As tendências do mercado de saúde apontam para uma maior variação do Custo Médico e Hospitalar (VCMH), conhecida como inflação médica, segundo estudo global da consultoria Aon. A pesquisa aponta que o índice vai alcançar 18,09% em 2015, acima dos 16,12% registrados no ano passado. O resultado é três vezes maior do que a inflação geral do País, projetada em 7,01% pelo último Boletim Focus, e ganha também da média mundial, estimada em 10,15%.
Dentre os motivos para o aumento do custo estão a valorização do dólar frente ao real, uma vez que equipamentos e medicamentos em sua maioria são importados; o déficit de leitos hospitalares privados nos grandes centros urbanos; além da pressão da classe médica por melhorias no valor dos honorários.
O vice-presidente de benefícios globais e contas estratégicas para a América Latina da Aon, Humberto Torloni Filho, cita que, atualmente, as internações representam aproximadamente 50% dos custos da assistência médica privada no Brasil. Em seguida, aparecem as consultas (25%) e exames (20%). Os outros casos são responsáveis por 5% da demanda.
Panorama global
Realizado em 84 países de todos os continentes, o levantamento da Aon mostrou que a média mundial da inflação médica deve registrar índice de 10,15% em 2015, queda de quase 1% em relação ao ano passado – quando foi de 10,34%. Embora haja uma diminuição do crescimento dos custos médicos, continentes como Ásia, Europa e América Latina deverão elevar suas taxas. Para Torloni Filho, os motivos que levam ao avanço da inflação médica na América Latina e Ásia é a retração da participação do poder público nos custos de saúde, obrigando o setor privado a absorver cada vez mais responsabilidades. (Fonte: Saúde Business 365)