Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 25/11/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUE

Unimed foca na atenção primária

Covid-19: Goiás registra 1997 novos casos em 24 horas

No Cade, rivais contestam fusão de Rede D’Or e SulAmérica

Deputados buscam destravar piso da enfermagem e recorrem à equipe de transição

Quantidade de água ideal para manter corpo hidratado não é universal

ISTOÉ

Unimed foca na atenção primária

A Seguros Unimed vai intensificar seus investimentos em ferramentas digitais para difundir o atendimento primário. Com a plataforma Cuidar Mais, a empresa quer ampliar os serviços de Atenção Primária à Saúde (APS), com a finalidade de promover o cuidado integral, preventivo e acessível, segundo Rodrigo Aguiar, superintendente da Unimed.

Pelo app, o beneficiário terá acesso a equipes multidisciplinares, médico de família, enfermeiro e profissionais de saúde que atuam na coordenação do cuidado básico.

A plataforma digital indicará clínicas e prontos-socorros mais próximos. “O médico tem acesso às informações do paciente, direciona para um especialista ou consegue medicá-lo com base nas informações obtidas na consulta e no histórico de atendimentos.”

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O GLOBO

No Cade, rivais contestam fusão de Rede D’Or e SulAmérica

Para concorrentes, grupo hospitalar se torna operador de plano de saúde e pode direcionar pacientes para seus negócios

A compra da SulAmérica, maior seguradora independente do Brasil, pela Rede D’Or – principal cadeia integrada de cuidados em saúde do país – está mobilizando seus concorrentes junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que regula a competição entre as empresas no país. Grandes expoentes do setor, como os grupos hospitalares Sírio-Libanês e AC Camargo, e a Bradesco Saúde, compõem uma longa lista de empresas do setor que tentam barrar a fusão.

Dona de 69 hospitais e presente em 11 estados, a Rede D’Or informou ontem, em comunicado ao mercado, que

outras empresas do setor de saúde entraram com recurso no Cade contra a decisão da superintendência do órgão, que aprovou sem ressalvas, no último dia 7, a compra da SulAmérica pelo grupo.

VERTICALIZAÇÃO REVERSA

O recurso é movido por um grupo chamado tecnicamente de “terceiros habilitados”, ou seja, que estão aptos a contestar a operação. Como mostrou o colunista do GLOBO Lauro Jardim, o pedido de reavaliação do negócio foi feito pelos hospitais e grupos de saúde Sírio-Libanês, Albert Einstein, Mater Dei, AC Camargo, Oswaldo Cruz, Supermed, Benevix, Beneficência Portuguesa (SP) eHospital do Coração (SP).

O Bradesco e a Beneficência

Nas duas pontas. Dependências do Glória D’0r, na Zona Sul do Rio: com aquisição da SulAmérica. a maior rede hospitalar do país entra na gestão de planos

Portuguesa de Pernambuco tentaram, mas não se habilitaram dentro do prazo para contestar a operação. No recurso protocolado na quarta-feira, o Bradesco aponta fragilidades na análise feita pelo órgão e pede um aprofundamento do estudo econométrico e do impacto dessa operação no mercado de saúde privada.

O Bradesco chama atenção para uma verticalização reversa implementada pela fusão, já que a Rede D’Or passa a ser dona de uma operadora de plano de saúde. O recurso aponta que isso levará ao incentivo de direcionamento de pacientes da SulAmérica para a rede.

Ainda segundo o Bradesco, a análise do Cade não considerou “que a operação representará importante mudança de paradigma na dinâmica competitiva no setor de saúde, de modo que a verticalização passará a ser variável competitiva relevante nos mercados de hospitais e operadoras.”

NADA DEFINIDO

De acordo com um ex-executivo do Cade, a indicação de aprovação sem restrição da superintendência do órgão não representa uma decisão final. O colegiado do Cade pode acatar a decisão da superintendência, mas não está descarta-

do que, diante dos recursos, recomende restrições ou até venha a reprovar a fusão.

Em fevereiro, a Rede D’Or fechou a compra da SulAmérica Seguros, que tem 4,85 milhões de usuários entre planos de saúde médico-hospitalar e odontológico. A operação foi autorizada pelo secretário-geral do Cade, Alexandre Barreto, no início de novembro.

Procurado, o Grupo Bradesco não quis comentar as movimentações em curso no setor apontadas no recurso. A SulAmérica não quis se pronunciar, uma vez que o caso ainda está tramitando nos órgãos reguladores competentes.

A Rede D’Or também afirmou que não comenta processo em andamento. Em comunicado enviado ao mercado, afirmou que “manterá seus acionistas e o mercado informados sobre as etapas relevantes relacionadas à consumação da operação, inclusive no que diz respeito às decisões finais eventualmente proferidas pelas autoridades governamentais competentes, na forma da lei e da regulamentação da CVM”, referindo-se ao órgão regulador do mercado de capitais. As ações da Rede D’Or terminaram o dia com alta de 6,92% no Ibovespa, principal índice da B3.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 1997 novos casos em 24 horas

Estado soma 27.607 óbitos pela doença 

Goiás registrou 1997 novos casos de covid-19 em 24 horas segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) desta quinta-feira (24/11). Com as atualizações, Goiás já soma 1.741.998 infecções pelo novo coronavírus e 27.607 óbitos desde o início da pandemia.
 
Conforme consta no boletim, outras 70 mortes são investigadas para saber se há alguma relação com a doença. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 1,59%.

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CNN BRASIL

Deputados buscam destravar piso da enfermagem e recorrem à equipe de transição

Deputados federais ligados à área da saúde buscam uma saída para destravar o piso salarial da enfermagem e já chegaram a recorrer à equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tentativa de garantir recursos para o pagamento do mínimo nacional.

Embora tenha sido aprovado pelo Congresso Nacional, o piso salarial da enfermagem não foi posto em prática. O Parlamento fixou o piso em R$ 4.750 para os enfermeiros, nos setores público e privado. O valor ainda serve de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%).

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a aplicação do piso em setembro até que sejam analisados dados detalhados dos estados, municípios, órgãos do governo federal, conselhos e entidades da área da saúde sobre o impacto financeiro para os atendimentos, o impacto nos serviços de saúde e os riscos de demissões diante de sua implementação.

A deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC) e outros representantes da enfermagem chegaram a se reunir com assessores do ministro do STF Luís Roberto Barroso – foi ele quem tomou a decisão de suspender o piso de forma monocrática, inicialmente -, no começo do mês, para que a decisão da Corte seja revogada. Mas, não houve uma resolução desde então. As respostas recebidas por parte de entidades impactadas ainda estão sendo analisadas pelo Supremo, segundo ela.

Coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Enfermagem, o deputado federal Célio Studart (PSD-CE) pediu ajuda aos integrantes do setor de saúde da equipe de transição para destravar o pagamento do piso da enfermagem, mesmo que de forma temporária, somente em 2023.

Os responsáveis pela área da saúde na transição defendem uma recomposição no orçamento do Ministério da Saúde no valor de R$ 22 bilhões. Contudo, há dúvidas se os recursos para o pagamento do piso no setor público estão contemplados.

Políticos a par do assunto, tanto da Câmara, quanto da transição, afirmaram à reportagem que o caso está posto. Contudo, ainda não houve parecer ou definição sobre futura fonte de custeio permanente.

Enquanto isso, em outra frente, os deputados tentam uma nova solução dentro do próprio Congresso Nacional. A mais recente tentativa é aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garanta parte dos recursos para o piso, apresentada no dia 8 deste mês.

O texto do deputado Mauro Benevides (PDT-CE), em conjunto com outros parlamentares, permite que o superávit financeiro dos fundos públicos do Poder Executivo possa ser usado entre 2023 a 2025 para o pagamento da complementação federal do piso, entre outros pontos.

A comissão especial que analisará a PEC foi criada nesta última quarta (23), após conversas com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Na prática, a proposta do piso foi juntada com outra PEC apresentada ainda em 2014, mas que pouco andou, para que tenha a tramitação agilizada. Esse outro texto busca possibilitar a ampliação de limite de despesas com pessoal ativo nas áreas da saúde e da educação.

Dessa forma, com a carona, a PEC pro piso não precisará mais passar pela análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), porque o outro texto já foi aprovado no colegiado. A estimativa é que só na CCJ seria preciso, no mínimo, sete dias para a sua aprovação.

“Vamos ter que cumprir o prazo de 10 sessões e, posteriormente, lá pelos dias 6, 7 ou 8 de dezembro, poderemos votar definitivamente a PEC 27, portanto, definindo a fonte de recurso e eliminando a liminar dada pelo Supremo Tribunal Federal, que não viu nenhuma inconstitucionalidade, mas barrou o pagamento do piso porque não havia fonte de recurso”, declarou Mauro Benevides em plenário.

“Poderemos definitivamente, ainda neste ano, aprovar a proposta que definirá a fonte de recurso para pagamento do piso da enfermagem em todo o território brasileiro”, acrescentou.

Após ser aprovada pela Câmara, a proposta precisa passar pelo crivo do Senado – CCJ e plenário. A deputada Carmen Zanotto já está em contato com senadores e o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tentar agilizar a tramitação do texto.

Mesmo que essa PEC seja aprovada pelo Congresso, o entendimento é que atende a apenas parte dos profissionais de enfermagem. Portanto, a questão ainda não estaria totalmente resolvida.

“A outra parte, que são os trabalhadores da enfermagem em serviços privados, depende de outros projetos de lei, como é o caso da desoneração da folha [de pagamento do setor de saúde]. Isso é fundamental, porque a enfermagem merece muito mais do que os aplausos, que sempre são bem-vindos. O reconhecimento, através de uma remuneração um pouco mais digna, é fundamental e importante”, afirmou Carmen Zanotto, também em plenário.

Além da desoneração da folha de pagamento, que sofre resistências, são discutidas as possibilidades de que arrecadações com jogos de azar e royalties do petróleo sejam usadas para bancar os novos salários mínimos para as categorias da enfermagem. Contudo, essas duas alternativas também contam com fortes objeções dentro do Parlamento.

Antes da PEC, o Congresso tocou dois projetos que permitem a transferência e reprogramação de saldos financeiros represados em fundos de saúde e de assistência social. Assim, em tese, seriam abertos espaços nos orçamentos de estados e municípios para que pagassem o piso.

Um problema é que os dois projetos se apoiavam em fontes de recursos semelhantes, o que ocasionou dúvidas jurídicas e orçamentárias. Deputados envolvidos no caso avaliam que seria preciso ajustá-los. Agora, dar um passo para trás e investir na PEC pode parecer uma solução mais fácil, ainda que não tão simples.

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CORREIO BRAZILIENSE

Quantidade de água ideal para manter corpo hidratado não é universal

Oito copos de água por dia. Quem nunca ouviu dizer que essa é a quantidade ideal para se manter hidratado? O problema é que, por trás da recomendação, não existe qualquer suporte científico. É o que sustenta um estudo publicado na revista Science, realizado com dados de mais de 5,6 mil pessoas. De acordo com os pesquisadores norte-americanos, asiáticos e europeus, o volume necessário para a execução das funções corporais é individual e depende do metabolismo de cada pessoa.

Os resultados foram coletados em 26 países (o Brasil ficou de fora), e o estudo abrange dados de bebês de apenas 8 dias a de idosos com 96 anos. A média diária de ingestão de água variou bastante: de 1 litro a 6 litros, sendo que, em alguns casos, os cientistas registraram até 10 litros de consumo por dia. “Não existe uma média. Muitas coisas estão relacionadas às diferenças na ingestão e na eliminação de água do organismo”, conta um dos autores do estudo, Dale Schoeller, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos.

O professor de ciências nutricionais estuda a relação da água com o metabolismo há décadas. “Esse trabalho é o melhor que fizemos, até agora, para medir quanta água as pessoas realmente consomem diariamente e os principais fatores que impulsionam a rotatividade de água para dentro e fora do corpo”, destaca Schoeller. De acordo com ele, estudos anteriores foram, em grande parte, elaborados com base no autorrelato dos participantes ou na observação de um número muito pequeno de voluntários, não sendo representativos da maioria das pessoas.

Agora, os pesquisadores mediram objetivamente o tempo que a água levou para se mover pelo organismo dos participantes. Os voluntários tomaram uma quantidade determinada da chamada “água rotulada”, que contém isótopos de hidrogênio e oxigênio rastreáveis. Isótopos são átomos de um único elemento que têm pesos atômicos ligeiramente diferentes, fazendo com que os cientistas consigam distingui-los em uma amostra.

“Se você medir a taxa com que uma pessoa está eliminando esses isótopos estáveis por meio da urina ao longo de uma semana, o isótopo de hidrogênio pode dizer quanta água eles estão substituindo. Já a eliminação do isótopo de oxigênio pode nos dizer quantas calorias eles estão queimando”, explica Schoeller. O pesquisador conta que seu laboratório na universidade norte-americana foi o primeiro a usar água rotulada no estudo do metabolismo humano.

Troca hídrica

No total, mais de 90 pesquisadores participaram do estudo, liderado por Yosuke Yamada, que fez pós-doutorado no laboratório de Schoeller e, hoje, chefia o Instituto Nacional de Inovação Biomédica, Saúde e Nutrição no Japão. John Speakman, professor de zoologia da Universidade de Aberdeen, na Escócia, coliderou o estudo. Os pesquisadores coletaram e analisaram os dados dos participantes comparando fatores ambientais – como temperatura, umidade e altitude das cidades onde viviam os voluntários – com volume de água medido, gasto de energia, massa corporal, sexo, idade e grau de atividade física.

Nos homens, o volume de renovação da água corporal atingiu o pico na faixa etária dos 20 anos, enquanto as mulheres mantiveram um platô dos 20 aos 55 anos. Os recém-nascidos foram os que apresentaram o maior índice de troca hídrica, repondo 28% da água de seu organismo diariamente. De acordo com o estudo, o nível de atividade física e o preparo físico dos participantes foram os itens que mais influenciaram as diferenças na renovação, seguido por sexo, índice de desenvolvimento humano do país (que mede o status socioeonômico) e idade.

Em média, homens e mulheres com perfis semelhantes diferem em cerca de meio litro de água no organismo. Um homem não atleta, mas que pratica atividade física moderada, de 20 anos, pesa 70 kg, vive ao nível do mar em um país bem desenvolvido, em um ar médio temperatura de 10ºC e uma umidade relativa de 50% absorveria e perderia cerca de 3,2 litros de água todos os dias. Uma mulher da mesma idade e nível de atividade, pesando 60 kg e morando no mesmo local consumiria 2,7 litros, exemplificam os autores.

Dobrar a energia utilizada pelo organismo aumenta o volume diário de água em cerca de 1 litro. Cinquenta quilos a mais de peso corporal adicionam 0,7 litro por dia. Um aumento de 50% na umidade eleva o consumo em 0,3 litro. Além disso, atletas usam cerca de 1 litro a mais do que os não atletas.

Aspectos sociais

Ao todo, quanto menor o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país de origem, mais água a pessoa gasta em um dia. “Essas pessoas em países com IDH baixo têm maior probabilidade de viver em áreas com temperaturas médias mais altas, são mais propensas a realizarem trabalho braçal e menos a ficarem dentro de um edifício climatizado durante o dia”, justifica Schoeller. “Isso, além do menor acesso a um gole de água potável sempre que precisar, aumenta a rotatividade de água.”

Segundo o coautor, as medições feitas no estudo poderão melhorar a capacidade de prever necessidades futuras de água, especialmente em circunstâncias de calamidade pela escassez do líquido. “Quanto melhor entendermos o quanto as pessoas precisam, mais preparados estaremos para responder a uma emergência. Determinar quanta água os humanos consomem é de importância crescente por causa do crescimento populacional e das crescentes mudanças climáticas”, disse, em nota, Yamada. “Como a renovação da água está relacionada a outros indicadores importantes de saúde, como atividade física e percentual de gordura corporal, ela tem potencial como biomarcador para a saúde metabólica”, completa.

De acordo com Tamara Hew-Butler, cientista do esporte na Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos, a hiper-hidratação pode ser tão perigosa quanto a desidratação. Autora de várias pesquisas sobre água e metabolismo corporal, ela concorda que os oito copos por dia não são um parâmetro científico. “Não se sabe bem de onde saiu isso. Talvez, sejam interpretações erradas de diretrizes de saúde”, cogita. “Se você está com sede, você precisa tomar água. Mas se não estiver, não precisa. O cérebro tem sensores que identificam a necessidade de reposição hídrica. Dizer que todo mundo precisa de oito copos por dia para ser saudável é como dizer que todo mundo precisa ingerir uma dieta de 2 mil calorias”, afirma.

Segundo Hew-Butler, o líquido perdido diariamente precisa ser reposto, mas não necessariamente com copos de água. “Quase tudo que você bebe ou come contém água, o que compensa essa perda diária. Café, chá, sopa, frutas, legumes – tudo isso conta”, afirma.

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Assessoria de Comunicação