Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 13/01/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Conass pede à Saúde reconhecimento da nova onda de Covid

Covid-19: Brasil tem 87,4 mil casos e 133 mortes em 24 horas

Brasil recebe primeiro lote de vacinas contra covid-19 para crianças

Ômicron e gripe lotam postos em São Paulo e desfalcam equipes médicas

Bolsonaro minimiza ômicron e sugere que cepa é bem-vinda’

Indústria estima que possa entregar 10 mi de autotestes de Covid por mês

Candida auris: Anvisa confirma terceiro caso de ‘superfungo’ no país

Teste só em casos graves

Anvisa recomenda a suspensão total dos cruzeiros
Governo reduz verba para intervenção cardíaca

Novos casos de covid-19 em Goiás quadruplicam nas últimas 48 horas

Baiocchi: “Suspensão das atividades do comércio está descartada em Goiânia”

PORTAL G1

Conass pede à Saúde reconhecimento da nova onda de Covid

Em ofício, conselho também pediu recursos financeiros e autorização para reativar a rede hospitalar instalada para combater a pandemia em 2021

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) enviou um ofício ao Ministério da Saúde em que pede o reconhecimento de que o Brasil enfrenta uma nova onda de Covid-19. O pleito foi feito nesta quarta-feira (12), em texto assinado pelo presidente da entidade e secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula.

“O Conass acredita que o crescimento de casos, impulsionado pela nova variante, volta a impor desafios aos sistemas de saúde público e privado do país. Destaca-se que, mesmo com a suspeita da menor gravidade, com a alta transmissão aumentam as chances de hospitalização, principalmente na população sem esquema vacinal completo”, aponta o Conass no ofício.

O conselho pontua que no dia 2 de janeiro, dados disponibilizados pelo Painel Conass, indicaram a notificação de 1.721 novos casos de Covid-19. Já no último domingo (9), uma semana depois, 24.382 casos foram registrados no país – um aumento que ultrapassa a marca de 300%.

“Sendo a Ômicron mais transmissível e responsável pelo aumento de pacientes com sintomas leves, os serviços ambulatoriais estarão pressionados por quadros clínicos que exigem testagem imediata, prescrição médica e emissão de atestados para o devido isolamento dos positivos. Em países onde a nova variante já impacta em recordes de casos leves, a rede hospitalar também já se encontra pressionada por casos graves, principalmente em pacientes não-vacinados, incluindo as crianças”, diz o Conass.

Diante dessas informações, o conselho listou uma série de pedidos. Confira abaixo:

a autorização imediata de funcionamento, nas condições adotadas ao longo do ano de 2021, de toda a rede hospitalar implantada no país para o enfrentamento à Covid-19, não contemplada com a habilitação permanente definida em recente pactuação tripartite, no que tange à internações em leitos clínicos e de terapia intensiva;

o aporte de recursos financeiros para abertura, no menor tempo possível, de pontos de testagem em massa para acesso de primeiro contato de toda a população, considerando o aporte de R$ 4,00 (quatro reais) por teste enviado a cada Estado/Município;

o posicionamento claro, por parte da Vigilância em Saúde do Ministério, sobre o cancelamento nacional de eventos de carnaval de rua e outros, onde não haja possibilidade de controle de acesso, com a obrigatoriedade de comprovante de vacinação e teste negativo;

o monitoramento nacional do potencial de desabastecimento de medicamentos, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Kits de Intubação;

a imediata deflagração de campanha pela imunização completa de toda a família brasileira, com destaque para a vacinação infantil, de modo a estimular a adesão plena da vacinação de crianças;

a inclusão imediata da vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19 no calendário nacional de vacinação.

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AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: Brasil tem 87,4 mil casos e 133 mortes em 24 horas

Em 24 horas, foram registrados 87.471 casos de covid-19 e 133 mortes associadas a complicações em consequência da infecção pelo novo coronavírus. Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada na noite desta quarta-feira (12).

Os dados mostram a evolução da curva de casos de covid-19 no país. Há uma semana (5), o número de diagnósticos positivos foi 27.267, três vezes menor do que o registrado hoje. Com os dados desta quarta-feira, a soma de pessoas contaminadas pelo vírus chegou a 22.716.931.

Ainda há 402.496 casos em acompanhamento de pessoas que tiveram o quadro de covid-19 confirmado. Até esta terça-feira, 21.694.064 pessoas se recuperaram da doença.

Com as mortes por covid-19 confirmadas hoje, o total de pessoas que não resistiram à doença desde o início da pandemia chegou a 620.371.

Ainda há 2.984 falecimentos em investigação, dado que não vem sendo atualizados nos últimos dias. As mortes em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.

Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado na noite desta quarta-feira (12). A atualização reúne informações sobre casos e mortes enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras e nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (155.464), Rio de Janeiro (69.553), Minas Gerais (56.755), Paraná (40.927) e Rio Grande do Sul (36.502).

Os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.854), Amapá (2.028), Roraima (2.078), Tocantins (3.956) e Sergipe (6.062). Entre ontem e hoje não houve novas mortes no Acre, Amapá, Roraima e Sergipe.

Ômicron

O total de infectados com a variante Ômicron chegou a 426. Do total registrado hoje, foram identificados 121 casos em São Paulo, 70 em Goiás, 58 no Rio de Janeiro, 40 casos no Ceará, 38 em Santa Catarina e 38 em Goiás. No total, a variante foi identificada em 13 unidades da Federação. Foi registrado um óbito até agora, em Goiás.

Ainda há 839 potenciais casos em investigação, a maioria no Rio de Janeiro (441), Rio Grande do Sul (236) e Minas Gerais (114).

Vacinação

Até esta quarta-feira (12), foram aplicados 335 milhões de doses, sendo 161,8 milhões com a 1ª dose e 144,8 milhões com a 2ª dose ou dose única. Mais 15,5 milhões já receberam a dose de reforço.

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Brasil recebe primeiro lote de vacinas contra covid-19 para crianças

Chegaram ao Brasil, às 4h45 desta quinta-feira (13), as primeiras vacinas contra covid-19 destinadas a crianças de 5 a 11 anos. Remessa com 1,2 milhão de doses do imunizante da Pfizer foi descarregada no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (São Paulo). Goiás vai ficar com 3,55% dos frascos.

O lote será distribuído a estados e municípios para iniciar a aplicação. A previsão é que o Brasil receba em janeiro um total de 4,3 milhões de doses da vacina. A remessa é a primeira de três que serão enviadas ao país. Segundo o Ministério da Saúde, durante o primeiro trimestre devem chegar ao Brasil quase 20 milhões de doses pediátricas, destinadas ao público-alvo de 20,5 milhões de crianças.

Em fevereiro, a previsão é que sejam entregues mais 7,2 milhões, e em março, 8,4 milhões. Na semana passada, o ministério anunciou a inclusão dos imunizantes pediátricos no plano de operacionalização do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Segundo a pasta, a criança deve ir aos postos de vacinação acompanhada dos pais ou responsáveis ou levar uma autorização por escrito.

O esquema vacinal será de duas doses, com intervalo de oito semanas entre as aplicações. A distribuição será feita na seguinte proporção (confira o percentual da população de 5 a 11 anos por estado):

Região Centro-Oeste (8,17%)
Distrito Federal – 1,30%
Goiás – 3,55%
Mato Grosso do Sul – 1,47%
Mato Grosso – 1,85%

Região Sudeste (39,18%)
Espírito Santo – 1,93%
Minas Gerais – 9,02%
Rio de Janeiro – 7,49%
São Paulo – 20,73%

Região Sul (13,17%)
Paraná – 5,25%
Rio Grande do Sul – 4,73%
Santa Catarina – 3,19%

Região Nordeste (28,43%)
Alagoas – 1,77%
Bahia – 7,07%
Ceará – 4,42%
Maranhão – 4,02%
Paraíba – 1,89%
Pernambuco – 4,80%
Piauí – 1,62%
Rio Grande do Norte – 1,67%
Sergipe – 1,17%

Região Norte (11,05%)
Acre – 0,57%
Amazonas – 2,77%
Amapá – 0,55%
Pará – 4,99%
Rondônia – 0,93%
Roraima – 0,38%
Tocantins – 0,86%

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FOLHA DE S.PAULO

Ômicron e gripe lotam postos em São Paulo e desfalcam equipes médicas

Categoria reivindica reposição de profissionais e fará assembleia para decidir se entra em greve

Com unidades de saúde superlotadas, falta de medicamentos, equipes exaustas e doentes, médicos da APS (Atenção Primária à Saúde), que atendem nas unidades básicas de São Paulo, farão nesta quinta-feira (13), às 19h30, uma assembleia para decidir se entram em greve.

A situação se agravou nas últimas semanas com o avanço da variante ômicron e a epidemia de gripe influenza, que levaram ao afastamento de cerca de 1.600 funcionários da saúde municipal, um aumento de 111% em relação ao início de dezembro. A rede estadual também vive problema semelhante.

Os afastamentos de profissionais da saúde por Covid ou síndrome gripal se tornaram um dilema em todo o país e afetam também até 10% da força de trabalho de hospitais da rede privada, segundo a Anahp (Associação dos Hospitais Privados de Saúde). A situação impulsionou o Ministério da Saúde a reduzir de 10 para 5 dias o período de isolamento de pacientes assintomáticos de Covid.

Entre as reivindicações dos médicos da rede municipal paulistana estão a contratação de mais equipes para atendimento e pagamento das horas extras. Muitos profissionais dizem que estão sendo convocados para trabalhar aos sábados sem pagamento adicional.

“O único recurso adicional é a sobrecarga. Os funcionários estão sendo convocados para trabalhar aos sábados sem saber como serão remunerados. Algumas OSS [organizações sociais de saúde] não estão pagando como horas extras, oferecem como banco de horas, mas, na prática, ninguém consegue tirar essas horas”, diz a médica Ana Paula Amorim, diretora da Associação Paulista de Medicina de Família e Comunidade e que também atua na rede municipal.

Segundo a médica Vanessa Araújo, representante do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), os trabalhadores da saúde municipal estão complemente exaustos e desrespeitados pelo poder público. “A situação no município de São Paulo caminha para um colapso”, afirma.

Na manhã desta quarta (12), por exemplo, ela diz ter visitado a UBS Santa Cecília, no centro de São Paulo. A unidade deveria ter oito médicos e estava operando com apenas três. “Quatro médicos pediram recentemente demissão por exaustão e por não conseguirem mais fazer o trabalho de atenção primária, de acompanhar os doentes crônicos, de prevenir doenças. A cobrança é de atendimento de pronto-socorro o tempo todo”, diz.

Segundo lideranças comunitárias, na UBS do Jardim Fontalis, na zona norte, havia apenas dois médicos (um clínico geral e um ginecologista) para atender a uma região com população de 60 mil pessoas. As quatro equipes de saúde da família da unidade estavam sem médicos.

Araújo diz que a situação de equipes desfalcadas é a mesma em ao menos 50 UBSs visitadas nas últimas semanas. “As OSS alegam dificuldade de contratação de médicos, mas também não informam a razão disso. É baixa remuneração? Carga de trabalho exaustiva? Desconfiguração da APS? Eles não assumem a responsabilidade.”

A médica diz que, desde o início da pandemia, muitos profissionais da atenção primária têm deixado a rede municipal por desestímulo e exaustão. A Folha apurou que muitos deles estão sendo absorvidos pela rede privada, que, cada vez mais, investe em atenção primária.

Araújo afirma que o descontentamento aumentou no final do ano, quando os médicos foram avisados às vésperas do Natal que os pontos facultativos haviam sido suspensos e que as unidades de saúde passariam a abrir aos sábados para atendimento de pessoas com sintomas da Covid e da gripe.

“No início do ano, a situação se tornou insustentável porque, além da sobrecarga, muitos trabalhadores começaram a adoecer por Covid e por influenza. A previsão é de um cenário muito grave que se aproxima, com risco de colapso pela falta desses trabalhadores.”

Os profissionais denunciam também que estão expostos ao contágio pela Covid devido à falta de EPIs (equipamentos de proteção individual), como luvas e aventais, além de insumos básicos. “Falta dipiriona, falta lençol de maca”, diz a médica de família Ana Amorim.

A técnica de enfermagem aposentada Maria Madalena Figueiredo, conselheira de saúde na região da UBS Jardim Fontalis, na zona norte, diz que a falta de medicamentos é generalizada. “Falta de tudo. Analgésicos, anti-inflamatórios. Os pacientes estão indo de posto em posto e não conseguem nada.”

Ela conta que nesta quarta (12) estava em busca de xarope para um casal de catadores de recicláveis e de medicamentos para tratamento da tuberculose de um paciente vulnerável da região que está em uma casa de repouso. “É uma tristeza. A todo momento tem alguém se queixando”, diz ela.

Na zona leste, Laura Araújo, moradora no Jardim Tietê, reclamava da falta de medicamentos como o alenia, para asma brônquica, e losartana, para hipertensão. “Às vezes, consigo um, mas não o outro”, diz ela, após percorrer três postos de saúde, sem sucesso.

Para a médica Ana Amorim, a situação está pior do que em qualquer outro momento da pandemia em relação ao grande número de atendimentos de pessoas com sintomas respiratórios.

Além da exaustão e da frustração de não conseguir dar uma assistência adequada aos pacientes, Amorim diz que tem aumentado os episódios de violência contra os profissionais de saúde por parte da população.

Na sexta (7), por exemplo, um homem, irritado com a demora no atendimento, invadiu o consultório médico de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Guarulhos e começou a mexer nos prontuários dos pacientes. Uma profissional da saúde tentou contê-lo e foi agredida com um soco. Uma câmera de segurança registrou a agressão.

Em resposta às demandas do sindicato dos médicos, o Sindhosfil (sindicato que representa as 14 organizações sociais de saúde que hoje gerenciam a atenção primária no município) disse que os pleitos dos médicos são de competência da Prefeitura de São Paulo e que não havia fontes financeiras para bancar as reivindicações.

A Secretaria Municipal da Saúde, por sua vez, informou ao sindicato que autorizou o pagamento de horas extras aos profissionais que estão trabalhando aos sábados pelas OSS. E que elas também já tiveram autorização para contratar médicos e equipes de enfermagem para atender ao aumento da demanda.

Quanto aos medicamentos em falta, a secretaria reconheceu o desabastecimento e o atribuiu a problemas de importação de itens e ao cancelamento de compras já empenhadas, devido à pandemia.

Em nota à Folha na noite desta quarta, a secretaria diz que desde o início da vacinação contra Covid, em janeiro de 2021, a pasta autorizou a contratação pelos parceiros [OSS] de equipes de enfermagem e administrativos para auxiliarem na vacinação.

“No atual momento, devido à variante ômicron, são muitos casos em um curto período de tempo, promovendo aumento nos atendimentos nas unidades e, por isso, a integração dos serviços em rede assistencial se fez necessário”, explica.

Desde o último sábado, 8 de janeiro, as unidades passaram a abrir todos os sábados até a diminuição dos casos de sintomáticos respiratórios na capital. A SMS diz que já autorizou o pagamento das horas extras dos profissionais pelas OSS.

A SMS ressalta também que solicitou a presença dos médicos nas UBSs aos sábados, entretanto, não obrigou que as equipes sejam da Atenção Primária à Saúde.

“Os parceiros iniciarão o cronograma de pagamento de horas extras a partir deste mês e, àqueles da administração direta, que iniciam a partir desta fase da pandemia o atendimento aos sábados, a SMS estará publicando portaria e pagamento de plantão extra.”

Até a sexta-feira (14), a SMS diz que, juntamente com os parceiros, estará fechando o montante de contratação para apoiar a porta de entrada dos equipamentos, inclusive, ampliando o quadro e horário de algumas unidades para as 22h ou, até mesmo, transformando unidades 12h em 24h.

“Em relação aos insumos a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), informa que recebeu, em dezembro de 2021, mais de 867,5 milhões de unidades de medicamentos e insumos, com investimento total de R$ 116 milhões. A pasta prevê o recebimento de outros R$ 28 milhões em medicamentos e materiais médicos, além de mais R$ 52 milhões que serão empenhados para a compra dos suprimentos.”

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Bolsonaro minimiza ômicron e sugere que cepa é bem-vinda’

Presidente também fez nova ofensiva para questionar vacinas contra Covid

BRASÍLIA O presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou nesta quarta-feira (12), os impactos da ômicron no Brasil e sugeriu que variante é ‘bem-vinda’.

‘[A] ômicron, que já espalhou pelo mundo todo, como as próprias pessoas que entendem de verdade dizem: que ela tem uma capacidade de difundir muito grande, mas de letalidade muito pequena”, disse Bolsonaro, em entrevista ao site Gazeta Brasil.

‘Dizem até que seria um vírusvacinal. Deveriam até. . . Segundo algumas pessoas estudiosas e sérias -e não vinculadas a farmacêuticas – dizem que a ômicron é bem vinda e pode sim sinalizar o fim da pandemia’

O mandatário alegou ainda que a variante ‘não tem matado ninguém’ e que o registro de óbito em Goiás, já confirmado como decorrência de infecção pela ômicron, seria de uma pessoa que já tinha ‘problemas seríssimos’.

O paciente, de 68 anos, era hipertenso e tinha doença pulmonar obstrutiva crônica.

Numa nova ofensiva para jogar dúvidas sobre vacinas, Bolsonaro disse ainda que determinou ao ministro Marcelo Queiroga (Saúde) a divulgação de casos de efeitos colaterais causados por imunizantes.

Apesar da fala de Bolsonaro, especialistas destacam que a ômicron, embora aparentemente menos letal, traz riscos de nova sobrecarga aos sistemas de saúde.

A hipótese de que a variante represente o declínio da pandemia é um dos cenários avaliados por epidemiologistas, mas não o único. Eles destacam que o vírus ainda pode sofrer muitas mutações, e não se sabe se elas tornarão a doença mais ou menos grave.

Até o momento, a expansão da ômicron reina sobre as outras variantes por onde passa. Por causa da nova cepa, o mundo vem registrando números próximos a 2 milhões de casos por dia, quantidade muito superior à das ondas anteriores da doença.

Além do mais, uma das explicações para a aparente menor letalidade da ômicron é a atual alta cobertura vacinal.

Bolsonaro, apesar disso, tem questionado a eficácia de imunizantes. Ele garante que não vai tomar vacina e se opõe, contra as recomendações de especialistas e órgãos como a Sociedade Brasileira de Pediatria, à expansão da campanha de vacinação para crianças de cinco a 11anos.

Na entrevista desta quarta, o presidente voltou a criticar a imunização infantil, que deve começar ainda neste mês.

O mandatário afirmou que ‘quase zero, um número muito pequeno’ de crianças teria morrido de Covid no Brasil. ‘E esse número pequeno ainda tinha o fato de criança com comorbidade’

Corrigido pela entrevistadora, que ressaltou que mais de 300 crianças morreram pela doença, Bolsonaro manteve a oposição à imunização desse público.

Ele então disse ter determinado a Queiroga que divulgue os casos de efeitos colaterais registrados por conta da vacinação no país.

‘Tudo bem, não vou questionar. Vamos partir do princípio que os números estão certos. Justifica a vacinação? Eu cobrei ontem do ministro Queiroga, da Saúde, a divulgação das pessoas com efeito colateral. Quantas pessoas estão tendo reações adversas no Brasil pós-vacina? Quantas pessoas estão morrendo também por outras causas que são creditadas à Covid?’

‘Trezentas e poucas crianças [mortas]. . . Lamento cada morte, ainda mais de criança, agente sente muito mais, mas não justifica a vacinação pelos efeitos colaterais adversos que essas pessoas têm’.

A declaração de Bolsonaro é questionada por cientistas, ?ue destacam que as vacinas oram aprovadas por órgãos regulatórios em diversos países, entre eles a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e que elas são seguras e fundamentais para o controle da pandemia.

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Indústria estima que possa entregar 10 mi de autotestes de Covid por mês

Entidade prevê que demanda será inferior à capacidade de produção e projeta preço mais baixo

Presidente-executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial), Carlos Gouvêa estima que a indústria instalada no Brasil tem capacidade de produzir até ío milhões de autotestes de Covid por mês.

A entrega dependería da demanda pelo exame, que ainda precisa ser regulamentado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pelo governo federal.

Ainda na estimativa da entidade, que afirma representar 70% do mercado de produtos de diagnóstico, o produto deve ser mais barato que exames de antígeno hoje fornecidos em farmácias e laboratórios.

A capacidade de produção foi levantada em consulta da CBDL as suas associadas. Considera também a possível fabricação do produto em laboratórios públicos, disse.

Ele projeta que em 2022 a população deva procurar no mercado privado de 20 milhões a 40 milhões de unidades desse tipo de exame que pode ser feito em casa. Já a demanda na rede pública dependería de políticas públicas definidas pelos governos.

Gouvêa afirma que a produção do autoteste é mais cara que a de exames de antígeno, mas que o produto final deve custar menos, pois não inclui o preço do serviço do exame.

‘Hoje a gente vê valores de R$ 70 a R$ 150 (de testes de antígeno) nas farmácias. O autoteste deve ficar de R$ 45 a R$ 70’, afirma Gouvêa.

Entidades científicas cobraram nesta terça (11) uma política de testagem mais ampla e a permissão do exame em casa. A procura pelos testes disparou com 0 avanço da contaminação na virada do ano.

Em nota divulgada nesta quarta (12), a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnostica) alertou para risco de falta de insumos necessários nos exames da Covid-19. A entidade recomendou priorização de exames a pacientes ‘segundo uma escala de gravidade’.

O presidente-exeeutivo da CBDL disse que a falta do produto não é generalizada e não deve se alongar, pois as empresas voltaram a contratar e a ampliar linhas de fabricação.

Segundo Gouvêa, o mercado deve conseguir ofertar volume de autotestes maior do que o exigido pelos consumidores, mas delimitar essa demanda ainda dependería do avanço da dença. “O autoteste vem para complementar. O próprio exame RT-PCR [considerado padrão ouro] continua tendo o seu papel.’

O representante da indústria estima que os primeiros exames que podem ser feitos em casa da Covid chegariam ao mercado cerca de 1 mês após a regulamentação do produto pelo governo. Depois de liberada a regra, as emcomplementar, assim a notificação do resultado não seria a principal função. ‘A pessoa testada em casa no mínimo vai buscar confirmação da infecção, provavelmente no laboratório. Vai ainda parar de sair, avisar pessoas mais próximas. Já atingiu objetivo de saúde pública de cortar a transmissão da Covid’, afirmou.

Os testes são compostos por material de coleta da amostra do paciente, além de diluen-tese um dispositivo para apresentar o resultado da análise.

A própria pessoa coleta material (com auxílio de um swab, como em um PCR ou antígeno) e o deposita sobre uma superfície que aponta se está infectada ou não.

O autoteste não é autorizado no Brasil por causa de uma resolução da Anvisa de 2015, que diz que não podem ser fornecidos para leigos produtos que tenham a finalidade de diagnóstico de exposição a agente transmissível.

A mesma regra estabelece que a proibição ‘poderá ser afastada’ se houver ‘políticas públicas e ações estratégicas formalmente instituídas pelo Ministério da Saúde’.

Uma exceção a essa regra já ocorreu. Há alguns anos, após iniciativa do Ministério da Saúde, foram liberados os autotestes para HIV, que têm o apoio da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).

Para Gouvêa, há margem para o Brasil avançar sobre autoteste de outras doenças, como de HPV, sífilis e Hepatite C.

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Candida auris: Anvisa confirma terceiro caso de ‘superfungo’ no país

Estudo de 2021 sugere que caos hospitalar criado pela Covid-19 pode ter criado condições para a proliferação da Candida auris

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) confirmou hoje o terceiro surto de Candida auris em um hospital da rede pública no Recife. A espécie foi detectada na urina de um paciente.

Conhecido como “superfungo”, ele resiste a medicamentos e, de acordo com a agência, é considerado uma ameaça séria à saúde pública. A infecção por C. auris pode ser fatal, principalmente para pacientes imunodeprimidos ou com comorbidades. Os dois primeiros casos foram confirmados em Salvador em 2020.

A agência alertou ainda que há outro caso suspeito em investigação laboratorial, em um paciente do mesmo hospital.

De acordo com a Anvisa, desde a identificação da suspeita, uma força-tarefa nacional, composta por diversos órgãos, foi acionada para monitorar e controlar o surto. A instituição pediu que os laboratórios de microbiologia intensifiquem a vigilância e, diante de um caso suspeito ou confirmado, notifiquem o serviço de saúde e acionem um dos Lacens (Laboratório Central de Saúde Pública).

Covid-19 pode ter criado condições para ‘superfungo’

Um estudo publicado no ano passado sugere que o caos hospitalar criado pela pandemia da Covid-19 pode ter criado as condições ideais para a proliferação da Candida auris.

Arnaldo Colombo, coordenador o Laboratório Especial de Micologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e líder da pesquisa, explica que os fungos do gênero Candida (com exceção da C. auris) fazem parte da microbiota intestinal humana e só costumam causar problemas quando há um desequilíbrio no organismo. O mais comum é o surgimento de infecções superficiais na mucosa da vagina (candidíase) ou da boca (sapinho), geralmente associadas à espécie C. albica.

Em alguns casos, porém, o fungo invade a corrente sanguínea e desencadeia um quadro de infecção sistêmica -conhecido como candidemia- semelhante ao da sepse bacteriana. A invasão da corrente sanguínea e a resposta exagerada do sistema imune ao patógeno podem causar lesões em diversos órgãos e até mesmo levar à morte. As evidências científicas apontam que, quando a candidemia ocorre em pacientes infectados pela C. auris, até 60% não sobrevivem.

“Essa espécie rapidamente se torna resistente a múltiplos fármacos, sendo pouco sensível a produtos desinfetantes utilizados em centros médicos. Dessa forma, consegue persistir no ambiente hospitalar, onde coloniza profissionais de saúde e, posteriormente, pacientes críticos que necessitam de internação prolongada, a exemplo dos portadores de formas graves da Covid-19”, diz Colombo.

Diversos fatores tornam os pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 alvos ideais para a C. auris, entre eles a internação prolongada, o uso de sondas vesicais e cateteres para acesso venoso central (uma porta de entrada para a corrente sanguínea), corticoides (que suprimem a resposta imune) e antibióticos.

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CORREIO BRAZILIENSE

Teste só em casos graves

Abramed recomenda elaborar escala de prioridade para infectados devido à ameaça de faltar meio de detecção do vírus

Diante da possibilidade de faltarem testes de antígeno e PCR (o molecular, mais preciso) para a detecção da covid-19, a Associação Brasileira de Medicina Diagnostica (Abramed) recomendou, ontem, que os casos graves de infecção pelo novo coronavírus sejam priorizados em detrimento daqueles com poucos sintomas ou assintomáticos. A entidade sugeriu, ainda, que os profissionais da saúde façam parte desse grupo preferencial. A mesma decisão foi tomada pela maior rede de hospitais do país, Rede D’Or, por falta de insumos.

‘Recomendamos, fortemente, que sejam submetidos a testes apenas os pacientes que tenham maior gravidade de sintomas, pacientes hospitalizados e cirúrgicos, pessoas no grupo de risco, trabalhadores assistenciais da área da saúde e colaboradores de serviços essenciais’, destacou o presidente do Conselho de Administração da Abramed, Wilson Shcolnik, por meio de nota.

A entidade propôs, também, que pessoas sem sintomas ou com sintomas leves, mesmo que tenham entrado em contato com infectados, se isolem mesmo sem testagem. A fim de organizar o processo de comprovação do novo coronavírus, a Abramed vai elaborar uma nota técnica orientando os laboratórios associados a priorizem pacientes de acordo com uma escala de gravidade.

‘Quando avaliamos as notícias que vêm de outros países, de que eles já estão sem insumos, é certo que o problema chegará ao Brasil. Não é possível mensurar nesse momento até quando poderemos atender, pois os estoques são variados dependendo do laboratório e da região, mas há um risco real de desabasteci-mento’, alertou Scholnik.

Segundo a Abramed, a procura global por mais exames, devido ao aumento de casos da variante ômicron, levou os fabricantes ao limite da capacidade de produção de insumos e reagentes. Dados do laboratório Abott, responsável por parte da testagem do Brasil, mostram que, desde a segunda quinzena de dezembro de 2021, houve um aumento na demanda de compra por testes rápidos de antígeno para covid-19.

‘É importante reforçar que nossos testes são produzidos globalmente, sendo necessário considerar o tempo de envio ao Brasil, liberação dos produtos por parte das autoridades locais e entrega aos nossos clientes. Somente nesta semana, milhares de testes estão sendo entregues para abastecimento do mercado brasileiro’, assegurou a Abott.

O infectologista Werciley Saraiva concorda com a sugestão da Abramed. ‘A gente já sabia que, com o volume de doenças sendo detectadas, a chance de testagem total acaba reduzindo devido à falta de insumos. Se considerarmos um paciente com caso leve e conseguirmos padronizar que todo mundo que tenha sintomas mantenha o isolamento mínimo de cinco a sete dias, usando máscara, obedecendo regras, sim, podemos priorizar quem mais precisa’, salientou.

Werciley alertou que não adianta não testar pessoas com casos leves e deixá-las circulando, porque vão continuar espalhando o vírus de covid e influenza.

Autotestes

Já o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a pasta enviará, ainda esta semana, os documentos solicitados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a regulamentação de autotestes de covid-19. O diretor-presidente da autarquia, Antonio Barra Torres, afirmou que a aprovação depende do detalhamento das políticas sobre a regulamentação dos exames, que poderão ser realizados pelos próprios pacientes.

‘Precisamos aumentar a capacidade de testagem. A iniciativa privada e cada um dos brasileiros que tem sintomas gripais podem se somar à iniciativa do governo federal”, exortou Queiroga.

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Anvisa recomenda a suspensão total dos cruzeiros

A Anvisa recomendou ao Ministério da Saúde e à Casa Civil, ontem, a suspensão definitiva da temporada de navios de cruzeiro no Brasil, como ação necessária à proteção da saúde da população. 0 documento encaminhado às duas pastas contém a apresentação do cenário epidemiológico de covid-19 nas embarcações de passageiros que operam na temporada 2021-2022 – incluindo as intercorrências ocorridas, por navio, desde o início das operações em território nacional. Em 31 de dezembro, com aumento de casos entre as tripulações, a Anvisa recomendou a suspensão temporária dos cruzeiros, mas, agora, concluiu que as viagens pela costa brasileira são um risco para a disseminação da variante ômicron.

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Governo reduz verba para intervenção cardíaca

Gestores e médicos são surpreendidos pela diminuição de repasses e alertam para um risco iminente de desassistência em procedimentos cardiológicos no SUS; ministério diz que ‘distorções serão corrigidas’

Portaria assinada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no apagar das luzes de 2021 tem tirado o sono de secretários estaduais e municipais Brasil afora. Isso porque Queiroga, que é cardiologista, cortou R$ 292, 6 milhões do orçamento repassado a prefeitos e governadores para custear procedimentos cardiológicos de alto custo. A medida pegou de surpresa gestores e médicos do SUS, que alertam para um risco iminente de desassistência de pacientes.

Segundo a coluna de Malu Gaspar no site do GLOBO, o ministério alterou substancialmente os aportes previstos na tabela de procedimentos, medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais no Sistema Único de Saúde (SUS), as chamadas OMP. Os valores remuneram estados e municípios pelos procedimentos, além de santas casas e hospitais particulares que prestam serviços ao SUS. A redução chega a 83%.

Por lei, procedimentos de alto custo são custeados e financiados pelo governo federal com repasses mensais aos estados e municípios. Antes da pandemia da Covid-19, as doenças – cardiovasculares eram a principal causa de mortes no país, e muitos procedimentos adiados por conta do distanciamento social estão sendo retomados.

A portaria passaria a valer já a partir deste mês, mas com a repercussão que provocou, foi adiada para fevereiro. No fim de dezembro, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) encaminharam um ofício ao ministério pedindo a revogação imediata do dispositivo. As entidades salientaram que a medida não foi discutida com os gestores públicos e manifestaram ‘grande preocupação’ com o ‘impacto de seus desdobramentos nas secretarias estaduais e municipais’, como a desassistência de pacientes.

Segundo especialistas ouvidos pelo GLOBO, não há qualquer garantia de que estados e municípios conseguirão arcar com os valores de acordo com a nova tabela no próximo mês. Não estão definidas diretrizes para aqueles que não conseguirem cobrir procedimentos de pacientes que estão na ponta da linha.

O stent coronário, por exemplo, teve seu preço reduzido em 83%. De R$ 2. 034, 50 a unidade, o repasse do Ministério da Saúde para estados e municípios caiu para R$ 341, 17. Já um cardioversor desfibrilador com marcapasso será reembolsado por R$ 18. 542, 62 na nova tabela, 62, 91% menor do que o valor anterior (R$50 mil).

Para Rogério Sarmento Leite, do Departamento de Cardiologia Intervencionista da Sociedade Brasileira de Cardiologia, as mudanças têm grave e imediata repercussão na assistência aos brasileiros e foram tomadas sem qualquer diálogo com a rede SUS e com médicos da área. O atropelo chama atenção especialmente porque Marcelo Queiroga dirigiu a SBC e foi apresentado como um ministro de boa interlocução com a classe médica.

– Ninguém esperava que essa decisão fosse feita sem uma discussão técnica com a área clínica, cirúrgica e da cardiologia intervencionista, além das sociedades (científicas) e dos hospitais que prestam esse tipo de serviço. Existe uma complexidade que deveria ter sido muito bem discutida para que não houvesse o risco, muito temeroso, de um desabastecimento ou mesmo de uma desassistência médica -diz Leite.

O médico e representante da SBC pontua que muitos hospitais não têm poder de compra e, por isso, não teriam como arcar com esses custos sem o auxílio do governo federal.

– Já temos ouvido relatos de gestores locais de que faltarão insumos básicos para tratar a população que depende do SUS, que pela Constituição Federal, é de acesso universal e gratuito. POSSÍVEIS DISTORÇÕES Procurado, o Ministério da Saúde admite a possibilidade de que a portaria gere ‘distorções’ e prometeu que elas serão corrigidas, sem mencionar o risco de desassistência ou prazo para que novas medidas sejam tomadas. A pasta defendeu o dispositivo e enalteceu os quase R$ 300 milhões que, segundo a pasta, serão poupados.

‘A metodologia considerou o desenvolvimento tecnológico e promoveu a readequação dos valores de referência do componente federal, contemplando a avaliação histórica de compras públicas, oportunizando melhor gestão dos insumos e eficiência no gasto público’, diz a nota do ministério.

Para Rogério Sarmento Leite, a pasta ignorou aspectos elementares do livre mercado na avaliação do histórico de compras, que mescla compras de pequenas redes com grandes aquisições, que normalmente diminuem o custo de produtos licitados.

– À medida que os anos foram passando, o custo de alguns insumos médicos de fato baixou na ponta final. Mas alguns hospitais conseguem pagar um menor valor porque compram em um volume muito maior do que outros. Quanto maior o poder de barganha, mais barato fica o produto. O ministério sugeriu que não seria justo que o governo pagasse um valor maior por um produto que é encontrado por um preço menor. Mas essa não é a realidade de todos.

A defasagem de preços de alguns itens tabelados é de conhecimento do governo federal há anos e a diferença era usada informalmente pata cobrir outros custos que não são ajustados à inflação há 15 anos. Havia até um apelido no Ministério da Saúde para essa ‘pedalada’ encorajada: gordura da OMP.

-Essa diferença que muitos hospitais recebiam (a mais) acabava subvencionando os custos que não eram mais previstos ou se tornaram exorbitantes por questões inflacionárias, mercadológicas, geográficas ou climáticas – explica Leite. -A promessa é que a economia dos R$ 292, 6 milhões seria reinvestida dentro da cadeia hospitalar, mas não há nenhum indicativo de que isso acontecerá.

‘Ninguém esperava que essa decisão fosse feita sem discussão técnica ‘

‘Temos ouvido relatos de gestores locais de que faltarão insumos básicos para tratar a população que depende do SUS’

Rogério Sarmento Leite, da Sociedade Brasileira de Cardiologia

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A REDAÇÃO

Novos casos de covid-19 em Goiás quadruplicam nas últimas 48 horas

Ludymila Siqueira 

Goiânia – Os novos casos de covid-19 em Goiás mais que quadruplicaram nas últimas 48 horas, conforme aponta boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta quarta-feira (12/1). Isso porque o Estado registrou entre ontem e hoje o total de 4.620 novas infecções. Na segunda-feira (10) foram 932 novos casos e na terça-feira (11) o total de 2.183 novas contaminações pelo novo coronavírus. 

Além de registrar 4.620 novos casos nas últimas 24 horas, três mortes em decorrência da doença foram confirmadas no período. Com as atualizações, o Estado soma 961.262 infecções e 24.741 óbitos provocados pela covid-19 desde o início da pandemia.

A pasta investiga 628.570 casos e 389 mortes para saber se há alguma ligação com a covid-19. Ainda de acordo com a SES-GO, 924.381 pessoas que foram infectadas com o novo coronavírus em Goiás estão recuperadas.

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Baiocchi: “Suspensão das atividades do comércio está descartada em Goiânia”

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi, afirmou na quarta-feira (12/1), após reunião de trabalho com auxiliares do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), que a paralisação do comércio da capital não está entre as medidas prevista pela administração municipal entre as medidas em estudo para conter a propagação da variante ômicron do coronavírus. Baiocchi disse que a prefeitura vai recomendar que eventos que promovam grandes aglomerações sejam evitados.

“Nos foi informado que haverá uma reunião com o prefeito para deliberar e decidir se haverá alguma restrição e que, caso seja adotada alguma restrição, será exclusivamente para estabelecer regras mais rígidas para que haja os eventos de maior aglomeração”, disse o presidente da Fecomércio-GO.

“As medidas não atingirão as escolas, bares, restaurantes, o comércio em geral, seja na Rua 44, seja nos shoppings centers”, afirmou.

O presidente da Fecomércio-GO disse durante a reunião que empresários e trabalhadores do setor mantêm as medidas de prevenção da covid-19, como a exigência do uso de máscara facial, oferta de álcool em gel e reforço das medidas de higiene e limpeza dos estabelecimentos.

“O setor do comércio de bens, serviços e turismo segue vigilante e atuante nas medidas de enfrentamento da pandemia”, afirmou Marcelo Baiocchi.


Reunião

As informações foram repassadas durante reunião promovida pelos secretários Durval Pedroso (Saúde), Arthur Bernardes (Governo) e José Alves Firmino (Gabinete). Eles informaram ao setor produtivo que o sistema de saúde público municipal está preparado para o atendimento à população por meio da realização de testes, atendimento ambulatorial e de internação.

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Assessoria de Comunicação