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DESTAQUES
Suspeito de falsificar diplomas para o curso de medicina é preso pela Polícia Militar em Augustinópolis
Saúde prorroga custeio de leitos de UTI da Covid em todo o país
Governo avalia indicar Angotti para Anvisa
Pfizer e BioNTech testam versão de vacina específica para Ômicron do coronavírus
Rosa envia a PGR pedido para investigar Bolsonaro
Tesourada retira um terço das verbas do Ministério do Trabalho
Butantan tem doses suficientes de CoronaVac para faixa infantil
Ministério da Saúde precisa rever decisão que reabilita o ‘kit Covid’
Goiânia começa a vacinar crianças de 5 anos contra covid nesta terça (25/1)
Covid-19: Goiás registra 5,6 mil novos casos e uma morte em 24 horas
100% dos casos de Covid em Goiás são da variante Ômicron, indica análise feita pela SES
Empresas são autuadas por alto preço de testes
PORTAL G1
Suspeito de falsificar diplomas para o curso de medicina é preso pela Polícia Militar em Augustinópolis
Homem tinha mandado de prisão aberto e foi detido após ser denunciado por desligar energia de casas. Flagrante aconteceu na área central de Augustinópolis, no Bico do Papagaio.
Um suspeito de estelionato foi preso em Augustinópolis, no norte do estado, após ser denunciado por desligar a energia de casas durante a noite desta segunda-feira (24). Segundo a Polícia Militar, o homem é um estelionatário especialista em falsificar certificados escolares e universitários, inclusive, do curso de medicina e tinha um mandado de prisão em aberto.
A PM informou que moradores da região central da cidade ficaram amedrontados devido à energia das casas estar sendo desligada.
O possível suspeito foi identificado e os moradores passaram as informações para a PM, que também contou com apoio de um militar de folga e agentes da Polícia Civil para localizá-lo.
O homem foi detido e os militares descobriram sobre o mandado de prisão ao consultar o nome dele nos sistemas policiais. Ele foi preso e levado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil.
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FOLHA DE S.PAULO
Saúde prorroga custeio de leitos de UTI da Covid em todo o país
Decisão do governo federal ocorre após pedido de estados e municípios
BRASÍLIA – O Ministério da Saúde vai prorrogar por mais 30 dias o custeio de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulto e pediátrico destinados ao tratamento da Covid-19.
Os conselhos de secretários de Saúde de estados (Conass) e de municípios (Conasems), além do Fórum Nacional de Governadores, haviam pedido para o governo federal manter o pagamento, que se encerraria no próximo dia 31, por causa do aumento de internações recente.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que renovará o financiamento para manutenção de 14. 254 leitos espalhados em todo o país.
‘Vale informar, ainda, que o Ministério da Saúde segue monitorando a situação epidemiológica no país e caso seja necessário novas prorrogações a pasta irá avaliar’, disse a pasta.
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou que a decisão do Ministério da Saúde é acertada.
‘Importante decisão para um momento em que vários Estados e municípios tem muitas regiões de saúde, com elevado número de pacientes e não só para Covid, mas também outras doenças. Decisão acertada e agradecemos’, declarou Dias, que coordena os debates sobre a resposta à pandemia no Fórum Nacional de Governadores.
A renovação do custeio dos leitos deve ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.
O avanço da variante ômicron fez aumentar os casos de Srag (síndrome respiratória aguda grave), segundo a Fiocruz.
No último domingo (23), o Brasil bateu, pelo sexto dia na semana, o recorde de média móvel de novos casos de Covid, que agora é de 148. 212 infecções por dia, aumento de 309% em relação aos dados de duas semanas atrás. À média móvel de mortes provocadas por coronavírus também continua subindo e agora é de 292 óbitos por dia, aumento de 129%.
‘Já temos sete Estados com 70% ou mais da capacidade dos leitos ocupados, para doença respiratórias agudas e graves (Covid19, destacadamente variante Ômicron e H3N2/Influenza), além de viroses e diarréias). E demais Estados em situação de elevação no nível de ocupação’, afirmou ainda o governador do Piauí, em nota.
No último dia 12, o Conass também pediu que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, apoie medidas como a ampliação da testagem, da cobertura vacinal. Gestores do SUS ainda cobram que o ministro, além de atuar na compra das doses, faça campanha de estímulo a imunização das crianças.
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Governo avalia indicar Angotti para Anvisa
Médico pró-cloroquina é defendido por ala alinhada a bandeiras negacionistas após embates com Barra Torres
BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro (PL) busca nomes para integrar a cúpula da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e reagir à disputa com o chefe do órgão regulador, o contra-almirante Antonio Barra Torres.
A ideia é indicar para o cargo de diretor, que ficará vago em julho, alguém com perfil alinhado ao governo e favorável às bandeiras negacionistas de Bolsonaro, como Hélio Angotti, médico pró-cloroquina que comanda atualmente a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde.
O nome foi colocado sobre a mesa em conversas de integrantes do governo favoráveis ao kit Covid’. A proposta agradou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que deseja afastar Angotti, sem entrar em atritos com o médico, segundo integrantes do governo.
A indicação do presidente Bolsonaro precisa ser aprovada pelo Senado, e o secretário encontra resistências no centrão. Integrantes desses partidos dizem que as chances de Angotti chegar à Anvisa são pequenas.
Seguidor do escritor Olavo de Carvalho, Angotti é um dos líderes do núcleo pró-cloroquina da Saúde, também integrado pela secretária Mayra Pinheiro, conhecida como ‘capitã cloroquina’.
Na última sexta-feira (21), ele rejeitou diretrizes de tratamentos do SUS que contraindicavam medicamentos como a hidroxicloroquina. O texto havia sido elaborado por especialistas e aprovado pela Conitec, comissão ligada à Saúde que avalia tratamentos da rede pública.
Para justificar a rejeição da diretriz, Angotti assinou nota que contraria entidades científicas ao apontar eficácia e segurança comprovadas da hidroxicloroquina para a Covid. O mesmo texto diz que a vacina não apresenta essas características.
Esse texto gerou reação e repúdio de especialistas e integrantes da própria Anvisa.
Procurados, Saúde, Planalto e Angotti não se manifestaram sobre as discussões para indicação à Anvisa.
Interlocutores do centrão afirmam que o ideal é indicar alguém de perfil mais discreto, que consiga a aprovação no Senado sem ruídos, em vez de tentar alimentar a briga com a Saúde.
Barra Torres foi decisivo em aprovar ou vetar nomes sugeridos dentro do governo para a agência, mas não irá participar das discussões sobre a próxima vaga. Integrantes do governo dizem que essas indicações despertam interesses do governo, Congresso e do lobby do setor.
A aposta da ala política do governo é que a indicação poderia servir para constranger Barra Torres e agradar apoiadores do presidente.
Antes aliado de Bolsonaro, o presidente da Anvisa passou a liderar decisões que desagradam o mandatário, como o aval para uso de vacina da Covid em crianças.
Os diretores da Anvisa têm mandatos de cinco anos. A vaga que abrirá em julho é ocupada hoje pela médica Cristiane Jourdan, que tenta a recondução com base em brechas da nova lei das agências.
Jourdan foi militante da fosfoetanolamina, a ‘pílula do câncer’ e, antes de entrar na Anvisa, chegou a compartilhar publicações em defesa do tratamento precoce.
Na agência, não defendeu publicamente medicamentos sem eficácia e apoiou reações do órgão regulador aos ataques de Bolsonaro. As chances de Jourdan conseguir novo mandato são consideradas também pequenas por integrantes do governo.
Integrantes do centrão afirmam que é cedo para escolher um nome para a indicação, ainda que a sabatina no Senado possa ocorrer antes de julho. Uma autoridade do governo que acompanha as discussões lembra que diversas sugestões às agências foram feitas precipitadamente e não prosperaram.
Barra Torres, por exemplo, foi o quarto indicado para a mesma vaga -os dois primeiros nomes foram apresentados ainda pelo ex-presidente Michel Temer (MDB).
Em 2021 o governo ainda desistiu de duas sugestões à Anvisa, entre elas Roberto Dias, que acabaria mais tarde exonerado do cargo de diretor de Logística do Ministério da Saúde, em meio a apurações sobre supostas irregularidades na compra de vacinas.
Todos os cinco diretores atuais da Anvisa foram indicados por Bolsonaro.
Integrantes da Anvisa consideraram a ideia uma provocação, pois o secretário tem posições diferentes daquelas defendidas pela atual cúpula da agência em temas como vacinas e medicamentos para a Covid.
Angotti tem boa relação com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Ambos participaram de viagem do governo à Israel, em 2021, para conhecer um spray nasal anti-Covid.
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O ESTADO DE S.PAULO
Pfizer e BioNTech testam versão de vacina específica para Ômicron do coronavírus
A Pfizer e a BioNTech anunciaram nesta terça-feira (25/1) que iniciaram um estudo clínico para avaliar a segurança e resposta imune de uma versão da vacina específica para a variante Ômicron do coronavírus. Os testes serão realizados com adultos saudáveis de idades entre 18 e 55 anos nos Estados Unidos e na África do Sul.
A expectativa das farmacêuticas é de que os resultados iniciais sejam divulgados na primeira metade deste ano. As duas companhias afirmam que têm capacidade de produzir 4 bilhões de doses em 2022, o que não deve mudar caso o profilático adaptado seja necessário. A pesquisa será conduzida por meio de três grupos de voluntários.
Um deles deve contar com até 615 pessoas que receberam duas doses do imunizante existente entre três e seis meses antes do estudo. O segundo terá até 600 indivíduos que tomaram três injeções. Outras cerca de 205 pessoas que não foram vacinadas vão compor o terceiro grupo.
Apesar disso, as fabricantes esclarecem que a vacina atual ainda oferece “alto nível de proteção” contra a Ômicron, particularmente na prevenção de casos graves e internação. Com informações da Dow Jones Newsiwres.
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Rosa envia a PGR pedido para investigar Bolsonaro
Notícia-crime de parlamentares acusa presidente e ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de atrasar vacinação infantil
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) notícia-crime para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sejam investigados por suposta prevaricação na demora para incluir crianças de cinco a onze anos no programa de imunização contra a covid-19.
A notícia-crime foi proposta pelo senador Alessandro Vieira (SE), pré-candidato do Cidadania à Presidência, pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) e pelo secretário de Educação do Rio de Janeiro, Renan Carneiro. A abertura de vista à PGR é praxe, pois cabe ao Ministério Público decidir se há elementos para abrir a apuração. O despacho de Rosa é de 7 de janeiro e foi publicado ontem.
Previsto no Código Penal, o crime de prevaricação é cometido por funcionário público que, no exercício da função, age ou deixa de agir por interesses pessoais. Os autores da petição enviada ao STF citam o encadeamento de eventos envolvendo a autorização do uso da vacina pediátrica da Pfizer no País como prova da suposta inação do governo para incluir as crianças no Programa Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid.
No dia 12 de dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do imunizante na população entre cinco e onze anos, mas somente em 15 de janeiro teve início a vacinação, após uma consulta pública do Ministério da Saúde.
A notícia-crime também cita declarações de Bolsonaro, como as que o presidente defende a exigência de prescrição médica para dar andamento à imunização infantil. O texto alega que Bolsonaro e Queiroga ‘impuseram obstáculos’ que atrasaram a vacinação das crianças.
AFASTAMENTO. Ontem, os autores da petição assinaram, junto a outros congressistas, ação popular pedindo à Justiça Federal do Distrito Federal o afastamento do Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto. Ele foi o autor da nota técnica da Pasta que classificou como ‘eficaz’ a hidroxicloroquina – medicamento com ineficácia comprovada contra a covid-19-e afirmou que as vacinas contra a covid-19 – testadas e aprovadas – não demonstram a mesma efetividade.
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Tesourada retira um terço das verbas do Ministério do Trabalho
Com os vetos de Bolsonaro no texto vindo do Congresso, INSS teve a maior perda de recursos: R$ 988 milhões
Recriado no fim de julho passado, o Ministério do Trabalho e Previdência foi o principal atingido em termos nominais pelos vetos do presidente Jair Bolsonaro no Orçamento de 2022. A pasta levou uma tesourada de R$ 1,005 bilhão do total de R$ 3,184 bilhões cortados do texto aprovado pelo Congresso. O valor corresponde a quase um terço das verbas que o ministro Onyx Lorenzo-ni teria para este ano, restando R$ 2,035 bilhões. Dentro do ministério, o INSS foi a unidade mais afetada, com a perda de R$ 988 milhões que seriam usados em administração, gestão e processamento de dados.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou o Orçamento na sexta-feira, mas a lei só foi publicada ontem no Diário Oficial da União. Ele manteve a previsão de R$ 1,7 bilhão para reajuste a servidores, sem especificar as categorias a serem contempladas. Dos R$ 3,18 bilhões cortados, R$ 1,36 bilhão são de emendas de comissão e R$ 1,82 bilhão de despesas dos ministérios em geral (discricionárias).
RELATOR REAGE. ‘Os vetos a programas do INSS são muito preocupantes porque, nos dois anos de pandemia, os serviços para atender aposentadorias e outros benefícios foram muito afetados’, escreveu o relator da peça orçamentária de 2022, o deputado Hugo Leal (PSD-RJ, no Twitter. ‘Há uma grande demanda represada, principalmente das pessoas mais necessitadas, que o Congresso buscou atender’, afirmou. Ele sinalizou que defenderá, na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, a derrubada dos vetos. ‘Os próprios dirigentes do INSS defenderam junto à Comissão de Orçamento a necessidade de mais recursos para atender os segurados’, declarou.
O Ministério da Educação aparece em segundo entre os mais atingidos, com vetos que somam R$ 739,893 milhões. Somente o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) perdeu R$ 499 milhões. O orçamento discricionário da pasta conta ainda com R$ 23,265 bilhões.
Os vetos para o Ministério do Desenvolvimento Regional chegam a R$ 458,709 milhões, atingindo ações de melhorias urbanas, saneamento e recuperação de bacias hidrográficas. A implantação do Projeto Sul-Fronteira em Mato Grosso do Sul, por exemplo, perdeu R$ 122 milhões. A pasta conta ainda com R$ 9,889 bilhões.
O Ministério da Cidadania -responsável pelo Auxílio Brasil – teve vetos de R$ 284,317 milhões, restando R$ 6,893 bilhões. A Secretaria Especial do Esporte foi o principal alvo, com a perda de R$ 111,998 milhões. O Sistema Único de Assistência Social (Suas) teve verbas vetadas em R$ 105,110 milhões, e a Rede de Suporte Social do Dependente Químico perdeu R$ 66,220 milhões.
Enquanto tenta emplacar o nome do ministro da Infraes-trutura, Tarcísio Gomes de Freitas, para o governo de São Paulo, Bolsonaro também vetou R$ 177,829 milhões da pasta. O corte se concentrou em recursos para obras em rodovias via Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A pasta conta ainda com R$ 8,203 bilhões.
Mesmo poupado em termos proporcionais no maior orçamento da Esplanada (de R$ 34,387 bilhões em despesas discricionárias), o Ministério da Saúde teve a perda de R$ 74,203 milhões. O maior corte, de R$ 40 milhões, ocorreu em ações da pasta ligada ao saneamento básico em pequenas comunidades rurais ou comunidades tradicionais remanescentes de quilombos. Além disso, a Fundação Oswaldo Cruz perdeu R$ 11 milhões em pesquisa e desenvolvimento.
Ciência e Tecnologia perdeu R$ 73,048 milhões; Comunicações, R$ 63,547 milhões; Defesa, R$ 62,109 milhões; e, completando a lista dos dez ministérios mais atingidos, Justiça e Segurança Pública, R$ 54,820 milhões.
R$ 1,7 bi de reajuste para servidores são aceno para policiais
Tecnicamente, a verba de R$ 1,7 bilhão para reajuste de servidores sancionada não é carimbada para nenhuma categoria específica, mas foi articulada pelo presidente Jair Bolsonaro para conceder uma remuneração extra à Polícia Federal, à Polícia Rodoviária Federal e ao Departamento Penitenciário Nacional, em um aceno em ano eleitoral.
O reajuste efetivo ainda dependerá de atos do Executivo. Técnicos e parlamentares esperam que Bolsonaro deixe a decisão em ‘banho-maria’, enquanto consolida um apoio maior para o aumento aos policiais nas próximas semanas. Conforme o Estadão/Broadcast mostrou, a verba não é suficiente sequer para os reajustes da segurança.
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O GLOBO
Butantan tem doses suficientes de CoronaVac para faixa infantil
Instituto conta com imunizante em estoque e não deve retomar produção
Aprovada para imunização de crianças acima de 6 anos, a CoronaVac – trazida ao Brasil pelo Instituto Butantan – não terá uma nova linha de produção no país por enquanto. Em entrevista ao GLOBO, o diretor do Butantan, Dimas Covas, explicou que as doses disponíveis em estoque são suficientes para liquidar a necessidade atual de aplicações para os menores de 12 anos.
Até quinta-feira, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu aval à vacina para crianças, o instituto contava com 15 milhões de doses armazenadas. Desse total, 8 milhões serão destinadas ao estado de São Paulo. Outros 7 milhões devem ser encaminhadas ao Ministério da Saúde, diz Covas.
– Neste momento existe a promessa pública do ministério de dar segmento à aquisição de 7 milhões de doses. Para dar início a uma nova rodada de produção, teríamos que ter (novos) pedidos. A capacidade de produção do Butantan é 1 milhão de doses por lote. Não começamos produções pequenas, de 100 mil, 200 mil doses – afirma Covas.
O diretor do Butantan explica que se a demanda total for de até 15 milhões de doses é mais vantajoso trazer as vacinas prontas da China. Por enquanto, portanto, a linha de produção de envase da CoronaVac no Butantan seguirá parada. A última vez que houve finalização da vacina no país foi em meados de setembro de 2021.
Se o ministério pedir mais doses será possível reativar a produção. Por enquanto, o Butantan ainda não produz o IFA da CoronaVac. Essa produção foi anunciada tão logo houve o acordo entre a Sinovac e o Butantan para a produção do imunizante, ainda em 2020. FÁBRICA PRÓPRIA A ideia era que a CoronaVac contasse com uma fábrica própria no Butantan. O projeto, porém, está atrasado e deverá estar apto para liberação a partir do segundo semestre. A nova fábrica será multiplataforma, podendo produzir também outras vacinas, sem incluir a CoronaVac.
A aprovação da CoronaVac ameniza, mas não liquida, o cenário de incerteza pelo qual o imunizante passa. Responsável por iniciar a vacinação no país e representante de 25% das doses aplicadas, a CoronaVac tem futuro difícil de prever.
A venda internacional, por exemplo, não decolou. Os países vizinhos que têm baixa cobertura vacinal não podem arcar com o preço das doses ou com a tarifa de frete. Doar, diz Covas, é algo ‘difícil’ no momento. O dirigente explica há tratativas, inclusive com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em andamento, mas nenhum acordo foi concretizado
Além disso, o Ministério da Saúde não incluiu a CoronaVac nas compras para vacinação de adultos de 2022, sob justificativa de que o imunizante conta somente com autorização emergencial da Anvisa e não a liberação completa. À pasta também não indica o uso desse imunizante para as doses de reforço.
-O ministro uma hora fala que não vai adquirir a vacina. Quando sai a aprovação para crianças diz que irá adquirir. É uma incerteza muito grande em termos de política de vacinação. Não temos uma diretriz, não é previsível -afirma Covas.
Ele espera que a atual aprovação para crianças faça o Ministério da Saúde voltar à incluir a CoronaVac ao quadro brasileiro de vacinação.
Calendário. O governo de São Paulo começou a vacinação de crianças a partir de 6 anos com CoronaVac logo após o aval da Anvisa, na quinta-feira. Estado deve usar 8 milhões de doses
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O GLOBO
Ministério da Saúde precisa rever decisão que reabilita o ‘kit Covid’
Documento que defende cloroquina e questiona eficácia das vacinas contra o coronavirus é uma afronta à ciência
É inaceitável a decisão do Ministério da Saúde de rejeitar diretrizes da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) sobre o ‘kit Covid’, que reúne medicamentos com-provadamente ineficazes contra o novo coronavírus, como cloroquina, ivermectina e azitromicina. A Conitec propôs que essas drogas -que, além de ineficazes, podem causar efeitos adversos graves -não sejam usadas no SUS, nem em tratamento ambulatorial nem em pacientes hospitalizados. Procedimento óbvio, diante das evidências científicas e das orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No entanto, uma nota técnica publicada na sexta-feira pelo secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insu-mos Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, conduziu a saúde brasileira aos labirintos do obscurantismo ao ignorar o parecer da Conitec. Mais do que a rejeição em si, a decisão afronta a ciência pelos argumentos estapafúrdios. Em suas justificativas, Hélio Angotti disse que a elaboração das diretrizes da Conitec ‘passou por processos de grande tumulto’ e chegou ao cúmulo de afirmar que as vacinas não têm eficácia nem segurança demonstradas contra a Co-vid-19, mas a cloroquina sim, absurdo que não encontra respaldo na ciência.
O médico e professor da Universidade de São Paulo (USP) Carlos Carvalho, coordenador do grupo de trabalho que debateu a questão durante meses, se disse surpreendido pela decisão e anunciou que pedirá revisão da nota técnica ao ministro Marcelo Queiroga. A rejeição ao parecer da Conitec causou indignação também nas comunidades acadêmica e científica, que divulgaram notas de repúdio à decisão.
Discutir cloroquina a esta altura é totalmente fora de propósito. No início da pandemia, quando se conhecia pouco sobre a Covid-19 e não havia vacinas contra o novo coronavírus, o debate ainda fazia algum sentido. Mas ainda em 2020 pilhas de estudos comprovaram que o medicamento não era eficaz contra a doença e ainda trazia riscos aos pacientes. Na verdade, o parecer da Conitec rejeitando o ‘kit Covid’ veio tardiamente, não por culpa da comissão, mas pela pressão dos negacionistas, entre eles o próprio presidente Jair Bolsonaro.
O país não pode perder tempo com discussões ultrapassadas. A Ômicron tem levado a recordes diários do número de infectados. A disparada de casos já está pressionando os sistemas de saúde, que, além do aumento da demanda, sofrem com os afastamentos de profissionais. A vacinação tem de avançar, principalmente entre as crianças.
O ministro Queiroga precisa rever urgentemente a decisão de seu secretário. Em depoimento na CPI da Covid, em junho do ano passado, Queiroga reconheceu que medicamentos como hidroxicloroquina, cloroquina e ivermectina não tinham eficácia comprovada contra a Covid-19. Espera-se que mantenha a posição. Deveria também restabelecer a verdade sobre a eficácia da vacinação. E hora de corrigir o rumo e se concentrar no que realmente importa.
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A REDAÇÃO
Goiânia começa a vacinar crianças de 5 anos contra covid nesta terça (25/1)
Augusto Diniz
Goiânia – Goiânia começa a vacinar contra a covid-19 crianças a partir de 5 anos nesta terça-feira (25/1). A idade, que ontem estava em 9 anos na ordem decrescente, agora inclui a faixa etária de 5 a 11 anos em 14 salas fixas de vacinação das 8 às 17 horas. Antes de Goiânia, cidades como Aparecida de Goiânia e Anápolis adotaram a redução da idade do público-alvo da imunização contra a doença no Estado.
A orientação da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina Coronavac em crianças de 6 a 11 anos é para que os municípios que têm estoque do imunizante passem a utilizar doses, além da versão pediátrica da Pfizer, na campanha contra a covid-19 nos postos de vacinação.
Além dos 14 postos de para vacinar as crianças de 5 a 11 anos em Goiânia, 54 salas de imunização oferecem a primeira e segunda doses para quem tem a partir de 12 anos, a terceira aplicação aos adultos com mais de 18 anos e quatro meses de intervalo da terceira dose, além da quarta dose para os imunossuprimidos a partir de 18 anos que tomaram a terceira vacina contra covid-19 há quatro meses.
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Covid-19: Goiás registra 5,6 mil novos casos e uma morte em 24 horas
Adriana Marinelli
Goiânia – Goiás registrou 5.626 novos casos da covid-19 e uma morte provocada pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados na tarde desta segunda-feira (24/1) pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Com as atualizações, o Estado chega a 1.006.494 casos e 24.870 óbitos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia.
Ainda de acordo com a SES-GO, há o registro de 959.510 pessoas que tiveram a doença no Estado e estão recuperadas. Goiás soma 670.887 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 298.199 casos.
Além dos 24.870 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,47%, há 394 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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JORNAL OPÇÃO
100% dos casos de Covid em Goiás são da variante Ômicron, indica análise feita pela SES
Por Gabriella Oliveira
Só neste ano, entre os dias 1º e 20 de janeiro, foram notificadas cerca de 35 mil pessoas com a Covid-19 em Goiás
Na última semana, a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), fez uma projeção da variante Ômicron em Goiás. Segundo os dados recolhidos, só neste ano, entre os dias 1º e 20 de janeiro, foram notificadas cerca de 35 mil pessoas com a Covid-19 em Goiás. A maioria dos casos são da variante Ômicron.
Na primeira semana de janeiro, entre os dias 3 e 6, o Estado realizou sequenciamento genômico (genotipagem) em 15 amostras coletadas em diferentes regiões do território goiano. Os resultados das análises indicaram que 100% eram da variante Ômicron. A projeção é de que até meados de fevereiro deste ano, cerca de 50% da população goiana tenha sido infectada pela variante Ômicron da Covid-19.
A explosão de casos se deu devido as festas de final de ano e a alta transmissibilidade do vírus. O balanço mostra que foram realizados 43.300 testes em uma semana, sendo 30.519 não reagentes e 12.781 reagentes. Em média, 29,51% das pessoas testaram positivo para a doença.
Apesar do alto número de casos, eles têm sido menos graves que os anteriores, com o registro de menos complicações, internações e óbitos. Acredita-se que o cenário está vinculado ao avanço da vacinação em Goiás. Dados preliminares da SES-GO revelam que cerca de 75% da população recebeu a primeira dose e que, uma média de, 65% está completamente imunizada.
As entidades de saúde continuam recomendando o uso de máscaras PFF2 ou N95 que são as que conseguem proteger de fato o indivíduo contra a variante Ômicron. O distanciamento social e o uso de álcool em gel também não foram descartados. E é claro, o esquema vacinal completo é um fator decisivo para evitar a contaminação, ou caso ocorra, que os sintomas do Covid-19 sejam leves.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Empresas são autuadas por alto preço de testes
O Procon Goiás autuou sete empresas em Goiânia por desobediência ao prazo dado pelo órgão para que apresentassem documentação que justifique o aumento do valor dos testes
O Procon Goiás autuou sete empresas em Goiânia por desobediência ao prazo dado pelo órgão, para que apresentassem documentação que justifique o aumento do valor dos testes de Covid-19 (RT-PCR). Durante a fiscalização, foram encontrados testes na margem de R$ 90 a R$ 390.
De acordo com o Procon, as autuações são resultado de uma ação iniciada na terça-feira, 18, que tem o intuito de reprimir possível prática de preços considerados abusivos. A ação também foi realizada no dia 19 e abrangeu outros municípios: Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e Itauçu.
Outras empresas também poderão ser autuadas se descumprirem o pedido. A multa pode chegar a R$11 milhões a depender da reincidência, do porte e da gravidade do delito de cada empresa.
A fiscalização ocorre após denúncias apontarem aumento de até 50% nos preços dos testes. De acordo com as denúncias, os aumentos teriam origem no crescimento dos casos de Covid-19 e influenza devido às novas variantes das doenças.
O artigo 39° do Código de Defesa do Consumidor (CDC) veda que o fornecedor de produtos ou serviços eleve o preço sem justa causa. “A economia brasileira é regida pelo livre mercado e há uma infinidade de variáveis que interferem na elevação dos preços, dentre elas a inflação, o aumento do valor dos insumos e outros”, esclarece o superintendente do Procon Goiás, Alex Vaz.
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Assessoria de Comunicação