Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 05/03/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
MP ouve secretário estadual de Saúde sobre denúncias de fraudes no ponto de médicos do HDT
Goiás tem três homens e quatro mulheres com suspeita de coronavírus, diz Ministério da Saúde
Ministério da Saúde confirma terceiro caso de coronavírus no Brasil
ANS nega cobertura de exame
Quem precisa ser internado em isolamento no hospital?
Coronavírus: por que todos os casos no Brasil foram registrados em São Paulo?
Congresso mantém veto a trechos da MP Médicos pelo Brasil

PORTAL G1

MP ouve secretário estadual de Saúde sobre denúncias de fraudes no ponto de médicos do HDT
https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2020/03/04/mp-ouve-secretario-estadual-de-saude-sobre-denuncias-de-fraudes-no-ponto-de-medicos-do-hdt.ghtml

Pasta confirmou o afastamento do diretor-geral e da diretora-técnica e alegou que a decisão foi tomada pela Organização Social que administra a unidade. Novo chamamento de profissionais está previsto para este mês.
Por Téo Taveira e Rafael Oliveira, TV Anhanguera e G1 GO

O secretário Estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, foi questionado pelo Ministério Público de Goiás (MP) sobre a decisão de afastar o diretor-geral e a diretora-técnica do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em Goiânia. Em conversa com a promotora de Justiça Villis Marra, o secretário alegou não ter participado ativamente da deliberação, que teria sido tomada pela Organização Social (OS) que administra o hospital.
A Secretaria Estadual de Saúde confirmou nesta quarta-feira (4) o afastamento dos diretores, após denúncia de médicos suspeitos de fraudar a folha de ponto manual para descumprir a carga horária de trabalho, exibida pela TV Anhanguera.
Antes do afastamento, o secretário admitiu que foi consultado pela OS e opinou acerca de uma ausência de "clima" dentro do hospital para que a direção continuasse. "Nós instituímos o gabinete de crise para que este momento de tensão e crise possa ser resolvido e respaldado sem qualquer prejuízo para a operação, aos pacientes e ao ensino", declarou Alexandrino.
Segundo o secretário, o superintendente de Atenção à Saúde, uma subsecretária e uma assessora, que é médica, "estão dentro do hospital fazendo o necessário para deixar a casa em ordem".
Alexandrino diz ainda que os médicos professores estão trabalhando no acompanhamento aos residentes, até que a secretaria publique um novo chamamento de profissionais para o hospital, previsto para 11 de março.
A promotora Villis Marra avaliou a situação como "urgente" e "temporária". Marra afirma que a "situação não perdurar por muito tempo, até pela tranquilidade e segurança que as pessoas precisam" e que um novo diretor deve ser nomeado.
Médicos pediram para deixar os cargos
Os médicos preceptores do HDT, responsáveis por orientar alunos residentes, pediram afastamento das funções acadêmicas, em 20 de fevereiro, após as denúncias de fraudes, de acordo com a assessoria dos profissionais. Sete profissionais são investigados, mas 14 chegaram a pedir para deixar as atividades como professores.
Um dia depois, desistiram de entregar os cargos e voltaram a ensinar os residentes após anúncio da publicação de uma portaria para regulamentar a jornada de trabalho
Os médicos que trabalham no hospital são concursados e recebem em média R$ 15 mil por mês para trabalhar 20 horas por semana. O salário é calculado com base nas horas que eles alegam ter trabalhado, já que todos são dispensados de bater o ponto eletrônico, o que só acontece porque, além de médicos, eles também orientam estudantes de medicina.
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Goiás tem três homens e quatro mulheres com suspeita de coronavírus, diz Ministério da Saúde
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, todos os pacientes tiveram materiais coletados e aguardam resultado do exame. Outros sete casos já foram descartados e oito excluídos por não atenderem os parâmetros estabelecidos.
Por Rafael Oliveira, G1 GO

Goiás registra nesta terça-feira (3) sete casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus, sendo três homens e quatro mulheres. A Secretaria Estadual de Saúde informou que seis pacientes possuem residência em Goiânia e um em outro país. Todos já tiveram material coletado para exames.
A pasta diz que outros sete casos já foram descartados no estado e oito foram excluídos por não atenderem os critérios de definição de caso suspeito estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Um dos casos suspeitos foi confirmado pelo secretário municipal de Saúde de Jataí, Luiz Carlos Bandeira. O paciente é um homem de 20 anos, que está isolado em um quarto do Hospital das Clínicas na cidade.
"Ele está bem de saúde, mas devido a suspeita, está internado no Hospital das Clínicas e está sendo observado", diz Bandeira.
A Secretaria estadual, no entanto, analisa o caso de Jataí e não o considera como suspeito. Dos sete suspeitos, um reside no exterior, mas como está em Goiânia, entrou para a estatística do estado.
Os números divulgados pelas secretarias estaduais e o Ministério da Saúde não são necessariamente iguais, já que os órgãos têm horários e procedimentos distintos para apresentação de seus boletins diários.
Casos só são considerados oficialmente suspeitos depois de o Ministério da Saúde, cumprindo o protocolo, incluir os referidos casos na lista de suspeitos divulgada pelo órgão. No Brasil, houve a confirmação de um paciente com a doença em São Paulo.

Nota da SES-GO
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informa que não há nenhum caso confirmado do novo coronavírus no Estado. Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde (MS), há sete casos suspeitos do novo coronavírus em investigação em Goiás, sendo três homens e quatro mulheres. Destes sete casos suspeitos, seis possuem residência em Goiânia e um em outro país. Todos já tiveram material coletado para exames.
A SES-GO informa que outros sete casos já foram descartados no Estado e oito foram excluídos por não atenderem os critérios de definição de caso suspeito para coronavírus estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
A Secretaria monitora sistematicamente suspeitas de novos casos, seguindo rigorosamente as orientações do MS para a identificação de novos registros.

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Ministério da Saúde confirma terceiro caso de coronavírus no Brasil

Paciente é um colombiano de 46 anos que esteve na Itália. Ele está em isolamento em casa, em SP. Outro caso suspeito teve a primeira confirmação e aguarda a contraprova.
Ministério da Saúde confirma terceiro caso de coronavírus no Brasil
O Ministério da Saúde confirmou, nesta quarta-feira (4), o terceiro caso do novo coronavírus no Brasil, todos em São Paulo. O paciente é um administrador de empresas colombiano de 46 anos.
No dia 9 de fevereiro, ele viajou para a Espanha, depois Itália, Áustria, Alemanha e, no dia 29, retornou para o Brasil, desembarcando em São Paulo. Nesta quarta-feira, com tosse, coriza, dor de garganta, ele foi ao Hospital Albert Einstein, que confirmou o diagnóstico do novo coronavírus. Ele está em isolamento domiciliar. Todas as pessoas que tiveram contato com ele, incluindo nos voos, estão sendo procuradas para um acompanhamento.
Um outro caso suspeito já teve a primeira confirmação de um laboratório particular. O Instituto Adolfo Lutz aguarda o resultado da contraprova. É uma adolescente de 13 anos, também de São Paulo, que viajou para Lisboa e, depois, foi de trem para a Itália.
Lá, ela fez uma cirurgia por causa de uma lesão num ligamento. Retornou a São Paulo e, mesmo sem apresentar sintomas, procurou um hospital para exames. Um caso fora da curva, segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
"Ela está fora de qualquer recomendação. Uma paciente que não tem coriza, não tem febre, não tem tosse, não tem nada, mas, pelo fato de ter vindo e ter passado por um hospital, por internação hospitalar, passado por procedimentos, eu imagino que isso motivou que ela fizesse o teste, mesmo estando assintomática", afirmou.
O número de casos suspeitos subiu para 531. A maioria deles em São Paulo (136), Rio Grande do Sul (98), Minas Gerais (82) e Rio de Janeiro (55); 315 casos foram descartados.
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CORREIO BRAZILIENSE
ANS nega cobertura de exame

» BRUNA LIMA
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) negou ontem que os planos de saúde estudem a possibilidade de cobrir os testes para a detecção do coronavírus. A afirmação de que a entidade que regula a saúde complementar avaliaria a hipótese foi dada por Breno Monteiro, presidente da Confederação Nacional da Saúde (CNSaúde), na última terça-feira, em entrevista ao programa CB.Poder, uma parceria entre o Correio e a TV Brasília.
A ANS destacou que a realização de testes em suspeitos de terem contraído o vírus da Covid-19 continua a cargo da rede pública, que recebe as amostras dos hospitais e as envia para análise de laboratórios de referência. Como a realização dos testes é gratuita, e garantida pelo Ministério da Saúde para todos os casos suspeitos, não haveria necessidade de os planos pagarem pelo exame, segundo a Agência. "O acompanhamento ds Covid-19 segue os protocolos e as diretrizes do Ministério da Saúde, autoridade sanitária responsável pela resposta brasileira à doença", salientou a reguladora.
Segundo ainda a nota da ANS, os pacientes diagnosticados com o novo coronavírus terão o tratamento garantido na saúde suplementar. A obrigatoriedade de cobertura pelos planos de saúde, segundo a Agência, variam de acordo com cada convênio. "O tratamento independe do resultado laboratorial e deve ser indicado a partir do diagnóstico clínico", explica a nota. A entidade acrescentou, ainda, que está alinhada ao Ministério. "Trata-se de uma questão de saúde pública", ressaltou.
Para cobrir uma eventual demanda por diagnóstico do novo coronavírus, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) produz, por semana, de 25 a 30 mil kits de teste. O ritmo, segundo o Ministério, é suficiente para atender à demanda.
Procurada para se manifestar sobre a posição da ANS, a CNSaúde não deu retorno até o fechamento desta edição
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FOLHA DE S.PAULO
Quem precisa ser internado em isolamento no hospital?

As internações e o isolamento hospitalar só são recomendados em casos graves.
O Brasil tem recomendações do Ministério da Saúde de que apenas pacientes graves deverão ser isolados em hospitais. Segundo Leonardo Weissmann, médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, a decisão é baseada em avaliação médica.
"Internac?a?o hospitalar esta? indicada em casos com quadro respiratório grave, pacientes com doenças cardíacas, doenças pulmonares, diabetes, pessoas com baixa imunidade, neoplasias e grupos de maior risco (crianças menores de 2 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais), com possibilidade de potencial agravamento", Leonardo Weissmann, médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.
A recomendação do Ministério da Saúde é de que esses casos sejam encaminhados a um hospital de referência estadual para isolamento e tratamento.
Imagem de microscópico mostra o novo coronavírus, responsável pela doença chamada Covid-19 –
Como o isolamento deve ser feito?
Segundo o protocolo de tratamento do novo Coronavírus, feito pelo Ministério da Saúde, o isolamento dos casos suspeitos ou confirmados de infecção deve ser realizado, preferencialmente, em quarto privativo com porta fechada e bem ventilado.
Se o local não tiver essa estrutura, o isolamento dos pacientes confirmados ou com suspeita deve ocorrer em uma área ou enfermaria. O ministério estabelece que os leitos deverão ter uma distância mínima de 1 metro entre eles. Sendo o local com acesso restrito.
"Os profissionais de saúde que atuarem na assistência direta aos casos suspeitos ou confirmados devem ser organizados para trabalharem somente na área de isolamento, evitando circulação para outras áreas de assistência" – protocolo de tratamento do novo coronavírus, documento elaborado pelo Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde recomenda, também, que a área isolada deverá ser sinalizada e indicar as medidas de precaução a serem adotadas.
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PORTAL UOL

Coronavírus: por que todos os casos no Brasil foram registrados em São Paulo?

Especialistas explicam os motivos para que somente casos na capital paulista tenham sido registrados até o momento.
Há pelo menos uma característica comum entre os três casos confirmados no Brasil de covid-19, a doença causada pelo novo tipo de coronavírus: todos foram registrados em São Paulo (SP).
Por que esta concentração de casos na capital paulista?
Especialistas apontam para um conjunto de fatores como possíveis explicações para isto. Primeiro, trata-se da cidade mais populosa do Brasil: 12,2 milhões de habitantes. Tendo também o título de principal centro econômico do país e com os aeroportos mais movimentados, há um grande número de pessoas chegando e saindo da cidade diariamente, seja em viagens a trabalho ou lazer.
A estrutura de saúde na capital paulista também é apontada como um fator, permitindo maior rapidez na realização e resultados de exames.
Ministério da Saúde confirma terceiro caso de coronavírus e investiga mais um Coronavírus: com chegada da doença ao Brasil, o que realmente funciona para se proteger?
Nenhum dos casos na capital paulista foi por transmissão interna ? ou seja, não houve até o momento registros de brasileiros que passaram o vírus para outras pessoas. Os três pacientes confirmados haviam viajado recentemente à Itália, país que enfrenta um surto do novo coronavírus.
Os dados do Ministério da Saúde apontam que há centenas de casos suspeitos de covid-19 em outros locais ? ao todo são 531 suspeitas no Brasil, sendo 135 delas no Estado de São Paulo. Com tantas suspeitas em outros Estados, surge a dúvida: por que até o momento não houve nenhum caso confirmado em outra cidade do país?
A identificação do vírus em São Paulo
O infectologista Marcos Boulos, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), afirma que os primeiros casos surgiram no Brasil logo que os casos da Itália aumentaram. Para ele, já era esperado que a situação no país europeu fizesse com que a covid-19 chegasse ao Brasil.
"Na China (onde surgiu o novo coronavírus), não há tantos voos para o Brasil. Mas na Itália a situação é diferente, porque há muitos brasileiros com negócios por lá e muitos deles moram em São Paulo", explica.
"Antes, eu falava que era difícil o vírus chegar ao Brasil porque estava na China e são dois voos semanais de lá para o Brasil. Mas com a Itália mudou a situação, por termos mais de 20 voos para o Brasil, boa parte para São Paulo", acrescenta Boulos.
A infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, ressalta que por São Paulo ter um grande fluxo de pessoas chegando diariamente de diferentes locais do mundo, é inevitável que fosse a primeira a registrar casos da covid-19 no Brasil. Em razão disso, ela pontua que houve uma preparação para que os médicos do Estado identificassem casos suspeitos.
Em São Paulo, foi criado, em 26 de fevereiro, logo após o primeiro caso confirmado, um centro de contingenciamento para monitorar o novo coronavírus. Segundo o governo, a iniciativa conta com especialistas para acompanhar os casos e tomar as medidas necessárias para prevenção.
"A disponibilidade para exames em São Paulo é maior, além de que há diversos profissionais como os pesquisadores da USP, responsáveis pelo isolamento do vírus 48 horas após o primeiro caso. Toda a tecnologia e os equipamentos facilitam os diagnósticos daqui", pontua Boulos.
Enquanto um exame em São Paulo para atestar a covid-19 pode ficar pronto em um dia, há Estados em que eles não saem antes de quatro dias. Isso porque muitos lugares precisam encaminhar os testes para outros.
Os exames para a covid-19 podem ser feitos em quatro laboratórios no Brasil ? em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Pará e em Goiás. O Ministério da Saúde informou que a partir da próxima semana expandirá os locais de testes para o coronavírus ? a intenção é que sejam feitos em todos os Estados.
Além do laboratório em São Paulo, na cidade há hospitais particulares, como o Albert Einstein, que seguem os protocolos do Ministério da Saúde para identificar a doença. Em razão disso, os diagnósticos se tornam ainda mais rápidos ? os três primeiros casos foram confirmados no hospital particular.
O Ministério da Saúde afirma que unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) têm a mesma capacidade que hospitais como o Albert Einstein para identificar o vírus prontamente.
A importância do diagnóstico
Para Rosana Richtmann, os médicos de outros Estados devem estar atentos para lembrar do covid-19 como uma possibilidade de diagnóstico. Isso porque ela acredita que, se médicos pensarem que a doença não chegará a outras regiões, muitos casos podem não ser diagnosticados corretamente.
A infectologista pontua que os médicos devem considerar os sintomas relacionados ao novo coronavírus – febre associada a algum problema respiratório – e avaliar se o paciente visitou algum dos 31 países considerados com risco de transmissão (como Estados Unidos e grande parte da Europa).
"Todo mundo deve pensar na possibilidade (da covid-19) e encaixar, se for o caso, como suspeita e mandar para o laboratório de referência do Ministério da Saúde. O que pode acontecer é a demora dos resultados", afirma. Enquanto os pacientes aguardarem os resultados, a orientação é que permaneçam em quarentena em suas casas – exceto os casos considerados graves.
O infectologista Alberto Chebabo, do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pontua que em razão do tamanho do Brasil e por haver pessoas de diferentes Estados que também estiveram em países com riscos de transmissão, pode haver casos além de São Paulo que ainda não foram detectados.
"As pessoas precisam ter febre, segundo o Ministério da Saúde, para que tenha a suspeita da covid-19. Mas alguns casos são assintomáticos".
"Então, é possível que haja quadros que não entram na definição do Ministério da Saúde que possam ser leves, mas não foram detectados e já circulam pelo Brasil. Pode haver casos não detectados tanto em São Paulo como em outros Estados brasileiros", diz Chebabo.
Medidas de prevenção
Chebabo afirma que é inevitável que os casos registrados em São Paulo e em todo o Brasil aumentem com o passar dos dias. "Os países com risco de transmissão estão aumentando cada vez mais. É difícil evitar a disseminação do vírus. Não há uma medida de bloqueio desses países, então é difícil controlar o avanço do vírus", diz.
Para Boulos, os casos em todo o Brasil irão se tornar cada vez mais comuns, principalmente com a chegada do outono, em meados de março. "No começo, São Paulo vai ter números maiores. Com o fim do verão, a tendência é que os casos aumentem em todo o país", declara.
Ele pontua que não há alternativa considerada totalmente eficaz contra o vírus. Mas especialistas resaltam que há medidas de higiene que podem ser importantes aliadas neste momento, como lavar as mãos com frequência, o uso de álcool em gel, cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar, além de evitar passar a mão nos olhos, nariz e boca.
A OMS estima que 3,4% dos pacientes morrem por causa da covid-19 ? as mortes ocorreram, principalmente, entre idosos acima de 70 anos. Este índice foi recentemente revisado para cima pela organização, que antes apontava uma taxa de letalidade de cerca de 2%.
"Ainda não há transmissão local no Brasil neste momento, mas isso vai acabar acontecendo com a chegada de tantos casos e com tantos voos vindos de países com muitos casos, como a Itália. Mas é importante dizer que a covid-19 é uma gripe, que precisa de mais cuidados principalmente quando são pacientes idosos ou indivíduos imunodeprimidos, que são grupos que também são mais afetados pela gripe comum", declara Boulos.
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AGÊNCIA BRASIL

Congresso mantém veto a trechos da MP Médicos pelo Brasil

O plenário do Congresso Nacional manteve nesta quarta-feira (4) o veto do presidente Jair Bolsonaro a três itens do projeto de lei de conversão da Medida Provisória que instituiu o programa Médicos pelo Brasil.
Os trechos foram mantidos por uma margem apertada. Na Câmara dos Deputados, houve 255 votos favoráveis à derrubada do veto, apenas dois votos a menos do que o mínimo necessário para o veto do presidente deixar de valer. Outros 170 deputados optaram por manter o veto. Para que um dispositivo seja vetado é necessária maioria absoluta dos votos de deputados e senadores, ou seja, 257 votos de deputados e 41 votos de senadores, computados separadamente.
Um dos trechos vetados por Bolsonaro em dezembro do ano passado permitia a instituições privadas de educação superior revalidarem, no âmbito do programa de revalidação (Revalida), o diploma de médicos formados no exterior.
Pelo texto aprovado inicialmente pelo Legislativo, as faculdades privadas que poderiam revalidar os diplomas estrangeiros seriam aquelas com notas 4 e 5 no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e que oferecessem cursos de medicina. Com o veto de Bolsonaro, apenas instituições públicas de ensino mantém a prerrogativa de revalidação.
Para o Executivo, faculdades particulares aplicarem o exame seria retirar do poder público "a governabilidade da revalidação", o que traria riscos à qualidade do exame devido a critérios de avaliação que poderiam ser mais flexíveis.
Foram mantidos o veto do dispositivo que previa aumento da gratificação devida a servidores médicos da carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho, de cerca de R$ 1,5 mil, e do trecho que definia que as atribuições do Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal e dos membros da Diretoria-Executiva da Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps) seria submetido à consulta e audiência pública. Para governo, esse dispositivo poderia atrasar o início das atividades da agência.
Médicos pelo Brasil
Sancionado em dezembro do ano passado, o programa Médicos pelo Brasil substitui o Mais Médicos, criado em 2013. Ao todo, o Ministério da Saúde prevê 18 mil vagas para médicos em todo o país, principalmente em municípios pequenos e distantes dos grandes centros urbanos.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação