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DESTAQUES
Caiado cancela agenda após filha ser diagnosticada com coronavírus, em Goiânia
Rússia anuncia registro de vacina sem mostrar estudos; Paraná prevê produção
Ministério da Saúde adota precaução com vacina russa
Anvisa diz não ter recebido pedido russo de registro
Governo propõe suspender obrigatoriedade de exame médico para trabalhadores nas empresas
Publicado guia com novos critérios para triagem de doadores de sangue
Covid-19: Goiás registra 3.510 novos casos e 76 mortes em um dia
Brasil registra 1.274 novas mortes por Covid-19 e total atinge 103.026
Aparecida reduz índice de letalidade em 32%, diz estudo de revista internacional
PORTAL G1
Caiado cancela agenda após filha ser diagnosticada com coronavírus, em Goiânia
Filha veio de São Paulo para passar o Dia dos Pais na capital e teve febre. Governador afirma que ele e outros familiares testaram negativo para a Covid-19, mas vão seguir em quarentena.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), suspendeu a agenda política depois de a filha Maria Vitória Caiado ser diagnosticada com coronavírus, em Goiânia. Ela veio de São Paulo para passar o Dia dos Pais na capital e apresentou febre. Por precaução, o governador pediu que ela realizasse exames, e o resultado positivo saiu nesta terça-feira (11).
Em uma postagem nas redes sociais, Caiado afirma que ele e familiares também passaram por testes, mas testaram negativo para o vírus. Apesar disso, vão cumprir todos os protocolos de isolamento. "Como eu tive contato direto com a minha filha, assim como meus familiares, estamos todos em observação", disse o político.
Sobre o estado de saúde da filha, Caiado informa que ela está com sintomas leves.
"Maria está isolada, com sintomas leves, em observação e sendo cuidada com muito afeto. Agora, minhas orações que eram para todos os goianos, também são para ela", escreveu o governador.
Segundo Caiado, ele cancelou apenas a agenda presencial, pois deve trabalhar com a equipe do governo por meio de videoconferências.
Mais de 90 mil contaminados em Goiás
O total de infectados em Goiás desde o início da pandemia ultrapassa 90,7 mil pessoas, sendo que 2.099 morreram, segundo o balanço da Secretaria Estadual de Saúde (SES) desta terça-feira.
Cada vez mais se alastrando pelo estado, o coronavírus contaminou 86% mais pessoas nos primeiros 10 dias de agosto do que no mesmo período de julho, conforme apontam dados divulgados da SES. Do dia 1º a 10 de agosto, a secretaria contabilizou 17.521 novas contaminações, contra 9.383 no mesmo período do mês anterior.
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O ESTADO DE S.PAULO
Rússia anuncia registro de vacina sem mostrar estudos; Paraná prevê produção
Aval para imunizante é dado sem ensaios clínicos concluídos e menos de 2 meses após início dos testes; Putin promete imunização em massa de profissionais de saúde e professores em outubro. Governo paranaense faz acordo com Moscou para fabricar produto no Brasil
Gonçalo Junior
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse ontem ter registrado a primeira vacina contra a covid-19, após menos de dois meses de testes em humanos. Isso abre caminho para a imunização em massa da população local, ainda que a fase final de ensaios clínicos não tenha sido concluída. A ausência de estudos publicados sobre o imunizante e o ritmo acelerado dos testes têm motivado desconfiança da comunidade científica. Ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que precisa avaliar os dados da pesquisa antes de tomar posição. Já o governo do Paraná vai assinar acordo com Moscou para testar, produzir e distribuir a vacina russa.
Na TV estatal, Putin afirmou que a vacina, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, é segura e que até mesmo foi administrada em uma de suas filhas. "Funciona de modo muito eficaz, cria forte imunidade e, repito, passou em todos os testes necessários." A Rússia diz que a pesquisa está na fase 3, última e mais importante para desenvolver vacinas, para atestar segurança e eficácia. Não divulgou, porém, estudos em revistas científicas sobre resultados. Na Rússia, é possível registrar imunizantes após a i a rodada de testes, com pequenos grupos.
Putin espera que o país comece a produzir a vacina em larga escala em breve. A imunização deve começar em outubro. Profissionais de saúde russos que tratam pacientes com a covid19 terão a chance de se voluntariar para serem os primeiros, juntamente com professores, disse uma fonte à agência Reuters mês passado.
O nome do imunizante será Sputnik V, referência ao i- satélite orbital, lançado pela União Soviética em 1957, na Guerra Fria, e que deu início à corrida espacial. Para a Rússia, liderar a corrida das vacinas é um caminho para maior influência geopolítica e não depender de potências ocidentais. Em julho, autoridades de segurança dos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá acusaram hackers ligados a um serviço de inteligência russo de tentar roubar informações, o que foi negado pelo governo Putin.
Jarbas Barbosa, diretor-assistente da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço da OMS, disse que só poderão recomendar um produto após pré-qualificação, que demanda analisar dados dos testes.
No Brasil. O governo do Paraná vai anunciar hoje acordo com o governo russo para fabricar a Sputnik V. O acordo prevê que o Estado realize testes, produza e distribua a vacina. O embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov, tem encontro agendado hoje com o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD). A expectativa é de que o encontro formalize a parceria para a produção da vacina.
Após a assinatura do acordo, o próximo passo é o compartilhamento do protocolo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para liberar as próximas fases. O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), do governo estadual, deve ser um dos polos de produção e distribuição para a América Latina. A Anvisa disse ontem que ainda não havia recebido pedidos de autorização de pesquisa ou registro. Afirmou ainda que não pode prever o tempo necessário para dar o aval e frisou "foco na segurança e eficácia".
"Não vamos avançar se não tivermos anuência dos órgãos reguladores, como a Anvisa e a Comissão Nacional de Ética e Pesquisa. Anda é uma fase inicial", disse ao Estadão o biólogo Jorge Augusto Callado Aonso, diretor-presidente do Tecpar.
O convênio deve prever testes da fase 3 em paranaenses. Caso a tenha aval da Anvisa, o Paraná estará autorizado a produzir e distribuir a vacina em seu território, o que daria vantagem na transferência de tecnologia. O convênio permite ainda que o Estado saia na frente em eventual campanha de vacinação. O modelo é semelhante ao da parceria entre o Instituto Butantã, em São Paulo, e a empresa chinesa Sinovac Biotech, cuja vacina também está na fase três de testagem.
Callado mostra cautela sobre eventuais campanhas de imunização no País. "A comunidade científica no Brasil cita o período do 2 0 semestre de 2021 como prazo responsável. Antes disso, está arriscando muito." /com milibi ARRUDA, M.V. e AGÊNCIAS
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Sigilo do laboratório
"Temos de respeitar o sigilo do laboratório (russo). No momento das validações e autorizações, os dados serão divulgados no âmbito técnico e científico."
Jorge Augusto Callado Afonso DIRETOR-PRESIDENTE DA TECPAR
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FOLHA DE S.PAULO
Ministério da Saúde adota precaução com vacina russa
Governo teme corrida entre estados para aquisição de doses da imunização
Renato Machado e Ricardo Delia Coletta
O Ministério da Saúde adota precaução em relação ao anúncio da nova vacina contra o coronavírus, desenvolvida pela Rússia, pela ausência dos resultados produzidos pela imunização.
O governo federal também teme uma corrida por parte dos estados, que poderiam, na avaliação dos técnicos da Saúde, gastar somas altas de verba em projetos ainda pouco transparentes.
A Rússia anunciou nesta terça-feira (n) que concedeu a primeira aprovação regulatória do mundo para uma vacina contra a Covid-19. A imunização, porém, foi recebida com certo ceticismo pela comunidade internacional. Cientistas afirmam ser necessário mais transparência em relação aos ensaios clínicos.
Oficialmente, o Ministério da Saúde do Brasil afirma que monitora o desenvolvimento de todas as vacinas em pesquisa e que não tem preferência por imunização desenvolvida por nenhum país específico.
"O Ministério da Saúde está atento aos estudos de todas as vacinas em desenvolvimento e garante que, assim que tiver acesso à vacina comprovadamente eficaz contra a Covid-19, – s brasileiros terão acesso a ela", informou a pasta por meio de nota.
Reservadamente, no entanto, representantes da pasta e da Fiocruz afirmam que ainda são necessários mais esclarecimentos a respeito da vacina, principalmente em relação aos resultados obtidos em todas as fases da análise clínica da imunização.
Representantes do Ministério da Saúde e da Fiocruz se reuniram no último dia 4 com os russos e também com a farmacêutica chinesa Sinopharm, para ouvir novas propostas e estudos para o desenvolvimento de vacinas.
Em relação aos russos, os servidores e técnicos da área da saúde brasileiros consideraram que haviam diversos pontos não esclarecidos, principalmente em relação aos testes clínicos. Pediram mais informações, que ainda não foram entregues. Muitos se surpreenderam com o anúncio feito pelo presidente russo Vladimir Putin hoje.
"Causou estranheza na comunidade científica internacional, por conta da falta de transparência", afirmou o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, que participou da conferência com os representantes chineses, mas não com os russos.
"Não quer dizer que não seja uma boa vacina, mas a gente não pode abrir mão de certos passos. Tem que haver preocupação com a segurança."
Krieger afirma que a vacina russa tende a ser barrada pelos países, inclusive pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), caso não haja transparência sobre os resultados dos testes clínicos.
O representante da Fiocruz lembra que a vacina trabalhada pelo orgão e pela Universidade de Oxford segue um rito acelerado, por conta da urgência da pandemia, masque não há "pulo de etapas" e que os testes serão aplicados em 50 mil voluntários.
Após receberem diversas críticas pela falta de coordenação, principalmente na compra de ventiladores pulmonares, os representantes do Ministério da Saúde temem que estados iniciem uma corrida por conta própria para a produção da vacina, sem uma garantia sobre sua eficácia.
Os representantes da pasta afirmam que é normal que estados assumam uma certa parcela de risco para obter uma forma de imunização. O próprio ministério mantém com a Universidade de Oxford um acordo com "compartilhamento de risco", no qual investiu R$ 600 milhões.
O temor é que estados invistam grandes somas em projetos considerados precipitados, como afirmou uma fonte, e depois recorram ao governo federal por mais verba.
Eles avaliam, por exemplo, que a parceria de São Paulo para a obtenção de uma vacina chinesa, firmada através do Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac, ainda se mostra mais promissora. Além disso apostam, claro, na parceria da Fiocruz, do governo federal, com a Universidade de Oxford.
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Anvisa diz não ter recebido pedido russo de registro
Renato Machado
BRASÍLIA A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou nesta terça-feira (11) que ainda não foi procurada pelo laboratório russo que desenvolveu a vacina contra o novo coronavírus e que, portanto, não recebeu pedidos para autorização de pesquisa ou registro da vacina.
A Rússia anunciou nesta terça que concedeu a primei ra aprovação regulatória do mundo para uma vacina contra a Covid-19, que foi chamada de Sputnik V para os mercados estrangeiros.
A aprovação foi dada pelo Ministério da Saúde do país à imunização produzida pelo Instituto Gamaleia de Moscou após menos de dois meses do início dos testes em humanos, segundo afirmou o presidente russo, Vladimir Putin.
Autoridades russas anunciaram que países latino-americanos começam a produzir a vacina em novembro. O estado do Paraná também anunciou acordo com a Rússia para a produção da vacina.
"Até o momento o laboratório russo responsável pelo desenvolvimento da vacina não apresentou nenhum pedido de autorização de protocolo de pesquisa ou de registro da vacina para a Anvisa", afirmou a agência por meio de nota.
"A análise da Anvisa começa a partir da solicitação do laboratório farmacêutico. Desta forma, não é possível para a agência fazer qualquer avaliação ou pronunciamento em relação a segurança e eficácia deste produto antes que tenha acesso a dados oficiais apresentados pelo laboratório."
A agência também afirma que, desde o início da pandemia, tem dado prioridade pa ra a avaliação de medicamentos de combate à Covid-19. As solicitações de autorização de estudo clínico, argumenta c órgão, tem sido avaliadas em um prazo de 72 horas.
A Anvisa também afirmou que os medicamentos ou vacinas precisam passar por três etapas antes de serem aprovados pela agência: desenvolvimento exploratório, pesquisa pré-clínica, pesquisa clínica (uso em humanos) e registro. Após o registro, a vacina é então monitorada no período pós-mercado.
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EXTRA
Governo propõe suspender obrigatoriedade de exame médico para trabalhadores nas empresas
O Ministério da Economia emitiu uma nota informativa que propõe a retirada a realização de exames médicos ocupacionais das medidas obrigatórias de segurança e saúde no trabalho durante o estado de calamidade pública por causa da pandemia do novo coronavíus. A justificativa para a mudança, segundo o texto, é evitar a propagação de Covid-19. A nota técnica não tem força de lei e será discutida na reunião Comissão Tripartite, em Brasília, durante a reunião mensal do órgão nos próximos dias 13 e 14 de agosto.
A pasta informou que ainda não foi publicado normativo sobre o tema no Diário Oficial da União, mas que a "proposta relacionada à possibilidade de adiamento da realização de exames médicos admissionais e periódicos no contexto da pandemia da covid-19 deverá ser deliberada".
Entenda: Governo registra mais de 2,9 milhões de acordos para estender suspensão de contratos e redução de salários
Flávio Aldred Ramacciotti, especialista em direito do trabalho e sócio do Chediak Advogados, avalia que o governo está sendo cauteloso ao discutir o tema:
– A medida valeria para o exame periódico, admissional e demissional, e com a implementação da medida pelo governo a empresa não estaria descumprindo uma obrigação administrativa. Mas eu recomendo que se for possível que os empresários não adiem e façam o acompanhamento para não terem surpresas jurídicas – ressalta Flávio.
Alfredo Tanos Filho, advogado trabalhista e associado do escritório Tanus Madeira, lembra que a suspensão dos exames, inclusive demissional, estava prevista na Medida Provisória 927, que perdeu a validade no mês passado porque não foi votada no Congresso:
– Os exames demissionais que deixaram de ser feitos durante a validade da MP não vão perder sua eficácia porque estavam amparados juridicamente – explica Alfredo.
Sem consenso nas empresas
Segundo o Ministério da Economia, o "adiamento leva em consideração análise da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) e da Associação Paulista de Medicina do Trabalho (ANPT), que informam que o exame ocupacional envolve etapas que exigem a realização de exame físico completo, com o contato entre o trabalhador e o profissional de saúde, e exames complementares, como espirometria, teste de acuidade visual, acuidade auditiva e outros que exigem coleta de sangue e de outras amostras biológicas." E acrescenta que neste contexto é importante discutir o tema.
Entre as empresas, não há consenso sobre a realização dos exames, observa Bernardo Matosinho, coordenador médico da Teg Saúde, empresa de gestão de saúde corporativa:
– Vários de nossos clientes já retomaram a execução dos exames ocupacionais, para resguardar legalmente a empresa e voltar a cuidar da sua população de colaboradores. Entendem que postergando a execução dos exames haverá apenas o atraso da realização deles para um segundo momento. Muito provavelmente, nesse segundo momento, as empresas que não iniciaram o processo terão uma difícil tarefa que será a de colocar todo o volume de exames atrasados em ordem – ressalta Bernardo.
Outras estão adiando os exames para evitar a contaminação pela Covid-19:
– Alguns clientes optaram pela suspensão, entendendo que o risco de contaminação pelo coronavírus suplantaria os benefícios da realização das consultas ocupacionais durante a vigência da pandemia. Essa alegação é em parte correta, uma vez que a logística para se realizar consultas médicas coloca pessoas em risco de contaminação e de transmissão – explica Bernardo.
Sindicatos criticam proposta
A nota informativa do Ministério da Saúde, que foi divulgada no dia 29 de julho, afirma que não se trata de perda de direitos dos trabalhadores, e sim, uma "prorrogação dos exames médicos para admissão de empregados por enquanto durar a pandemia". O documento interno diz que "manter a obrigatoriedade de realização dos exames ocupacionais, neste momento, significa ampliar a exposição do trabalhador a diversos ambientes onde o vírus pode estar presente."
O texto do governo lembra que "a suspensão da obrigatoriedade de exames ocupacionais, neste momento, condicionada à sua realização em momento posterior, revela-se medida necessária para reduzir a movimentação de pessoas, diminuindo, com isso, potenciais exposições e aglomerações de trabalhadores, estando em alinhamento com as atuais recomendações do Ministério da Economia e do Ministério da Saúde para proteção contra a Covid-19", diz o documento.
As organizações sindicais, entre elas a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e UGT (União Geral dos Trabalhadores), criticaram a medida e dizem que a suspensão pode colocar em risco a saúde dos trabalhadores. Para os sindicatos, a proposta é antidemocrática porque "reedita parte da Medida Provisória 927, que foi objeto de amplo debate pela sociedade civil, pelo sindicalismo, além de instituições públicas e privadas, pelo judiciário e Congresso Nacional – que, coletivamente, rejeitaram tal proposição".
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AGÊNCIA BRASIL
Publicado guia com novos critérios para triagem de doadores de sangue
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou um guia com novos critérios para a triagem clínica e epidemiológica de candidatos a doação de sangue. Em vigor desde o dia 7 de agosto, o material atualiza as orientações aos serviços de hemoterapia.
A norma elimina, por exemplo, a restrição de doação de sangue por homens que tiveram relações sexuais com outros homens e/ou com parceiras sexuais destes nos últimos 12 meses antes do procedimento.
'Além de formalizar novas recomendações para o setor, o guia será um instrumento para coleta de contribuições da sociedade sobre a proposta de inclusão dos novos critérios. Para isso, foi disponibilizado um formulário para o envio de sugestões', informou a Anvisa.
O prazo da consulta será de 180 dias, contados a partir desta segunda-feira (10), ou seja, até 5 de fevereiro de 2021.
Mudanças
O fim da restrição de doação de sangue por homens que tiveram relações sexuais com outros homens e/ou com suas parceiras sexuais atende a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou a medida inconstitucional.
Recomendações
Além da inclusão de novos critérios a serem aplicados, o guia traz sugestões de requisitos que possam ser avaliados na história da pessoa candidata à doação, independentemente dos grupos populacionais que represente, buscando a triagem de indivíduos de baixo risco na população geral para a doação de sangue. Propostos na forma de recomendações, os critérios, segundo a agência, foram pactuados com especialistas da Rede Nacional de Serviços de Hematologia e Hemoterapia e já vêm sendo aplicados desde a formalização da decisão do STF, em junho deste ano. InformeA Anvisa também coordena a elaboração de um informativo destinado à sociedade sobre a doação e a transfusão de sangue mais seguras, com participação de especialistas e de representantes da comunidade LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexo e outras orientações sexuais e grupos).
'O objetivo é esclarecer e reforçar informações importantes para a pessoa que queira doar sangue', informou a agência.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 3.510 novos casos e 76 mortes em um dia
Adriana Marinelli
Goiânia – Goiás registrou 3.510 novos casos da covid-19 nas últimas 24 horas e chegou à marca de 90.710 infectados no Estado. É o que aponta boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) na tarde desta terça-feira (11/8). Com 76 mortes pela doença incluídas no sistema entre ontem e hoje, Goiás soma 2.099 óbitos.
Ainda de acordo com a atualização da SES-GO, há o registro de 81.807 pessoas recuperadas. No Estado, há 150.586 casos suspeitos em investigação. Outros 71.090 já foram descartados.
Além dos 2.099 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que representa uma taxa de letalidade de 2,31%, há 59 óbitos suspeitos que estão em investigação. Já foram descartadas 964 mortes suspeitas nos municípios goianos.
"Os números são dinâmicos e passíveis de mudanças após investigação mais detalhada de cada situação. Os boletins são elaborados a partir dos dados inseridos nos sistemas e-SUS VE e SIVEP Gripe, do Ministério da Saúde, pelas diversas instituições de saúde cadastradas no Estado, conforme endereço de residência informado pelos usuários", informou a SES-GO.
"Os dados podem ser alterados para mais ou para menos conforme investigação das Vigilâncias Epidemiológicas Municipais e atualização das fichas de notificações pelos municípios nos sistemas oficiais. Diante de eventuais inconsistências nos números, estes serão atualizados a partir das correções feitas pelas cidades nos sistemas de notificação", completou a pasta.
*Observação: os dados referentes às últimas 24 horas representam os casos incluídos no sistema no último dia. Não significam, necessariamente, que tenham ocorrido de ontem para hoje.
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JORNAL OPÇÃO
Brasil registra 1.274 novas mortes por Covid-19 e total atinge 103.026
Por Thauany Melo
País é segundo mais afetado pelo coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos
Nesta terça-feira, 11, o Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou 1.274 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que eleva o total de mortes pela doença para 103.026. O Brasil é o segundo país mais afetado pelo coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Também foram notificados 52.160 novos casos da doença, atingindo um total de 3.109.630 infecções confirmadas desde o início da pandemia.
São Paulo continua sendo o estado mais afetado pela Covid-19 no Brasil e atingiu, nesta terça, as marcas de 639.562 casos e 25.571 óbitos. Na sequência aparece a Bahia (198.767 infecções e 4.067 óbitos) e o Ceará (190.550 casos e 8.011 mortes).
Atraso no processamento
O país voltou a registrar mais de 50 mil casos e 1 mil óbitos diários depois de queda verificada na segunda-feira, quando foram registrados 22.048 casos e 703 mortes, reincidindo a tendência das últimas semanas em razão do atraso para o processamento de testes durante os finais de semana.
O Brasil conta com 2.243.124 pacientes recuperados da doença e 763.480 pessoas em acompanhamento. A taxa de letalidade da Covid-19 no país é de 3,3%.
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Aparecida reduz índice de letalidade em 32%, diz estudo de revista internacional
Por Eduardo Pinheiro
Dado é baseado em informação publicada na Revista Nature, que comprova que estratégias de enfrentamento à pandemia adotadas por Aparecida de Goiânia reduzem a mortalidade pela Covid-19
Um estudo publicado no último 24 de julho por uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo, a britânica Nature, aponta que as estratégias de enfrentamento à pandemia do coronavírus em Aparecida de Goiânia são as mais adequadas para reduzir mortes.
Segundo a publicação, a realização de um teste para Covid-19 a cada 100 pessoas está associada à redução de 8% na taxa de mortalidade pela doença, principalmente se aliada à oferta suficiente de leitos hospitalares específicos, dentre outras ações.
Em Aparecida de Goiânia, o índice de testagem é pelo menos quatro vezes superior ao apontado pela revista, o que resultaria em uma redução de 32% da letalidade.
A lógica aplicada também leva em consideração a criação dos 240 leitos hospitalares específicos para tratamento da Covid-19 realizada pela Prefeitura nos últimos cinco meses, além das ações de monitoramento com a Central de Telemedicina, a oferta rotineira de exames para pessoas do grupo de risco e o empréstimo de oxímetros, dentre outras.
“Com essa estratégia, tal como destacada pela Nature, Aparecida de Goiânia conseguiu manter sua taxa de mortalidade bem abaixo da média nacional: 1,51%, ao passo que o Brasil apresenta 3,33%”, afirma o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães.
Os dados apresentados pelo gestor são referentes a um levantamento realizado no último domingo, 09 de julho.
Testar, monitorar e cuidar
Com 63.372 exames somente do tipo RT-PCR realizados até domingo, 9, a cidade testou 10,9% dos 578.179 moradores locais, alcançando um índice de testagem que é mais que o triplo do Estado (2,61%) e do País (2,53%).
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação