Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 28/05/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Gestão de Caiado na pandemia é aprovada por 73,7% dos goianos
ANS inclui mais seis exames no rol de coberturas obrigatórias para detecção do coronavírus
Na contramão da OMS, planos de saúde mandam médicos receitar cloroquina
Hapvida doa hidroxicloroquina a pacientes com prescrição médica
Compra nos EUA é inviável
Maternidade Célia Câmara fica lotada 51 dias após inaugurada

JORNAL OPÇÃO

ANS inclui mais seis exames no rol de coberturas obrigatórias para detecção do coronavírus

Por Mayara Carvalho

Novas incorporações buscam ampliar as possibilidades de diagnóstico da Covid-19, especialmente em pacientes graves com quadro suspeito ou confirmado, e estão alinhadas às diretrizes e protocolos do Ministério da Saúde para manejo da doença

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu incluir mais seis exames que auxiliam na detecção do novo coronavírus na lista de coberturas obrigatórias dos planos de saúde. A decisão foi tomada pela Diretoria Colegiada em reunião realizada nesta quarta-feira, 27. A medida passa a valer a partir da publicação da Resolução Normativa no Diário Oficial da União.
As novas incorporações buscam ampliar as possibilidades de diagnóstico da Covid-19, especialmente em pacientes graves com quadro suspeito ou confirmado, e estão alinhadas às diretrizes e protocolos do Ministério da Saúde para manejo da doença. Dessa forma, auxiliam no diagnóstico diferencial e no acompanhamento de situações clínicas que podem representar grande gravidade, como por exemplo, a presença de um quadro trombótico ou de uma infecção bacteriana causada pelo vírus.
Para a ANS, os testes podem ajudar os profissionais de saúde a tomar a conduta certa na hora certa, salvando vidas, muitas vezes, em situações limítrofes, que dependem que abordagens terapêuticas específicas sejam instituídas com rapidez para que sejam eficazes.
Passam a ser de cobertura obrigatória para os beneficiários de planos de saúde nas segmentações ambulatorial, hospitalar e referência os seguintes testes:
Dímero D (dosagem): O procedimento já é de cobertura obrigatória pelos planos de saúde, porém, ainda não era utilizado para casos relacionados à Covid-19. É um exame fundamental para diagnóstico e acompanhamento do quadro trombótico e tem papel importante na avaliação prognóstica na evolução dos pacientes com Covid-19.

Procalcitonina (dosagem): O procedimento é recomendado entre as investigações clínico-laboratoriais em pacientes graves de Covid-19, auxiliando na distinção entre situações de maior severidade e quadros mais brandos da doença.

Pesquisa rápida para Influenza A e B e PCR em tempo real para os vírus Influenza A e B: Esses testes são indicados para diagnóstico da Influenza. A proposta consiste na incorporação dos dois procedimentos para minimizar questões de disponibilidade e para otimizar o arsenal diagnóstico disponível. A pesquisa rápida é recomendada para investigações clínico-laboratoriais em pacientes graves. O diagnóstico diferencial é importante, pois a influenza também pode ser causa de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS).

Pesquisa rápida para Vírus Sincicial Respiratório e PCR em tempo real para Vírus Sincicial Respiratório: Esses testes são indicados para diagnóstico da infeção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). A proposta consiste na incorporação dos dois procedimentos para minimizar questões de disponibilidade e para aprimorar as possibilidades. O teste rápido para o VSR é útil no diagnóstico diferencial de Covid-19 em crianças com infecção viral grave respiratória.

“A ANS permanece atenta às mudanças no cenário do enfrentamento da Covid-19 e está alinhada aos protocolos do Ministério da Saúde. A maioria dos testes diagnósticos citados nas diretrizes do órgão já são de cobertura obrigatória no âmbito da saúde suplementar. No entanto, observamos que alguns testes destinados à atenção de pacientes graves, que podem impactar na conduta terapêutica, não estavam listados no rol de coberturas mínimas dos planos de saúde ou, quando já incluídos, não contemplavam pacientes com quadro suspeito ou confirmado da Covid-19”, explica o diretor-presidente substituto da ANS, Rogério Scarabel.
A proposta de atualização extraordinária da cobertura assistencial será reavaliada até o final do processo regular de atualização do rol em curso, tanto quanto ao seu contexto de utilização no quadro pandêmico, quanto aos seus critérios técnicos, e será submetida a consulta pública, juntamente com as propostas de atualização elegíveis do atual ciclo de atualização.
Esta é a segunda inclusão extraordinária de procedimentos relacionados ao novo coronavírus no Rol de Procedimentos da ANS.
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VEJA

Gestão de Caiado na pandemia é aprovada por 73,7% dos goianos

Instituto ouviu 1.585 habitantes em 110 municípios goianos entre os dias 21 e 25 de maio de 2020
Ronaldo Caiado, como o Radar mostrou, já voltou a conversar com Jair Bolsonaro no Planalto depois da ruptura por causa das aglomerações presidenciais na pandemia.
O governador de Goiás seguiu a ciência e o amigo Luiz Henrique Mandetta para trilhar a estratégia de combate ao vírus no Estado. Já Bolsonaro fugiu da luta. Essa diferença na postura vem se refletindo agora nos números.
Pesquisa realizada nesta semana pelo Instituto Paraná Pesquisas mostra que a atuação de Caiado na pandemia é aprovada por 73,7% dos goianos, contra 21,8% que desaprovam e 4,5% que não opinaram.
Já Bolsonaro, que vivia em lua de mel com o agronegócio goaiano desde a eleição, viu seu capital político minguar a 50%. Ainda é melhor do que a média nacional, mas 45,3% dos goianos já dizem desaprovar a administração presidencial.
O instituto ouviu 1.585 habitantes em 110 municípios goianos entre os dias 21 e 25 de maio de 2020.
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UOL

Na contramão da OMS, planos de saúde mandam médicos receitar cloroquina

A despeito da falta de comprovação científica de que funcione no combate à covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus , grandes planos de saúde particulares orientam e até pressionam médicos a prescrever cloroquina e hidroxicloroquina para pacientes com confirmação ou suspeita da doença que apresentam sintomas leves tomar em casa.
Prevent Senior, Hapvida e planos do sistema Unimed, dentre outros operadores, adotam e defendem a prática.
A orientação -que precede o protocolo lançado na semana passada pelo Ministério da Saúde para o SUS (Sistema Único de Saúde), no qual orienta a prescrição do medicamento, originalmente utilizado contra malária e outras doenças, para casos leves de covid-19- vai na contramão da OMS (Organização Mundial da Saúde), que suspendeu temporariamente todos os testes clínicos que conduzia com a substância na segunda-feira (25).
A decisão da entidade foi tomada após um estudo publicado na revista médica The Lancet , uma das mais respeitadas do mundo, indicar que a taxa de óbitos entre pacientes internados que usaram os medicamentos era maior do que a dos que não usaram. O estudo conclui que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem piorar o estado de saúde dos pacientes em vez de ajudar.
Representantes dos planos de saúde ouvidos pela reportagem afirmam que os estudos divulgados tratam apenas de casos graves, e não os leves, como os de quem recebe a receita para tomar a substância em casa. Os planos defendem esse procedimento para quem tem os primeiros sintomas.
Apesar de admitirem que o uso precoce dos medicamentos ainda não foi avaliado cientificamente, essas instituições defendem o protocolo e dizem que ele é seguro se feito sob supervisão médica (leia mais abaixo).
A recusa em chancelar a adoção do protocolo para receitar cloroquina e hidroxicloroquina para uso em casa na rede do SUS causou a saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde. Ele ficou menos de um mês no governo Bolsonaro. Seu antecessor, Luiz Henrique Mandetta , chegou a afirmar que o uso dos remédios para tratar a covid-19 em casa para casos leves poderia aumentar o número de mortes .
Médicos que trabalham para o convênio Hapvida, o maior operador de planos de saúde das regiões Norte e Nordeste, relatam que são pressionados por diretores da empresa a receitarem os medicamentos a seus pacientes.
Nós recebemos mensagens constantes de membros da direção para uso da cloroquina ou hidroxicloroquina para pacientes com qualquer tipo sintoma semelhante ao da covid-19 , diz um médico que trabalha para a empresa pelo sistema de teleconsulta e pediu para não ser identificado.
Recebi um pedido da presidência para que todos médicos prescrevessem a cloroquina de acordo com nosso protocolo institucional , lê-se em uma mensagem enviada por um dos diretores da operadora a um grupo de WhatsApp formado por profissionais da área de telemedicina.
Isso será cobrado em casos de suspeita de covid-19 , termina a mensagem obtida pela reportagem.
A percepção clínica de nossos médicos é de que o uso da hidroxicloroquina, em associação com outras drogas, na fase inicial da doença, tem sido um elemento essencial para evitar a gravidade da covid-19, em nossos pacientes , afirmou José Pinheiro, presidente da operadora, em um comunicado público divulgado no início de maio.
A apuração do UOL , no entanto, permite afirmar que o uso do medicamento não é um consenso entre os médicos que trabalham para a Hapvida e que a pressão exercida tem gerado debates entre os profissionais e aqueles em posições de chefia do convênio.
Nos prontos-socorros e na telemedicina da Prevent Senior, com 425 mil clientes em São Paulo, médicos também estão receitando os medicamentos para pacientes com confirmação ou suspeita de covid-19 para seguir com o tratamento em casa.
Não é que haja uma pressão, mas o pessoal se sente pressionado com a recomendação que vem da chefia , afirma um médico que atua em hospitais da rede. Muitos médicos até concordam e diversos pacientes pedem, mas a maioria tem dúvidas sobre o tratamento.
De acordo com Pedro Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Senior, a maior parte da rede privada aplica o protocolo de uso da cloroquina e hidroxicloroquina para casos leves de covid-19, desde que o uso em casa seja feito com a recomendação e sob supervisão de um médico.
Nos casos mais graves, de internação, já abandonamos a cloroquina faz tempo, não há benefício nenhum , afirma ele.
São medicamentos seguros, desde que um médico receite e diga se o paciente pode e deve tomar ou não , afirma Batista Júnior.
Dos cerca de 110 mil pacientes com confirmação ou suspeita do novo coronavírus atendidos pela PreventSenior desde março, 5.400 receberam prescrição das substâncias e foram acompanhados a distância enquanto faziam o tratamento em casa.
Sabe quantos morreram? Nenhum , afirma o diretor-executivo da empresa. E apenas 128 chegaram a ser internados depois disso.
A Unimed Fortaleza conta com um protocolo médico de acordo com cada estágio e gravidade dos sintomas, com objetivo de orientar o médico quanto à prescrição da medicação , afirma comunicado publicado no site e nas redes sociais do plano de saúde, sobre a cloroquina.
De acordo com o plano só recebe a cloroquina, disponível para retirada em três locais da cidade, quem tiver uma receita médica. A decisão para a prescrição dos medicamentos é exclusivamente do médico. Caso o cliente esteja de acordo com o tratamento indicado, ele deve assinar o termo de consentimento disponibilizado pelo médico , afirma.
Em resposta ao UOL , a Hapvida afirma que o uso do medicamento é uma decisão de cada médico, mas defendeu o uso da hidroxicloroquina, pois, segundo observações clínicas, tem demonstrado resultados positivos, principalmente quando ministrado nos primeiros dias de sintomas .
A empresa afirma que segue, rigorosamente , as diretrizes da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Planos de Saúde).
Todas as alternativas objetivam alcançar o melhor resultado assistencial e a preservação da vida das pessoas. Não é opção deixar o paciente desassistido.
Já a Unimed Brasil, que fala em nome da federação de Unimeds do país, orienta suas Singulares e Federações a seguir as diretrizes previstas pelas associações e sociedades de especialidades médicas brasileiras, além dos protocolos aprovados pela OMS, que são orientações de tratamento que seguem os princípios da medicina baseada em evidências .
A assessoria de imprensa ressalta, porém, que as afiliadas possuem autonomia para determinar tratamentos desde que em consonância com o Conselho Federal de Medicina.
Procurado, o Conselho Federal de Medicina afirma que os profissionais que se sentirem pressionados a receitarem medicamentos contra suas próprias avaliações devem relatar os casos aos conselhos regionais dos estados que tomarão as providências necessárias.
De acordo com o Código de Ética dos Médicos brasileiros, é direito do profissional recusar-se a realizar atos médicos que, embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência .
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A REDAÇÃO

Hapvida doa hidroxicloroquina a pacientes com prescrição médica

Goiânia – Mais uma vez, o Sistema Hapvida inova em suas ações de combate à Covid-19. Ciente da escassez do remédio hidroxicloroquina no mercado brasileiro, a Fundação Ana Lima, braço social do Sistema Hapvida, fez uma doação limitada de hidroxicloroquina para as operadoras do Sistema Hapvida, do qual o Grupo América faz parte. Por isso, desde o início do mês, o Sistema disponibiliza, gratuitamente, a medicação para os pacientes que possuírem a prescrição médica para o uso da droga em casa. A novidade, como explica o presidente do Sistema Hapvida, Jorge Pinheiro, é uma forma de garantir a saúde dos clientes, evitando que a doença se agrave, pois as pessoas que tiverem indicação médica poderão realizar seu tratamento com as dosagens indicadas pelo médico nas próprias residências.

“A percepção clínica de nossos médicos é de que o uso da hidroxicloroquina, em associação com outras drogas, na fase inicial da doença, tem sido um elemento essencial para evitar a gravidade da Covid-19 em nossos pacientes. Dessa forma, para cuidar do nosso paciente e contribuir para que a sua situação não se agrave, vamos doar a medicação, desde que tenha prescrição médica. Quando ele se consultar com nosso médico em nossas unidades, e o médico entender que ele possui condições de ficar em casa e precisa da medicação, daremos acesso à hidroxicloroquina, já que muitos pacientes têm nos relatado dificuldades de encontrar a medicação na rede farmacêutica do País como um todo. Já temos, no momento, tratamento para 20 mil pessoas, mas estamos trabalhando para ampliar essa quantidade”, explica Pinheiro.

Em Goiás, para ter acesso ao medicamento, o cliente do Grupo América precisa, nas nossas unidades, apresentar: prescrição médica do Grupo América, carterinha do plano e documento oficial com foto. Como frisa Jorge Pinheiro, a doação da hidroxicloriquina aos pacientes do Sistema Hapvida une-se aos outros esforços que a empresa está realizando no combate à pandemia do novo coronavírus. “É mais uma ação que reforça o compromisso da nossa empresa, com a segurança para nosso colaborador, a melhor estrutura de rede própria e com a melhor possibilidade tecnológica possível. Tudo isso da maneira mais acolhedora”, frisa o presidente.

Até agora, o Sistema Hapvida já investiu mais de R$ 65 milhões em ações contra o novo coronavírus, que envolvem a compra de insumos médicos, equipamentos de proteção individual, materiais, medicamentos, equipamentos tecnológicos e reforço na infraestrutura. Além disso, a empresa fretou aeronave para garantir a distribuição de insumos para sua rede própria, nas cinco regiões do País, e faz o remanejamento constante de equipes de profissionais de saúde para as áreas com maior incidência da doença. “Como dispomos de uma rede exclusiva de hospitais e outras unidades de atendimento, conseguimos ter um acompanhamento maior das demandas e necessidades de cada praça. Isso nos traz mais previsibilidade e assertividade nas ações”, finaliza Pinheiro.

Sobre o Sistema Hapvida
Com mais de 6 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como o maior sistema de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, América, Promed e Ame, RN Saúde, além da operadora Hapvida. Atua com mais de 30 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 39 hospitais, 185 clínicas médicas, 42 prontos atendimentos, 179 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.
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O POPULAR

Compra nos EUA é inviável

Técnicos de Goiás afirmam que respiradores norte americanos não possuem especificações necessárias
A missão encomendada pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), para que uma equipe técnica fosse até os Estados Unidos (EUA) verificar e negociar a compra de respiradores que a ser instalados nas unidades de terapia intensiva (UTIs) do Estado para o tratamento da Covid-19 foi cancelada. Caiado montaria uma equipe com um médico intensivista com conhecimento técnico em respiradores, um engenheiro mecânico e uma pessoa do segmento do comércio para avaliar o melhor negócio para o Estado, visto que os equipamentos estavam custando até dez vezes mais em comparação ao valor antes da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
No entanto, entre as propostas que chegaram a Goiás, os técnicos avaliaram as especificações dos aparelhos e entenderam que os mesmos não se encaixam na necessidade. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), "devido a alta demanda do mercado, equipamentos com parâmetros completos e de qualidade estão escassos para aquisição, e os equipamentos apresentados por estas empresas não possuíam como finalidade de uso inicial aplicação para unidades de terapia intensiva, mas sim direcionados para transporte de pacientes". No começo do mês, Caiado afirmou que a ida aos EUA serviria para verificar a qualidade dos equipamentos no mercado e garantir que fosse feita uma compra segura.
No último domingo (24), no entanto, o governo do presidente Donald Trump anunciou a restrição de entrada aos EUA a brasileiros ou estrangeiros que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias, o que dificulta o prosseguimento da missão. Segundo o governo goiano, não há previsão de que se tenha uma viagem ao país, nem mesmo com um esforço de relações internacionais, especialmente depois que os técnicos avaliaram os equipamentos como fora dos padrões exigidos. A SES-GO complementa que os respiradores apresentados contêm "parâmetros como fluxo inspiratório, pressão de trabalho, volume de corrente e a pressão expiratória final positiva em variação inferior ao recomendado, implicando na qualidade do atendimento que o equipamento está inserido, além de comprometer a segurança do paciente".
Processo
A dificuldade de acordo com empresas do EUA, em contrapartida, não interrompeu a necessidade dos equipamentos para o combate à pandemia no Estado e a compra dos mesmos continua em andamento. A intenção é adquirir 334 unidades, o que vem sendo encaminhado pelo Comitê Intersecretarial Covid-19. "Adicionalmente a SES-GO já tinha também um processo de compra de respiradores de 2019 em andamento, em que 40 ventiladores haviam sido entregues antes da pandemia e ainda faltam entregar 26 unidades. O valor assegurado pela SES-GO para compra desses equipamentos é de R$ 49.600,00. A empresa recusa o fornecimento e foi notificada. A fabricação é nacional."
Além disso, há na secretaria um processo licitatório para estabelecer uma Ata de Registro de Preços para aquisição de mil respiradores, mas ainda sem data estabelecida para a abertura. Neste caso, o valor médio unitário está em R$ 54.274,21. Os respiradores que estavam em estoque da SES-GO para a utilização em hospitais a ser inaugurados foram remanejados para os hospitais de campanha que estão sendo utilizados na pandemia. Na última semana, o Ministério da Saúde, com recursos federais, adquiriu 304 unidades e, destes, 25 foram transferidos para Goiás.
Outros 12 aparelhos foram reaproveitados após passarem por reforma em convênio com a Universidade Federal de Goiás (UFG). De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes), alimentado pelo governo federal, em Goiás existem disponíveis atualmente 1.791 aparelhos deste tipo, sendo que 1.411 estão no sistema público de saúde. Em abril, eram 1.777 no total e 1.398 pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Já em março, no começo da pandemia, a relação era de 1.714 na rede privada e 1.333 na rede pública.

Impedimento de entrada deve atingir apenas turistas

O banimento de entrada nos Estados Unidos (EUA) a brasileiros ou estrangeiros que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias, anunciado no último domingo (24), primeiramente se daria a partir da sexta-feira (29), mas o governo estadunidense antecipou para a última terça-feira (26) o início da medida. No entanto, há diversas exceções em que a entrada no país da América do Norte continua sendo aceita, como dos próprios cidadãos locais ou de estrangeiros que possuem a cidadania ou mesmo residência legal nos EUA (veja quadro). Advogado especialista em emigração para o país, Witer de Siqueira conta que, na prática, apenas turistas e viajantes iniciantes aos EUA devem ser bloqueados.
"Aquele que estava pensando em tirar umas férias pela primeira vez nos Estados Unidos não vai entrar, ou quem alegar que vai visitar um parente distante. A maior parte continua entrando normalmente", diz. Para ele, a restrição de entrada passa também por uma política estadunidense até mesmo de retaliação ao Brasil, que em março também assinou portaria restringindo a entrada de cidadãos estadunidenses em solo nacional, quando os EUA passou a ser o epicentro da pandemia de Covid-19. A proclamação feita pelo presidente Donald Trump reforça que os dois países continuam com a mesma relação comercial, mas que o banimento de entrada se dá pela questão sanitária, pois o Brasil atingiu o terceiro lugar no ranking mundial de número de casos da doença.
O documento assinado por Trump não determina uma data para o fim das regras e coloca o Brasil na mesma situação imposta a outros países, como China, Irã, Inglaterra, Irlanda, Itália, Espanha e outros. No caso dos chineses, por exemplo, a restrição foi feita em fevereiro e persiste até hoje. De acordo com Siqueira, estudantes ou trabalhadores que já estavam nos EUA e vieram ao Brasil para passar férias ou em razão da pandemia poderão voltar normalmente, pois há o entendimento dos Estados Unidos de que os mesmos são importantes para o país, além de, normalmente, terem residência fixa no local. Além dos turistas, o problema pode recair a quem pensava em, por exemplo, fazer um intercâmbio ou ir estudar nos EUA a partir do segundo semestre.
O advogado conta que no início da semana houve uma série de ligações em seu escritório feitas por clientes preocupados com a decisão de Trump, com receio de não poder voltar aos EUA, mas que tudo ficou mais calmo com as explicações. Ele lembra ainda que os turistas, por si só e em razão da pandemia, já estavam modificando planos para este ano. Agências de viagens ouvidas pelo POPULAR reiteraram que, desde o anúncio do governo dos EUA, não houve mudanças quanto a venda ou troca de pacotes, pois isso já vinha ocorrendo anteriormente com o andamento da pandemia, ou seja, a procura pelo país continuou sendo baixa ou nula após a modificação. Quanto aos voos para o país, o documento norte-americano reitera que isto fica a cargo das próprias companhias.
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Maternidade Célia Câmara fica lotada 51 dias após inaugurada


Unidade oferece 30 leitos de UTI para casos suspeitos e confirmados de Covid-19. É a primeira vez que não há vagas para pacientes em estado mais crítico da doença
O Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), que funciona como unidade de campanha contra a Covid-19 em Goiânia, ficou sem leitos de UTI disponíveis por algumas horas na manhã e na tarde desta quarta-feira (27). São 30 vagas na unidade, uma das três exclusivas em Goiás para atender pacientes contaminados pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), sejam casos suspeitos ou confirmados.
A lotação acontece 51 dias após a inauguração do hospital, no dia 6 de abril. A primeira internação foi na noite do dia 12, quando o HMMCC ofertava apenas 10 leitos de UTI. Desde então foram pelo menos três ampliações, a primeira com mais duas vagas, depois mais três e, por fim, mais 15. Desde 1º de maio, a unidade oferece 30 leitos para os casos mais críticos.
A situação no HMMCC ficou mais crítica a partir de 19 de maio, quando a lotação passou a ficar acima de 80% com frequência. Acompanhamento feito pelo POPULAR junto à página da Prefeitura de Goiânia na internet que mostra em tempo real o número de leitos de UTI disponíveis na capital para o Sistema Único de Saúde (SUS), feito diariamente sempre ao meio-dia, não anotou nenhum dia com mais de cinco leitos disponíveis desde então.
A assessoria do hospital informou que desde o dia 23 deram entrada na unidade 24 pessoas, sendo que 19 delas necessitaram de leitos de UTI. De lá para cá, duas pessoas morreram e uma teve alta. Durante a quarta-feira, surgiram duas vagas de UTI, mas consulta feita pelo jornal à tarde mostrava que já estavam ocupadas.
Na consulta feita pelo POPULAR aos sites da Prefeitura e da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) com o número de leitos disponíveis neste dia 27, havia livres apenas 17 leitos de UTI em hospitais exclusivos para Covid-19 na capital. Além do HMMCC, a rede municipal tem dez leitos no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG), e a rede estadual tem o Hospital de Campanha (HCamp) de Goiânia, com 40.
Dos 80 leitos ofertados atualmente por estas três unidades, 63 estavam ocupados por volta de meio-dia desta quarta-feira. O número de vagas disponíveis neste horário, 17, só é maior do que a constatada no mesmo horário do dia 29 de abril, quando o HMMCC, o HC e o HCamp tinham juntos 49 leitos.
O HC tem ficado geralmente com cinco leitos de UTI vagos, enquanto no HCamp a disponibilidade tem girado entre 12 e 18. As informações sobre os leitos do HCamp de Luziânia, que estão abertos desde o dia 21 de maio, não estão disponíveis no site da SES-GO.
Na semana passada, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia informou que iria solicitar a ampliação de mais dez leitos de UTI no HMMCC, mas a previsão era de que isso ocorresse em até 20 dias. A assessoria do hospital informou nesta quarta-feira que o acréscimo de vagas deveria ocorrer "nos próximos dias".
Em nota, o HMMCC destacou que a disponibilidade de vagas de UTI e da enfermaria "altera constantemente e, sempre que houver vaga, ela será disponibilizada (sic) na regulação do município de Goiânia para uso de acordo com a demanda existente". A SMS informou em outras ocasiões que o hospital tem capacidade para ofertar até 50 leitos de UTI e que a capacidade aumentaria conforme a demanda.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação