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DESTAQUES
Saúde de Aparecida autoriza gastos milionários sem contratos
Goiás tem o primeiro registro da cepa da dengue mais disseminada no mundo
Por que os planos de saúde sobem como nunca?
Planos de saúde: Com tecnologia e estratégia regional, operadoras voltam a vender contratos individuais
Hospital Unimed Poços destaca-se em Segurança do Paciente e é convidado a aderir a movimento internacional
Senado vai destruir com marreta e furadeira HD da CPI da Covid
Médico acusado de deformar rostos tem registro suspenso
Goiás tem cinco vezes mais casos de dengue por 100 mil habitantes que a média nacional
Ministério lança programa sobre segurança no trabalho
Mortes por Covid podem ser três vezes maior que o número oficial
Prefeitura de Goiânia libera agendamento de consultas pelo WhatsApp
Covid-19: Goiás registra 1,4 mil novos casos e 25 mortes em um dia
Após não renovar contrato por aumento de 30% no preço, prefeitura normaliza fornecimento de insulina
Bruno Peixoto defende proteção da tireoide contra radiação durante realização de exames
DIÁRIO DA MANHÃ
Saúde de Aparecida autoriza gastos milionários sem contratos
Secretário expediu ofício para a Sociedade Israelita Brasileira autorizando contratação de diversos serviços sem ter assinado contrato formal com a administração pública. TCM foi oficiado do ato
A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia autorizou a Sociedade Israelita Brasileira, entidade mantenedora do Hospital Albert Einstein, a “adotar providências para contratação dos bens e serviços” visando assumir a gestão do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP). A autorização para os gastos é baseada em um “Termo de Colaboração”.
Em ofício endereçado ao presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira, Sidney Klajner, o secretário da Saúde de Aparecida de Goiânia, Alessandro Magalhães frisou que com base no “Termo de Colaboração”, a entidade ficava autorizada a fazer contratações de serviços como consultoria de recrutamento e seleção, admissões digitais, atestado de saúde ocupacional, colaboradores e lideranças, confecção de crachás, treinamento de Normas Técnicas, compra de materiais e insumos para treinamento, equipamentos de laboratórios e outros gastos.
A autorização foi denunciada no Tribunal de Contas dos Municípios porque ainda não há contrato de gestão assinado com a Sociedade Israelita. “O curioso é que o ofício do secretário lembra que devem ser observados critérios de legalidade, mesmo não havendo um instrumento legal de contrato de gestão entre a administração pública e a entidade privada”, observou um técnico do TCM.
Um procedimento aberto no TCM tendo como relator o conselheiro Sérgio Cardoso requereu informações da SMS de Aparecida de Goiânia por suspeitas de direcionamento para a Sociedade Israelita Brasileira no chamamento para gestão do HMAP. “Ainda não há contrato assinado e essa autorização pode ser apresentada como afronta ao Tribunal de Contas e um absurdo exemplo de improbidade administrativa por parte da administração pública. É igualmente preocupante a desídia da entidade mantenedora do Albert Einstein em se prestar a efetuar gastos sem a garantia de um contrato público”, frisou outro técnico do TCM.
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PORTAL 6 ANÁPOLIS
Goiás tem o primeiro registro da cepa da dengue mais disseminada no mundo
Para Fiocruz, chegada dessa cepa ao Brasil preocupa porque existe a possibilidade de ela se espalhar de forma mais eficiente do que a linhagem que atualmente circula no país Pesquisadores detectaram, pela primeira vez, o genótipo cosmopolita do sorotipo 2 do vírus da dengue no Brasil. A linhagem, que é a mais disseminada no mundo e está presente na Ásia, no Oriente Médio e na África, nunca havia sido encontrada no território brasileiro. O genótipo foi identificado em Aparecida de Goiânia.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (05) no portal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A detecção do genótipo da dengue foi liderada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública de Goiás (Lacen-GO) e ocorreu em fevereiro a partir de uma amostra de um caso de dengue do final de novembro do ano passado.
De acordo com a Fiocruz, para os pesquisadores, a chegada dessa cepa ao Brasil preocupa, porque existe a possibilidade de ela se disseminar de forma mais eficiente do que a linhagem asiático-americana, também conhecida como genótipo 3 do sorotipo 2, que atualmente circula no país.
A linhagem, no entanto, de acordo com a equipe, não é a responsável pelo surto de dengue em Goiás e tudo indica que ela foi identificada rapidamente, o que pode ajudar no controle dessa cepa.
Origem
O achado representa o segundo registro oficial desse genótipo nas Américas, após um surto no Peru, em 2019. As análises feitas no Brasil mostram que a linhagem encontrada é semelhante a dois microrganismos isolados durante o surto registrado na província de Madre de Dios, no Peru.
Porém, ainda não é possível dizer que o genótipo cosmopolita foi introduzido no Brasil a partir do país vizinho. A suspeita é que tenha chegado a partir da Ásia, por meio de viagens intercontinentais.
Segundo a Fiocruz, as secretarias municipal e estadual de Saúde e o Ministério da Saúde foram comunicados. Os pesquisadores publicaram um artigo na plataforma de pré-print medRxiv.
Os pesquisadores ressaltam que entre as principais ações para conter a disseminação da dengue está a eliminação de depósitos de água parada, que podem se tornar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Além das ações de combate à dengue, os pesquisadores enfatizam a importância de intensificar a vigilância genômica do agravo para mapear a possível circulação da linhagem cosmopolita e compreender melhor as rotas de introdução do vírus no país.
Vigilância
A identificação do genótipo cosmopolita do vírus da dengue foi realizada a partir de um projeto de vigilância genômica de arbovírus em tempo real, liderado pelo Laboratório de Flavivírus do IOC/Fiocruz.
Na iniciativa, os pesquisadores se deslocam para os Laboratórios Centrais de Saúde Pública dos estados (Lacens) e realizam a decodificação de genomas com equipamentos portáteis para sequenciamento genético.
Desde 2020, o trabalho contempla também a vigilância genômica do Sars-CoV-2, causador da covid-19, recebendo o nome de VigECoV-2.
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O GLOBO
Por que os planos de saúde sobem como nunca?
Praticamente nenhum setor escapa dos aumentos que se refletem na inflação. De acordo com o IBGE, oito de cada 10 itens pesquisados para a formação do índice oficial apresentaram aumento em abril. Só que partir desse mês um poderoso componente começa a entrar nessa conta. Os novos valores dos preços dos planos de saúde empresariais estão sendo anunciados. E sobem como nunca. A Associação Brasileira de Planos de Saúde e da Federação Nacional de Saúde Suplementar calculam em cerca de 16% o reajuste médio. Se a previsão se confirmar, será o maior aumento da história. Isso ocorre após um grande alívio nas despesas das operadoras durante a pandemia. Os planos individuais e familiares, os únicos que tem os valores regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e que representam a menor fatia do mercado, chegaram a ter um reajuste negativo. Agora, também devem subir às alturas, seguindo a mesma tendência dos planos coletivos. E daí, em qualquer segmento, sobram poucas opções para os contratantes. Uma é a portabilidade. A outra é buscar orientação e, se for o caso, entrar na Justiça. No Ao Ponto desta sexta-feira a editora da seção Defesa do Consumidor do GLOBO, Luciana Casemiro, e o advogado Rafael Robba, especialista em direto à saúde do escritório Vilhena Silva explicam quais são os reajustes esperados nos diferentes planos de saúde e até que ponto há margem para negociação. Eles também avaliam quando a portabilidade ou as ações judiciais passam a ser boas alternativas para fugir de reajustes abusivos.
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Planos de saúde: Com tecnologia e estratégia regional, operadoras voltam a vender contratos individuais
RIO – Os planos de saúde individuais estão voltando às prateleiras das operadoras. Esse tipo de contrato, cuja oferta vinha minguando há mais de uma década, deixando consumidores sem opções sobretudo nos grandes centros, surge agora com nova roupagem, oferecido tanto por empresas recém-chegadas ao mercado que usam a tecnologia para baixar custos, como por operadoras tradicionais que oferecem sua rede regional para a assistência a planos individuais.
Em 2021, havia 3.988 planos individuais à venda, o maior número em cinco anos, 125 contratos a mais que no ano anterior, que tinha sido de tímida expansão. Hoje, mais de 80% dos planos de saúde são empresariais ou coletivos.
O UnitedHealth Group avalia retomar a venda de planos individuais por operadoras do grupo, como a Ana Costa, em Santos, e a Santa Helena, em São Paulo. Ambas têm operação baseada em hospitais próprios. É o mesmo modelo da Sobam, da UnitedHealth, sediada em Jundiaí, que oferece plano individual na região.
O UnitedHealth é dono da Amil e tentou vender a carteira de 340 mil planos individuais e familiares da operadora a um grupo de investidores, em operação vetada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A oferta de contratos individuais por operadoras regionais do grupo seria, segundo fontes, um ensaio para retomar a venda de planos pela Amil, que é sua marca líder.
Gestão da saúde
Outras grandes empresas, dizem fontes, estão estruturando a oferta de planos individuais. Entre elas, estaria a NotreDame Intermédica. Procurada, a empresa afirma que já vende planos individuais em alguns locais estratégicos, sem dizer quais são, mas admite que o estudo da venda desses produtos em outras cidades faz parte do plano constante de expansão, sem citar prazos nem regiões prioritárias.
Marcos Novais, superintendente da Abramge, associação que reúne operadoras de medicina de grupo, diz que o crescimento na oferta de planos individuais tem sido impulsionado por novas empresas, com uso intensivo de tecnologia. São operações que, segundo ele, têm como característica o “acompanhamento 360 graus” dos usuários:
– São empresas que trabalham de forma integrada com a rede, com dados e protocolos. Ou então têm um modelo verticalizado, de rede própria (quando a operadora do plano de saúde é também dona dos hospitais e clínicas). A principal característica é a gestão de saúde, que traz bons resultados para o consumidor e para as contas da empresa, reduzindo eventos graves, como internação, que são os mais caros.
A gestão de saúde envolve medicina preventiva, atendimento primário e acompanhamento mais próximo de pacientes crônicos, reduzindo custos de atendimentos de emergência ou ocorrência de casos mais graves. Novais vê essa mudança no setor refletida no número de operadoras associadas à entidade, com 40 novos participantes desde o início da pandemia.
Outra característica dos planos individuais nas prateleiras é a regionalização. Esse é o modelo adotado pela operadora Alice, que começou a funcionar há cerca de dois anos e tem dez mil beneficiários, todos paulistanos, dois centros de atendimento primário, com consultas e pequenos procedimentos, uma rede com 12 hospitais, 200 laboratórios, mais de 150 especialistas conveniados e 700 funcionários.
A perspectiva é de crescimento, com foco nos 12,3 milhões de moradores da cidade de São Paulo, onde ela identifica baixa oferta de planos individuais.
– Nossa meta é crescer na cidade, ampliar a oferta de tipos de produtos e a cobertura dentro de São Paulo, para atender a quem mora em diferentes regiões. Hoje, 84% dos eventos de saúde da Alice são atendidos na operação de rede própria, e a maior parte é feita virtualmente. A rede enxuta de parceiros permite integração profunda, com a possibilidade de desenvolver uma saúde baseada em valor e a integração de dados – diz Guilherme Azevedo, co-fundador e chief Health Officer da Alice.
Chat e monitoramento
Tecnologia de informação e teleatendimento estão entre os pilares da nova geração de planos individuais. A Alice, por exemplo, nasceu da parceria de Azevedo, que vinha de uma década no Dr. Consulta, com André Florance e Matheus Moraes, egressos da 99. A empresa que captou US$ 175 milhões em três rodadas de investimento, desenvolveu em casa chat, protocolos de atendimento e de gerenciamento das tarefas da equipe de monitoramento do usuário.
É uma empresa de “tecnologia raiz”, diz Azevedo. Segundo ele, isso permitiu que, em 20 meses, o preço de entrada dos planos ao público-alvo médio (profissionais liberais na faixa etária dos 30 anos) caísse de R$ 900 para R$ 580.
Preço de entrada é mais alto
O paulista Ricardo Queiroz, de 30 anos, diretor geral da Campus Party, já tinha tido plano de saúde individual e coletivo por adesão e estava sem cobertura em 2020, auge da pandemia, quando decidiu voltar à saúde suplementar.
– Tinha claro que queria um plano individual, quando achei um plano com o perfil digital fez sentido pra mim. O custo foi mais alto do que pagava no coletivo, mas ter um time de saúde que me acompanha fez muita diferença, principalmente quando tive Covid e fiquei internado em dezembro de 2020. A facilidade de falar com os profissionais, por um clique no celular, por exemplo, me levou a parar com automedicação e consultar para eventos que antes eu deixaria para lá. Além disso, ao contratar um plano individual, acabei com o risco de percentuais de reajustes abusivos – conta Queiroz, que é cliente da operadora Alice.
Tradicionalmente, os preços de entrada dos planos individuais são mais altos dos que os dos contratos de adesão e empresariais. No entanto, os reajustes anuais são limitados pela ANS, o que pode significar em alguns casos que, ao longo do tempo, os valores dos contratos coletivos possam até superar a mensalidade dos individuais.
Na média, uma pessoa com 59 anos ou mais, paga por um plano individual R$ 1.702. No plano por adesão, o valor médio é de R$ 1.473. Num contrato empresarial, de R$ 1.510.
– Plano individual esbarra estruturalmente no problema do pool (não há um grupo de consumidores por trás compartilhando um risco coletivo). Mas é um mercado regulado, com reajuste limitado, significa que seus preços e lucros são regulados, o que leva as empresas a imporem valor de entrada mais alto – explica o economista Carlos Ocké-Reis, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Para o professor Walter Cintra Ferreira Junior, da FGV EAESP, a tecnologia racionaliza o uso e pode conter custos:
– A telemedicina é determinante. Só não podemos aceitar, a pretexto da volta dos planos individuais, o aumento da segmentação (cobertura mais restrita, excluindo procedimentos de complexidade, como quimio e cirurgias), o que é arapuca, pois significa que, quando o consumidor mais precisa, terá de ir ao SUS.
Coordenadora do programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ana Carolina Navarrete, diz que há uma demanda reprimida do consumidor brasileiro por planos individuais:
– Apesar de o número não ser grande, mostra reversão de tendência. Os dados são suficientes para que o regulador olhe o mercado e comprove que não há problema com o modelo do plano individual, mas com a forma que ele é gerido.
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JORNAL MANTIQUEIRA
Hospital Unimed Poços destaca-se em Segurança do Paciente e é convidado a aderir a movimento internacional
Poços de Caldas, MG – Os esforços do Hospital Unimed Poços na implantação da cultura de segurança do paciente têm apresentado excelentes resultados e projetado a instituição internacionalmente. Durante o Simpósio de Segurança e Experiência do Paciente, realizado no dia 28 de abril, o Hospital foi convidado a integrar a Patient Safety Movement Foundation – PSMF (Fundação do Movimento pela Segurança do Paciente). O convite foi feito pelo CEO do movimento, o médico americano Michael Ramsay, presidente Emérito do Departamento de Anestesiologia e Tratamento da Dor do Baylor University Medical Center em Dallas, Texas. O PSMF reúne organizações do mundo inteiro que se comprometem a trabalhar para atingir “Zero” eventos adversos evitáveis em instituições de saúde até 2030.
“Ao aceitar este convite, o Hospital Unimed Poços mostrará ao mundo a importância que dá à qualidade e segurança dos seus pacientes e como seu time está comprometido com esses valores”, destacou o médico Salvador Gullo, CEO da plataforma Safety4Me, que trouxe o convite. “Hoje, no Brasil, apenas o Hospital Ernesto Dornelles, de Porto Alegre (RS) integra o movimento. No mundo são 56 hospitais, além de uma ampla rede de instituições parceiras e apoiadoras”.
Para o médico Odilon Trefiglio Neto, presidente da Unimed Poços, a indicação tem um enorme significado. “É um reconhecimento à equipe da Unimed Poços e a certeza de que estamos no caminho certo para oferecer cada vez mais atendimento de excelência – humano, com qualidade e segurança – aos nossos pacientes”.
Sobre a Patient Safety Movement Foundation
A Patient Safety Movement Foundation (PSMF) é uma organização global sem fins lucrativos, fundada em 2012, nos Estados Unidos. O movimento une pacientes, advogados, provedores de saúde, empresas de tecnologia médica, governo, empregadores e pagadores privados em apoio à causa, e tem mais de 30 sedes regionais em todo o mundo e parcerias com organizações globais como a World Federation of Societies of Anaesthesiologists (WFSA), European Society of Anaesthesiology (ESA), Global Sepsis Alliance (GSA), o Taiwan Patient Safety Culture Club, Sistema Español de Notificación en Seguridad en Anestesia y Reanimación (SENSAR), Edna Adan University Hospital e o AC Camargo Cancer Center.
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O ESTADO DE S.PAULO
Senado vai destruir com marreta e furadeira HD da CPI da Covid
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mandou servidores destruírem com marretas e furadeiras um HD externo que armazena documentos sigilosos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Ele acatou uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Não há registros recentes de descartes de acervos de investigações do Congresso.
Entre abril e outubro do ano passado, a CPI apurou as ações e omissões do Palácio do Planalto e do Ministério da Saúde, pasta então comandada pelo general Eduardo Pazuello, na pandemia que matou 664 mil brasileiros. “Estou aqui há 11 anos e (a destruição ) é inédita”, afirmou Leandro Cunha Bueno, coordenador de Comissões Especiais Temporárias e Parlamentares de Inquérito da Casa.
A destruição do HD está prevista para a tarde de hoje em uma sala fechada do Senado. Os dados e as informações que serão destruídos envolvem a empresa OPT Incorporadora Imobiliária e Administração de Bens Próprios Ltda. e o site Brasil Paralelo, apoiador do governo Bolsonaro. Nenhuma das duas empresas foi citada no relatório final da CPI da Covid e seus representantes podem participar do ato.
Por ser uma prática que nunca ocorreu, ao menos na última década no Senado, os servidores precisaram “desenhar um método” para garantir a destruição do material, relatou Cunha Bueno. A Polícia Federal e a Secretaria de Tecnologia da Informação do Senado (Prodasen) foram consultados. “Todo o ato de destruição será filmado para evitar questionamento futuro”, afirmou. “As imagens serão mantidas sob sigilo.”
Tanto o Senado quanto a Câmara guardam acervos das CPIs instaladas no Congresso desde os anos 1950, quando a
capital era no Rio. Leigos e pesquisadores sempre tiveram acesso irrestrito a relatórios e papéis acumulados nas investigações de parlamentares.
Os documentos que Pacheco irá destruir estão guardados em um HD na sala-cofre do Senado. Com a extinção da CPI, segundo a Casa Legislativa, a decisão sobre documentos passa a ser de competência do presidente do Senado. “Oficie-se à Presidência do Senado Federal para que proceda à imediata destruição dos documentos, dados e informações”, determinou Gilmar Mendes, em duas decisões no dia 17 de fevereiro, às quais o Estadão teve acesso.
FUNDAMENTO. Em ambas, o ministro se baseou em uma lei de 1996 que regulou um trecho da Constituição. Segundo a legislação, “a gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial, durante o inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte interessada”.
A decisão do ministro foi tomada em dois mandados de segurança do site Brasil Paralelo e da OPT. O portal e a empresa tiveram as quebras de sigilo telefônico, fiscal, bancário e telemático aprovadas pela CPI da Covid. Na ocasião, os senadores Renan Calheiros (MDBAL), relator da CPI, e Humberto Costa (PT-PE), afirmaram que o Brasil Paralelo era suspeito disseminar fake news sobre saúde pública. Já a OPT, segundo Calheiros, tinha “grande correlação” com a Precisa Medicamentos, intermediadora da vacina Covaxin junto ao governo e investigada pela comissão.
O Estadão procurou as duas empresas, mas não obteve resposta. Ambas argumentaram ao STF que os dados são sigilosos e deveriam ser destruídos após o fim da CPI.
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JORNAL DE BRASÍLIA
Médico acusado de deformar rostos tem registro suspenso
A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF) desta quinta-feira
Wesley Murakami, ou apenas “Dr. Murakami”, é um médico que ficou conhecido por acusações de deformar o rosto de diversos pacientes, em Goiânia e no Distrito Federal, em 2018. Pelas denúncias, o Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM), decidiu, nesta quinta-feira, 05, suspender o registro profissional de Murkami por 30 dias.
A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF) desta quinta-feira:
Depois de anos, Alexandre Garzon, 35 anos, conseguiu se olhar no espelho. Apesar de as marcas ainda estarem em seu rosto, elas não lhe causam mais dor, culpa ou raiva. Assim como ele, mais de 40 pacientes denunciam erros de um médico que atua em Brasília e em Goiânia (GO). Murakami promete mudar e melhorar a estética. Mas o que entrega são rostos tidos pelos pacientes como deformados e, em quase todos os casos, com inflamações e danos irreversíveis à aparência.
Passados seis anos, o empresário Alexandre consegue relatar como conheceu o trabalho do médico. Tudo começou em 2012, quando comprou dez sessões de carboxiterapia capilar – tratamento para crescer os fios – em um site de promoções. Ao chegar à clínica de Murakami, localizada no Taguatinga Shopping, outros procedimentos foram oferecidos a ele pelo médico. “Ele começou a ver problema na minha pele, no meu queixo, em todo meu rosto”, conta Alexandre.
Envolvido na conversa do profissional, o homem confiou nos diagnósticos e resolveu fazer a bioplastia facial. “Eu sempre tive muita marca de espinha. Fiz laser, peeling, tudo para tratar. Mas mexer no meu rosto não era uma ideia que tinha passado pela minha cabeça. Ele era bom de lábia e pegou no meu ponto fraco. Disse que eu ia ficar muito bonito e ainda ia tirar as marcas de espinha”, lembra.
Bioplastia
A promessa caiu como luva para Alexandre. Seduzido pelo possível resultado, o empresário não pesquisou como era feito o procedimento. Caso tivesse buscado mais informações, saberia que a bioplastia é caracterizada como um preenchimento com o PMMA – polimetil- metacrilato. Por ser um plástico, seus efeitos são irreversíveis e definitivos. Apenas dermatologistas ou cirurgiões plásticos podem prescrevê-lo. A recomendação é de que seja utilizado em casos específicos.
No dia seguinte à consulta, 11 de abril de 2014, Alexandre voltou ao consultório e fez a bioplastia. “Em nenhum momento ele me explicou que era irreversível. Pensei que era como um botox, que vai saindo com o tempo”, argumenta.
Segundo o paciente, na mesma hora o rosto inchou e ficou deformado. Para ir embora, precisou de máscara para tapar a face. “Durante dois meses fui toda semana fazer consulta. Reclamava, questionava o meu rosto inchado, mas ele falava que ia diminuir, que estava inchado por conta do próprio procedimento. Quando percebi que não ia diminuir, procurei ajuda em outro médico”, afirma.
Após os seis anos e tratamentos com corticoide para reparar o erro, o empresário reconhece que seu rosto nunca mais será o mesmo. O queixo e a mandíbula, que antes eram finos, agora seguem o padrão retangular. Para minimizar o efeito, Alexandre prefere deixar a barba crescer. Na pele, quando apertada, é possível sentir as bolas de plástico formadas pelo PMMA.
Justiça
Nesse tempo, além de pagar por procedimentos reparadores, o empresário entrou com uma ação na Justiça por danos morais e estéticos. Ele ganhou a causa, mas até hoje nunca recebeu os valores devidos por Murakami. “Na verdade, o dinheiro é muito pouco diante de tudo que passei. O que eu queria não era isso. Por muito tempo me fechei em casa, não saía, não queria mais viver. Eu não me aceitava e não reconhecia a minha identidade”, desabafa.
“Conto tudo isso porque agora não me dói mais. Mas, na época, não conseguia tocar no assunto. Minha filha chegou a me perguntar o por que estava com o rosto grande. Foi muito difícil suportar os olhares. Tive que buscar um psicólogo, porque eu queria me matar. Wesley mudou a minha vida para pior”, sentencia.
Gastos para reparação
Bruna (nome fictício), 25 anos, é atriz e trabalha com a sua imagem. Por isso, sempre teve a preocupação de estar bonita. Até bioplastia já havia feito. “Fiz com um dermatologista e tinha ficado ótimo, com um inchaço mínimo”, avalia. No fim de 2016, ela conheceu Wesley Murakami. “Fui ao consultório dele para fazer outro tipo de tratamento, mas ele começou a fazer minha cabeça, apontando defeitos no meu rosto e o que podia melhorar”, conta.
Curiosa com o tratamento, Bruna pesquisou sobre o médico e encontrou boas referências na internet, como as fotos em que ele divulga nas redes sociais. “Como já tinha feito o procedimento, achava que seria tranquilo. Fui confiante”, relembra. “Durante a bioplastia, comecei a achar estranho. Ele estava aplicando muitas seringas. Acho que colocou umas 12, enquanto o outro médico usou só uma. Tentei ficar tranquila. Pensei que estava usando o PMMA em baixa concentração”, completa.
Durante o procedimento, Bruna passou mal e foi “medicada” com água com açúcar. Ao final, a atriz estava curiosa em saber como estava o rosto. “Pedi para olhar no espelho. Quando vi, estava um monstro. Tive que sair de máscara, mas nem isso tampou o tamanho da minha mandíbula”, relata.
Por já ter feito a bioplastia antes, logo nos dias seguintes ela percebeu que havia algo anormal e procurou a ajuda de outro médico. “O PMMA não sai, mas o outro médico me disse que era para ter calma, que tinha um tratamento com corticoide que diminuía. Também fui a Blumenau (SC) fazer uma cirurgia com um especialista. Gastei, ao todo, mais de R$ 30 mil para fazer raspagem no osso da mandíbula e diminuir o volume”, contabiliza.
Bruna enfatiza que sua crítica não é em relação à bioplastia, mas a Wesley Murakami. “O procedimento pode ser bem feito. Acontece que ele é mau-caráter. Se importa apenas com o dinheiro e coloca muito produto. Não é normal ele ver que tem esse tanto de pessoas insatisfeitas e continuar fazendo. Só quero que ele pare”, dispara a atriz.
Aceitar a nova identidade
Outra paciente, Camila (nome fictício), 37 anos, optou por não fazer mais nenhum procedimento estético desde que saiu com um novo rosto do escritório de Murakami em Goiânia. “Não tenho coragem de mexer em nada. Com o tempo melhorou um pouco, porque não está mais inflamado, mas ainda dói. Quando vou cumprimentar alguém e os rostos encostam, a maçã da minha bochecha dói a ponto de escorrer uma lágrima”, descreve.
Após o trauma, ela encontrou coragem na religião e no apoio de familiares e de psicológicos. “Eu não estava me aceitando, não saía de casa. Quase cometi suicídio porque estava muito depressiva”, revela. “Tem três meses que voltei com a minha rotina. Estou me aceitando mais com o novo rosto. Entendi que minha vida não podia parar, porque tenho dois filhos e tenho que estar presente na vida deles. Venci com apoio das pessoas que estão a minha volta”, acrescenta.
“Eu estava horrorosa”
O sofrimento de Camila começou no início de 2017. Ela conheceu o trabalho de Murakami após uma colega de indicá-lo. “Marquei consulta e ele me disse que cobrava R$ 35 mil para a bioplastia de todo o rosto. O preço era muito alto e eu não conseguia pagar. Fui embora, mas no outro dia ele me mandou mensagem perguntando quanto eu conseguia pagar. Eu disse que tinha cerca de R$ 20 mil e ele falou que faria por esse preço”, lembra.
No mesmo dia, ela voltou ao consultório para negociar os valores, mas foi atraída para fazer o procedimento logo. “Ele me deitou na maca, começou a aplicar anestesia e a injetar o PMMA. Comecei a sentir um incômodo, como se meu olho fosse sair. Mas ele disse que era normal. Comecei a tremer e me trouxeram um cobertor. Desmaiei duas vezes. Quando acordei, a assistente estava me trazendo água com açúcar. Ele insistia que era normal”, recorda.
Ao final, Muramaki deu-lhe um espelho e mostrou o resultado. “Fiquei aterrorizada. Estava horrorosa”, exclama. Camila retornou para casa e passou a trocar mensagens com o médico. Ela voltou ao consultório por mais duas vezes e teve de ouvir que o resultado não estava bom porque ela estava gorda. Quando se deu conta do problema que havia entrado, deixou de frequentar e falar com o médico. “Deixei de lado porque fui cuidar da minha saúde. A única coisa que quero é que ele pare, que não faça isso com mais ninguém. Ele já destruiu muitas vidas”, desabafa.
Versão Oficial
A reportagem tentou, por diversas vezes, falar com Wesley Murakami. Apenas o advogado de defesa dele, André Bueno, atendeu às ligações. Segundo o advogado, existe uma única denúncia contra o médico em Goiânia. Bueno desconhece qualquer denúncia em Brasília. “Estive nesta semana com o delegado da 4ª Delegacia de Polícia de Goiânia. Fui buscar informações e me inteirar das acusações. Lá, existe apenas um boletim de ocorrência feito em julho, por uma paciente que se diz insatisfeita com o resultado da bioplastia”, comenta. Segundo Bueno, o delegado ainda abriria um inquérito. “Levei registro médico, comprovante de endereço. Estou à disposição do delegado para que possamos solicitar fotografias e exames”, assegura. Questionado se o cliente seria capacitado para realizar os procedimentos estéticos, o advogado alegou que a bioplastia e outros tratamentos oferecidos por Murakami não requerem especialização. “Doutor Wesley não é cirurgião. Ele é médico e para esses procedimentos não é necessário ter especialização. O importante é verificar que ele é capacitado como médico e que usa produtos permitidos por lei”, conclui.
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PORTAL G1
Goiás tem cinco vezes mais casos de dengue por 100 mil habitantes que a média nacional
Os dados do MS foram divulgados na última sexta-feira (29). O mesmo estudo mostra que, entre janeiro e abril deste ano, Goiás registrou 98,4 mil casos de dengue.
A cada 100 mil moradores de Goiás, 1,3 mil têm ou tiveram dengue este ano, segundo boletim epidemiológico do Ministério da Sáude (MS). O órgão indica que essa incidência é cinco vezes maior do que a média em todo o Brasil, que é de 254 diagnósticos para cada grupo do mesmo número de pessoas. Anápolis, a 55 km de Goiânia, foi uma das cidades que identificou aumento expressivo da doença e deixou duas unidades de saúde exclusivamente para tratar pacientes com dengue.
Os dados do MS foram divulgados na última sexta-feira (29). O mesmo estudo mostra que, entre janeiro e abril deste ano, Goiás registrou 98,4 mil casos de dengue.
A Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) informou que trabalha junto aos municípios – enviando produtos e orientações – para combater a doença.
Com base na situação mostrada pelo boletim epidemiológico do MS, o infectologista Marcelo Daher comentou que a melhor forma de lidar com maior número de pessoas com a doençaé diagnosticar rapidamente os casos e pensar em soluções para atender prontamente essas pessoas.
“Talvez tendas de hidratação, laboratórios de prontidão para fazer exames [ ] e atender esse paciente mais rapidamente com hemogramas, principalmente, e a sorologia”, disse.
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ISTOÉ
Ministério lança programa sobre segurança no trabalho
O Ministério do Trabalho e Previdência lançou hoje (5) o Programa Trabalho Sustentável. Trata-se de um conjunto de orientações a trabalhadores e empregadores sobre a importância de cumprir as normas de proteção ao trabalho, especialmente as de saúde e segurança. A ideia do programa é promover a conduta empresarial responsável, o respeito aos direitos dos trabalhadores.
“É um processo de mudança cultural que se moderniza a cada dia, que não somente bate na porta das empresas para fazer a fiscalização, mas também se consolida como uma unidade de inteligência. Conseguiremos identificar setores problemáticos, chamar a sociedade civil e os representantes dos trabalhadores”, afirmou o secretário-executivo do ministério, Bruno Dalcolmo, no lançamento do programa, em encontro online.
Para Dalcomo, as empresas precisam estar regularizadas e “ter a sensibilidade da importância de estarem alinhadas com o Marco Regulatório, de respeitarem sem ressalvas os direitos dos trabalhadores”.
O programa traz quatro eixos de iniciativa: ações de diálogo setorial, capacitações, campanhas e soluções tecnológicas. Os participantes também conheceram os primeiros produtos do Programa Trabalho Sustentável voltados a empregadores, trabalhadores, bem como para toda a sociedade.
Os auditores-fiscais do Trabalho demonstraram a Ferramenta de Avaliação de Risco para o Programa de Gerenciamento de Risco no Trabalho Rural (PGRTR) (), o Sistema Ipê Trabalho Infantil e o Autodiagnóstico Trabalhista para a Conduta Empresarial Responsável, desenvolvidos em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
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MEDICINA S/A
Mortes por Covid podem ser três vezes maior que o número oficial
Na situação global da pandemia da Covid-19, incluindo a variante Ômicron, existem 6,2 milhões de óbitos relatados, com 511 milhões de casos acumulados. Mas, de acordo com a diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Covid-19, Maria Van Kerkhove, o número de mortes pela doença deve ser três vezes maior, devido à ausência de testes.
Segundo a epidemiologista, cada país está enfrentando uma situação diferente com a covid-19. Existem vários fatores para que isso aconteça. “Tem a ver com a estratégia passada e a atual, a epidemiologia atual e a circulação do vírus, os dados demográficos da população, os níveis de imunidade da população com vacinação, se há prevalência alta da imunização, entendendo a complexidade da imunidade, se ainda precisa muita pesquisa, o acesso a ferramentas que salvam vidas e a capacidade de se ajustar”, enumerou Maria Van Kerkhove.
Segundo a diretora da OMS, um dos grandes problemas percebidos na pandemia foi a falta de confiança da ciência e do público. Outro entrave é a falta de vacinação completa nas populações acima de 60 anos de idade, percebida em muitos países, ou que ainda não tiveram nenhuma dose.
Na África do Sul, por exemplo, ela disse que a cada onda nova da covid-19, houve cobertura vacinal muito baixa. Já na Coreia do Sul, identificou-se alto nível de cobertura vacinal, seguindo uma estratégia de covid zero, que resultou na modernização do sistema de saúde pública e investimentos em recursos humanos.
Otimização
A epidemiologista criticou o fato de alguns países terem aberto mão das máscaras contra a covid-19, principalmente em locais fechados. Segundo Maria Van Kerkhove, há muita desinformação e politização, que diminuíram a eficácia dessas medidas. “Eu nunca tinha visto isso antes”, disse, referindo-se a todas as suas experiências em surtos.
Ela mencionou também as políticas de desinformação em alguns países, que provocaram muitas mortes pela doença. Maria Van Kerkhove disse que a pandemia não acabou e o que é preciso fazer é otimizar as estratégias global e nacional, alguns objetivos principais: prevenir o diagnóstico, tratar a doença e reduzir a morbidade e a mortalidade, além de diminuir também a transmissão, o que inclui a proteção à exposição, principalmente dos mais vulneráveis, daqueles que não foram vacinados. É preciso, ainda, segundo a epidemiologista, reduzir o risco da emergência de variantes. “Focar em apenas uma (variante) gera um sentido de falsa segurança, porque não sabemos qual será o custo das variantes”.
A expectativa da OMS é que o vírus vai continuar evoluindo. “Esperamos com uma severidade baixa, porque temos ferramentas e vacinação, imunização populacional aumentando”, disse. Ela aposta que veremos surtos menores entre aqueles que não estão protegidos. “Teremos uma sazonalidade, porque é um patógeno respiratório”, disse.
O pior cenário prevê uma variante mais transmissível e letal, em que será necessário fazer uma revisão grave das vacinas e impulsionar a vacinação nas populações mais vulneráveis, alerta. Há também um bom cenário, no qual as variantes são menos severas e apenas mantemos as proteções já existentes.
Maria Van Kerkhove disse que a OMS está se preparando ainda para um quarto cenário, que seria o surgimento de um vírus tão diferente que toda a população global estaria suscetível a ele. “A gestão do pós-covid será essencial nesse cenário”.
Muitos estudos já estão relatando as consequências da covid-19, incluindo condições graves cerebrais, cardíacas e nos pulmões, disse.
Testagem
Maria Van Kerkhove citou entre as principais áreas foco da OMS a vigilância e as estratégias de testagem, que caíram drasticamente. “Isso é importante para prever o vírus. Nós precisamos garantir que isso seja mantido”.
Em termos de vacinação, a meta da OMS é atingir 70% das populações de todos os países imunizados. E, dentro desses 70%, atingir 100% dos profissionais de saúde e indivíduos com comorbidades. “A cobertura vacinal está bem menor do que deveria ser em alguns países, principalmente na África”, alertou.
A epidemiologista disse que com os avanços das vacinas contra a covid-19 que já temos, e o desenvolvimento das futuras vacinas para a doença, tem sido um triunfo científico. Uma das coisas boas que ela viu nessa pandemia foi a solidariedade global entre cientistas.
Segundo a diretora da OMS, foram distribuídas globalmente 11,7 bilhões de doses de vacinas, com 41 milhões de doses sendo administradas diariamente, mas só 59% das pessoas completaram a vacinação principal e só 13% nos países de baixa renda. “Trata-se de acesso, não de caridade”, disse.
Maria Van Kerkhove disse que há muito trabalho a ser feito. E que é preciso criar sistemas para o futuro, com investimentos sustentáveis, porque ninguém está seguro até que todos estejam seguros. “E esses sistemas têm que ser eficientes localmente, para depois ganhar âmbito maior. A preparação para a pandemia não vai parar. E a testagem é o caminho para o futuro”.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 1,4 mil novos casos e 25 mortes em um dia
Goiás registrou 1.451 novos casos da covid-19 e 25 mortes em razão da doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta quinta-feira (5/5). Com as atualizações, o Estado chega a 1.335.636 casos e 26.501 óbitos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia.
Também segundo a SES-GO, Goiás soma 767.386 casos suspeitos em investigação para saber se há ligação com o novo coronavírus. Outros 321.551 já foram descartados.
Além dos 26.526 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 1,99%, há 321 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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Prefeitura de Goiânia libera agendamento de consultas pelo WhatsApp
A Prefeitura de Goiânia ampliou o serviço de marcação de consultas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de agora, moradores da capital podem fazer agendamento via WhatsApp. Os atendimentos são para clínico geral, ginecologista/obstetra e pediatra, além de especialidades que integram a chamada atenção primária à saúde. O serviço já está em funcionamento pelo número de WhatsApp (62) 3524-6305, das 7h às 19h.
Se o morador precisar de encaminhamento a outras especialidades, será encaminhado após consulta na rede primária. “A oferta deste serviço tem como objetivo ampliar o acesso da população a consultas especializadas. WhatsApp é uma ferramenta utilizada pela grande maioria das pessoas. Ao disponibilizarmos consultas nesse formato, facilitamos o acesso à saúde pelo goianiense”, afirma o prefeito Rogério Cruz.
O secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, explica que pelo aplicativo, além de agendar consultas, também é possível obter informações sobre covid-19, como sintomas, pontos de vacinação e de testagem disponíveis diariamente pelos sete distritos sanitários de Goiânia. “Vale lembrar que o Teleconsulta, pelo número 0800-646-1560, continua em funcionamento, e oferece os mesmos serviços do WhatsApp”, ressalta.
O horário de atendimento via WhatsApp é das 07h às 19h, todos os dias da semana, inclusive aos sábados, domingos e feriados, e o agendamento pode ser feito para todos os Centros de Saúde (CS), Unidades de Saúde da Família (USFs) e Centros Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) de Goiânia, que contam diariamente com profissionais nas áreas de clínica geral, ginecologia/obstetrícia e pediatria.
O atendimento é autoexplicativo, e assim que o cidadão inicia a conversa, recebe uma mensagem com os detalhes do serviço e como proceder para agendar a consulta.
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JORNAL OPÇÃO
Após não renovar contrato por aumento de 30% no preço, prefeitura normaliza fornecimento de insulina
Por PH Mota
Percentual de reajuste está acima da inflação oficial do país e não há previsão legal, segundo a Secretaria Municipal de Saúde
A Prefeitura de Goiânia vai normalizar até o final da próxima semana o fornecimento de insumos para tratamento do diabetes nas unidades de saúde da Capital. A falta foi provocada pela não renovação do contrato com a empresa fornecedora em decorrência de um aumento de 30% no valor dos itens, percentual acima da inflação oficial do país e sem previsão legal, segundo o diretor financeiro da Secretaria Municipal de Saúde, Bruno Vianna. Para resolver o problema, um processo para fornecimento emergencial dos insumos tramita com prioridade na secretaria.
A previsão, de acordo com o diretor, é que o empenho e o pagamento ocorram na próxima semana. Isso permitirá que a empresa contratada forneça os medicamentos às unidades de saúde. O contrato emergencial terá duração de seis meses. O prazo, segundo Bruno, será suficiente para conclusão de um novo processo licitatório. O assunto foi tratado em reunião extraordinária da Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara Municipal de Goiânia.
A agenda foi convocada pelo presidente comissão, o vereador Mauro Rubem (PT) a pedido do vice-presidente da Associação Metropolitana de Apoio ao Diabético (Amad), André Fabrício Cardoso. De acordo com a entidade, o fornecimento de insumos está irregular desde o dia 02 de maio. O secretário municipal de Saúde, Durval Ferreira Fonseca Pedroso, não compareceu à reunião porque estava viagem, mas indicou Bruno como representante.
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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Bruno Peixoto defende proteção da tireoide contra radiação durante realização de exames
O deputado Bruno Peixoto (União Brasil) é autor do processo nº 1710/22, que torna obrigatório a disponibilização, pelos hospitais, laboratórios, clínicas médicas e odontológicas da rede estadual de saúde pública e privada, do colar de proteção para pacientes como prevenção de radiação na tireoide durante a realização de exames. A matéria foi encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação para análise do deputado Amilton Filho (MDB), relator do projeto.
Bruno Peixoto afirma que os exames de imagem são importantes aliados em diferentes tipos de investigações diagnósticas, viabilizando que a equipe médica identifique mais rapidamente os problemas de saúde e indique o tratamento adequado. Peixoto ressalta, ainda, que a segurança é fundamental para problemas futuros e diz que a exposição radiológica é um risco que pode ser evitado tomando os cuidados protetivos.
“Uma das principais soluções para aumentar a segurança dos radiologistas e pacientes é o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPls), como aventais de chumbo, protetores de tireóide e óculos, sendo que o uso desses equipamentos proporciona uma proteção de 90% quando comparado ao não uso deles. É comum na realização de exames com emissão de radiação colocarem no paciente só o avental, não preocupando com o colar em torno do pescoço”, afirma, destacando que devido a importância e sensibilidade da glândula tireóide à radiacão, é fundamental que os radiologistas usem o equipamento específico.
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Assessoria de Comunicação