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DESTAQUES
Segundo a OMS, casos de Covid longa disparam
Brasil registra queda na média móvel de casos de Covid pelo segundo dia consecutivo
Brasil tem maior incidência mundial em doença de pele que impede exposição solar
Goiás registra 773 novos casos de covid-19 e uma morte em 24 horas
Segundo SES-GO, mais de 80 municípios estão com apenas 65% da população imunizada
Bebê com Síndrome de Down e problema cardiorrespiratório aguarda por trânsferência
Justiça libera bens do Ingoh
PORTAL R7
Segundo a OMS, casos de Covid longa disparam
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada cinco infectados pela Covid-19, um apresenta sintomas depois de se recuperar da fase aguda. A organização estima que os sintomas da covid longa se prolongam em até três meses após a infecção. Entre os médicos e cientistas, os efeitos da infecção pelo Sars-Cov-2 ainda são cheios de incertezas.
Nicole Oliveira contraiu o vírus em dezembro do ano passado, demonstrando sintomas parecidos com os de gripe e se recuperou em casa. Dois meses depois de curada, a jovem apresenta fraqueza e está em busca de neurologistas e necessita fazer alguns exames. ‘Entrei na covid com 29 anos e estou saindo com 59. Não me reconheço no meu corpo’, diz Nicole. A variante Ômicron aumentou o número das infecções e gera alerta para novos pacientes que apresentam sintomas prolongados.
Vacinada com as duas doses, Nicole, de 29 anos, afirma ter crises de ansiedade e dificuldade para pegar o trem para o trabalho. ‘Tenho uma fraqueza absurda e muita tremedeira, tontura e enxaqueca’, afirma Nicole.
As reclamações mais recorrente nos consultórios são fraqueza, perda de memória e dificuldade de concentração. A gerente médica dos serviços de reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein, Milene Ferreira acrescenta, ‘causa impacto em ações de maior complexidade, como fazer transação bancária ou tomar decisões no trabalho’.
O médico Regis Rosa, pesquisador do tema pelo Programa de Desenvolvimento Institucional do SUS aponta que ‘é plausível que a nova onda com a Ômicron aumente bastante o número de pessoas com covid longa. Mesmo que a pandemia acabe, vamos ficar com milhões de pessoas com sequela’. Em São Paulo, 27,2 mil pacientes continuam sendo acompanhados após internação segundo a Prefeitura. Quanto maior o tempo de hospitalização do paciente, maior são os riscos de sequelas. Existem registros comprovando sintomas físicos e mentais após um ano de internação.
Uma pesquisa realizada em Israel, com 3 mil participantes, chegou a conclusão que pessoas vacinas que contraíram o vírus relataram menos dores de cabeça e musculares após a infecção em comparação aos que não se vacinaram. O motivo para isso é o tempo de resposta ao vírus, direcionando a resposta imune para atacar o vírus e não outras partes do corpo.
A participação da Ômicron na covid longa ainda é uma interrogação, pois poucos estudos foram concluídos desde sua identificação em novembro. Os médicos da linha de frente relatam que algumas queixas mudaram como: a perda de olfato e formigamentos nas mãos, poupando o sistema nervoso periférico.
Segundo o governo de São Paulo, os pacientes com sequelas da covid são encaminhados para as Unidades Básicas de Saúde. (UBS). Já os casos mais severos são encaminhados para os centros especializados. Em nota, o Ministério da Saúde, em dezembro de 2021, ampliou a capacidade de serviços da Rede de Cuidados à Pessoas com Deficiência, no total de 268 centros especializados em reabilitação e 47 oficinas ortopédicas.
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FOLHA DE S.PAULO
Brasil registra queda na média móvel de casos de Covid pelo segundo dia consecutivo
A média móvel de casos ficou em 135.205 infecções diárias, uma queda de 27,59% se comparada com a informação de duas semanas atrás; número ainda é alto
O Brasil registrou 325 mortes por Covid e 58.056 casos neste domingo (13).
A média móvel de casos ficou em 135.205 infecções diárias, uma queda de 27,59% se comparada com a informação de duas semanas atrás.
Essa redução é observada pelo segundo dia consecutivo. Neste sábado (12), a média móvel de infecções ficou em 136.138, uma queda de 25,97% se comparado com a informação de duas semanas atrás.
A de mortes alcançou 880 óbitos por dia, ainda semelhante ao patamar de agosto de 2021. Em relação ao dado de duas semanas, a média móvel de mortes aumentou 62,96%.
O país chega a 638.449 vidas perdidas e a 27.483.031 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.
Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Os dados da vacinação contra a Covid-19 foram afetados pelo ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde, ocorrido em dezembro, o que levou à falta de atualização em diversos estados por longos períodos de tempo. Neste domingo, as informações foram atualizadas em 15 estados.
O consórcio de veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022. Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente. ?
O Brasil registrou 143.480 doses de vacinas contra Covid-19, neste domingo. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 52.800 primeiras doses e 19.625 segundas. Também foram registradas 456 doses únicas e 70.599 doses de reforço.
Ao todo, 169.180.966 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil -147.833.553 delas já receberam a segunda dose do imunizante. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 152.516.096 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.
Assim, o país já tem 78,75% da população com a 1ª dose e 70,99% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. Considerando somente a população adulta, os valores são, respectivamente, de 104,58% e 94,28%??.?
Somente 26,05% da população tomou dose de reforço até o momento.
O consórcio começou a fazer também o registro das doses de vacinas aplicadas em crianças. A população de 5 a 11 anos parcialmente imunizada (com somente a primeira dose de vacina recebida) é de 27,38%.
Considerando toda a população acima de 5 anos, 84,53% recebeu uma dose e 76,20% recebeu duas doses ou a vacina de dose única da Janssen.
?Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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CNN BRASIL
Brasil tem maior incidência mundial em doença de pele que impede exposição solar
Xeroderma Pigmentoso é uma condição rara que atinge um a cada milhão de habitantes no Brasil; pacientes sofrem queimaduras graves quando expostos ao Sol
Pensar em viver no Brasil, muitas vezes, é sinônimo de verão escaldante, calor, praias maravilhosas e muito sol.
O sol, no entanto, pode ser o grande vilão no dia a dia de portadores de xeroderma pigmentoso, (XP).
A doença é genética de herança recessiva, cujo defeito se dá na reparação do DNA, como explicou à CNN Mauro Yoshiaki Enokihara, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Isso quer dizer que pessoas com xeroderma pigmentoso não conseguem absorver de forma ordenada a radiação ultravioleta (UV), e quando são expostas à luz solar, os raios UV causam alterações de sensibilidade na pele, queimaduras, lesões e consequentemente um aumento do risco de câncer de pele – chegando a mil vezes em relação à população geral.
Em pessoas sem a doença, os genes são responsáveis por incentivar a produção de proteínas reparadoras do DNA, causadas pelos raios UV ou Sol ou até de lâmpadas comum das casas.
Já nos portadores de XP, há deficiência nessas proteínas que não são produzidas e corrigindo as lesões no DNA, como explicou à CNN a bióloga Ligia Pereira Castro, pesquisadora e especialista em xeroderma pigmentoso.
‘O XP ocorre quando dois alelos mutados em um mesmo gene, um da mãe e um do pai, são transmitidos juntos para o filho. No filho, essas duas cópias de gente mutado causam um problema para proteínas que têm função de reparar nosso DNA. As manifestações da síndrome ocorrem quando a pessoa com XP é exposta aos raios UV sem proteção’, disse.
Além das partes expostas do corpo, o olho é uma região muito afetada, ficando hipersensível quando exposta e muito mais propensa ao aparecimento de tumores que causam cegueira e até a remoção do órgão.
A patologia não é contagiosa e é rara. Até 2020, a estimativa era de aproximadamente 200 pacientes XP no Brasil, o que representaria um caso por milhão de habitantes.
Contudo, essa frequência é ainda maior na região ensolarada e tropical de Araras, em Faina, (GO), que tem incidência de um a cada 410 habitantes.
Uma dessas pessoas é Alisson, jovem de 19 anos que foi diagnosticado com xeroderma pigmentoso ainda muito novo.
‘Ele era bebê, ficava exposto, brincava um pouco no sol e já apareciam bolhas, queimaduras enormes. Foi quando eu desconfiei que havia algo errado’, disse Gleice Machado, que é mãe de Alisson e hoje, presidente da Associação Brasileira de Xeroderma Pigmentoso (AbraXP).
Apesar de altas temperaturas causarem lesões mais graves, Yoshiaki Enokihara explica que o que influencia de fato é o tempo de exposição.
‘O problema não é a temperatura, mas sim a insolação, pois o defeito está na pele não conseguir absorver a radiação UV’, comenta o presidente da SBD.
Desde que recebeu o diagnóstico do filho, Gleice passou a dedicar-se a ajudar pessoas com XP no município de Araras, e depois em todo Brasil.
A AbraXP atua junto à União, estados e municípios, Ministério da Saúde, previdência social e outros órgãos públicos ou privados, visando assegurar a todos o tratamento e o fornecimento de medicamentos com qualidade e segurança, bem como, os direitos e garantias previdenciários.
Uma questão além da genética
Em um estudo de 2017, um grupo de pesquisadores identificou quais eram as mutações nos genes que atingiram o povoado de Araras.
Em 2020, cientistas brasileiros descobriram que uma dessas mutações chegou ao país por conta da colonização europeia, há cerca de 200 anos.
‘O legado genético ibérico em uma comunidade isolada no Brasil central, onde uma mutação no gene POLH é responsável por vários pacientes afetados pela síndrome XP. [?] Portanto, os dados indicam que há aproximadamente 200 anos, uma rara mutação genética no POLH atravessou o Oceano Atlântico e chegou à costa brasileira. Este é um exemplo interessante do impacto das migrações humanas e eventos demográficos (como efeitos fundadores e endogamia) ocorridos durante a colonização histórica do Brasil na incidência de doenças genéticas’, escreveram.
Ela explica que existem níveis diferente de XP. ‘Existem oito tipos de XP, que vão de XP-A até o grupo XP-G, e a variante XP-V. No Brasil, a maioria das pessoas já diagnosticadas clínica e geneticamente fazem parte do grupo XP-C e XP-V.’
A doença também pode ser dividida em grau, já que os tipos de XP se manifestam de forma diferente, segundo a cientista.
‘É comum entre as pessoas que são XP-C, logo nos primeiros anos de vida, relatarem muita sensibilidade dos olhos ao sol. Não conseguem nem abrir o olho quanto estão em muita claridade. Diferente das pessoas XP-V, por exemplo, que não desenvolvem fotofobia extrema’, explica Ligia.
As descobertas da equipe, no entanto, não se limitaram a saber a origem das mutações. Os pesquisadores descobriram que a alta taxa de incidência em Araras acontece porque há casamento entre pessoas da mesma família.
‘A alta incidência da doença no povoado se dá por conta dos casamentos consanguíneos e do isolamento geográfico da localidade. Temos um caso em que 50% do cromossomo de uma criança é igual ao de seu tio-avô, ambos com a doença. Isso ocorre porque não houve recombinação. Ou seja, são três gerações de relações entre primos’, escreveram
Restrições ao sol
A exposição à luz solar por muito tempo já causa incômodo e queimaduras regulares em indivíduos que não tem a mutação genética, nos portadores de xeroderma pigmentoso isso pode ser ainda pior.
‘Eu sinto como se estivesse no inferno, ou quase isso’, disse João Vitor Bernardis (15), portador de xeroderma pigmentoso.
Por se tratar de uma doença rara incurável e tendo como maior inimigo o sol, vivendo num país tropical, pessoas com XP devem ter o dobro de cuidados.
‘Uma vez eu fui num passeio da escola e minha pele caiu. Foi a pior queimadura que tive’, disse João.
Yoshiaki Enokihara diz que existem variantes de XP, formas mais leves e mais agressivas. ‘Nestes indivíduos, se as lesões atingirem as camadas mais profundas da pele, tipo hipoderme – tecido gorduroso – há queimaduras de 3º grau que podem deixar cicatrizes permanentes’, explica.
Em situações mais graves, os portadores de xeroderma pigmentoso são submetidos a cirurgias de reconstrução da pele, imunoterapias e uma série de tratamentos que amenizam, mas não curam a doença.
/ Acervo pessoal / João Vitor
O presidente da SBD também destaca que nessas formas mais agressivas, os portadores de XP apresentam expectativa de vida menor, e formas mais brandas, as pessoas podem ter expectativa de vida semelhante à população geral.
Por essa razão, praias, atividades ao ar livre como ida a parques, caminhadas e tudo que envolva o verão, devem ser evitadas por pacientes com XP.
‘O principal é a fotoproteção, evitar se expor à luz solar. Pode ser com fotoprotetores físicos: chapéu, boné, guarda-sol, óculos escuros, roupas cobrindo a pele, além dos filtros solares’, recomenda o presidente da SBD.
Todos esses cuidados deixam João com preguiça de sair de dia. ‘Eu já nem gosto muito de sair. Mas quando preciso, uso camisa térmica, protetor solar, tomo todos os cuidados possíveis. A maioria das atividades eu prefiro fazer quando está anoitecendo porque sei que não vou me queimar.’
Uma vez, ele conta que estava muito sol e que esqueceu de usar protetor solar nas pernas. ‘Nem fiquei exposto ao sol, foi só o mormaço que causou essas queimaduras’, disse.
A bióloga explica que evitar lesões envolve toda e qualquer exposição ao sol, mas não o isolamento.
‘Quero enfatizar a fotoproteção não é isolamento ou passar a viver a noite. Uma vez, uma criança me disse não gostar de ser chamada de ‘criança da Lua’ pois ela não era vampiro para viver somente à noite. Foto proteção adequada é muito protetor solar, roupas longas com proteção UV, chapéu, viseiras, óculos escuros, filtros adequados para UV nas janelas de casa e nas escolas que essas pessoas frequentam’, aponta Ligia.
E apesar de todos cuidados redobrados, João comenta que prefere passar longe do sol.
‘Queria trabalhar como sargento do exército, mas infelizmente não posso porque grande parte das atividades são expostas à luz solar’, disse.
Políticas públicas para doenças raras
O Ministério da Saúde publicou uma Portaria 199, de 30 de janeiro de 2014, e por meio deste instrumento normativo instituiu a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras.
A norma ainda definiu as Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e institui incentivos financeiros de custeio para os serviços especializados destinados ao tratamento de pessoas com essas condições.
Confira alguns direitos que os pacientes portadores de doenças raras possuem:
Tratamento médico integral gratuito;
Saque do FGTS, PIS/PASEP;
Isenção do Imposto de Renda (para determinadas doenças);
Isenção do IPVA, ICMS, IPI e IOF na compra de um veículo automotor adaptado caso a doença impeça o paciente de dirigir um veículo comum;
Quitação da casa própria;
Acesso a Previdência Privada;
Auxílio-doença;
Aposentadoria por invalidez;
TFD – tratamento fora de domicílio, quando necessário.
HOME CARE – assistência domiciliar;
Gleice conta que, os pacientes de XP procuram a AbraXP buscando ajuda para diagnósticos e tratamento adequado – que nem sempre ocorre. ‘Mesmo já tendo implantado algumas políticas de saúde para os portadores de doenças raras, ainda estamos muito distantes do que seria necessário’, aponta.
Para ela, há muitas realidades e experiência de SUS. ‘Esse sistema tem uma dinâmica linda, mas nas entranhas vem um sistema frio, saturado, porém, no final do dia, é ele que nos socorre, e é ele que nós defendemos e cobramos as melhorias tão sonhadas e tão necessárias para cada portador de XP’, disse.
Yoshiaki Enokihara, destaca que o médico dermatologista está habilitado para diagnosticar e tratar os casos de Xeroderma pigmentoso. ‘Sou docente em uma Universidade Federal cujo pacientes são todos do SUS, e temos feito diagnóstico e tratado pessoas com XP.’
Gleice diz qual o caminho: ‘para cada brasileiro que precisa só tem essa única opção que é tratar. Sonhamos e lutamos muito para alcançar esse SUS para todos, de forma acessível, eficiente e suficiente. Esperamos que todos os pacientes tenham seus direitos respeitados e garantidos.’
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A REDAÇÃO
Goiás registra 773 novos casos de covid-19 e uma morte em 24 horas
Mônica Parreira
Goiânia – Goiás registrou, nas últimas 24 horas, 773 novos casos de covid-19 e um óbito causado pela doença. Os números constam no boletim divulgado na tarde deste domingo (13/2) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). A pasta informa que os “dados são preliminares e coletados junto aos municípios goianos”.
Desde que a pandemia teve início, já foram notificados 1.105.423 casos de doença pelo coronavírus 2019 no território goiano. Destes, há o registro de 1.064.676 pessoas recuperadas e 25.341 óbitos confirmados. O boletim informa, ainda, que está em andamento a investigação de 765.858 casos suspeitos e 412 mortes que podem ter sido causadas pela covid-19.
A taxa de letalidade do vírus é de 2,29% em Goiás.
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O HOJE
Segundo SES-GO, mais de 80 municípios estão com apenas 65% da população imunizada
Mesmo com vacinas sobrando, 84 municípios goianos estão com somente 65% da população imunizada contra a Covid-19, aponta o boletim da Secretaria de Saúde do Estado (SESGO). A taxa em outras 45 cidades gira em torno de 65% e 70%. Contudo, a baixa adesão à dose de reforça ainda preocupa as autoridades no Estado.
Estudos mostram que só é possível ter um impacto considerável na redução da taxa de ocupação dos leitos e óbitos se pelo menos 80% da população estiver vacinada. “Se essas pessoas vão deixando de se vacinar, demora mais a chegar nesse percentual de 80% e mais ainda a ter o impacto esperado. Para todas as vacinas, exceto a da Janssen- que é dose única –, para se ter imunidade, a proteção máxima, é preciso tomar as duas doses. Uma só não resolve. E aquela imunidade de rebanho que são os 80% da população vacinada, quando eu falo vacinada, é completamente vacinada”, reforça a superintendente de Vigilância Sanitária, Flúvia Amorim.
Atualmente, Goiás tem cerca de 1,9 milhão de pessoas que não completaram ainda o esquema vacinal contra a Covid-19. Apesar de 63% da população (4,4 milhões de pessoas) estarem em dia com a proteção (com duas e três doses), a baixa procura pelas doses de reforço preocupa as autoridades de saúde.
Clarice Carvalho, gerente de Imunização da SES alerta para o risco de infecção e internação, e até mesmo o óbito, das pessoas que não concluíram o ciclo de vacinação contra a doença. A gestora lembra ainda os números atuais de ocupação de leitos na rede estadual de saúde em função da pandemia. As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) têm hoje 74% de sua capacidade utilizada com pessoas em tratamento de Covid, enquanto nas enfermarias esse número é de 63%.
UTIs
Até a última atualização feita pela reportagem, a taxa de ocupação das UTIs na rede estadual estava em 74% com 60 disponíveis. De acordo com a SESGO, o monitoramento dos casos por Covid-19 está sendo feito constantemente. O órgão confirma o número de contaminados é grande e crescente, o que impacta proporcionalmente no número de internações.
Por isso, a estratégia tem sido manter o nível de ocupação em torno de 85% e transferir leitos gerais para Covid-19 em blocos de dez e em alas dedicadas e isoladas. O governador Ronaldo Caiado explica que ampliar a rede é importante e isso está sendo feito. “Neste momento é um remanejamento dinâmico, de acordo com a necessidade, mas é necessário reforçar a importância da vacinação”, diz.
Ele defende a vacinação pontuando que é a única forma de impedir o agravamento da Covid-19. “A imunização é a única forma de evitar as formas mais graves da Covid-19. Estamos fazendo a nossa tarefa de casa, mas contamos com a conscientização de todos. Mantenha o seu cartão de vacinação atualizado”, alerta.
Reforço
As doses de reforço não apenas reforçam a proteção imunológica já atingida com as anteriores, elas são fundamentais para impedir agravamentos que podem levar à morte. É o que ressalta o secretário de Saúde de Aparecida de Goiânia, Alessandro Magalhães. Segundo ele, com o avanço da vacinação, a SMS do município tem constatado uma redução e estabilidade das taxas de internação hospitalar para tratamento da covid-19 em Aparecida. “Não podemos deixar que essa tendência positiva seja ameaçada por uma cobertura vacinal insuficiente”, diz.
Prevenção
Enquanto isso, a saúde recomenda as medidas não farmacológicas. “Como uso correto de máscara, distanciamento físico, etiqueta respiratória, correta higienização das mãos e, principalmente, a vacinação completa com dose de reforço”, enumera Flúvia Amorim. Ela destaca ainda que a população deve adotar “todos os cuidados que minimizem o risco de infecção ou disseminação da Covid-19 em suas rotinas”.
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TV ANHANGUERA
Bebê com Síndrome de Down e problema cardiorrespiratório aguarda por trânsferência
https://globoplay.globo.com/v/10298469/
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Justiça libera bens do Ingoh
https://globoplay.globo.com/v/10298694/?s=0s
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Assessoria de Comunicação