Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 21/01/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Ômicron já representa 97% dos casos no Brasil, diz estudo

Crianças receberam doses erradas

Criança não teve reação a imunizante, conclui apuração

Em SP, 90% dos internados não estão vacinados

Infecções pela covid disparam; mortes também registram alta

Laboratórios vão procurar governo para embutir serviço em autoteste

Anvisa libera Coronavac para grupo de 6 a 17 anos e veta em crianças de 3 a 5

Quanto custou o atraso de 30 dias para o início da imunização?

Covid-19: Goiás registra 6,1 mil novos casos e 23 mortes em 24 horas

Goiás aguarda parecer do governo federal para distribuir doses pediátricas

Preços dos testes de diagnóstico da Covid-19 disparam e procura mais que dobra

Com apenas 60 fiscais, prefeitura informa que vai fiscalizar medidas contra Covid-19

PODER 360

Ômicron já representa 97% dos casos no Brasil, diz estudo

A variante ômicron já representa 97% dos casos da covid-19 no Brasil, mostra um estudo conjunto das redes Vírus e Corona-ômica BR, vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Eis a íntegra (1,8 MB).

O levantamento, que considera infecções até a 1ª semana de janeiro, mostra que em cinco Estados a variante chegou a 100% das amostras analisadas: Acre, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rondônia e Santa Catarina.

A ômicron já tem um percentual superior a 90% das infecções em 13 estados, mostra o estudo. A pesquisa contou com um total de 208.480 amostras, distribuídas entre 01/11/2021 até 06/01/2022, nas 27 unidades federativas.

O informe confirma ainda uma maior transmissão da ômicron em relação às demais variantes. Comparando com a gama e a delta, a nova cepa alcançou 100% dos casos positivos em um intervalo de tempo menor, cerca de 6 semanas, desde a sua introdução no país.

Os casos da linhagem foram aumentando progressivamente em novembro (3,4%), dezembro (67,5) e janeiro (97%). Nesses três meses, o Brasil enfrentou um aumento no número de casos positivos para covid-19.

Apesar do levantamento apontar que o número de infectados pela ômicron passa dos 90%, dados oficiais do Ministério da Saúde contabilizavam 1.407 casos da nova cepa até esta 5ª feira (20.jan.2022). Há 1.080 casos em investigação, segundo a pasta.

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CORREIO BRAZILIENSE

Crianças receberam doses erradas

Exatamente duas semanas depois da autorização da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19, um levantamento do Ministério da Saúde com base nos dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) mostrou que crianças dessa faixa etária foram vacinadas antes da liberação. Outros imunizantes, além da Pfizer, o único autorizado para o público infantil, também foram aplicados. Ao todo, mais de 57 mil crianças espalhadas pelo país receberam doses erradas.

De acordo com o relatório, até dezembro de 2021 teriam sido vacinadas cerca de 2, 4 mil crianças de zero a quatro anos, além de mais de 18 mil crianças de 5 a 11 anos. Uma tabela apresentada pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao Supremo Tribunal Federal (STF) mostra, ainda, que 14. 561 crianças e adolescentes de até a 17 anos receberam doses da AstraZeneca, 20. 064 da CoronaVac e 1. 274 da Janssen. Esses imunizantes não têm aval para aplicação pediátrica.

O levantamento também apontou que 18. 838 crianças de 5 a11 anos e 2. 410 de até 4 anos receberam o imunizante da Pfizer antes da chegada das doses específicas para a faixa etária – ou seja, vacinas destinadas ao público adulto. A AGU cita, também, o caso do menino que recebeu dose vencida da vacina na Paraíba. Diante dos dados, a AGU solicitou ao STF a suspensão de qualquer campanha de vacinação de crianças e adolescentes em desacordo com as diretrizes prescritas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19 (PNO) e nas recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

UTIs

A ocupação dos leitos de UTI para covid-19 também aumentou nas últimas semanas. Cinco unidades da Federação ingressaram na zona de alerta intermediário de ocupação (com taxas iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%). Somaram-se às outras seis que se encontravam nessa faixa. Quatro estados estão na zona de alerta crítico, com ocupação superior a 80%: Pernambuco (86%), Espírito Santo (80%), Mato Grosso (84%) e Goiás (81%).

Entre as capitais com taxas divulgadas, Fortaleza (85%), Recife (80%), Belo Horizonte (88%), Rio de Janeiro (95%) e Cuiabá (100%) estão na zona de alerta crítico. Porto Velho (66%), Manaus (77%), Boa Vista (60%), Palmas (69%), São Luís (68%), Teresina (66%), Salvador (65%), Vitória (78%), Curitiba (61%), Campo Grande (77%), Goiânia (77%) e Brasília (74%) estão em alerta intermediário.

Na visão dos cientistas do Observatório, a distribuição dos casos de internação e morte nos grupos etários também preocupa, já que, desde dezembro de 2021, houve uma mudança de perfil. Tanto para internações quanto para óbitos, destaca-se a maior presença de pessoas mais jovens. Em especial para internações, chama a atenção a presença de crianças com até dois anos.

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O GLOBO

Criança não teve reação a imunizante, conclui apuração

Menina internada após receber dose da Pfizer possui doença congênita rara

Uma menina de 10 anos internada após ser vacinada contra Covid-19 em Lençóis Paulista, no interior de São Paulo, não teve reação ao imunizante da Pfizer, concluiu ontem uma investigação do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde.

A análise, realizada por mais de 10 especialistas, apontou que a criança possuía uma doença congênita rara, desconhecida até então pela família, que desencadeou o quadro clínico. A conclusão foi de que não existe qualquer relação causai entre a vacinação e seu estado de saúde.

“A Secretaria de Estado da Saúde reforça a importância da vacinação e reafirma que todas os imunizantes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária são seguros e eficazes”, afirmou a pasta em nota.

De acordo com a Prefeitura, o pai relatou que a criança “apresentou alterações nos batimentos cardíacos e desmaiou” 12 horas após receber a dose pediátrica da Pfizer. Ela foi encaminhada à rede de saúde particular para receber atendimento médico, onde foi reanima-da. Ainda segundo o governo municipal, a criança estava em estado estável e consciente. Ela foi transferida para o Hospital Uni-med de Botucatu, onde permanece sob observação. Procurada, a unidade de saúde não informou o quadro clínico da paciente até esta publicação.

O geneticista e pediatra Salmo Raskin afirmou ao GLOBO que “a parada cardíaca não está nem descrita nos efeitos adversos a curto prazo da vacina” e que a miocardite nessa faixa etáriaé “raríssima” – (A miocardite) acomete uma em cada milhão de crianças, e os casos não são graves. Rara, a miocardite é mais frequente em meninos e após a segunda dose -afirmou.

VACINAÇÃO SUSPENSA

Apesar disso, a Prefeitura de Lençóis Paulista decidiu manter a decisão de suspender a vacinação de crianças até a próxima terça-feira. A medida foi aconselhada pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19 local, em reunião extraordinária realizada na quarta-feira. Na ocasião, ficou estabelecida a interrupção da aplicação de imunizante em crianças entre 5 e 11 anos por sete dias, “em livre demanda”. No entanto, pais e responsáveis que queiram imunizar crianças antes de a Prefeitura retomar o calendário de vacinação podem ligar na Central Saúde para realizar agendamento.

O comitê municipal afirma ainda que não coloca em questão a importância da vacinação infantil. Mas que vai usar o prazo de suspensão para acompanhar e monitorar as crianças já imunizadas no município.

– Seguiremos monitorando nossas 46 crianças vacinadas. Na terça-feira, retomamos (a vacinação em massa) – disse o prefeito Anderson Prado ao GLOBO. – Eu acredito na nota informativa do Centro, nos técnicos e que a vacinação é segura e devemos orientá-la. Sempre fomos a favor da vacinação -emendou.

A Pfizer informou, por meio de nota, que o relato de potencial evento adverso foi submetido à área de farmaco vigilância da empresa, conforme estabelece o processo global da companhia.

No texto, a Pfizer também afirma que “não há alertas de segurança graves relacionados ao imunizante”. E acrescenta que a “companhia realiza habitualmente o acompanhamento de relatos de potenciais eventos adversos de seus produtos, mantendo sempre informadas as autoridades sanitárias brasileiras, de acordo com a regulamentação vigente”.

Investigação. Mais de 10 especialistas comprovaram que não existe relação entre a vacinação e saúde da criança

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Em SP, 90% dos internados não estão vacinados

De 376 pacientes hospitalizados pela Covid-19, apenas 37 tinham recebido as três doses; no Rio, situação é semelhante e solicitações por leitos chegam ao maior número desde o dia 24 de agosto de 2021

Um levantamento realizado pela Secretaria da Saúde do Governo de São Paulo mostra que 90,1% dos pacientes internados por Covid-19 em hospitais estaduais não tinham completado o esquema de vacinação com as três doses.

O estudo foi feito com base nos dados de 16 serviços hospitalares ligados à pasta na capital paulista, região metropolitana da Grande São Paulo, interior e litoral do estado.

Dos 376 pacientes internados com o novo coronavírus, apenas 37 tinham recebido as três doses da vacina.

Outros 202 haviam tomado duas doses, o que representa 53,7% dos hospitalizados pela doença. Ainda conforme o levantamento, 83 (ou 22%) dos pacientes com Covid-19 internados em hospitais estaduais tinham tomado apenas uma ou nenhuma dose do imunizante.

– Os números comprovam que é fundamental tomar as duas doses e mais o reforço para evitar quadros graves entre os infectados pelo novo coronavírus. A vacina segue sendo a melhor forma de se prevenir complicações da doença -afirma Jean Gorynchtein, Secretário de Estado da Saúde de São Paulo.

Os dados do levantamento foram coletados nos hospitais estaduais de Bauru, Sorocaba e Américo Brasi-liense, no interior do estado; Hospital das Clínicas da FMUSP, Conjunto Hospitalar do Mandaqui, Hospital Metropolitano Santa Cecília, Hospital Estadual da Vila Alpina e Hospital Heliópolis, na capital paulista; Hospital Guilherme Álvaro, de Santos, e os hospitais estaduais de Santo André, Cotia, Itaquaque-cetuba, Mogi das Cruzes, Carapicuíba e Diadema.

INTERNAÇÕES NO RIO

No Rio, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, 90,7% dos internados na rede SUS da capital não estão com o esquema vacinai completo (incluindo o reforço), e 38% sequer tomaram a primeira dose.

Como consequência da explosão de casos de Covid-19 provocada jielo avanço da variante Omi-cron, o número de solicitações por leitos para o tratamento da doença no Rio de Janeiro chegou na segunda-feira ao maior número desde o dia 24 de agosto de 2021, quando o estado enfrentava o pico da variante Delta. Foram 181 pedidos de internação, contra 191 naquele dia, aponta o painel de monitoramento da Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde.

O indicador cresceu rapidamente no último mês. Entre a semana que antecedeu o Natal, de 18 a 24 de dezembro, e a semana passada, de 9 a 15 de janeiro, o acumulado semanal de solicitações por leito de Co-vid-19 no estado saltou de 85 para 756, um aumento de 789%.

TAXA DE OCUPAÇÃO

Um levantamento da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), maior Organização Social de Saúde (OSS) do Brasil, que mantém contratos para gestão de hospitais estaduais e municipais, aponta que os serviços geridos pela entidade atingiram no dia 13 de janeiro a maior taxa de ocupação de leitos de internação por Covid-19 desde julho de 2021.

O estudo contempla hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde), a maioria deles no estado de São Paulo, mas também em cidades como Uberlândia (MG) e Fortaleza (CE), onde há 700 leitos de enfermaria e UTI disponíveis.

No dia 13, os hospitais administrados pela SPDM chegaram a 50% de ocupação dos leitos de UTI por Covid e 49% das vagas de enfermaria destinadas ao atendimento de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Foi a maior taxa em cinco meses.

RISCO DE MORTE

Levantamento feito a partir das estatísticas oficiais do governo da Suíça indica que pessoas não vacinadas correm um risco de morrer quase 50 vezes maior do que aqueles que completaram o esquema vacinai, incluindo a dose de reforço.

O Ministério da Saúde do país europeu vem reunindo, há um ano, dados sobre o status de vacinação da população. Além disso, ao notificar mortes provocadas pela Covid-19, os médicos precisam informar as autoridades se o paciente foi ou não vacinado. O gráfico obtido por esses dados mostra como as vacinas são eficazes para salvar vidas, especialmente a dose de reforço. (Comgl)

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O ESTADO DE S.PAULO

Infecções pela covid disparam; mortes também registram alta

Explosão de casos diários, que já passam de 200 mil, eleva internações e aumenta em 121% número de óbitos em 19 dias

A pressão no sistema de saúde do País, causada pela disseminação da variante Ômicron, está nas filas dos postos de saúde, na falta de medicamentos antigripais nas farmácias, na escassez de testes para detecção de covid-19 nos laboratórios privados e, em janeiro, após longo represamento de dados, nos levantamentos do Ministério de Saúde. A explosão de casos diários, que já passam de 200 mil, eleva as internações. A média móvel de mortes aumentou 121% em duas semanas.

Especialistas alertam que a chegada e a evolução da Ômicron, ao longo de dezembro, não foram registradas pelo Ministério da Saúde. Alguns usam a expressão ‘voo cego’ para ilustrar a situação dos gestores públicos e dos hospitais privados.

Quando os sistemas da pasta sofreram um ataque hacker, em 10 de dezembro, o número de casos, hospitalizações e mortes por covid-19 estava no nível mais baixo do ano. Isso foi antes das celebrações de fim de ano, do surto de gripe em várias cidades e do avanço da Ômicron.

Em janeiro, o ministério informou que quatro de suas plataformas haviam sido restabelecidas ainda em dezembro e a instabilidade não teria interferido na vigilância de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Isso é o oposto do que dizem os pesquisadores. ‘Tivemos um apagão epidemiológico importante. Esses números estabilizados, segundo o Governo Federal, envolvem os dados retrospectivos? Para chegarmos à média móvel recorde de 100 mil deve ter havido uma variação importante em janeiro’, opina Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.

O especialista se refere à média móvel de 100 mil diagnósticos diários registrada na quarta-feira. Foi a primeira vez que esse número foi atingido desde o início da pandemia. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +487%, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde.

Mesmo sem os dados oficiais, o avanço da doença é flagrante. Como surto de gripe misturado ao crescimento de casos de covid-19, pessoas com sintomas gripais lotam as unidades de saúde neste início de ano. Com isso, as vendas de medicamentos antigripais nas farmácias dispararam.

A recuperação dos dados do Ministério de Saúde não resolveu o problema da subnotificação de casos, na opinião de Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Para o especialista, a questão é recorrente. ‘Desde outubro, o e-Sus não reportou adequadamente os testes de antígeno. Ainda não sabemos o real impacto da Ômicron. Os números ainda são subestimados. A maioria dos resultados é da rede privada. ‘

Outro entrave é a falta de testes de detecção de covid-19. Em várias partes do Brasil, gestores públicos e laboratórios privados têm dificuldades para conseguir mais exames.

O número de casos neste início do ano impressiona na comparação com os períodos anteriores. Apenas nos primeiros 19 dias do ano, o número de casos de covid (1. 135. 488) equivale a 30% do total de casos confirmados ao longo de todo o segundo semestre de 2021 (3. 726. 209).

IMPACTO NAS MORTES. A curva de mortes começou a subir recentemente por conta do tempo entre o contágio, hospitalização, óbito, confirmação da causa e, finalmente, o registro. Em 31 de dezembro, a média móvel registrava 97 óbitos diários. No dia 19, essa mesma métrica registrava 215 óbitos diários – aumento de 121% em pouco mais de duas semanas. Dessa forma, a média móvel de vítimas atingiu agora um patamar acima do que estava às vésperas do ataque hacker, quando a média indicava 183 mortos pela doença a cada dia. Desde o dia 3 de dezembro de 2021, o País não ultrapassava as 200 mortes diárias.

Descontrole

Para especialistas, chegada e evolução da Omicron não foram registradas pelo governo

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FOLHA DE S.PAULO

Laboratórios vão procurar governo para embutir serviço em autoteste

Associação que reúne Dasa e Einstein saiu em defesa da decisão da Anvisa de adiar liberação do modelo

Após a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de adiar a liberação dos autotestes de Covid no Brasil, a Abramed, associação que reúne empresas de medicina diagnóstica como Dasa, Fleury e Einstein, diz que vai procurar o Ministério da Saúde para sugerir serviços de laboratórios que poderiam auxiliar a população a aplicar os autoexames. A sugestão seria verificar o funcionamento dos testes e transmitir os resultados às autoridades, segundo a entidade.

“Embora os autotestes pareçam de grande simplicidade, certamente, muitas pessoas terão dificuldade em realizá-los, e a coleta do material é um passo crítico para que o resultado final seja confiável e não apresente falsos negativos”, afirma a associação, em nota.

Executivos do setor avaliam que os laboratórios, que viram nascer um mercado com os testes de Covid na pandemia, poderiam encontrar um novo nicho de atuação na área, caso viessem a perder espaço com a chegada do autoteste.

A Abramed saiu em defesa da decisão da Anvisa de não aprovar o uso do autoteste.

A entidade afirma que, antes de liberar os pacientes para fazer seus próprios exames, seja estruturado um sistema de compartilhamento de informações sobre os resultados dos testes. Também sugere que o Conecte SUS seja avaliado como uma das possibilidades.

Nesta quarta-feira (19), ao postergar a medida, a Anvisa justificou que a nota técnica do Ministério da Saúde, que fez o pedido da liberação, apresentava lacunas sobre como notificar a confirmação da infecção e de que forma orientar os pacientes.

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Anvisa libera Coronavac para grupo de 6 a 17 anos e veta em crianças de 3 a 5

Decisão faz deslanchar campanha paulista de vacinação e aumenta oferta ao Ministério da Saúde

BRASÍLIA A Diretoria Colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou por unanimidade o uso emergencial da vacina Coronavac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. O voto dos diretores segue a recomendação da área técnica.

O pedido do Instituto Butantan era para utilizar as doses em crianças a partir de 3anos. No entanto, a agência entendeu que não existem dados suficientes para reduzir a vacinação contra a Covid-19 até essa idade. A avaliação também veta o uso do imunizante em crianças e adolescentes imunocomprometidos.

O gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, que fez a apresentação da área técnica antes da votação, explicou que a ampliação da faixa etária para 3 a 5anos poderá ser feita quando houver mais dados disponíveis.

O governo de São Paulo reservou 8 milhões de doses de Coronavac para o uso em crianças, segundo informou o Instituto Butantan nesta quinta -há outros 7 milhões de doses prontas à disposição do governo federal ou de outros estados que desejarem fechar contrato.

A vantagem do imunizante é sua disponibilidade de doses, já que parou de ser usado pelo governo federal na imunização dos adultos.

O imunizante fabricado pelo Instituto Butantan está autorizado para uso emergencial no Brasil desde 17 de janeiro de 2021 para pessoas a partir de 18 anos.

O Brasil já recebeu 2, 4 milhões de doses pediátricas da Pfizer. A próxima entrega deve ocorrer na segunda (24). No total, a Saúde prevê a entrega de4, 3 milhões de vacinas desse tipo em janeiro.

A previsão é de que 7, 3 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer sejam entregues em fevereiro. Em março, a Pfizer prevê enviar outros 84 milhões de unidades.

Além desses 20 milhões de vacinas, o governo espera receber outros 10 milhões de doses da Pfizer para crianças no primeiro trimestre. Esse lote, porém, não tem cronograma de entrega definido pela farmacêutica.

O Ministério da Saúde avalia usar a Coronavac em crianças. Como a vacina é do mesmo modelo aplicado em adultos, estados já se planejam para destinar doses estocadas ao público mais jovem.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, usou as redes sociais para se manifestar sobre a aprovação da vacina.

‘A Anvisa autorizou o uso emergencial da vacina Coronavac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. Todas as vacinas autorizadas pela Anvisa são consideradas para a PNO [Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19]. Aguar damos o inteiro da decisão e sua publicação no DOU [Diário Oficial da União]’, disse.

A SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), e SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) apoiam a autorização e extensão do uso da vacina Coronavac para crianças de 6 a 17 anos.

Um dos estudos usados para a análise foio da vacinação com a Coronavac no Chile, que tem resultado preliminar de efetividade na população de 6 a 16 anos. As evidências científicas disponíveis sugerem que há benefícios e segurança para a utilização da vacina na população pediátrica.

A Anvisa aprovou que a dose aplicada em crianças seja a mesma utilizada em adultos, com intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda.

‘São os dados que temos maior informação [6 a 17 anos] e maior sugestão de desempenho. São os dados do Chile, de efetividade do Chile. Isso também é corroborado com os pareceres das sociedades médicas’ disse Mendes.

‘E não imunocomprometidas porque essas crianças precisam de uma atenção especial, principalmente no que diz respeito à eficácia. A sugestão é que sejam vacinas crianças de 6 a17 anos até que tenha a apresentação de novos dados para subsidiar a ampliação da faixa etária’, completou.

A diretora relatora, Meiruze Sousa Freitas, também destacou a não aprovação da vacina para crianças de 3 a5 anos. Disse que a agência apenas aprova a vacina contra a Covid-19 após uma avaliação criteriosa que demonstra qualidade, segurança e eficácia.

‘Foram apresentados estudos clínicos de fase 1, 2 e 3 em andamento. E dados e estudos de vida real em quase 2 milhões de crianças com 6 anos ou mais e adolescentes de até 17 anos em países que têm demonstrado competência no monitoramento das vacinas’, ressaltou Freitas.

Apesar da aprovação, a Anvisa aguarda que o Butantan encaminhe outros dados sobre a vacinação em crianças coma Coronavac, como o resultado da fase três, que ainda está em andamento. Além disso, destacou que a instituição deve adotar uma farmacovigilância robusta e capaz de identificar reações adversas da vacina.

Para ampliar o uso da vacina para a faixa de 3 a 5 anos, deverá ser realizado um novo pedido por parte do Butantan.

O pedido aprovado é o segundo feito pelo Butantan para aplicar Coronavac em crianças e adolescentes. O primeiro, apresentado em julho, foi avaliado pela agência reguladora e negado por causa da limitação de dados dos estudos apresentados.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estima que, em 2021, havia 20, 4 milhões de pessoas de 5 a 11 anos.

Calendário no estado de SP

20 a 30 de janeiro – 1º dose

* Crianças de 9a 11 anos de idade * Crianças de 5 a 11 anos com comorbidades, deficiências, indígenas e quilombolas

31 de janeiro a 10 de fevereiro – 1º dose

* Crianças de 5 a 8 anos de idade

* Crianças de 5 a 11 anos com comorbidades, deficiências, indígenas e quilombolas

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Quanto custou o atraso de 30 dias para o início da imunização?

No dia 16 de dezembro de 2021, a Anvisa aprovou a vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos. Surpreendentemente, autoridades do governo federal deflagraram uma série de medidas protelatórias para tentar impedir a introdução de um esquema vacinal para esse grupo etário.

As medidas desnecessárias e absurdas foram propostas pelo Ministério da Saúde. Incluíam a necessidade de um estudo mais detalhado do que o feito pela Anvisa e que seria feito por técnicos do Ministério da Saúde, a exigência de prescrição médica para a vacinação das crianças, e até uma inédita e absurda consulta pública sobre a conveniência da vacinação de crianças.

Esse processo culminou com uma manifestação da autoridade máxima do país minimizando a morte de crianças por Covid-19 e ignorando completamente os 308 óbitos de crianças entre 5 e 11 anos de idade registrados pelo Ministério da Saúde até dezembro de 2021.

Além disso, o governo federal parece ignorar que as crianças infectadas pelo Sars COV-2 podem sofrer de efeitos gravíssimos, como a síndrome inflamatória multissistêmica aguda.

O governo alega que encomendou a vacina assim que a Pfizer entrou com o pedido de autorização junto à Anvisa. Entretanto, é difícil acreditar nessa afirmação, pois, se assim fosse e houvesse vacinas disponíveis no fabricante, a vacinação das crianças poderia ter se iniciado no dia seguinte à autorização.

Quantos casos e mortes teriam sido evitados se o governo federal tivesse procedido imediatamente com a vacinação em vez de tentar protelar o seu início?

Para responder a essa pergunta, utilizamos um modelo matemático que consiste em simulação em ambiente computacional da dinâmica da Covid-19 na faixa etária de 5 a 11 anos. Os resultados são as estarrecedoras cifras de 23 mil casos e 37 mortes evitáveis nessa faixa de idade para esses 30 dias de atraso.

Esse mesmo modelo mostrou sua utilidade quando previu, uma semana antes da Copa América de 2021, que ocorreriam 27 casos de Covid-19 entre os atletas participantes, um número muito próximo das 33 infecções registradas.

Com base nesse caso e em uma série de outros exemplos, pode-se afirmar que esse modelo tem confiabilidade e boa capacidade preditiva.

Esse tipo de modelo já demonstrou há muitos anos que, quando se vacinam as faixas etárias superiores à média de idade em que as pessoas adquirem a infecção, essa idade média diminui e, como é o caso, se a infecciosidade aumenta, eleva-se o risco para os indivíduos mais jovens.

No Brasil, já circula a variante ômicron, que é muito mais infectante, podendo cada pessoa infectara contaminar outras dez, e o número de casos de Covid-19 em crianças pode aumentar significantemente, o que explica os 23 mil casos previstos pelo modelo.

Caso o Instituto Butantan tivesse a autorização para a aplicação da Coronavac na faixa etária de 3 a 11 anos, mais 5. 000 casos teriam sido evitados e cinco vidas poupadas nesses 30 dias.

Embora a taxa de letalidade da ômicron seja inferior à das cepas anteriores, o número de casos esperados é tão grande que as mortes se acumulariam, o que explica a mortalidade esperada, nesses 30 dias, ser de 12% do total registrado até dezembro de 2021.

Entretanto, deve-se entender que o modelo é sensível à taxa de contato entre as pessoas e isso muda de acordo com medidas tomadas por autoridades municipais e estaduais. Essas autoridades, diferentemente de certas autoridades federais, ouvem a opinião de grupos de especialistas para enfrentar a pandemia.

O ex-primeiro ministro britânico Harold Macmillan dizia: ‘Se você não acredita em Deus, acredite na decência’. O presidente do Brasil diz que acredita em Deus (acima de tudo), mas é difícil imaginar indecência maior que tentar impedir a vacinação de crianças contra a doença que mais mata dentre as infecções preveníveis pela vacinação.

O governo federal parece ignorar que as crianças infectadas pelo Sars-CoV-2 podem sofrer de efeitos gravíssimos, como a síndrome inflamatória multissistêmica aguda

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AGÊNCIA BRASIL

Afastamento do trabalho por Covid quase triplica em um ano

Foram concedidos 98.787 benefícios por incapacidade pela doença, em 2021, quando o período de licença é acima de 15 dias

O número de afastamento do trabalho por causa da Covid-19 quase triplicou em um ano. De janeiro a dezembro de 2021, foram concedidos 98.787 benefícios por incapacidade, o antigo auxílio-doença, por causa de infecção por coronavírus, ante 37.045 de abril a dezembro de 2020, um aumento de 166%.

A Covid-19 passou a ser o principal motivo de afastamento dos profissionais no trabalho desde o primeiro trimestre de 2021. Além de liderar o ranking das doenças que mais afastaram no ano passado, a infecção causada pelo coronavírus tem o triplo dos casos do segundo problema que mais afetou os trabalhadores, a fratura de punho, com 30.336 concessões.

Os dados são de um levantamento do Ministério do Trabalho e Previdência. “Esses casos representam somente aqueles afastamentos por mais de 15 dias e que, consequentemente, geraram um benefício de segurados do Regime Geral de Previdência Social do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)”, afirmou o ministério em nota. A pasta não tem os números deste último mês nem os casos de afastamento com atestado médico inferior a 15 dias.

“A Covid foi responsável pelo maior número de afastamento no INSS no ano passado. Na verdade não é só a Covid, mas sim as sequelas da doença que muitas vezes incapacita as pessoas para o trabalho”, alerta a advogada trabalhista Lariane Del Vecchio, do escritório Aith Badari e Luchin Advogados.

Uma pesquisa feita pelo Hospital das Clínicas, de São Paulo, apontou que cerca de 60% dos pacientes que tiveram a doença apresentaram algum tipo de sequela. Entre os casos analisados foram relatados alterações pulmonares importantes, sintomas cardiológicos e emocionais ou cognitivos, como perda de memória, insônia, concentração prejudicada, ansiedade e depressão.

Avanço da Ômicron

Segundo a advogada trabalhista, no começo da pandemia, antes da vacina, e no ano passado, com o avanço da imunização, o período de afastamento era maior e as sequelas também, por isso os casos demandavam mais do INSS.

O Brasil tem registrado uma disparada nos casos confirmados de Covid-19 nos últimos dias devido ao avanço da variante Ômicron. Nesta quinta-feira (20), foram registrados 168.495 novos casos de coronavírus, com o total chegando a 23.585.243. Na véspera, houve recorde de 204.854 de novos casos em apenas 24 horas.

No começo do ano, o Ministério da Saúde determinou uma nova orientação de isolamento para quem contrair a doença. Paciente assintomático que tiver diagnóstico negativo pode ser liberado da quarentena após cinco dias. Para aqueles que apresentarem teste positivo, o prazo é até dez dias depois da infecção.

Para a advogada trabalhista, o avanço da vacinação e as novas normas do Ministério da Saúde vão refletir em redução dos afastamentos pelo instituto, quando o atestado é dado com mais de 15 dias consecutivos e que tenha ocasionado uma incapacidade para o trabalho. “Essa nova recomendação, que prevê períodos de afastamento de 5 a 10 dias, vai fazer com que as pessoas não sejam afastadas pelo INSS. Esse encargo vai ficar por conta das empresas”, avalia Lariane.

Mas o que deve prevalecer é o atestado médico. “É o médico que deve determinar os dias de afastamento e a data da alta”, orienta a advogada. O que vale é o atestado médico. Na minha opinião, ele se sobrepõe à portaria do Ministério da Saúde.”

Lariane também recomenda ao funcionário que sentir os sintomas que, no primeiro momento, comunique a empresa e passe no médico, para avaliar qual o período que deve ficar afastado e o que deve ser feito.

“A primeira coisa é comunicar o empregador e buscar o atendimento médico. Em caso de atestados com mais de 15 dias, a empresa deve encaminhar o funcionário para afastamento pelo INSS”, explica a advogada.

Para funcionário em home office, vale a mesma regra. “Se o médico disser que ele precisa ser afastado para se recuperar, ele não tem que trabalhar. Ele não pode ser obrigado a exercer suas tarefas. Se ele estiver se sentindo bem, ele pode trabalhar mesmo que tenha atestado, mas não pode ser obrigado”, conclui.

Familiares e vítimas têm direito a benefícios do INSS

Você sabia que familiares e vítimas da covid-19 têm direito a receber benefícios previdenciários? Entre eles, estão: auxílio-doença, acidente de trabalho, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. Veja as dicas do advogado João Badari, especialista em direito previdenciário do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, e da advogada Daniela Castro, especializada em direito previdenciário do escritório Vilhena Silva Advogados, e da advogada Adriana Calvo, professora da FGV Direito RJ e coordenadora de direito individual da OAB/SP. Clique nas imagens acima e veja mais!

AUXÍLIO DOENÇA: o benefício é devido ao trabalhador que precisa se ausentar do trabalho por mais de 15 dias em decorrência da doença. Para ter o direito, a incapacidade temporária deve ser constatada por perícia médica. A advogada Daniela Castro acrescenta que o segurado precisa comprovar a carência mínima de 12 contribuições para ter direito de pedir o auxílio-doença. ‘O trabalhador também precisa ficar atento às contribuições pagas pelos empregadores para que o benefício não seja negado, em caso de necessidade futura, por falta de pagamento por parte da empresa’, diz Daniela.

Como pedir: o segurado pode agendar a perícia presencial em uma das agências do INSS que estiverem prestando este serviço, pelo telefone 135 ou pelo site Meu INSS. E é bem simples, basta criar um cadastro e senha.

ACIDENTE DE TRABALHO: Esse auxílio vale para os profissionais que adquiriram a doença em sua atividade de trabalho, caso dos profissionais da saúde, por exemplo. Porém, uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) abriu caminho para profissionais que mantiveram sua atividade de trabalho dentro da empresa – independentemente da sua área de atuação – possam caracterizar a contaminação pela covid-19 como doença ocupacional e, assim, garantir um benefício do INSS mais atrativo. Ao classificar a covid-19 como uma doença ocupacional, a advogada Adriana Calvo explica que o trabalhador tem direito ao benefício integral, a partir do primeiro dia de contratação, e estabilidade de 12 meses no emprego.’Cabe ao empregador comprovar que o empregado não adquiriu a covid-19 no ambiente de trabalho ou decorrente do exercício da atividade laboral’, completa Badari.

Como pedir: o segurado pode agendar a perícia presencial em uma das agências do INSS que estiverem prestando este serviço, pelo telefone 135 ou pelo site Meu INSS. E é bem simples, basta criar um cadastro e senha.

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (OU INCAPACIDADE): o trabalhador tem direito a solicitar quando um perito atesta sua incapacidade – definitiva ou por tempo indeterminado – para exercer sua atividade profissional.

O benefício também é concedido a profissionais que tiveram sequelas graves que o impeçam de retornar ao trabalho.Como pedir: o segurado pode agendar a perícia presencial em uma das agências do INSS que estiverem prestando este serviço, pelo telefone 135 ou pelo site Meu INSS. E é bem simples, basta criar um cadastro e senha.

PENSÃO POR MORTE: Em caso de morte de segurado por causa da covid-19, os familiares podem reivindicar pensão por morte ao INSS. Se a doença foi causada em razão do trabalho, o cálculo será de 100% sobre o salário de benefício, e não existe número mínimo de contribuições para o seu pagamento. Caso não seja em decorrência do trabalho, o valor inicial é de 50%, mais 10% para cada dependente.

Como pedir: o pedido pode ser feito é realizado via internet (Meu INSS) ou pelo telefone 135.

DIREITOS TRABALHISTAS: o advogado João Badari também destaca que além desses benefícios previdenciários, o trabalhador e seus dependentes também possuem direitos securitários e trabalhistas, tais como:

? Indenização por dano moral;

? Indenização por danos materiais (exemplo: compra de remédios, fisioterapia e gastos hospitalares);

? Estabilidade acidentária no caso de retorno ao trabalho (pelo período de 12 meses);

? Recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) durante o afastamento;

? Pensão mensal, paga pelo empregador, aos dependentes em caso de falecimento; e

? Recebimento de eventual seguro de vida profissional (caso a empresa oferecesse aos funcionários).

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 6,1 mil novos casos e 23 mortes em 24 horas


Ludymila Siqueira 

Goiânia – Goiás registrou 6.143 novos casos e 23 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas. Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (20/1), pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Com as atualizações, o território goiano soma 988.950 infecções e 24.815 óbitos desde o início da pandemia. 

Conforme o boletim estadual, 656.220 infecções e 395 mortes são investigadas para saber se há alguma ligação com o novo coronavírus. Além disso, do total de infecções, 945.963 pessoas estão recuperadas da doença no Estado. 

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Goiás aguarda parecer do governo federal para distribuir doses pediátricas


Goiânia – A Secretária de Estado de Saúde de Goiás adiou a distribuição das 44.300 doses pediátricas da Pfizer contra a covid-19 que chegaram à Goiânia na última terça-feira (18/1). Como as doses chegaram em condições inadequadas de uso, o Estado enviou um relatório com as informações ao Ministério da Saúde (MS) e aguarda um parecer para saber se as crianças poderão ser imunizadas com estas doses ou não. 

O órgão federal é o responsável por toda a logística de envio dos imunobiológicos aos Estados. De acordo com SES-GO, as vacinas, que deveriam ter chegado entre -60 e -90ºC, chegaram a -119ºC – ou seja, mais congeladas. A pasta estadual informou que, como a nova remessa dos imunizantes foi entregue fora da temperatura adequada, os lotes que seriam enviados aos municípios nesta quarta-feira (20) seguem armazenados pelo Estado.

Em nota enviada ao jornal A Redação nesta quinta-feira (21/1), a Secretaria informa que as vacinas estão estocadas na Central Estadual de Rede de Frio da SES-GO (CERF-GO). “Assim, a distribuição dos imunizantes aos municípios, que seria feita na última quarta-feira, (19), foi adiada até que as recomendações sejam formalizadas. Conforme disponibilidade de vacinas, a campanha segue no Estado, visto que todos os 246 municípios ainda estão abastecidos com a remessa que chegou na sexta-feira (14)”, esclarece a SES-GO. 

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O HOJE

Preços dos testes de diagnóstico da Covid-19 disparam e procura mais que dobra

Denúncias nos órgãos de proteção ao consumidor de Goiânia apontam elevação de até 50% nos valores dos testes de diagnóstico da Covid-19 nos últimos dias. Os fiscais do Procon Goiás já percorreram vários laboratórios, drive-thrus e drogarias localizados em Goiânia e em Aparecida de Goiânia para apurar. O objetivo da ação é coibir a possível prática de preços considerados abusivos.

Os estabelecimentos comerciais visitados têm o prazo de 48 horas para apresentar a documentação solicitada: notas fiscais de compra mês a mês dos últimos 12 meses e as notas fiscais de venda (uma por semana) dos últimos 12 meses. Os documentos serão encaminhados para análise da Gerência de Pesquisa e Cálculo.

O superintendente do Procon Goiás, Alex Vaz, ressalta a importância de os consumidores fazerem as denúncias das supostas irregularidades ao órgão. Problemas como demora no atendimento também devem ser relatados. “Os consumidores devem guardar os comprovantes de compra e notas fiscais como documentos para registrar as denúncias ou reclamações junto ao órgão, que irá apurar todas, uma a uma”.

Segundo ele, as empresas podem cobrar diferentes preços pelos produtos/testes em respeito ao princípio da livre iniciativa e por isso não existe tabelamento de preços. No entanto, a prática de preços abusivos fere os direitos do consumidor e causa um desequilíbrio nas relações de consumo.

“O mercado se autorregula pela lei da oferta e procura, que interfere diretamente na elevação ou redução dos preços dos produtos, mas por lei, os fornecedores não podem obter vantagem excessiva sobre o consumidor, ainda mais neste momento de aumento de casos de Covid em plena pandemia que já impactou sobremaneira o orçamento das famílias brasileiras”, analisa o superintendente.

Caso seja constatada abusividade sobre a margem de lucro dos empresários, o que infringe o artigo 39 inciso V do Código de Defesa do Consumidor, a empresa responderá a um processo administrativo sancionatório que pode resultar na aplicação de multa que pode chegar a até R$ 11 milhões.

A empreendedora Paula Soares disse que se assustou quando foi procurar fazer um teste Covid tipo PT-PCR pela rede particular de laboratórios. “Quando busquei fazer o teste de Covid pela primeira vez estava custando em torno de R$ 70, deixei para uma próxima vez, quando voltei novamente já tinha aumentado o valor, e estava custando R$ 90. Quando finalmente fui marcar para fazer o teste, já estava no valor de R$ 105 só que o meu teste eu paguei o total de 159,00 porque fiz a H1N1 junto. Olha que diferença surreal de preço de R$ 70 tive que pagar R$ 159 no final”, denuncia.

Buscas mais que dobram

Quase um mês após as festas de fim de ano, a busca por testes de Covid-19 mais que dobrou na Capital. Antes, a média diária girava em torno de 700 pessoas que iam aos locais de testagem rápida. Atualmente, o número oscila entre 1,5 mil e 1,8 mil pessoas, de acordo com a diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Grécia Pessoni. Do dia 27 de dezembro ao dia 2 deste mês, foram realizados 8.952 testes. Já do dia 3 ao dia 9 janeiro, 17.635.

O atendimento na modalidade tenda das testagens ampliadas é feito somente mediante agendamento, disponibilizado na página principal do site da Prefeitura de Goiânia. Serão disponibilizados pela SMS 1,5 mil testes de antígeno por ponto e na modalidade drive-thru, o atendimento continua por demanda espontânea, com horário das 8h às 16h nas duas opções.

Na opção tenda, no ato do cadastro, os munícipes devem cadastrar o endereço e apresentar o comprovante no ato da aplicação do exame. Serão disponibilizados três pontos nesta modalidade por dia e o agendamento sempre será liberado um dia antes da testagem.

“O comprovante de endereço apresentado deve ser o mesmo cadastrado”, ressalta a secretária-executiva da SMS, Luana Ribeiro. A intenção da secretária, é evitar aglomerações e desorganização. “Ainda não é tempo de baixarmos a guarda e, por isso, estamos tomando essas medidas para proporcionar um melhor atendimento à população de Goiânia”, salienta.

Luana Ribeiro acrescenta ainda que a empresa responsável pela realização dos testes já foi comunicada e ninguém sem agendamento deve ser atendido. “Não vamos abrir exceções e solicitamos que os interessados se organizem e fiquem atentos no site da prefeitura, bem como nas redes sociais”, pontua.

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Com apenas 60 fiscais, prefeitura informa que vai fiscalizar medidas contra Covid-19

A Prefeitura de Goiânia informou, nesta quinta-feira (20/1), que dará início à fiscalização das medidas de enfrentamento da pandemia da Covid-19 estabelecidas pelo Decreto Municipal n. 138/2021, publicado no Diário Oficial do Município. As ações serão realizadas pela Central Covid-19, que a partir de agora passa a ser coordenada pela Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) e que conta com auditores fiscais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e agentes da Guarda Civil Metropolitana.

Os fiscais vão verificar protocolos como distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as mesas de estabelecimentos comerciais, como bares, restaurantes, pit dogs, boates e congêneres, número máximo de pessoas nos ambientes, definido em 50% da capacidade máxima até o limite de 500 pessoas, entre outras regras.

“ Apesar de estarmos avançando na vacinação e termos reserva de leitos para acolhimento da nossa população,  a variante Ômicron tem provocado uma defasagem profissional em várias áreas do mercado de trabalho e precisa ser controlada, por isso, a necessidade de ações mais enérgicas visando combatê-la”, afirma o diretor de Fiscalização da Seplanh Goiânia, Fausto Henrique Gomes.

No total, apenas 60 auditores fiscais e agentes da Prefeitura de Goiânia estarão diariamente nas ruas realizando visitas aos estabelecimentos para verificar o cumprimento das medidas na capital que possui cerca de 1,5 milhão de habitantes. Além disso, também está disponível no aplicativo Prefeitura 24 Horas um espaço para que a população possa encaminhar denúncias sobre o descumprimento do decreto.

Os estabelecimentos vistoriados que estiverem descumprindo as medidas adotadas pelo município poderão pagar multa de até R$12 mil e serem fechados pela fiscalização municipal. Além disso, os clientes e frequentadores que descumprirem o regramento de utilização de máscara de proteção facial podem ser multados em R$ 110,  conforme legislação municipal.

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Assessoria de Comunicação