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DESTAQUES
Infectologista tira dúvidas sobre coronavírus
Diretor da Assembleia Legislativa de Goiás testa positivo para novo coronavírus
Polícia goiana apura falsificação de medicamentos para tratamento oncológico
Secretaria de Saúde pede cirurgias imediatas e alteração em serviços não emergenciais
Curada do coronavírus, idosa de 65 anos segue em quarentena residencial, em Rio Verde
Aumenta para três o número de casos confirmados de coronavírus em Rio Verde, diz prefeito
Coronavírus: governo federal pede que Congresso reconheça calamidade pública
Rio tem morte suspeita; hospitais já relatam profissionais infectados
Profissionais de saúde precisam de proteção contra a epidemia
Ibuprofeno não deve ser usado em suspeita de Covid-19, orienta OMS
Família de morto tem sintomas, mas não consegue testes
ANS orienta: consultas, exames e cirurgias que não sejam urgentes devem ser adiados
ANS publica nova resolução sobre concessão de funcionamento de operadoras
Ministério da Saúde admite falta de testes no Brasil e prevê aumento da produção da Fiocruz
Decreto determina fechamento de comércio em Goiás a partir de quinta (19/3)
TV ANHANGUERA
Infectologista tira dúvidas sobre coronavírus
https://globoplay.globo.com/v/8404755/programa/
https://globoplay.globo.com/v/8405128/programa/
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JORNAL OPÇÃO
Diretor da Assembleia Legislativa de Goiás testa positivo para novo coronavírus
Por Felipe Cardoso
Joel de Sant Anna está internado na UTI do Hospital do Coração Anis Rassi e supostamente foi contaminado durante viagem ao Estado de São Paulo
O diretor de Articulação Política da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Joel de Sant Anna Braga Filho, testou positivo para o novo coronavírus. A informação foi confirmada com exclusividade ao Jornal Opção na madrugada desta quarta-feira, 18.
Vale lembrar que Joel esteve em Portugal durante o carnaval. No entanto, os sintomas da doença só apareceram na última semana. Isso leva a crer que Joel tenha se contaminado com o vírus durante viagem ao Estado de São Paulo, haja vista que os sintomas da doença se manifestam com aproximadamente cinco dias após a contaminação.
Além disso, Joel também está com pneumonia. Ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital e segue sob supervisão da equipe médica. O diretor de articulação política da Alego é irmão do político Alexandre Baldy.
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Polícia goiana apura falsificação de medicamentos para tratamento oncológico
Mandados de prisão são cumpridos
Goiânia – Em parceria com a polícia do Estado do Piauí, a Polícia Civil de Goiás cumpre nesta terça-feira (17/3) cinco mandados de prisão temporária e 10 mandados de busca e apreensão contra empresários, colaborares e empresas do ramo de medicamentos. Trata-se da Operação Sanitatem. Os mandados são cumpridos em cidades paulistas e os empresários investigados, segundo a polícia, são suspeitos de envolvimento com a falsificação e distribuição de medicamentos para tratamento oncológico. A distribuição era feita, principalmente, em Goiás, Piauí, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.
As investigações da Sanitatem são resultado da apuração da Operação Metástase, que identificou vítimas de medicações falsificadas cujos apontamentos indicam o fornecimento por parte de um prestador de serviços do Instituto de Previdência do Servidor Público do Estado de Goiás – IPASGO.
Neste contexto descobriu-se, ainda, que outras investigações acerca de fatos de mesma natureza estariam em curso em outras unidades da Federação, apontando como ponto comum os investigados na presente operação, estando, dentre eles, o Estado do Piauí, com um trabalho já bastante solidificado neste sentido.
A investigação, no Estado do Piauí, foi iniciada após denúncia de um hospital que percebeu ter adquirido medicamento falsificado para tratamento de câncer, quando, após usar o produto, o paciente disse ter verificado que o susposto medicamento apresentava características e coloração diferentes da usual.
Suspenso imediatamente o uso da medicação pelo hospital e comunicado o fato à Policia Civil do Piauí, foram empreendidas diligências que terminaram por mostrar, no decorrer da investigação, que essa mesma empresa, sediada em São Paulo-SP, já havia também comercializado a referida medicação oncológica falsificada para hospitais e clínicas dos Estados de Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e outros.
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O HOJE
Secretaria de Saúde pede cirurgias imediatas e alteração em serviços não emergenciais
As exigências serão analisadas pelo governador Ronaldo Caiado que responde se pode ou não acatar as recomendações, total ou parcialmente – Foto: Reprodução
da Redação
A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) recomendou na tarde desta terça-feira (17), com pretensão de conter o avanço do coronavírus no Estado, a realização imediata de cirurgias nos hospitais estaduais em pacientes internados com indicação cirúrgica e o remanejamento de uma série de procedimentos que não são de urgência ou emergência.
A SES-GO quer que sejam remanejados em até 50% os atendimentos ambulatoriais, com o intuito de evitar aglomerações de pacientes nas recepções das unidades. As exigências foram informadas na nota técnica nº 4, assinada pelo titular da pasta Ismael Alexandrino, e pede que sejam mantidas em funcionamento as unidades de terapia renal substitutiva (hemodiálise ou diálise peritoneal), públicas ou privadas.
Por outro lado, devem ser suspensas a assistência de saúde bucal, pública e privada, exceto aquelas relacionadas ao atendimento de urgências e emergências, e restringida a visitação de representantes comerciais da indústria farmacêutica às unidades de saúde.
Outra recomendação da secretaria é que o prazo de aceitação de prescrições para medicamentos de uso contínuo, conforme critério clinico, seja ampliado para 12 meses nas unidades públicas de saúde. As exigências serão analisadas pelo governador Ronaldo Caiado que responde se pode ou não acatar as recomendações, total ou parcialmente.
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Curada do coronavírus, idosa de 65 anos segue em quarentena residencial, em Rio Verde
Nielton Soares
Curada do novo coronavírus, idosa de 65 anos – primeiro caso confirmado da doença no município de Rio Verde, no Sudoeste do Estado e a 231 quilômetros de Goiânia, deve receber alta médica no próximo domingo (22).
Segundo o secretário de saúde de Rio Verde, Eduardo Ribeiro, o segundo caso, que foi confirmado na cidade na segunda (16), é um dos pacientes que teve contato com a mulher. O paciente está sendo monitorado de perto.
Ao todo, a idosa teria tido contato com 28 pessoas, que precisaram ser monitorados pela pasta. Desse total, 24 deles tiveram resultados negativas e apenas uma mulher teve teste confirmado para a doença.
Ribeiro conta que ainda aguarda os últimos exames que está marcado para esta terça (17). Após vencer a doença, a idosa está em casa isolada e “em ótimo estado, sem febre”. A outra também está em quarentena domiciliar e recebe acompanhamento da Secretaria, sem apresentar complicações do coronavírus.
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G1 GOIÁS
Aumenta para três o número de casos confirmados de coronavírus em Rio Verde, diz prefeito
Nova confirmação do município ainda não entrou na estatística da Secretaria Estadual de Saúde. Em nota, a pasta diz que são 162 casos suspeitos em investigação.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
Três casos de coronavírus são confirmados em Rio Verde
Subiu para três o número de casos confirmados de pessoas com coronavírus em Rio Verde, no sudoeste goiano, segundo o prefeito da cidade, Paulo do Vale. O anúncio feito nesta terça-feira (17) informa que a pessoa com coronavírus cumpre quarentena domiciliar.
A prefeitura informou que a pessoa teve contato com o primeiro caso confirmado na cidade, a idosa de 61 anos que voltou de viagem a países da Europa. A nova confirmação pelo município ainda não entrou na estatística da Secretaria Estadual de Saúde. Se tivesse entrado, subiria para 10 a quantidade de casos confirmados em Goiás.
"A primeira paciente está em caso resolutivo, em processo de cura. Ficou confinada desde a terça-feira passada. No segundo caso positivo, a paciente aguarda quarentena em casa. No terceiro caso, a paciente também aguarda quarentena em casa", declarou o prefeito.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) comunicou por meio de nota que há 162 casos suspeitos em investigação e todos já tiveram amostras coletadas para a realização de exames. Outros 53 foram descartados, com resultados dos testes negativos para o vírus. Não há confirmação de óbitos em Goiás.
Casos confirmados de Covid-19 em Goiás:
Anápolis, a 55 km da capital, tem dois pacientes com diagnóstico para Covid-19.
Em Goiânia, o número de casos subiu de três para cinco.
Em Rio Verde, no sudoeste do estado, são três casos confirmados. Uma moradora de 61 anos e outras duas pessoas que tiveram contato com ela.
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YAHOO
Coronavírus: governo federal pede que Congresso reconheça calamidade pública
O governo federal anunciou em nota, na noite desta terça-feira (17), que pedirá ao Congresso o reconhecimento do estado de calamidade pública diante da atual pandemia causada pelo vírus Sars-Cov-2.
A medida, que precisa ser aprovada por parlamentares, dispensa a União de cumprir as metas fiscais previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. O estado de calamidade pública é previsto no artigo 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal.
O Planalto argumenta que isto é necessário para permitir a elevação dos gastos públicos, proteger a e empregos dos brasileros e lidar com uma perspectiva de queda da arrecadação por municípios, Estados e União com o desaceleração da economia.
Apesar da indicação de aumento dos gastos públicos, o governo federal reforçou em nota o compromisso "com as reformas estruturais necessárias para a transformação do Estado brasileiro" e com o "teto de gastos como âncora de um regime fiscal que assegure a confiança e os investimentos para recuperação de nossa dinâmica de crescimento sustentável".
Nos últimos dias, o governo anunciou outras medidas para conter os efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia do país. Na semana passada, o Ministério da Economia reduziu a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2020 de 2,4% para 2,1%.
O impacto negativo da pandemia de sobre a atividade econômica e o emprego é considerado inevitável, já que, além da turbulência externa, autoridades do governo federal e de diversos Estados e municípios têm se visto forçadas a orientar a população a não sair de casa, ou mesmo a proibir a realização de eventos e o funcionamento normal de restaurantes e atrações culturais, na tentativa de impedir o avanço do vírus.
Outras medidas econômicas para responder ao coronavírusVer as imagens
Mais
Na segunda-feira (16), o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou uma injeção de R$ 147 bilhões na economia, principalmente por meio da redução temporária ou adiamento de impostos e da antecipação de pagamentos que seriam feitos ao longo do ano a idosos e trabalhadores de menor renda.
Duas parcelas do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS serão antecipadas para abril e maio. Assim, serão injetados em cada mês cerca de R$ 23 bilhões na economia.
Guedes também anunciou a antecipação para junho do pagamento de R$ 12,8 bilhões em abono salarial (benefício pago a trabalhadores formais que ganham até dois salários mínimos). O ministro disse também que haverá um reforço de R$ 3 bilhões para o Bolsa Família, programa cuja fila aumentou no último ano.
Já a redução temporária de impostos tem objetivo de dar alívio de caixa para as empresas com objetivo de evitar demissões. Entre as medidas estão o diferimento (adiamento) por três meses dos aportes feitos pelas empresas ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), com impacto de R$ 30 bilhões, e do Simples Nacional (apenas a parte que vai para União, com impacto de R$ 22,2 bilhões).
As contribuições das empresas ao Sistema S, por sua vez, serão reduzidas à metade por três meses (impacto de R$ 2,2 bilhões).
Além disso, também foram desonerados produtos médicos e hospitalares para conter a disparada de preços desses itens devido ao aumento de demanda. Segundo Guedes, serão zeradas temporariamente as tarifas de importação e o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de uma lista de 67 produtos do setor.
"Seja máscara, álcool em gel, tudo que for útil no combate à epidemia, nós estamos zerando IPIs e impostos de importação", afirmou.
Na semana passada, o governo já havia editado uma Medida Provisória remanejando R$ 5 bilhões do Orçamento para o Ministério da Saúde. Segundo Guedes, os recursos vieram dos R$ 30 bilhões do orçamento que estão em disputa entre governo e Congresso, após acordo entre as duas partes.
O ministro anunciou nesta segunda-feira mais R$ 4,5 bilhões para a pasta comandada pelo ministro Luiz Mandetta. O recurso virá do saldo do DPVAT, seguro obrigatório cobrado de donos de veículos que tem finalidade de amparar vítimas de acidentes de trânsito.
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O GLOBO
Profissionais de saúde precisam de proteção contra a epidemia
Não é admissível que faltem máscaras e outros insumos em hospitais públicos ou privados
Se há uma categoria que está no centro dessa pandemia do novo coronavírus (SarsCoV-2) são os profissionais de saúde. Por isso mesmo, é fundamental que eles tenham acesso aos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), seguindo os protocolos para esses casos. Mas, infelizmente, essa não é a realidade, tanto na rede pública quanto na particular, como mostrou ontem reportagem do GLOBO. Alguns dos pacientes em estado grave com a Covid-19, no Rio, são médicos.
Essa situação tem disseminado o medo entre funcionários que têm contato com doentes. Na rede pública, cujo histórico de carências é conhecido, a situação assume contornos dramáticos. Por óbvio, os relatos não fazem parte das entrevistas de autoridades, mas surgem nas redes sociais. "Estamos todos com medo. Somos um dos primeiros a nos expor a risco", escreveu um médico da rede municipal.
Embora a Secretaria municipal de Saúde informe que seus profissionais estejam usando máscaras no atendimento a pacientes com a Covid-19, o presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Sylvio Provenzano, apura denúncia de que funcionários do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla referência para internação dos casos graves da Covid-19 no Rio – têm trabalhado sem a proteção adequada.
Segundo especialistas, modelos matemáticos mostram que o número de casos da Covid-19 no país amentará significativamente nas próximas semanas. As unidades de saúde precisam estar preparadas. Se não têm insumos, que façam compras emergenciais. E inadmissível que profissionais se exponham por falta de equipamentos.
Na China, o médico Li Wenliang, o primeiro a alertar sobre a existência do novo surto, morreu infectado pelo coronavírus. Em todo o mundo, profissionais de saúde ganharam um arriscado protagonismo. Reconhecido pela população de alguns países, que os tem aplaudido de suas janelas nestes dias de confinamento. Na Espanha, viralizaram imagens de rostos exaustos e marcados pelo uso intensivo das máscaras. Espera-se que as autoridades brasileiras de saúde reservem a esses profissionais o papel de herói, não de mártir.
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Ibuprofeno não deve ser usado em suspeita de Covid-19, orienta OMS
Substância poderia deixar as células do pulmão mais vulneráveis, facilitando a multiplicação do vírus em pacientes diabéticos e hipertensos.
Ibuprofeno não deve ser usado em suspeita de Covid-19, orienta OMS
A Organização Mundial da Saúde recomendou, nesta terça (17), que pacientes com suspeita de infecção pelo novo coronavírus não devem usar ibuprofeno.
Em um estudo publicado na "Lancet", uma das principais revistas científicas do mundo, pesquisadores analisaram pacientes chineses diabéticos e hipertensos que tiveram a Covid-19.
Durante o estudo, eles levantaram a hipótese de que o ibuprofeno poderia deixar as células do pulmão mais vulneráveis, facilitando a multiplicação do vírus nesses pacientes, o que poderia piorar o quadro.
Com base na pesquisa, o ministro da Saúde da França pediu, durante o fim de semana, que as pessoas não usassem o medicamento. Nesta terça-feira (17), foi a vez de a Organização Mundial de Saúde recomendar que quem estiver com os sintomas do novo coronavírus não use o ibuprofeno. Mas só nesses casos.
O ibuprofeno é um remédio analgésico e anti-inflamatório para combater a febre e a dor. Ele é mais usado em países como os Estados Unidos, já que, no Brasil, a dipirona e o paracetamol são mais populares – e são esses os medicamentos recomendados pelos médicos para substituir o ibuprofeno em casos suspeitos e confirmados do novo coronavírus.
O infectologista Ralcyon Teixeira, que faz parte do comitê de combate ao novo coronavírus em São Paulo, também alerta para o risco do uso dos corticoides em pacientes com sintomas da doença.
"Muita gente que, quando tem um resfriado, um quadro de gripe usa corticoide, mesmo em casa, sem recomendação médica. Então, neste momento, o que a gente tem recomendado, por causa dos estudos, é não usar o corticoide, porque o corticoide não mostrou nenhum benefício e, pelo contrário, ele pode piorar".
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou que o ministério está avaliando as recomendações da OMS, e que, nesta quarta (18), vai emitir uma nota de esclarecimento sobre o uso do ibuprofeno.
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Família de morto tem sintomas, mas não consegue testes
Porteiro aposentado, de 62 anos, morava com os pais e três irmãos; todos estão com tosse, febre e falta de ar
THIAGO HERDY
ELISA MARTINS
sociedade@oglobo.com.br
SÃO PAULO
Passadas mais de 24 horas desde a morte do primeiro brasileiro vítima da Covid-19, familiares que moravam com ele no bairro Paraíso, na Zona Sul de São Paulo, e que também apresentam sintomas semelhantes aos da doença, ainda não haviam sido submetidos a testes para detecção do coronavírus na tarde de ontem.
Porteiro aposentado e homem de origem humilde, a vítima de 62 anos era hipertensa e diabética. Internou-se no último sábado no Hospital Sancta Maggiori, da rede Prevent Senior, perto de casa, porque sentia-se mal há pelo menos quatro dias. Segundo familiares, seu quadro foi agravado por uma pneumonia repentina. Ele morreu na manhã de segunda-feira, vítima do SarsCoV-2, segundo exame divulgado ontem, no mesmo dia em que foi enterrado.
Nos últimos dias, ele teve convívio próximo com o pai, de 83 anos, a mãe, de 82, o irmão de 61, e as duas irmãs, de 60 e 55. Ao GLOBO, o irmão da vítima disse que os cinco parentes relataram nos últimos dias sintomas como tosse, febre e falta de ar, mas não conseguiram fazer o teste para coronavírus.
– Agora, a gente fica achando que todo mundo está com coronavírus, essa praga miserável, Deus me perdoe – diz o irmão, também porteiro aposentado.
Nos últimos dias, ele diz ter buscado atendimento no Hospital do Servidor Público, da rede municipal.
– Fizeram um raio-x, disseram que meu pulmão está um pouco carregado, mas que é só gripe, me mandaram para casa. Pedi para fazer o exame do coronavírus, mas disseram que não tinha.
SEM RESPOSTA
Ao GLOBO, ele diz ainda sentir-se mal. Depois da confirmação do diagnóstico do irmão, optou por evitar sair de casa nos próximos dias, mesmo sem saber se está ou não com o vírus.
– Dá uma suadeira. Você sua, sua, parece que está morrendo, mas depois passa. Depois vem uma fraqueza danada. A gente está tomando vitamina, mas não tenho plano, dependo do SUS.
Até a tarde de ontem, ele e seus familiares não haviam recebido qualquer orientação ou visita de agente público de saúde para tratar do risco a que foram submetidos, por causa do irmão.
– A gente tenta sempre tomar cuidado, indo ao médico direto. Agora, não sei mais o que vai ser. Pegou uma família inteira. Estamos na mão de Deus.
Procuradas, a rede Prevent Sênior e a secretaria municipal de saúde de São Paulo não se pronunciaram.
Em áudio que circulou anteontem, o diretor-executivo da Prevent Sênior, Pedro Batista Júnior, disse que a unidade de atendimento no bairro Paraíso está isolada apenas para atendimento de casos de Covid-19.
Trata-se da mesma unidade em que faleceu a primeira vítima do coronavírus no país. E também a unidade em que o pai da vítima tentou ser testado ontem, sem sucesso.
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ESTADO DE S.PAULO
Rio tem morte suspeita; hospitais já relatam profissionais infectados
Enteado de morto testou positivo; médico ligado à Uerj e funcionária da rede Sancta Maggiore estão em estado grave
Um homem de 69 anos morreu às 19h08 de ontem em um hospital particular de Niterói (região metropolitana do Rio), com sintomas da covid-19, segundo a equipe médica – o governo do Estado não confirmou. Ele não estava na lista oficial do governo – que tem 33 casos. Além disso, dois hospitais, um do Rio e outro de São Paulo, já registraram infecções pelo novo coronavírus entre os seus profissionais de saúde.
Segundo nota do hospital fluminense Icaraí, esse paciente teve sintomas na quarta, depois de ter contato com o enteado, que voltou de Nova York com exame positivo. Além disso, segundo a nota, o paciente tinha doenças preexistentes que o incluíam no grupo de risco. O paciente teve insuficiência respiratória aguda e por isso foi submetido à intubação e ventilação mecânica, mas morreu por choque séptico e pneumonia.
Infectados. Também no Rio, o Hospital Universitário Pedro Ernesto, vinculado à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), confirmou que dois de seus médicos foram contaminados pelo coronavírus. Um deles é do setor de nefrologia e está internado em estado grave em uma unidade da rede privada. O outro profissional, um professor, também testou positivo para o vírus, mas tem boa condição de saúde e está em isolamento domiciliar.
Apesar de ter dois profissionais com a doença, nenhum paciente da unidade foi infectado e não há doentes internados com o diagnóstico no local nem confirmação de que o vírus esteja circulando no centro médico.
Já em São Paulo, as infecções foram registradas na rede de hospitais Sancta Maggiore, da operadora Prevent Senior. Segundo Pedro Benedito Batista Junior, diretor executivo da empresa, pelo menos 15 profissionais de saúde já tiveram diagnóstico confirmado ou foram classificados como casos suspeitos. Desse total, há uma funcionária internada em estado grave. Ela tem 33 anos e sofre de asma, condição de risco para complicações para a covid-19. Além de lidar com a contaminação de colaboradores, a operadora, focada no público mais velho, já teve 24 diagnósticos positivos para o coronavírus e dedicou uma unidade na região da avenida Paulista à doença.
Desde o início do surto, a operadora já fez mais de 300 testes por suspeita da doença, dos quais apenas 56 tiveram resultado.
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ANS
ANS orienta: consultas, exames e cirurgias que não sejam urgentes devem ser adiados
A fim de liberar leitos para pacientes infectados pelo novo Coronavírus, bem como evitar que pessoas saudáveis frequentem unidades de saúde e possam vir a se contaminar, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) orienta que consultas, exames ou cirurgias que não se enquadrem em casos de urgência e emergência sejam adiadas.
A ANS destaca a importância do isolamento social e da adoção de formas de comunicação à distância para que o processo de contaminação desacelere. Dessa forma, a ANS orienta que o beneficiário evite circular pelas ruas e se dirigir a unidades de saúde se não houver necessidade, dando preferência a se aconselhar com seu médico ou fazer contato com sua operadora por telefone ou usando outras tecnologias que possibilitem, de forma não presencial, a troca de informações para diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças. Para saber mais sobre esse tema, consulte o Guia Metodológico para Programas e Serviços em Telessaúde.
A ANS ressalta ainda que o exame para detecção do novo coronavírus foi incluído na cobertura obrigatória dos planos de saúde na última sexta-feira (13) e que os beneficiários devem se comunicar com suas operadoras para saber em que casos e como fazer o teste ou onde buscar atendimento se estiverem com a doença.
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ANS publica nova resolução sobre concessão de funcionamento de operadoras
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou nesta terça-feira (17/03) a Resolução Normativa (RN) n°454, alterando a RN nº 85/2004, que dispõe sobre a Concessão de Autorização de Funcionamento das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde.
A partir desta data, a pessoa jurídica que pretender atuar no mercado de saúde suplementar deverá utilizar o Portal de Serviços do Governo Federal para protocolar requerimento, acompanhado dos documentos listados no Anexo I da Resolução Normativa n° 85, assim como formulário de solicitação de registro disponível no sítio institucional da ANS na internet. O acesso ao Portal de Serviços do Governo Federal será realizado através do seguinte link: https://www.gov.br/pt-br/servicos/obter-autorizacao-de-funcionamento-para-operadoras-de-planos-privados-de-saude.
Essa norma possibilitará a otimização do processo de concessão de registro de operadoras, por meio de transformação digital do serviço, tornando mais eficiente a comunicação entre a pessoa jurídica que pretende atuar no setor e a ANS. Além disso, permitirá a eliminação de custos de postagens do processo de registro, visando à desburocratização e à simplificação de requisitos documentais.
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PORTAL G1
Ministério da Saúde admite falta de testes no Brasil e prevê aumento da produção da Fiocruz
Além disso, governo federal faz chamada no Diário Oficial para que empresas enviem novas opções de kits diagnósticos.
Em 24 horas, Brasil tem seis mil novos casos suspeitos do novo coronavírus
Em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (17), o Ministério da Saúde admitiu a falta de testes para confirmação do coronavírus no Brasil e no mundo. Como resposta à demanda, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entregou 5,5 mil testes e promete 40 mil extras em abril, além dos outros 30 mil já disponibilizados no início deste mês. A soma passa de 75 mil.
"A Fiocruz já se comprometeu em aumentar a produção. Hoje entregou 5,5 mil testes e ela se comprometeu já em abril a fazer uma entrega de 40 mil. E também se comprometeu ao longo dos próximos três, quatro meses, produzir mais de 1 milhão de testes", disse Júlio Croda, diretor do departamento de Vigilância em Saúde.
Com relação às novas tecnologias apresentadas por outros países, como testes rápidos para o diagnóstico, o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta disse que "está trabalhando com algumas soluções para aumentar e muito a produção de kits", mas que "não é um processo simples, não é uma coisa 'faz-se a luz e a luz se fez'".
"A gente está fazendo chamada amanhã, inúmeras pessoas entram em contato: 'tenho o teste rápido, quero vender um teste que faz em 5 segundos, em 8 segundos'. Está cheio de gente fazendo isso, às vezes pessoas bem intencionadas, às vezes pessoas mal intencionadas. Então a gente vai fazer um chamado para o que é que eles tenham para que eles informem", disse o ministro.
Uma chamada deverá ser publicada no Diário Oficial da União, ainda segundo Mandetta. Por enquanto, a recomendação é de que sejam testados apenas casos graves.
Fiocruz inicia distribuição de kits para diagnóstico do novo coronavírus
Crianças atingidas e mais testes
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta segunda-feira (16) que há registro de morte de crianças por causa do Covid-19.
"Esta é uma doença séria. Embora a evidência que temos sugira que aqueles com mais de 60 anos correm maior risco, jovens – incluindo crianças – morreram", disse Tedros.
Ele não deu mais detalhes sobre o perfil das vítimas. Entretanto, até esta segunda, a OMS não havia divulgado a morte de crianças pelo novo coronavírus. A entidade vem ressaltando que os grupos mais vulneráveis incluem as pessoas mais velhas ou com doenças pré-existentes, como diabetes, ou no sistema cardiovascular, como hipertensão.
Tedros ressaltou que a escalada dos casos e mortes pelo mundo justifica a adoção de medidas de distanciamento social (fechamento de escolas, trabalho remoto e suspensão de eventos, entre outros), mas que a OMS afirma que testes em larga escala para cada caso suspeito ainda são a melhor alternativa para conter a disseminação do vírus.
O diretor-geral frisou a necessidade de testar todos os casos suspeitos.
"Não se consegue combater um incêndio com os olhos vendados – você não consegue parar essa pandemia se não souber quem está infectado" – Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS
"Teste, teste, teste. Teste todo caso suspeito. Se for positivo, isole e descubra de quem ele esteve próximo", orientou Tedros.
Casos no Brasil
As secretarias estaduais de saúde divulgaram, até as 21h30 desta terça-feira, 349 casos confirmados de novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil em 17 estados e no Distrito Federal. Em São Paulo, foi registrada a 1ª morte pelo coronavírus no Brasil, confirmada pelo governo estadual. A vítima é um homem de 62 anos que estava internado em um hospital particular da capital paulista. Ele tinha diabetes e hipertensão.
O último balanço do Ministério da Saúde, divulgado na tarde de terça-feira (17), contabiliza 291 infectados.
O Acre anunciou os três primeiros casos do estado, números que não foram contabilizados pelo Ministério da Saúde. O estado de São Paulo atualizou sua contagem de 152 para 164 infectados. Os casos na Bahia subiram de sete para nove, mas o balanço do governo é de três casos. Os números em Minas Gerais subiu de 6 para 14 casos confirmados; no Paraná, de 6 para 12; e no Rio Grande do Sul, de 11 para 19 o número de infectados.
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A REDAÇÃO
Decreto determina fechamento de comércio em Goiás a partir de quinta (19/3)
Medida visa conter avanço do coronavírus
Adriana Marinelli
Goiânia – Um novo decreto do Governo de Goiás visando conter o avanço do coronavírus, divulgado na noite desta terça-feira (17/3), determina a interrupção, a partir desta quinta-feira (19/3), das atividades em estabelecimentos comerciais que envolvam aglomeração de pessoas, como bares, restaurantes, lojas de conveniências e distribuidoras de bebidas, à excessão das atividades em modalidade delivery.
As determinações valem por 15 dias, mas, conforme foi informado pelo governo, podem ser prorrogáveis a depender da avaliação da autoridade sanitária do Estado de Goiás. O decreto não abrange farmácias, supermercados, padarias e congêneres.
O documento também determina a interrupção de atividades em shoppings centers, cinemas, feiras populares, camelódromos, clubes recreativos, academias, exposições, teatros, museus, boates e casas noturnas, bem como eventos em áreas comuns de condomínios.
O texto prevê aos estabelecimentos afetados pelas medidas a possibilidade de concessão de férias coletivas nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho.
Deverão ser suspensas por ao menos 15 dias excursões, sejam turísticas ou não; reuniões e eventos religiosos, filosóficos, sociais e/ou associativos; campeonatos esportivos de qualquer natureza, oficiais ou não oficiais; e entrevistas coletivas.
O Estado também determina a adoção de providências com vistas a flexibilizar os horários das viagens interurbanas e intramunicipais do transporte coletivo, de acordo com a logística de cada empresa, sem prejuízo da continuidade do serviço, para que não haja aglomeração nos terminais rodoviários.
"Devem ser adotadas as medidas necessárias para restrição do número de passageiros ao quantitativo de assentos, e incrementadas à medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública, conforme recomendações do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde e das Secretarias Municipais de Saúde", diz o decreto assinado pelo titular da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), Ismael Alexandrino.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação