O presidente do Sindhoesg, José Silvério Peixoto Guimarães, informa que o sindicato está solicitando ao prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, a prorrogação do prazo para a interrupção da coleta e tratamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde pela Comurg (Companhia de Urbanização de Goiânia).
De acordo com a Comurg, em cumprimento ao Decreto nº 1789, de 15 de julho de 2015, que regulamenta a Lei nº 9.522, de 29 de dezembro de 2014, esses serviços serão interrompidos a partir de 15 de outubro, ficando a coleta, transporte, tratamento e destinação final do lixo químico, infectante e perfurocortante a cargo dos estabelecimentos geradores.
No início deste mês, José Silvério Peixoto Guimarães discutiu o assunto com o presidente da Comurg, Ormando Pires Júnior, e relatou que os estabelecimentos podem ter dificuldades para assumir esse serviço até outubro. Ontem, o presidente do Sindhoesg reuniu-se com o prefeito e ficou acordado que o sindicato enviará um documento à prefeitura apresentando o prazo mínimo necessário para a adequação dos hospitais e demais estabelecimentos de serviços de saúde, como clínicas odontológicas e veterinárias. Os filiados devem ficar atentos aos informativos do Sindhoesg.
NOTA DE ESCLARECIMENTO – SINDHOESG
A matéria “Lixo hospitalar: clínicas pedem mais tempo para mudança”, publicada ontem (17/09) pelo jornal O Hoje errou ao citar o Sindhoesg. O texto, assinado pelo repórter Thiago Burigato, citava uma reunião entre o Sindhoesg e a Ahpaceg, que nunca aconteceu. Citava também a busca pela contratação de uma empresa para a coleta dos resíduos sólidos de serviços de saúde, negociação da qual o Sindhoesg não participa.
Informado dos erros pela Assessoria de Comunicação do Sindhoesg, o jornal, cumprindo as normas éticas do jornalismo, corrigiu as informações veiculadas. Segue a matéria atualizada. Para saberem mais sobre o assunto, os filiados devem ficar atentos aos informativos e ao site do Sindicato.
Lixo hospitalar: clínicas pedem mais tempo para mudança
Há menos de um mês Comurg deixará de fazer coleta desses resíduos, mas tem muita unidade de saúde que não está preparada
Thiago Burigato
Falta menos de um mês para que a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) encerre seus trabalhos de coleta de lixo hospitalar e outros resíduos considerados como serviços de saúde, e as unidades particulares da área em Goiânia correm contra o tempo para se adequar a essa nova situação. A dificuldade de encontrar uma solução para o problema faz com que estabelecimentos como consultórios odontológicos, clínicas médicas e outros se unam para pedir por uma dilatação no prazo estabelecido, dia 15 de outubro.
O fim da coleta de lixo hospitalar havia sido anunciado pela Comurg em 25 de agosto. Na ocasião, o presidente da companhia, Ormando José Pires, explicou que esse tipo de serviço não é de prerrogativa do órgão. A medida trata-se, segundo ele, de uma forma de “cobrar dos geradores a sua responsabilidade”. Segundo o presidente, atualmente uma empresa particular contratada pela Comurg – que ele preferiu não identificar – é responsável pela destinação final dos lixos hospitalares coletados. Cabe a essa terceirizada incinerar o material e encaminhar as cinzas resultantes do processo ao aterro sanitário.
A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) espera que todas as 15 unidades filiadas estejam adequadas para o cumprimento das exigências até o fim do prazo determinado. Ontem (16), a entidade reuniu seus filiados e anunciou que está em negociação com empresas privadas que fazem essa coleta para que atendam aos hospitais associados. A tendência, segundo a assessoria de imprensa, é que todas as unidades ligadas à associação fechem acordo com uma única empresa, no entanto, ainda não há nada definido nesse sentido.
Clinicas médicas
A situação do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg), porém, é mais complicada. A entidade representa hospitais, clínicas médicas, clínicas de fisioterapia e fisiatria, odontológicas e veterinárias, casas de saúde, cooperativas de serviços médicos, estabelecimentos de duchas, massagens e fisioterapia e empresas de prótese dentária instalados em Goiás. As unidades são menores que aquelas filiadas à Ahpaceg e a maioria dificilmente encontrará uma solução a tempo para o cumprimento da exigência. Por isso, o sindicato se mobiliza para pedir a prorrogação do prazo estabelecido.
“No início deste mês, José Silvério Peixoto Guimarães [presidente do Sindhoesg] discutiu o assunto com o presidente da Comurg, Ormando Pires Júnior, e relatou que os estabelecimentos podem ter dificuldades para assumir esse serviço até outubro”, relatou a assessoria por meio de nota. “Nesta terça, o presidente do sindicato reuniu-se com o prefeito e ficou acordado que o sindicato enviará um documento à prefeitura apresentando o prazo mínimo necessário para a adequação dos hospitais e demais estabelecimentos de serviços de saúde, como clínicas odontológicas e veterinárias.”
Já as unidades estaduais têm contrato com uma empresa especializada para a coleta, manejo e descarte do lixo produzido em unidades próprias, como Hemocentro, Lacen, entre outros. Os hospitais geridos por Organizações Sociais (OSs), porém, passam por um processo diferenciado. Segundo a assessoria da Secretaria de Saúde, foi encaminhado um comunicado às entidades administradoras “determinando que os hospitais administrados por elas adotem medidas necessárias para cumprir a decisão da Comurg”. (O Hoje, 17/09/15)