Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 07/07/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Número de cirurgias de câncer de mama cai 70% durante a pandemia
Médicos goianos não conseguem sair da Rússia e voltar ao Brasil devido à pandemia
Ocupação nas UTIs da rede pública se aproxima de 90%
David Uip recusa consultoria
Uso de remédios para Covid ganha adeptos
74% das UTIs foram entregues
Ambiente fechado pode aumentar contágio
Goiânia está dentre as capitais com menor número de doentes
Aparecida de Goiânia testa mais de mil pessoas em um dia
Toneladas de materiais de saúde são doados ao Brasil
Pesquisa aponta margem de erro de até 500% nos dados oficiais da Covid-19 no Brasil
Bolsonaro apresenta sintomas de coronavírus e faz novo exame
Lista: veja quanto cada Município goiano recebeu do Governo Federal para combate a Covid-19
Presidente de sindicato da UFG critica ataques à pesquisas: “Tentativa de obter saldos políticos”

TV ANHANGUERA

Número de cirurgias de câncer de mama cai 70% durante a pandemia
https://g1.globo.com/go/goias/edicao/2020/07/07/videos-bom-dia-goias-de-terca-feira-7-de-julho-de-2020.ghtml
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Médicos goianos não conseguem sair da Rússia e voltar ao Brasil devido à pandemia
https://globoplay.globo.com/v/8678379/programa/
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Ocupação nas UTIs da rede pública se aproxima de 90%
https://globoplay.globo.com/v/8678556/programa/
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O POPULAR

David Uip recusa consultoria

Empresários goianos do ramo do comércio tentaram contratar uma consultoria do médico infectologista David Uip, ex-coordenador do Centro de Contingência para o novo coronavírus do Estado de São Paulo, para elaborar uma proposta de flexibilização das medidas de isolamento em Goiás. O médico recusou a proposta e teria dito que conhece o governador Ronaldo Caiado e respeita a atuação dele no combate à pandemia no Estado.

Nos bastidores, as informações eram de que os presidentes de entidades empresariais que têm adotado tom mais forte contra o governo estadual estariam articulando a contratação para contrapor aos estudos de técnicos da Universidade federal de Goiás (UFG), que propuseram o isolamento intermitente (14 dias de fechamento e 14 dias de abertura) , acatado pelo governador.

O presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiocchi, admitiu que empresários do setor tentaram o contrato e que a negociação não prosperou. (Fabiana Pulcineli)
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Uso de remédios para Covid ganha adeptos

Protocolos que recomendam a utilização de medicamentos na fase primária da doença, ou mesmo como prevenção, têm sido mais aplicados por municípios, mas divide profissionais

O uso de protocolos para medicamentos em fases primárias da Covid-19, ou mesmo como prevenção, já está sendo adotado em Goiás nas cidades de Trindade e Ceres. Entidades médicas os descrevem como possíveis e dependentes da autonomia do médico e do paciente. A Associação Médica de Goiás (AMG) emitiu nota técnica nesta semana reforçando que há dois tipos de tratamento e que ambos podem ser orientados pelos médicos. A entidade acrescentou que estes devem ser levados ao conhecimento dos pacientes.

Mesmo que ainda não se tenha a comprovação científica da eficácia dos remédios contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2), a AMG entende que o conhecimento da observação clínica, deve ser levado em consideração.

A entidade não recomenda, na nota técnica, nenhum dos dois tipos de tratamentos que vêm sendo utilizados. Reforça apenas a existência de ambos, em que um, descrito como hospitalar, não utiliza remédios específicos para combater o vírus, mas apenas os sintomas, com a ideia de que o paciente  se fortaleça até o corpo se imunizar. A outra opção aposta em medicamentos utilizados para outras doenças e cujos testes não conferem resultados significativos para a capacidade de destruir o coronavírus, mas que a observação dos pacientes demonstraria a cura da maior parte deles.

Neste caso, os médicos optantes acreditam que os remédios sejam capazes de reduzir o impacto da doença, ou seja, menos pacientes ficariam graves, o que amenizaria a demanda por leitos hospitalares. Por outro lado, a adoção de protocolos dos medicamentos por prefeituras ou sendo difundidos por redes sociais, para o farmacologista Daniel Jesus, diretor secretário do Conselho Regional de Farmácia (CRF) pode induzir o paciente a relaxar outras medidas, como o distanciamento  social e o uso de máscaras. Jesus afirma ser a favor do tratamento convencional, no qual os medicamentos são usados para os sintomas.

"O vírus se comporta de maneira diferente para cada pessoa e os medicamentos que têm sido receitados, como antibióticos, anticoagulantes, também varia para cada um. Não podemos incentivar a automedicação. Mas se é uma prescrição médica, sendo acompanhado, tudo bem", diz. O farmacologista argumenta que a adoção dos protocolos pelas prefeituras deve ser feita com cuidado, pois muitas vezes ocorrem apenas para justificar o relaxamento de outras medidas, como do isolamento social.

O médico Waldemar Naves, diretor da AMG, esclarece que a nota técnica da entidade reforça a necessidade da autonomia do médico e do paciente. "Hoje só temos três coisas que é consenso quanto a Covid-19: o uso de máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social. Dito isso, todos os demais ainda são empíricos."
Informação

Neste sentido, Naves entende que os médicos não podem ser omissos aos pacientes, ou seja, devem relatar a existência dos dois métodos de tratamento, avaliar junto a eles, a partir da condição de cada um, qual deve ser a melhor estratégia e acompanhar. "A nota diz também que o médico deve aliar o verbo com a ação. Aquilo que ele defende deve ser dado a todos os seus pacientes, aos seus familiares e a ele mesmo. Não dá para dizer que é contra o medicamento, mas quando tiver a doença tomar", diz. Ao mesmo tempo, caberia ao poder público ofertar aos médicos as duas opções de tratamento, ou seja, ter os medicamentos à disposição e atuar para a ampliação de leitos hospitalares.

Secretário de Saúde de Ceres, Júnior Fleury, conta que o "kit covid" só é ofertado para a população que tem a recomendação dos médicos. "Desde o início da pandemia temos este protocolo para os casos confirmados, com a autorização médica. Na semana passada ampliamos para os pacientes com sintomas, mesmo antes do resultado do exame para Covid", diz. Ele reforça que o kit não é único, e depende de cada paciente. Assim mesmo, Fleury confirma que muitas pessoas têm pedido o kit nas unidades de saúde, sem ter sintomas, ou mesmo cobrando dos médicos. "Aí entra o poder do médico de explicar que aquele caso não tem necessidade. Fizemos um trabalho de orientação para evitar que as pessoas comprem nas farmácias sem necessidade."

Secretarias confirmam autonomia aos médicos

A Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia afirmam que os médicos têm autonomia para definir o tratamento para a Covid-19, o que é o ato médico, preconizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Ambas informam que não podem adotar protocolos com uso de medicamentos que não possuem evidências científicas robustas ou cuja eficácia em seres humanos não seja validada cientificamente. "Mas entende que o médico não está proibido de receitá-los, conforme avaliação clínica baseada em capacitação e princípios éticos e deontológicos", diz a SES.

A secretaria estadual reforça que se preocupa "com a forma como estão sendo distribuídos tais medicamentos, pois entre eles se incluem antibióticos que, no médio e longo prazo, podem produzir efeitos críticos no tratamento de outras doenças, como a resistência do organismo e a respectiva perda de eficácia do remédio. No caso da ivermectina, assim como os demais vermífugos, é preciso respeitar suas indicações e contraindicações, sobretudo na sua interação com outros medicamentos em uso."

Presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), Franscine Leão relata que os médicos não denunciaram, até então, pressão para definir um tipo de tratamento específico e que é necessária a manutenção da autonomia médica. "Está ocorrendo muita politização da Covid-19 e isso só atrapalha em todos os sentidos." Ela conta que não foi relatado qualquer desgaste, tanto do poder público como de pacientes, para a definição de tratamentos, mas que isso tem ocorrido na fase de diagnóstico ou mesmo do atestado de óbito. "Sofremos muitos desgastes até o momento na relação médico-paciente/familiares quando da suspeição, quando da entrada e paciente já em óbito. São situações difíceis e que após a pandemia se tornaram corriqueiras. As pessoas estão muito violentas. Têm alguns advogados e blogueiros incitando a violência contra os profissionais de saúde."
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74% das UTIs foram entregues

Goiás tem 277 dos 372 leitos críticos para pacientes com o novo coronavírus anunciados em abril. Prefeitura adquiriu mais do que o planejado e Estado entregou cerca da metade

Goiás tem 74,4% dos leitos críticos (UTIs) para pacientes com o novo coronavírus planejados pelo Estado e pelo município de Goiânia em abril. Das 270 vagas do tipo previstas pelo governo estadual na época, 147 estão em funcionamento atualmente, 54,5%. No caso da Prefeitura de Goiânia, a quantidade de leitos para Covid-19 de hoje é maior do que o prometido. Há três meses a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital previa 102 leitos exclusivos de pacientes com o vírus, hoje são 130 (127%), metade contratados da rede privada.

A ocupação dos leitos críticos de Covid-19 estava em 87,6% na noite desta segunda-feira (6), sendo que dos 16 leitos disponíveis, 7 eram pediátricos, restando 9 do tipo adulto. No mesmo dia, o Complexo Regulador Estadual (CRE) recebeu 166 pedidos de vaga para leitos de UTI e enfermaria para pacientes com Covid-19 ou suspeita. O painel da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) informava às 21h desta segunda-feira, 73 leitos de enfermaria para pacientes com coronavírus disponíveis. Reportagem do POPULAR do último sábado (4) revelou que já há fila, demora para conseguir leitos e casos de pacientes que morrem antes de conseguir vaga de internação.

Em março e abril, o governo estadual anunciou o planejamento de oito hospitais de campanha que teriam um total de 235 leitos de UTI. Destes, 114 estão em funcionamento atualmente em seis das oito unidades prometidas. O Hospital de Campanha de Águas Lindas, por exemplo, foi o primeiro do tipo construído pelo governo federal, com a promessa de ter 40 leitos de UTI, ainda na gestão do então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Atualmente há 10 em funcionamento.

A Secretaria Municipal de Goiânia (SMS) já colocou em funcionamento os 50 leitos críticos previstos do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), que estão lotados.

No entanto, havia em abril uma previsão de 40 UTIs no Hospital das Clínicas (HC), que ainda não aconteceu. A unidade federal tem 9 leitos do tipo atualmente.

De acordo com o diretor geral do HC, José Garcia Neto, está em andamento o processo de contratação dos profissionais para colocar em funcionamento os últimos 8 leitos deste total de 40, mas ainda não há previsão de quando serão inaugurados.

Para acompanhar a demanda de aumento de internação, a SMS de Goiânia passou a contratar leitos de UTI de hospitais privados e filantrópicos pagando um valor superior ao da tabela do SUS. Entre as unidades conveniadas estão o Gastro Salustiano, Renaissance e Jacob Facuri. Na noite desta segunda-feira, a ocupação das UTIs na capital era de 88,8%, com 16 vagas disponíveis.
Na última sexta-feira (3), o secretário de Estado de Saúde, Ismael Alexandrino, defendeu em entrevista ao POPULAR que os municípios solicitem internações em enfermarias de pacientes com coronavírus antes que seja necessária uma UTI.

A reportagem apurou que internamente há uma preocupação de gestores municipais da capital e estaduais com uma expectativa da sociedade de que a solução para a pandemia seja a abertura constante de mais leitos conforme a demanda.

Desde o começo da pandemia, ainda em março, os governos estaduais e municipais têm defendido uma combinação de distanciamento social e aumento da assistência em Saúde para combater o novo coronavírus.
Na parte do distanciamento social, pesquisadores da Universidade Federal de Goiás defendem desde o início de maio a necessidade da taxa de isolamento se manter em 50% para que não houvesse colapso do sistema hospitalar. No entanto, desde então, a taxa do Estado ficou sempre abaixo de 40% em dias úteis.

Governo de Goiás planeja mais 154 leitos de UTI

A Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) ainda planeja inaugurar mais 154 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) indicados para Covid-19. Desde o começo da pandemia já foram entregues 164 leitos. Além dos 147 do tipo adulto citados pela reportagem, há 13 pediátricos no Hospital de Urgências da Região Noroeste (Hugol) e 4 saladas vermelhas, sendo duas no Hospital de Campanha (HCamp) de Porangatu e outras duas no HCamp de Luziânia. A sala vermelha tem ventilador mecânico e é onde o paciente grave é estabilizado quando chega na unidade.

Em abril, a SES-GO planejava cerca de 270 leitos de UTI para pacientes com Covid-19. Considerando a atual proposta, a meta agora é de 318 no total.
Na última sexta-feira, a SES-GO adquiriu 50 novos ventiladores mecânicos, os chamados respiradores, essenciais no tratamento do paciente grave com Covid-19. Dez aparelhos já estão no Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e 8 no HCamp de Luziânia. Os outros serão destinados: 2 para o Hutrin, 10 para o HCamp de São Luís de Montes Belos; e 10 para o futuro HCamp de Formosa. Há estudo para definir o destino de outros 10 respiradores. Além dessa compra, o HCamp de Águas Lindas recebeu 10 ventiladores que estavam na SES-GO no domingo.

Questionado sobre a contratação de leitos privados, a SES-GO afirmou que vem trabalhando com a abertura de leitos em unidades próprias. Sobre a possibilidade de transformar leitos de enfermaria em UTIs, a pasta exemplificou que o HCamp de Águas Lindas tem todos os seus 200 leitos com acesso à rede de gases, o que permite a transformação deles em leitos críticos.
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Ambiente fechado pode aumentar contágio

As baixas temperaturas e o tempo seco, comuns no inverno, fazem com que as pessoas frequentem locais com pouca ventilação e fiquem aglomeradas. Estes hábitos facilitam a disseminação de vírus, como o novo coronavírus.
Luiz Gustavo Góes, pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) e da plataforma Científica Pasteur-USP, explica que vírus respiratórios, em geral, tendem a circular mais em períodos frios.

Isso pode estar relacionado a fatores como incidência solar, temperatura e umidade, mas ainda não se sabe o funcionamento exato ou a "condição ideal" para que o vírus se prolifere.

"A sazonalidade é um fator importante, mas não é delimitadora para surtos ou epidemias em si", diz Góes.
Apesar desta tendência, isso não significa que lugares quentes estejam protegidos. O pesquisador exemplifica com o que aconteceu na cidade de Manaus (AM), onde houve um grande surto de Covid-19 mesmo com o clima quente e úmido.

Comportamento
Por outro lado, "existe uma chance de aumentar devido o comportamento da população", complementa Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia e médico do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Ele explica que em períodos mais frios, as pessoas costumam ficar em ambientes pouco ventilados e com aglomerações, o que facilita a proliferação.

Michelle Zicker, infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, afirma que o tempo seco também afeta o organismo das pessoas. Neste período, as mucosas respiratórias ficam mais sensíveis e a secreção mais espessa.

Isso propicia que vírus, bactérias e partículas de poluição fiquem mais tempo em contato com o corpo, aumentando as chances de contaminação.
Quando as mucosas estão umedecidas, o organismo consegue eliminar os agentes externos com mais facilidade. Para isso, vale lavar o nariz com soro fisiológico e umidificar o ambiente com uma toalha molhada no quarto, por exemplo.

"Isso contribui para reduzir sintomas que podem ocorrer apenas pelo tempo seco", acrescenta Zicker.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Goiânia está dentre as capitais com menor número de doentes

Das 27 capitais brasileiras, Goiânia é a sexta com o menor número de casos por 100 mil habitantes e a sétima com o menor número absoluto de óbitos
Levantamento do Centro de Informação e Informática em Saúde, da Universidade de São Paulo (USP), mostra que Goiânia está entre as 10 capitais brasileiras com os menores índices da Covid-19. De acordo com a estatística, a capital de Goiás é a oitava com os menores números absolutos de registros de infectados por Coronavírus, a sexta na relação número de infectados por 100 mil habitantes e a sétima em relação ao menor número absoluto de óbitos e também no índice por 100 mil moradores.

De acordo com o estudo, até a manhã desta segunda-feira, 06/07, Goiânia registrava 7.792 casos confirmados de coronavírus. Na relação por 100 mil moradores, a capital goiana apresenta um índice de 513 casos. No Brasil, a média de infectados por grupo de 100 mil moradores é de 764,08. O número absoluto de pessoas que já contraíram o novo coronavírus no país chega a 1,6 milhão.

A capital goiana registrou até agora 199 mortes decorrentes da Covid-19. A taxa de letali-dade em relação ao número de infectados em Goiânia chega a 2,53%, contra uma taxa nacional de 4%. Na relação óbitos por cada grupo de 100 mil moradores, Goiânia apresenta um índice de 13 mortes, contra um índice nacional de 30 mortes por 100 mil habitantes.

As quatro piores capitais nesse levantamento são Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza e Belém, todas elas com índices acima de 100 na relação de óbitos por 100 mil moradores. Na capital paraense, por exemplo, esse índice chega a 130 e o número absoluto de pessoas que perderam a vida para a Covid-19 é de 1.946. O maior número absoluto de vítimas fatais da doença, no entanto, está na cidade de

São Paulo, que contabiliza 7.621 mortes, seguido pelo Rio de Janeiro, com 6.898 vítimas fatais da Covid-19.
As ações realizadas pela Prefeitura de Goiânia ajudam a explicar a colocação da cidade nesse ranking da Covid-19. Mesmo antes do coronavírus chegar à capital, a gestão íris Rezende começou a adotar medidas de contingenciamento para o enfrentamento à pande-mia. Protocolos da
Organização Mundial de Saúde foram seguidos e um plano para enfrentamento e contenção da Covid-19 foi desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde, incluído o treinamento de pessoal e a estruturação de unidades de saúde.

Logo após os primeiros registros de casos em Goiânia, o prefeito íris Rezende decretou estado de emergência em saúde pública na capital e criou o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE). Mais de 90 unidades de saúde do município foram preparadas para atender pacientes suspeitos de infecção por coronavírus. A transformação da Maternidade Célia Câmara, localizada na região Oeste de Goiânia, em hospital de campanha abriu, de uma só vez, 40 leitos de UTIs e 10 de enfermarias exclusivas para o tratamento da Covid-19.

Em pouco mais de três meses de pandemia, a Prefeitura de Goiânia elevou o número de leitos de UTI exclusivos para Covid-19 para 138 e os de enfermarias ultrapassam 200 unidades. Nenhum paciente que precisou de atendimento médico deixou de ser atendido e ninguém se viu privado de um leito de enfermaria ou UTI na cidade, quando foi necessária a internação. Na semana passada, a Prefeitura iniciou o chamamento de 475 novos profissionais da saúde, que vão reforçar o quadro de servidores da pasta.
Estrutura

A estrutura da rede municipal de saúde deu a Goiânia um outro número alvissareiro na luta contra a pandemia: 84% dos infectados por coranavírus na capital já se recuperaram. Quase 800 pessoas que precisaram de internação foram acolhidas em um dos leitos próprios ou contratados pela Prefeitura. De acordo com o último boletim epidemiológico da capital, 247 pessoas ainda permanecem internadas, o que representa 3% dos infectados pelo vírus. Outras 788 pessoas, ou 10% dos casos confirmados, estão sendo monitoradas e em isolamento domiciliar.

Nos últimos dias, a Secretaria Municipal de Saúde iniciou a testagem de 11 mil servidores da área da saúde e adquiriu outros 10 mil testes PCR que serão aplicados em pacientes sintomáticos, após avaliação médica, nas unidades de urgência (Cais e UPAs) e unidades sentinela de atenção básica. Confirmado o diagnóstico, será feita a busca de contactantes domiciliares desse paciente para realização do exame, com objetivo de interromper a cadeia de transmissão.

Até o final de junho, a Secretaria Municipal de Saúde realizou três inquéritos sorológicos, cujo objetivo é aferir a real disseminação da Covid-19 em Goiânia. Até o momento, já foram testadas 9.028 pessoas e um novo inquérito está previsto para o dia 11/07, quando será possível avaliar a evolução da infecção na capital.
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Aparecida de Goiânia testa mais de mil pessoas em um dia

Com o objetivo de evitar o aumento na transmissão do Coronavírus, o agravamento dos casos e o colapso na rede de saúde, Aparecida de Goiânia tem ampliado as testagens para Covid-19 e é campeã em número de exames feitos por uma prefeitura em Goiás. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), na última quinta-feira, 2, foram realizados 1.153 testes RT-PCR, considerado pelos especialistas como padrão Ouro e o mais eficaz para diagnóstico da doença na fase aguda. Os mais de mil exames foram realizados em apenas um dia nas três UPA"s da cidade (Brasicon, Buriti Sereno e Flamboyant) e no Drive Thru no Centro de Especialidades (Jardim Boa Esperança).

O município já realizou, desde o último 22 de abril até este domingo, 5 de julho, mais de 24 mil testes RT-PCR. Desde o último 23 de abril, a média diária de testagens no município era de 307 pessoas, porém, no início da última semana esse número chegou a mais de 700 por dia até atingir o recorde de 1.153 testagens realizadas em 2 de julho. Além disso, foram realizados 1.400 testes rápidos já aplicados num inquérito populacional.
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Toneladas de materiais de saúde são doados ao Brasil

Os Emirados Árabes doaram 10 toneladas de materiais de saúde para o governo brasileiro. Os insumos foram recebidos na manhã desta segunda-feira (6) quando a aeronave que transportava os equipamentos pousou em Brasília. Dentre os itens estão: máscaras, testes rápidos, luvas e roupas médicas. Eles devem ser utilizados para combater a pandemia do novo coronavírus . A ação ocorreu por meio dos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores, conforme informações da Agência Brasil .

"Essa ajuda humanitária prestada pelo governo dos Emirados Árabes Unidos representa o sentido mais profundo da cooperação que rege as relações entre os dois países", considerou o secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Marcos Degaut, em publicação feita nas redes sociais.
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Pesquisa aponta margem de erro de até 500% nos dados oficiais da Covid-19 no Brasil

Os números oficiais apontam que mais de 1,6 milhões de brasileiros já contraíram o coronavírus, e que mais 64 mil pessoas morreram em decorrência da Covid-19 no país . Contudo, um estudo do Laboratório de Inteligência em Saúde da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, ligado à Universidade de São Paulo (USP) estima que pode haver uma margem de erro de até 500% nas estatísticas oficiais.

Nessa perspectiva, o Brasil poderia estar perto de atingir a marca de 9 milhões de pessoas com a doença. Para chegar a essa hipótese, os pesquisadores se apoiam no fato de não haver testes suficientes para determinar o número de infectados com o Sars-Cov-2 , o vírus causador da covid-19.
Eles tomam por exemplo os dados da Coreia do Sul, país com um dos melhores sistemas de exames de covid-19 do mundo, para calcular a taxa de letalidade da doença.

Assumindo que a covid-19 mata a mesma proporção de pessoas em todos os países, os pesquisadores calcularam o total de pessoas contaminadas com covid-19 no Brasil baseados nessa proporção e o número de óbitos oficiais no país, que seria mais confiável do que apenas o registro de casos da doença.
A pesquisa também considerou as diferenças nas pirâmides etárias dos dois países e tempo médio entre internação e óbito. Chegando a conclusão de que o Brasil pode estar com até seis vezes mais casos do que mostram as estatísticas oficiais.

De acordo com alguns demógrafos e cientistas ouvidos pela BBC News Brasil, eles não acreditam que a subnotificação seja intencional, mas que muitos países enfrentam problemas que dificultam a compreensão da dimensão real da crise do coronavírus .

Falta de padronização entre prefeituras e Estado no sistema de coleta de dados da covid-19 no Brasil é um dos motivos para a subnotificação .
Algumas ferramentas já funcionavam no país, no que diz respeito à doenças respiratórias, como o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), do Ministério da Saúde, e o InfoGripe, da Fiocruz.

Contudo, esses sistemas trabalham de forma agregada com os dados, sem conseguir discriminar com precisão quais casos estão ligados a covid-19 .
Os números da covid-19, que estão sendo noticiados diariamente nos portais oficiais, são registrados por meio de um "telefone sem fio". Todos os dias as prefeituras entram em contato com hospitais, postos de saúde e clínicas para perguntar sobre o número de casos e mortos em cada lugar. Esses dados são compilados e repassados aos governos estaduais, que agregam os números de todos os municípios e os enviam ao ministério da Saúde.

Erros no sistema por digitação já aconteceram e não existe garantia de que os números oficiais divulgados atualmente não tenham falhas de digitação que ainda não foram identificadas.

Um pesquisador disse à BBC News Brasil que existe também um atraso na contagem, já que os números nacionais divulgados em um determinado dia, provavelmente são compilações de dias anteriores que só chegaram à ponta de cima do sistema com alguns dias de atraso.

Outro fator levado em consideração pelos especialistas é a quantidade e qualidade dos testes disponíveis no Brasil.

Os testes mais confiáveis, os chamados RT-PCR, por exemplo, detectam apenas pessoas que estão com a doença no momento do exame, sem identificar os recuperados, que deveriam estar na estatística de total de casos.
Existe também a possibilidade do teste não reconhecer o vírus em um paciente contaminado, pois ele pode não estar exatamente na parte do sistema respiratório de onde foi colhida uma amostra.

"O teste do PCR detecta, na melhor das hipóteses, de 70% a 80% dos casos", diz Márcio Sommer Bittencourt , médico do centro de pesquisa clínica e epidemiológica do hospital universitário da USP.

O número de testagem no país também é baixa, comprovada através da taxa de positividade, que mede quantas pessoas foram diagnosticadas com o vírus em proporção ao número de pessoas testadas. O que no Brasil corresponde à 40%. Ou seja, o país está testando apenas os casos mais graves, na maioria das vezes.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde , a taxa ideal de positividade é de 5%, diz Domingos Alves , do Laboratório de Inteligência em Saúde da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

"Os testes no Brasil são feitos quase que apenas nos internados. Nós estamos no escuro, estamos míopes sobre essa pandemia", afirma.

Outro problema é a fala de rastreamentos. Segundo Alves, na maioria dos casos, nem mesmo as pessoas que tiveram contato recente com os pacientes de covid-19 estão sendo testadas.

Bittencourt disse que o governo federal não tem sido claro na divulgação do número de pessoas testadas. Há boletins e notícias do governo falando em "números de testes" sem especificar se esses testes já foram de fato realizados ou concluídos.

Os cientistas em diversos países estão levando em conta o "excesso de mortes" para detectar a subnotificação, já que o número de mortos em um determinado país não costuma sofrer variações grandes de um ano para o outro, apesar de haver grandes variações sazonais (julho costuma ser o mês com o maior número de mortes no Brasil).

Neste ano, com a pandemia, o número de mortes aumentou durante todos os meses em comparação com a média dos últimos cinco anos. Os demógrafos apontam o coronavírus como principal responsável das mortes, já que é o único fator novo.

Bittencourt explica também que o sistema brasileiro de registros de óbitos gera vários atrasos. Uma das regras do sistema é o registro em até 24h feito pela família, depois disso o cartório tem alguns dias para notificar a central nacional de registros dessa morte.

Contudo, em grande parte dos casos, o exame para saber se o paciente morreu por causa da Covid-19 pode demorar ficar pronto dias após a morte. Como o atestado de óbito precisa ser gerado logo após a morte, não há como esperar por um dado mais preciso. Além disso, há municípios pequenos em que o atestado sequer é produzido por um médico.

Todas essas imperfeições e atrasos do sistema levam Alves a acreditar que o número de óbitos que estamos vendo no noticiário representa apenas 60% do total real de óbitos, que segundo ele estaria se aproximando de 9 milhões de infectados.

"Nossos modelos sempre tentam errar para baixo para ninguém nos acusar de exagerar o impacto da pandemia."
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AGÊNCIA ESTADO

Bolsonaro apresenta sintomas de coronavírus e faz novo exame

Brasília – O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (6/7) que irá realizar um novo exame da covid-19. Segundo apurou o Estadão, o presidente se sentiu mal, com sintomas da doença, e por isso decidiu realizar o teste. "Eu vim agora do hospital, fiz uma 'chapa' de pulmão. Tá tudo limpo. Vou fazer exame do covid agora, mas tá tudo bem", afirmou ele a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

Ele usava máscara durante a conversa e pediu que as pessoas não chegassem perto dele. "Não pode chegar muito perto não, tá. Recomendação para todo mundo."
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JORNAL OPÇÃO


Lista: veja quanto cada Município goiano recebeu do Governo Federal para combate a Covid-19

Por Marcos Aurélio

União repassou R$ 578 milhões para prefeituras. Tamanho da população e número de leitos foram alguns dos critérios utilizados para definir os valores

O Governo Federal repassou mais de R$ 578 milhões para 246 municípios goianos. A verba federal é destinada para o enfrentamento à Covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, os recursos podem ser usados para melhoria da oferta dos serviços hospitalares e de Atenção Básica por meio da aquisição de insumos e produtos, custeio de intervenções médicas, contratação de profissionais de saúde, entre outras benfeitorias na rede pública de saúde, com foco na assistência ao cidadão.
Goiânia ficou com a maior fatia do repasse. Ao todo a capital recebeu R$133.9 milhões para custear ações de enfrentamento a Covid. Aparecida de Goiânia é cidade que recebeu o segundo maior valor: R$ 44.4 milhões. Anápolis aparece em terceiro na lista, com repasse de R$ 34.6 milhões. Já a Prefeitura de Rio Verde recebeu R$ 17.9 milhões e Jataí ficou com R$ 9.2 milhões.
Cidades que estão na região do Entorno também foram beneficiadas. Luziânia recebeu R$ 11.5 milhões, enquanto Águas Lindas de Goiás ficou com R$ 11 milhões. Valparaíso teve um repasse de R$ 10 milhões.
Cidades menores também receberam da União valores significativos. Um dos exemplos é a cidade de Porangatu, que recebeu R$ 6 milhões. Santo Antônio do Descoberto teve um repasse de R$ 4.6 milhões. Para a cidade de Nerópolis foi enviado o valor de R$ 4.3 milhão e  São Miguel do Araguaia ficou com o repasse de R$ 1.7 milhão.
O repasse é resultado da soma de recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS), Apoio Financeiro para os Estados e para os Municípios (AFE/AFM) e da primeira parcela do Programa Federativo de Enfrentamento ao Covid-19 (PFEC). O critério utilizado pelo governo para definir o valor a ser destinado para cada município foi o tamanho da população e a média de recursos transferidos para a atenção hospitalar e atenção básica no ano passado.
Os Municípios deverão receber ainda mais uma parcela do Programa Federativo de Enfrentamento ao Covid-19 no próximo mês.
https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/lista-veja-quanto-cada-municipio-goiano-recebeu-do-governo-federal-para-combate-a-covid-19-266531/
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Presidente de sindicato da UFG critica ataques à pesquisas: “Tentativa de obter saldos políticos”
Por Luiz Phillipe Araújo

Flávio Alves da Silva afirma que entidades partiram para apelação e que pandemia foi politizada, mas que ciência demonstra seu valor
Para o presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg), professor Flávio Alves da Silva, há tentativa de uso político nas críticas às pesquisas conduzidas por cientistas da instituição usadas como base do decreto de isolamento.

“A pandemia foi politizada. Quando o governador faz algo que as instituições não concordam elas politizam, com único intuito de obter saldos políticos”, afirma o presidente.
Segundo o representante, a universidade sempre produziu resultados e seguirá no mesmo caminho. “A população inclusive percebeu mais do que nunca a importância da ciência neste momento”, defende Flávio, citando os projetos desenvolvidos em várias frentes de pesquisa.

Sobre a posição da Adufg em relação aos ataques diretos contra o professor Dr. Thiago F. Rangel, líder de trabalho que estimou 18 mil mortes caso não fosse adotado modelo de isolamento mais rígido, Flávio diz que o primeiro passo foi o repúdio em nota pública, mas que há ainda assistência jurídica à disposição para que sejam conduzidos possíveis processos contra caluniadores.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação