ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Covid-19: Brasil tem 30,24 milhões de casos e 111 mortes
Anvisa prorroga regra sobre uso emergencial de CoronaVac e medicamentos
Goiânia é a segunda capital com mais casos de dengue no país
Pacientes do Crer recebem visita de cães terapeutas da UFG, em Goiânia
Rede D’or (RDOR3) Tem Lucro Líquido de R$ 225,2 Mi no 1T22
Governo autoriza suspender teto de preços para medicamentos em falta
ANS divulga o 1º Relatório Trimestral da Ouvidoria em 2022
Lei que cria bula digital e muda regras de rastreabilidade de medicamento entra em vigor
Goiás já realizou 30 transplantes de órgãos e 118 de córneas neste ano
Laboratório que guardava amostras humanas em potes de doces já recebeu mais de R$ 3 milhões do Governo de Tocantins
AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil tem 30,24 milhões de casos e 111 mortes
O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 30.247.302 casos de covid-19 e 661.907 mortes pela doença, segundo o boletim epidemiológico divulgado na noite desta sexta-feira (15) pelo Ministério da Saúde. Em 24 horas, foram registrados 13.278 casos e 111 óbitos.
Segundo o ministério, 29.199.903 pessoas se recuperaram da covid-19, o que representa 96,5% dos infectados. Há ainda 385.482 casos em acompanhamento.
O boletim não registrou os dados de óbitos do Distrito Federal, do Mato Grosso, do Rio de Janeiro, do Tocantins, de Roraima e do Mato Grosso do Sul.
Estados
O estado de São Paulo é a unidade da Federação que regista o maior número de casos (5.336.957) e de mortes (167.846) por covid-19. Em relação ao número de casos, o estado da região Sudeste é seguido por Minas Gerais (3.349.414) e Paraná (2.433.939). Os estados com menor número de infectados são Acre (124.354), Roraima (155.366) e Amapá (160.369).
Em relação ao número de mortes, São Paulo é seguido por Rio de Janeiro (73.128) e Minas Gerais (61.108). O menor número de óbitos está nos estados do Acre (1.996), Amapá (2.128) e Roraima (2.147).
Vacinação
Segundo a última atualização do Ministério da Saúde, foram aplicadas 408.982.327 de doses de vacina contra a covid. Deste total, 174.206.451 são de primeira dose e 153.274.348 são de segunda dose e 4.823.187 de dose única. Também foram aplicadas 72.801.461 doses de reforço e 770.609 segundas doses.
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CORREIO BRAZILIENSE
Anvisa prorroga regra sobre uso emergencial de CoronaVac e medicamentos
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou hoje que aprovou a prorrogação prorrogar por mais um ano a regra que permite o uso emergencial de vacinas e medicamentos para covid-19. Entre os imunizantes usados no país, a CoronaVac é o único com aprovação apenas para uso emergencial.
“O principal objetivo da medida é de não impactar o fornecimento de vacinas e medicamentos contra a Covid-19 à população brasileira. A revisão foi necessária já que, em decorrência do fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), declarada pelo Ministério da Saúde, pela Portaria 913/2022, as AUEs perderiam automaticamente a sua validade”, informou a agência.
A diretora relatora da matéria, diretora Meiruze Freitas, destacou que apesar do anúncio do fim da Espin, há real necessidade das ferramentas regulatórias estratégicas que permitam manter e ampliar o acesso de medicamentos e vacinas utilizados no enfrentamento da covid-19.
“É certo que ainda há a necessidade do estrito acompanhamento regulatório e da regular disponibilidade de produtos e serviços de interesse sanitário utilizados nas ações de combate da Covid-19, com destaque para o desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas.”
Em abril, a Anvisa anunciou que revisaria todos os atos sanitários editados em resposta à pandemia, incluindo resoluções que tratam do uso emergencial de vacinas e de medicamentos específicos para a doença. A medida afetaria a exportação, fabricação nacional, distribuição e aplicação da CoronaVac no país.
Segundo resolução publicada em dezembro de 2020, a autorização de uso emergencial e temporário do imunizante chinês será válida até o reconhecimento pelo Ministério da Saúde de que não há mais situação de emergência em saúde pública.
Segundo o Instituto Butantan, os estudos sobre o imunizante continuam.
“A questão do registro definitivo está em curso com o fornecimento de documentos. Existe pendência em relação a alguns testes que são feitos na China e aqui no Brasil também em relação à variante ômicron”, disse o diretor do Butantan, Dimas Covas.
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TV ANHANGUERA
Goiânia é a segunda capital com mais casos de dengue no país
globoplay.globo.com/v/10571367/
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A REDAÇÃO
Pacientes do Crer recebem visita de cães terapeutas da UFG, em Goiânia
Os pacientes em atendimento ambulatorial no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) receberam uma visita para lá de especial no último dia 29 de abril. Em clima de alegria e interação, os cachorros Romeu, Schott, Teodoro e Iena passearam pelos corredores do hospital arrancando suspiros e sorrisos.
A visita teve o objetivo de proporcionar um momento de bem-estar físico e emocional aos pacientes. “Muitos deles têm uma ligação muito forte com os animais de estimação em casa, o que provoca emoção e motivação extra para seguir em frente com o tratamento. No caso das crianças, este momento lúdico de interação com os cães propicia estímulos diversos que contribuem diretamente com o tratamento e seus resultados imediatos”, explicou o supervisor de Reabilitação do Crer, João Francisco Martins.
Os cães terapeutas passaram pelos Ginásios de Reabilitação e pela Hidroterapia da instituição. Durante a visita, os animais foram acompanhados por seus tutores, de um médico veterinário e de profissionais do Crer.
Os animais integram o projeto Terapia Assistida por Animais (TAA) da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG) e já estiveram no Crer em outras duas ocasiões. “Estudos já realizados comprovam que a terapia com animais proporciona inúmeros benefícios mentais, físicos e psicológicos aos pacientes, tais como melhora da ansiedade e dos sintomas da depressão e o aumento do sentimento de autoestima”, explicou a coordenadora do TAA, professora Kellen de Sousa Oliveira.
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O ESTADÃO
Rede D’or (RDOR3) Tem Lucro Líquido de R$ 225,2 Mi no 1T22
A Rede D’Or reportou lucro líquido de R$ 225,2 milhões no 1T22, queda de 44,1% diante do resultado de R$ 402,4 milhões no 1T21. A Rede D’or São Luiz (RDOR3) reportou lucro líquido de R$ 225,2 milhões no primeiro trimestre de 2022, queda de 44,1% diante do resultado de R$ 402,4 milhões no mesmo período do ano anterior. Segundo a companhia, o resultado foi impactado pelos efeitos da elevação de juros.
De janeiro a março, a Rede D’Or registrou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,141 bilhão, com avanço de 0,6% na comparação anual.
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A margem Ebitda atingiu 21,2%, uma redução de 2,8 p.p..
“O resultado foi pressionado sobretudo pela queda de 1,4 p.p. na taxa de ocupação de leitos, que resultou em desalavancagem operacional, assim como pela alteração no perfil médio de tratamentos em virtude do elevado volume de casos brandos observados no primeiro trimestre de 2022, em decorrência da disseminação da nova variante da Covid-19”, explica a empresa, no release que acompanha os resultados.
A receita líquida do grupo atingiu R$ 5,373 bilhões no período, aumento de 13,8% ante o primeiro trimestre de 2021.
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No trimestre, a Rede D’Or anunciou o acordo de associação com a SulAmerica, visando a combinação de negócios entre as duas companhias, com a unificação de suas bases acionárias. No período, a companhia concluiu também as aquisições do Hospital Santa Marina (MS), Hospital Arthur Ramos (AL), Hospital Santa Isabel (SP) e Hospital Aeroporto (BA).
O resultado financeiro foi negativo em R$ 559,1 milhões no primeiro trimestre, apresentando um aumento de 42,8% ante um ano antes.
Ao final do período, o saldo de dívida líquida da Rede D’Or era de R$ 14,198 bilhões, alta de 12,1% na comparação com o quarto trimestre do ano passado, com alavancagem medida pela dívida líquida/Ebitda em 2,9x, saindo de 2,6x ao fim de 2021.
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FOLHA PRESS
Governo autoriza suspender teto de preços para medicamentos em falta
O governo Jair Bolsonaro (PL) decidiu autorizar a suspensão do preço máximo pago pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ou pelo setor privado na aquisição de medicamentos que hoje estão em falta no mercado.
A medida é uma tentativa de evitar o desabastecimento de itens como dipirona injetável e a imunoglobulina humana, no momento em que a indústria afirma que a alta dos custos de produção impulsionou os preços de comercialização a um patamar acima do teto estipulado pelo governo.
A suspensão seria temporária, até o fim de 2022. A decisão foi aprovada em reunião do conselho de ministros da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) na última segunda-feira (9).
O governo ainda deve divulgar a lista de medicamentos que ficarão temporariamente livres do valor máximo de tabela. Neste momento, pelo menos a dipirona injetável e a imunoglobulina humana devem ficar sem este controle.
A decisão foi patrocinada por técnicos do Ministério da Economia, sob o argumento de que as empresas fornecedoras não conseguem comercializar produtos com registro no Brasil por causa do preço teto, que estaria desatualizado.
O diagnóstico feito no governo é de que alguns produtos sofreram forte variação no custo de produção por causa das crises causadas pela pandemia da Covid-19 e pela guerra na Ucrânia.
Com a mudança aprovada, o governo pode autorizar que até o fim do ano medicamentos em falta no mercado entrem na lista de produtos sem controle de preços.
A autorização em si não suspende automaticamente o controle sobre os produtos. O CTE (Comitê Técnico Executivo) da CMED realizará as avaliações e, ao identificar risco de desabastecimento de uma substância, poderá retirá-la do tabelamento temporariamente.
A ideia é avaliar periodicamente se novos remédios devem entrar ou sair deste rol e se há abuso das empresas com o novo formato.
O governo deve ainda cobrar das farmacêuticas e distribuidoras relatórios de comercialização, além das justificativas para declarar que o produto está em falta.
O Ministério da Saúde tem recebido alertas de baixo estoque de dipirona injetável em municípios e unidades hospitalares, como mostrou a Folha. O medicamento é indicado como analgésico e antitérmico.
Já a imunoglobulina, fármaco feito à base de sangue, tem sido comprada pela Saúde de forma excepcional, com marcas não registradas pela Anvisa. O produto é utilizado no tratamento de diversas doenças, entre elas o HIV e imunodeficiências.
Desde 2018 o governo acumula compras frustradas e disputas na Justiça e no TCU (Tribunal de Contas da União) por causa deste medicamento.
Em nota técnica de abril deste ano, usada na discussão sobre o preço do medicamento, a Saúde afirma que o Brasil atravessa uma situação de escassez generalizada [da imunoglobulina] inclusive no setor privado.
Newsletter Brasília hoje Receba no seu email o que de mais importante acontece na capital federal; exclusiva para assinantes. * O governo ainda esperava receber em março o primeiro lote deste produto da Hemobrás, estatal criada em 2004 para gerir a fabricação de produtos à base de sangue. Segundo a nota técnica da Saúde, a entrega está atrasada.
Feito com o sangue de doações colhidas no Brasil, o produto da Hemobrás é fracionado na Europa.
Nesse cenário, frisa-se que o momento é delicado e que o Ministério da Saúde tem lançado mão das alternativas legais, mesmo assim, suas competências não alcançam a resolução de um problema tão grave e que vai além do mercado nacional, diz a nota técnica.
Advogada e coordenadora do programa de Saúde do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Ana Carolina Navarrete afirma que liberar preços não resolve o problema do desabastecimento.
Não há sentido em apagar incêndio com medidas pontuais. O que deveria ser feito é uma discussão madura para modernizar a regulação dos preços, disse Navarrete. Ela defende mais transparência nos valores de produção e desenvolvimento dos produtos na análise do valor de tabela dos remédios.
De forma geral, a CMED define preços máximos de medicamentos e anualmente fixa percentuais de reajustes, definidos a partir da inflação e produtividade da indústria, entre outros fatores.
Há algumas exceções. Medicamentos isentos de prescrição, como antigripais, relaxantes musculares, analgésicos, entre outros produtos vendidos em farmácias, não têm controle de valor teto.
O conselho de ministros é a última instância da CMED e define diretrizes sobre o controle dos valores dos fármacos. Este colegiado é composto pelos chefes da Saúde, Economia, Justiça e da Casa Civil.
Além da medida emergencial, o colegiado tem discutido outras propostas para alterar a forma de precificação de medicamentos. Em uma das frentes, os ministérios avaliam permitir subir ou baixar os preços máximos de medicamentos a qualquer momento, de forma excepcional, em vez de apenas aplicar reajustes anuais.
Outra ideia que ganhou força, segundo integrantes do governo, é retirar o preço teto de classes de medicamento em que há baixa concentração de mercado.
Para Navarrete, é temerário e abre precedente perigoso flexibilizar as regras sobre o controle dos valores de medicamentos.
Coloca na mão das empresas a precificação dos medicamentos e retira delas o ônus político de justificar os valores praticados, em um cenário que já há falta de transparência, disse a coordenadora do Idec.
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REVSITA COBERTURA
ANS divulga o 1º Relatório Trimestral da Ouvidoria em 2022
O levantamento é referente ao período de janeiro a março deste ano
Já está disponível para consulta, no portal da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o relatório da Ouvidoria da ANS relativo ao 1º trimestre de 2022. O estudo apresenta detalhes sobre as manifestações recebidas e sobre outras atividades desempenhadas pela equipe da Ouvidoria da ANS entre os meses de janeiro e março. A publicação foi reformulada com o intuito de atender à estrutura proposta pela Portaria nº 581/2021, da Controladoria-Geral da União (CGU) e de ampliar a transparência deste instrumento de controle social.
Clique e confira o Relatório Trimestral da Ouvidoria – janeiro a março/2022
No período analisado, 278 manifestações recepcionadas pela unidade tratavam de competências de outros órgãos ou entidades e foram enviadas a estes por meio do Fala.BR. Sobre as competências da ANS, foram recebidas 1.933 demandas, dentre as quais, 1.042 foram acolhidas pelo Disque ANS. Do total de 1.933 manifestações, 1.286 abordavam questões de competência da Ouvidoria e foram respondidas conclusivamente em prazo médio de 7 dias, enquanto as 647 que tratavam de atribuições de outras unidades da Agência tiveram resposta final enviada em até 2 dias, em média. O assunto mais abordado pelos usuários foi “Demora na resposta da demanda/processo” e o tipo de demanda mais frequente foi a “reclamação”.
Outras atividades também ganharam destaque nos três primeiros meses de 2022: reuniões semanais, elaboração do Plano de Trabalho da Ouvidoria 2022 e do Relatório de Gestão da Ouvidoria 2021, o recebimento dos formulários do REA-Ouvidorias 2022 e o desenvolvimento das campanhas de comunicação interna e externa sobre a Ouvidoria.
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O HOJE
Lei que cria bula digital e muda regras de rastreabilidade de medicamento entra em vigor
O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou o projeto de lei da Câmara dos Deputados que permite aos laboratórios farmacêuticos inserirem QR Code nas embalagens de medicamentos para acesso a uma bula digital. O formato deve facilitar a leitura e a compreensão e permitir a conversão do texto em áudio ou vídeo.
A bula impressa continua sendo exigida e não poderá ser dispensada, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) poderá definir quais medicamentos terão apenas um formato de bula.
A sanção foi publicada na edição desta quinta-feira (12/05) do Diário Oficial da União. A lei tem origem em proposta do deputado André Fufuca (PP-MA), aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Conforme a nova lei, as bulas digitais deverão ser hospedadas em links autorizados pela Anvisa, e o laboratório poderá inserir outras informações, além do conteúdo completo e atualizado, idêntico ao da bula impressa.
Controle
A nova lei também altera regras de rastreabilidade de medicamentos. O texto revoga um dispositivo que previa um Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, centralizado na Anvisa, para armazenamento das movimentações dos medicamentos.
O objetivo do sistema era acompanhar todas as etapas da cadeia de produção de medicamentos em circulação no País.
Com a nova redação, a rastreabilidade passa a ser responsabilidade dos laboratórios, que deverão possuir sistema próprio que permita a elaboração de mapa de distribuição de medicamentos, identificando os quantitativos de comercialização e distribuição para cada lote, e os destinatários das remessas.
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JORNAL OPÇÃO
Goiás já realizou 30 transplantes de órgãos e 118 de córneas neste ano
Por Ysabella Portela
Estado realiza transplantes de rins, fígado, córneas, medula óssea e músculo esquelético
A família de Wictor Fonseca Rodrigues, de apenas 20 anos, que faleceu nesta terça-feira, 10, após dois dias internado vítima de um acidente na Avenida T-9, em Goiânia, decidiu pela doação de órgãos do estudante após constatação da morte encefálica. A atitude irá beneficiar outras cinco pessoas no estado, que aguardam na fila de transplantes.
Atualmente, a fila de espera por transplantes de órgãos em Goiás conta com 1.552 pessoas. Em nível nacional, a estimativa é de 50 mil. De acordo com a gerente de transplantes da Secretaria Estadual de Saúde, Katiúscia Freitas, o maior desafio da Central Estadual de Transplantes é a recusa familiar da pessoa falecida pela decisão da doação.
A pandemia da Covid-19 gerou prejuízos em relação aos procedimentos, sendo o impacto maior em 2021. Em 2019, quando o Brasil ainda não estava com casos de Covid-19, o transplante de órgãos ou tecidos alcançou a marca de 842 em Goiás. Já em 2020, o total ficou em 571, representando uma queda de 32%. Em 2021, com uma pequena recuperação, tem-se 642 transplantes. No ano passado, foram realizados 120 transplantes renais, 12 hepáticos, 33 de medula e 477 de córneas. Já em 2020, foram 199 transplantes renais, 10 hepáticos, 35 de medula e 327 de córneas. O baixo número no transplantes de córneas se deu pelo fato de que essas cirurgias ficaram suspensas por seis meses por não serem consideradas de urgência.
A doação de órgãos só pode ser feita mediante a morte encefálica, que é a definição legal de morte, sendo a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro, dessa forma, após a notificação, a equipe médica e a família precisa seguir algumas etapas, sendo possível o acompanhamento de um médico de confiança da família e com a permanente fiscalização da Central de Transplantes, sob uma legislação rigorosa. “É um processo muito seguro e sério. Após a notificação, é realizado exames para constatar a morte encefálica. Depois disso, o pessoal da doação de órgãos entra junto com a equipe médica para fazer uma abordagem dessa família, sabendo, claro, o melhor momento para falar, visto que é uma situação triste”, afirma Katiúscia.
A gerente conta que a recusa familiar chegou em 62% dos casos em 2021 e um dos principais motivos para a negativa é a desinformação. “As pessoas desconhecem o processo e isso foi impactado pela pandemia, com a redução de palestras sobre o assunto e treinamentos presenciais para as equipes hospitalares”. A gerente conta que o trabalho de capacitação multidisciplinar está voltando agora e é feita uma preparação para todas as etapas necessárias, como o acolhimento da família, como pode ser explicada a morte encefálica – já que é algo complexo – e também uma sensibilização para a comunidade acadêmica e à população em geral para que se tirem dúvidas em relação a doação.
A enfermeira destaca que a doação só pode ser efetivada mediante autorização da família. “Não importa se a pessoa possui documentos que conste a informação ou até mesmo tatuagem no corpo sobre a decisão. Se a família não autoriza, não podemos doar os órgãos”, afirma. Katiúscia acrescenta que por isso é necessário a conversa desse tema em casa. “A pessoa precisa manifestar essa vontade em vida, para que a família esteja ciente e disposta a fazer a doação”.
Katiúscia destaca ainda que o processo de doação é sigiloso. “A família doadora não pode saber quem será o receptor. Podemos dizer só para qual localização vai o órgão”. Mesmo que os transplantes sejam feitos pela rede particular de saúde, todos os transplantados precisam seguir a fila do Sistema Único de Saúde (SUS).
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Laboratório que guardava amostras humanas em potes de doces já recebeu mais de R$ 3 milhões do Governo de Tocantins
Por Marcos Aurélio Silva
Operação batizada de Nablus encontrou centenas de amostras espalhadas nos cômodos da casa que funcionava como laboratório
Mais um escândalo no Governo de Tocantins ganha projeções nacionais. Na última na quarta-feira, 09, a Operação batizada de Nablus, deflagrada pela Polícia Civil (PC), teve como alvo a empresa Sicar Laboratórios, que possuía contrato de prestação de serviços com o governo do Estado. A ação policial surpreendeu, pois, foi constato as condições precárias e insalubres do laboratório, que segundo as investigações, reaproveitava materiais de exames.
As imagens divulgadas pela PC feitas nos fundos do laboratório mostram que membros humanos eram armazenados de forma improvisada, como em potes de doces e manteiga. Segundo relatos da polícia, alguns potes com os órgãos foram encontrados no chão e ao lado de um bebedouro e talheres usados pelos funcionários. Coletas biológicas e até órgãos, como úteros, eram guardados em latas de achocolatado, manteiga e de doces. Além da situação insalubre, investigações apontam que lâminas e outros materiais utilizados nas análises eram usados mais de uma vez, e não descartados imediatamente.
Durante a operação, três pessoas foram presas em flagrante pelos crimes contra a saúde pública dentre outros. Conforme o Portal da Transparência, o valor de R$ 3 milhões foram repassados do Estado para a empresa, referente a pagamentos por serviços prestados ao governo entre os anos de 2017 e 2020.
Conforme divulgado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) o Conselho Regional de Medicina (CRM) informou que o laboratório não tem regularidade no CRM, o Conselho também fez a interdição ética do local e nenhum médico poderá atuar no local. A Vigilância Sanitária Municipal de Palmas também interditou o local que não possui licença municipal e estadual.
Após a operação policial o governo do Tocantins cancelou o contrato com a empresa Sicar Laboratórios. A rescisão com a empresa foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira, 11.
O que diz a Secretaria de Saúde do TO
O Governo do Tocantins publicou no Diário Oficial do Estado (DOE), desta quarta-feira, 11, Termo de Rescisão Contratual com a empresa Sicar Laboratórios Eirele. A decisão unilateral baseia-se nos Artigos 78 e 79 da Lei n° 8.666/93, após constatação de que a contratada não prestava os serviços previstos no contrato firmado entre as partes.
A empresa foi contratada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), via processo licitatório, seguindo a legislação vigente, para análises de exames de anatomia patológica e imunohistoquímica destinados às unidades hospitalares geridas pelo Executivo Estadual.
“A Gestão Estadual não compactua com ações prejudiciais à população ou que cause dano ao erário público, por isso, mediante tudo que acompanhamos nesta quarta-feira, tomamos esta medida” afirmou o titular da SES-TO, Afonso Piva.
O gestor destacou ainda, que “nossas equipes farão um trabalho minuncioso para um levantamento preciso dos pacientes que aguardam resultados de exames e as amostras encontradas na operação policial serão avaliadas quanto ao seu aproveitamento, para que outra empresa faça as análises o mais rápido possível. A determinação do Governador Wanderlei Barbosa é que nenhum paciente seja prejudicado”.
O contrato com a empresa Sicar já havia sendo acompanhado e monitorado por fiscais que identificaram inconformidades e atrasos nos serviços prestados. Tal fiscalização corroborou para denúncia na Vigilância Sanitária Municipal já realizada pelo Estado, em fevereiro deste ano.
O Termo de Rescisão, publicado pontua que os resquícios financeiros do contrato serão avaliados em tempo oportuno. “Vamos avaliar a questão financeira, mas de antemão destacamos que os pagamentos à empresa foram feitos mediantes a comprovação da prestação do serviço que era feita com a emissão dos laudos. Em 2022 todos os repasses que deveriam ser realizados à Sicar, foram feitos, por determinação judicial, diretamente à Justiça do Trabalho”, finalizou Afonso Piva.
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Assessoria de Comunicação