um sintoma respiratório, que pode ser tosse ou falta de ar e ter histórico de viagem para países que apresentaram transmissão nos últimos 14 dias que antecederam os sintomas.
Hoje são 16 países considerados com transmissão sustentada. Se a pessoa esteve em um desses países nos últimos 14 dias, tem febre e tosse, ela entra como caso suspeito.
Rodrigo Hirose – Febre e tosse são sintomas comuns de diversas gripes.
A diferença, neste momento, é o histórico de viagem. O que estamos vivendo agora é igual ao que vivenciamos em 2009 com o H1N1. Também foi desse jeito. Todas as síndromes gripais eram notificadas e investigadas. Depois que a doença se dispersou, passamos a investigar só casos graves.
Hoje, para H1N1, só investigamos e coletamos material de caso grave.
Augusto Diniz – Qual a diferença entre o exame inicial e aquele realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen) no tempo de conclusão do laudo?
Por que o Lacen demorava para chegar aos resultados dos exames? Porque a equipe estava sendo capacitada e realizando análises de material coletado ao mesmo tempo. Por isso tínhamos a demora de até 72 horas.
A partir do momento em que já tivermos um know-how, uma experiência maior, os resultados passam a sair mais rápido. É possível que cheguemos em determinado momento a dar resultado em 24 horas.
Rodrigo Hirose – É um teste que identifica o vírus?
O vírus. É um cotonete com uma haste grande que entra profundamente nas duas narina e na garganta. O material vai em um meio de transporte em um tubo e no laboratório é feito todo o processamento da amostra para identificar o vírus.
É um exame muito específico. A chance de dar falso positivo é praticamente nenhuma. Quase zero. A especificidade é de 99%.
Augusto Diniz – Tem aumentado a quantidade de informações distorcidas ou falsas divulgadas nas redes sociais e aplicativos de mensagem sobre casos de Covid-19 e o novo coronavírus. Como a Suvisa, a Secretaria de Saúde e o Ministério têm trabalhado para tentar combater as mentiras e fazer com que a informação oficial chegue com mais facilidade à população?
Hoje quem quiser ter alguma informação, o site do Ministério da Saúde tem disponível e de fácil acesso. O Ministério lançou um serviço que serve para avaliar fake news. Se você recebe uma mensagem e tem dúvida se é verdade ou não, você manda para o site e o Ministério responde se é fake ou não.
O Ministério criou esse serviço justamente para tentar diminuir a desinformação. E temos orientado as pessoas a não compartilhar qualquer informação. Estou o dia inteiro em grupos de mães da escola, dos moradores do meu prédio respondendo perguntas se tal informação é verdadeira ou não. E vamos respondendo.
Rodrigo Hirose – Pena que não tem uma Flúvia em cada grupo escolar ou de condomínio.
Na medida do possível eu respondo. As mães perguntam se uma mensagem procede. Não busque em determinado lugar, pesquise no site do Ministério da Saúde. Repasso, inclusive, os boletins para não ter problema.
Mas é algo que temos de trabalhar. E orientar a população.
Augusto Diniz – No geral, é possível sentir o nível de pânico da população com a possibilidade de chegada em Goiás do novo coronavírus?
O medo é algo natural do ser humano quando se tem algo novo que é desconhecido. O vírus SARS-CoV-2 não é conhecido, mas não é totalmente desconhecido. Já vivemos outras epidemias no mundo por essa família de vírus. Esse, especificamente, é uma cepa nova.
O Brasil e o mundo tiveram uma experiência com H1N1. Vivemos uma experiência anterior que nos serviu de base para trabalhar agora. Não estamos partindo do zero. Quando falamos de protocolo dentro de um hospital, como a reunião que acabei de sair no HDT, a fala é a mesma: temos de fazer a mesma coisa que fazemos para H1N1.
O equipamento de proteção individual para o profissional da saúde é o mesmo, o protocolo de coleta é o mesmo. O tratamento é diferente porque para o novo coronavírus não tem um tratamento específico. Para H1N1 tinha, que é o Tamiflu (Oseutamivir). No restante é praticamente a mesma coisa.
Augusto Diniz – Quais são os equipamentos de proteção individual exigidos?
Depende da situação. Se for gotícula nós falamos em precaução para gotícula. Um exemplo é a conversa aqui com vocês. Mascara, principalmente para quem está sintomático. A primeira medida é colocar máscara no paciente.
O profissional usa luvas. Se for fazer procedimentos, é usado um outro tipo de máscara, avental de proteção, óculos protetor. Depende da situação.
Rodrigo Hirose – A divulgação das imagens do profissional todo protegido não ajuda a espalhar um pouco de pânico? A pessoa assiste à TV e vê um médico todo coberto.
Ajuda. Gera muito pânico, gera muito medo. Vivemos isso com o H1N1. Não foi diferente. Quando surgiram casos de ebola em outros países. O que podemos trabalhar para evitar o pânico?
O medo é normal. Não pode ter pânico. Porque o pânico é o desespero. Vi reportagens mostrarem que não tem máscara nas farmácias.
Rodrigo Hirose – Isso é pânico?
Isso é pânico. A máscara dá uma falsa sensação de proteção. Vi em várias reportagens a pessoa com máscara. Aí a pessoa abaixa a máscara para coçar o nariz. Abaixa a máscara e coça o olho. Não adiantou nada usar a máscara.
Se a pessoa não lavar as mãos, de nada resolve. É muito mais importante lavar as mãos do ficar usando máscara o tempo inteiro.
Rodrigo Hirose – Estamos há quase dois meses de quando foi confirmado o primeiro caso. Nesse período, o que foi possível aprender sobre o novo coronavírus?
Tudo que é feito em relação a protocolo na Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde se baseia em evidências científicas, que são estudos de fontes confiáveis que são publicados. Inclusive estou com dois estudos interessantes sobre quanto tempo o novo coronavírus sobrevive em superfície.
A medida que os estudos saem os protocolos também são modificados. Se tem alguma novidade, muda-se o protocolo baseado nos estudos. Hoje sabemos que a forma de transmissão é via gotícula de saliva. Sabemos que o período de incubação vai de zero a 14 dias, mas a grande maioria entre sete e dez dias.
Entre o momento que a pessoa entra em contato com o vírus a desenvolver sintomas, até 14 dias com média de sete a dez dias. Em dez dias, a maioria das pessoas que desenvolvem a doença apresentam sintomas nesse período.
Os casos graves têm se concentrado em faixas etárias mais altas e em idosos. Isso é o que sabemos até o momento. Isso pode mudar? Pode.
Augusto Diniz – Crianças estão incluídas nas faixas etárias com maior risco de contágio?
Nos casos na China, não vimos relevância em relação a casos em crianças. Estamos vendo isso agora na Itália.
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YAHOO

Cientistas brasileiros sequenciam coronavírus da COVID-2019 em tempo recorde

Após o surgimento de um novo tipo de coronavírus na China, em poucos meses iniciou-se uma epidemia que já está tomando proporções internacionais. A COVID-2019, nova doença cujos sintomas se parecem com os de uma gripe, vem preocupando não só as pessoas na China, como no mundo todo. Afinal, o vírus tem se espalhado rapidamente para fora das fronteiras do país asiático e foi confirmado também aqui no Brasil.
Em plena quarta-feira de cinzas (26), o primeiro caso de COVID-2019 no Brasil foi comunicado pelo Ministério da Saúde. Um homem de 61 anos, que tinha viajado para a Lombárdia, na Itália, nas ultimas semanas, apresentou os sintomas da doença e foi internado em São Paulo -SP, onde foram feitos os exames e dado o diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus (chamado cientificamente de SARS-CoV-2).
A partir de então, pesquisadores brasileiros entraram em uma missão: sequenciar o genoma do vírus coletado de amostras do paciente na capital paulista. E conseguiram. O mérito é da equipe do Instituito Adolfo Lutz (IAL) e do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP), que, mais do que depressa, conseguiu fazer o sequenciamento "em tempo real", isto é, enquanto a epidemia acontece. Os brasileiros contaram com o apoio remoto de pesquisadores das universidades de Birmingham, Edinburgh e Oxford, no Reino Unido.
À BBC News Brasil, a pesquisadora do IMT-USP Ester Cerdeira Sabino conta que a corrida contra o tempo dos brasileiros gerou resultados em apenas 48 horas, enquanto a média dos outros países é obter o genoma em 15 dias. "Queríamos fazer em 24 horas, bater o recorde, mas não funcionou tudo (no processo). Fizemos em 48 horas, como o Instituto Pasteur (na França)", revelou.
Na trilha do caso brasileiro
A equipe brasileira divulgou os resultados nesta sexta-feira (28), revelando que, das dezenas de amostras do novo coronavírus já analisadas mundialmente, o material genético do vírus do paciente brasileiro tem maior compatibilidade com o de um vírus sequenciado na Bavária, Alemanha – o que pode dar pistas de que o patógeno tenha se disseminado pela região, chegando posteriormente à Itália, onde o brasileiro esteve, e só então viajando até o Brasil.
Na região italiana, ainda não houve sequenciamento do vírus pelos pesquisadores locais. Os primeiros a conseguirem mapear o genoma do SARS-CoV-2 foram os chineses, e, ao ser comparado com o coronavírus de lá, o tipo brasileiro apresenta três mutações, duas delas compatíveis com a do vírus encontrado na Alemanha. Isso, segundo Jaqueline Goes de Jesus, pós-doutoranda do IMT-USP, "provavelmente é uma mutação que já aconteceu na transmissão para o paciente brasileiro".
De posse dos resultados, os pesquisadores brasileiros não perderam tempo: ao invés de segurarem o resultado para publicar em algum periódico internacional, decidiram por divulgar o genoma do coronavírus sequenciado aqui no Virological.org, uma plataforma mundial voltada a virologistas, epidemiologistas e especialistas em saúde pública, para que discutam, compartilhem e debatam suas ideias e resultados de pesquisas. Diante da urgência e do risco de pandemia, encontraram no fórum a melhor saída.
Tecnicamente, a sequência obtida possui 96% de cobertura, o que já caracteriza um genoma completo. Mesmo assim, os pesquisadores brasileiros continuarão trabalhando até sequenciarem totalmente o material genético do vírus, e se disponibiliza para analisar eventuais novos casos confirmados no país.
Os vírus causadores de doenças do trato respiratório são patógenos conhecidos por suas constantes mutações, que acontecem devido a uma série de fatores isolados ou combinados, como organismo do hospedeiro e fatores ambientais. Quando encontram um novo hospedeiro, pode ser que ocorram erros no processo de replicação do RNA viral, gerando as tais mutações que interferem em seu genoma. Isso pode causar tanto vantagens evolutivas quanto desvantagens, deixando-o menos potente, por exemplo, interferindo em sua estabilidade.
Isso também dificulta o trabalho dos laboratórios na fabricação de vacinas, que trazem fragmentos dos vírus como antígenos para ativar as células de defesa do organismo humano após sua injeção na corrente sanguínea. Afinal, após o sequenciamento de uma amostra viral, pode ser que, até que a vacina fique pronta e seja liberada pelas agências reguladoras, o vírus tenha mudado seu material genético ao ponto de não ser mais neutralizado pelos anticorpos de quem foi vacinado, por exemplo.
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EXAME ONLINE

Mandetta: quadro de coronavírus está "longe" do desespero no Brasil
Ministro disse ainda que há casos graves de infecções já conhecidas em alta, como sarampo, e que devem ser observados
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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), disse que não causa "desespero" a situação do novo coronavírus no Brasil. "Não não. Longe disso", disse ele ao Estadão nesta sexta-feira, 28.
Mandetta afastou ainda a possibilidade de falta de produtos para enfrentamento da doença. "A equipe do ministério vai organizar. A partir do momento em que o arsenal de insumos for pedido pelos médicos, vamos atender."
O ministro afirmou que o governo trabalha com "ciência" e que seria "imaginação" traçar cenários sobre a gravidade da doença no país . "Imaginação perto de ciência não cabe. Agora é estudar, estudar e estudar. E responder com ciência, ciência e ciência."
Mandetta disse que ainda é preciso verificar o comportamento do vírus no clima tropical para reagir. Até esta sexta-feira, o Brasil tinha um caso confirmado e 182 suspeitas. O próximo balanço será divulgado na segunda-feira, 2. "A gente tem de lidar com o comportamento do vírus, conforme ele vai se manifestar num país tropical. Vamos aguardar", afirmou.
Para o ministro, apesar do alerta pela nova doença, há casos graves de infecções já conhecidas em alta, que devem ser observados. "Eu comentei lá em São Paulo. Todos falando de novo coronavírus e, na véspera, uma criança havia morrido com sarampo porque não havia sido vacinada", declarou.
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou na quinta-feira, 28, a primeira morte por sarampo de 2020. A vítima é uma criança da capital paulista.
Em 2020, até 8 de fevereiro, foram registradas duas mortes por sarampo e 338 casos da doença, segundo o Ministério da Saúde. A doença estava erradicada no Brasil, mas voltou a circular com força no último ano e a atingir crianças não vacinadas.
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PORTAL 6

Mais um caso de coronavírus no Brasil é confirmado pelo Ministério da Saúde

Órgão anunciou que vai alterar o fluxo de notificação dos casos suspeitos
O Ministério da Saúde informou na tarde deste sábado (29) que foi confirmado o segundo caso do novo coronavírus no país. Pelo Twitter, a pasta disseque o paciente infectado também é de São Paulo e esteve na Itália, ou seja, é um caso importado, como o primeiro divulgado.
De acordo com o Ministério da Saúde , não há evidencias de circulação do vírus em território nacional. Até o momento, 182 casos suspeitos de coronavírus são monitorados no Brasil. O órgão informou também que vai alterar o fluxo de notificação dos casos suspeitos do novo coronavírus a partir da próxima segunda-feira (02).
Com a mudança, a pasta vai deixar de centralizar as informações e passar a considerar integralmente os dados repassados pelos gestores locais. Antes, cada notificação era reanalisada pela equipe do Ministério da Saúde. "A ação de descentralização da consolidação dos casos busca dar agilidade de resposta à doença", disse.
Segundo a pasta, o novo fluxo foi acordado com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS). A pasta informou ainda que as equipes dos ministérios vem treinando os estados, ao longo das últimas semanas, para consolidar os dados sobre notificação de casos suspeitos.
"A partir de agora as secretarias estaduais ficarão responsáveis por fazer a análise dos seus casos. Depois enviarão os dados mais refinados para o Ministério da Saúde", explicou o secretário-executivo do ministério, João Gabbardo.
Procedimento similar já foi adotado em relação aos laboratórios para realizarem os exames para coronavírus. Inicialmente, o diagnóstico era realizado apenas pela Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Atualmente, também são considerados laboratórios de referência nacional: Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, o Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará e o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) de Goiás, em Goiânia. Esses laboratórios já capacitados irão ajudar no esforço nacional de ampliação da capacidade laboratorial dos demais Lacens nos estados.
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O ESTADO DE S.PAULO

Apesar de 2º caso confirmado, coronavírus não circula pelo País

A confirmação do segundo caso importado do novo coronavírus em São Paulo não muda o cenário nacional, segundo o Ministério da Saúde. "Não há mudança da situação nacional, pois não existem evidências de circulação sustentada do vírus em território brasileiro", afirma a Pasta em nota divulgada no sábado.

O segundo caso confirmado de coronavírus no Brasil é de um paciente homem, de 32 anos, residente em São Paulo, que chegou da Itália no dia 27 de fevereiro, de voo procedente de Milão, na região da Lombardia (norte do país), quando também iniciou os sintomas. Ele foi atendido no Hospital Albert Einstein na sexta-feira, 28.

Para a confirmação do novo caso, o ministério considerou final os testes realizados pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), o exame específico para SARS-CoV2 (RT-PCR, pelo protocolo Charité), conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo informações repassadas pela Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo ao ministério, durante o voo, o homem usou máscara e, no atendimento, foram relatados febre, tosse, dor de garganta, mialgia (dor muscular) e dor de cabeça.

O paciente recebeu orientação de isolamento domiciliar pois o quadro clínico é leve e estável. Ele estava acompanhado no voo da esposa, seu único contato domiciliar, que está assintomática. "Ambos estão isolamento domiciliar e monitoramento diário pela Secretaria Municipal de São Paulo", afirma a nota do ministério.


Ainda de acordo com informações da Saúde, está em curso por meio das secretarias estadual e municipal, juntamente com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a investigação de contatos próximos durante o voo e outros locais.

Coronavírus no Brasil
O País contabiliza dois casos confirmados do novo coronavírus, ambos com local de infecção na Itália e residentes no Estado de São Paulo. Até sexta-feira, 28, são 182 casos suspeitos e 71 casos descartados em todo o Brasil. Neste domingo, o ministério vai atualizar a base com informações repassadas pelo Estado de São Paulo e, na segunda-feira, 2, às 16h, serão atualizados os dados de todo o Brasil.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), foram confirmados 85.403 casos em todo o mundo. Destes, 2% (1.753) são casos novos. Há confirmação de coronavírus em um total de 54 países, com registro de 2.924 mortes, o que representa uma taxa de letalidade global de 3,4%.
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Após caso, Einstein enfrentou rumor e consulta cancelada

Quando o empresário de 61 anos, posteriormente confirmado como o primeiro caso de coronavírus do País, deu entrada no pronto-atendimento do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, na noite de segunda-feira, a primeira hipótese era a de um quadro gripal simples. Naquele momento, o Ministério da Saúde nem tinha anunciado oficialmente em suas plataformas que pacientes vindos da Itália também deveriam ser monitorados, mas, por cautela, o Einstein decidiu testá-lo para o novo vírus.
"O paciente apresentava sintomas muito leves de gripe, mas tinha no histórico a vinda da Itália. Apesar de não constar na diretriz da OMS (Organização Mundial da Saúde) que a gente tinha de ter preocupação com cidadãos oriundos da Itália, a gente entendeu que, pela viagem dele e por, naquele fim de semana estar aumentando o número de casos na Itália, seria melhor certificar e colher o sangue. No momento do atendimento, ninguém sabia que ele podia ter o coronavírus", contou o presidente do Albert Einstein, Sidney Klajner.
Como o paciente tinha quadro sem complicações, ele permaneceu só uma hora no pronto-atendimento, foi liberado na noite de segunda e orientado de que o resultado dos exames sairia no dia seguinte. Na manhã de terça, veio a confirmação e a direção do hospital convocou reunião emergencial. A ação rápida na realização dos testes e definição de condutas foi possível, segundo Klajner, porque o hospital já havia montado em dezembro um grupo extraordinário para tratar da evolução do surto de coronavírus.
Mesmo com a preparação interna, o hospital teve de enfrentar situações de medo e desinformação por parte de pacientes e funcionários após a confirmação do caso. Na noite de terça, quando o ministério confirmou publicamente o caso, 21 pacientes cancelaram consultas marcadas no hospital para o dia seguinte e outros quatro quiseram adiar cirurgias agendadas.
"Uma paciente que eu operaria na quarta-feira cedo me ligou terça à noite perguntando se não valia a pena adiar a cirurgia porque o hospital estaria infestado de vírus." Klajner conta que explicou a ela a forma de transmissão da doença. "Falei que estou indo para o hospital todos os dias às 6 horas da manhã porque julgo que o hospital é o lugar mais seguro para eu estar. Ela se convenceu e já operou", conta ele, que é cirurgião do aparelho digestivo.
Funcionários também tiveram de ser tranquilizados e melhor informados. "Nós precisamos passar informações com referência, conversar com as secretárias dos consultórios que estão aqui dentro e com os profissionais de atendimento. Por um desconhecimento, a gente encontrou orientações das secretárias dos médicos as mais variadas possíveis, do tipo: 'use máscara na entrada do consultório'. Nossa diretoria de prática médica parou tudo o que estava fazendo e fez a abordagem consultório por consultório pessoalmente para explicar, deixar um QR Code que direciona para o blog com perguntas e respostas e orientar os médicos no homem a homem", conta ele.
Para minimizar rumores e medo, o hospital divulgou esclarecimentos em seu site e redes sociais. Com isso, o número de cancelamentos de consultas na quinta-feira passou para apenas quatro. Ontem, nenhum cancelamento foi registrado.
Telemedicina
O paciente com coronavírus, diz Klajner, nem precisou voltar ao hospital após o diagnóstico. É acompanhado pela equipe por recursos de telemedicina, com ligações e videoconferências, se preciso – parentes também são orientados sobre medidas de prevenção. Só a médica que atendeu o empresário está em isolamento por precaução. Os protocolos de segurança foram ampliados com a implementação de 12 leitos de isolamento no pronto-atendimento e a ativação de ala específica para pacientes com sintomas respiratórios na triagem. "Esse paciente já sai da triagem com máscara, higienizando a mão com álcool em gel e vai para outro espaço. De modo eletrônico, o profissional já fica sabendo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Hospital deve localizar paciente com suspeita que abandonar teste

Hospitais e unidades de saúde deverão ir atrás de pacientes com suspeita do novo coronavírus que abandonarem os exames, segundo o Ministério da Saúde. O protocolo será tentar identificar o destino do paciente e apurar onde esteve e com quem teve contato. Houve casos em São Paulo e Salvador de pacientes que deixaram hospitais após testes iniciais darem negativo. No Rio, a Justiça determinou até internação compulsória de um casal de franceses com suspeita da doença.
Após descobrir o paradeiro e entender o motivo de ter deixado o hospital, a secretaria será orientada a coletar o material para concluir os exames laboratoriais, segundo o secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira.
Um paciente que estava sendo atendido anteontem no Hospital São Paulo, com suspeita de infecção, foi embora sem que todos os resultados tivessem sido liberados e sem ter alta médica. Ele havia voltado da Itália e apresentava sintomas de gripe. Um primeiro teste havia dado negativo para o coronavírus e para influenza.
A equipe médica o havia internado em isolamento e ainda esperava resultado de um exame. Ele, então, manifestou a intenção de deixar o local. Em nota, a Universidade de Federal de São Paulo (Unifesp), responsável pelo hospital, informou que seguiu os protocolos da Secretaria de Estado da Saúde e do ministério para pacientes com suspeita e que ele foi transferido para a Unidade de Isolamento Respiratório da Enfermaria de Doenças Infecciosas e Parasitárias, onde foram feitos exames.
A secretaria paulista disse, em nota, que "os serviços de saúde devem respeitar a liberdade de ir e vir e não têm a prerrogativa de reter qualquer pessoa que se recusar a permanecer na unidade ou a receber o tratamento prescrito pelo médico".
Presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), Mario Jorge Tsuchiya diz que a alta é prerrogativa do médico e pacientes não podem decidir quando sairão do hospital. "Se não teve alta, algum motivo teve para ele ficar." Para ele, o hospital "teria a obrigação" de fazer boletim de ocorrência relatando a evasão para se resguardar.
Rio. O pedido de internação compulsória de turistas franceses com suspeita da doença foi feito pela prefeitura de Paraty. A dupla chegou ao local na segunda e estava em isolamento. Após a sentença, os testes indicaram que eles não tinham a doença. O caso tramitou em segredo judicial.
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AGÊNCIA BRASIL

CFM: médicos devem esclarecer sobre prevenção e tratamento do Covid-19

O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nesta sexta-feira (28) nota onde expressa preocupação diante do risco do aumento de casos pela contaminação com o novo coronavírus. A autarquia tem participado de reuniões no Ministério da Saúde para a elaboração do plano de contingência para o atendimento de prováveis vítimas.
O ministério informou nesta sexta-feira (28) que existem 182 casos considerados suspeitos de coronavírus no Brasil. Até agora, 71 casos já foram descartados e um caso confirmado em São Paulo. Dados atualizados da Organização Mundial da Saúde apontam para 82.294 casos de coronavírus em 46 países, deste total são 1.185 novos casos. Ao todo, 2.804 pessoas morreram em virtude da doença. A China é o país com maior incidência do coronavírus, com 78.630 casos confirmados e 2.747 mortes.
Entre as preocupações expressadas pelo CFM estava a necessidade de promoção de campanha de esclarecimento sobre a doença. Em entrevista coletiva realizada nesta sexta, o Ministério da Saúde também informou que começa hoje uma campanha publicitária para reduzir o risco de transmissão do novo coronavírus. Segundo a pasta, o foco da ação será nos hábitos de higiene e nas precauções sobre contato físico entre as pessoas. O custo previsto da ação é de R$ 10 milhões e será veiculado em Internet, rádio e televisão.
Médicos
O CFM ressalta na nota que os médicos brasileiros devem ajudar no esclarecimento da população sobre a prevenção e o tratamento da doença, "ajudando a evitar o pânico na população e, se necessário, agindo rápido no encaminhamento de casos suspeitos para observação e tratamento. Esse esforço vale para atendimentos realizados tanto na rede pública quanto privada".
Os profissionais devem comunicar às autoridades competentes sobre a necessidade de ajustes em fluxos assistenciais ou de suprimento de exames, equipamentos, insumos, medicamentos ou mesmo de profissionais nas equipes de retaguarda, em caso de falta.
Cuidados
Segundo o CFM, medidas simples devem ser incorporadas à rotina das pessoas para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas:
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.
– Se não houver água e sabão, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
– Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas.
– Evitar contato próximo com pessoas doentes.
– Ficar em casa quando estiver doente.
– Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
No caso dos profissionais da saúde, o CFM recomenda:
– Usar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
– Na realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias (intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro etc.) deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
Informações confiáveis
O Conselho ressalta ainda que a população deve compartilhar informações de fontes confiáveis, como as disponíveis em sites do Ministério da Saúde, de Secretarias de Saúde, de entidades de médicas e de veículos da imprensa reconhecidos pela sua credibilidade.
"Não devem ser repassadas notícias falsas, mesmo aquelas aparentemente cômicas e inofensivas. Nesse momento, o acesso à informação correta impede pânico e confusão, o que ajuda a salvar vidas e proteger a saúde", afirma o CFM.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação