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DESTAQUE
Protestos contra Covid zero criam rara coalizão de interesses
Meditação e música ajudaram profissionais da saúde a enfrentar estresse
Cantor Naldo Benny expõe princípio de necrose no nariz após cirurgia plástica
Governo do Tocantins emite Nota Técnica para municípios ampliarem a testagem para covid-19
Idosos e pessoas com câncer devem redobrar cuidados com o coronavírus
Unimed Manaus, endividada e falida, vai sumir do mercado
Pesquisa brasileira atesta eficácia da cirurgia metabólica
FOLHA DE S.PAULO
Protestos contra Covid zero criam rara coalizão de interesses
Yuan Yang
Todos os dias, em algum lugar da China, há um protesto local acontecendo. Centenas de greves ocorrem no país todos os anos, envolvendo desde funcionários se manifestando por não receberem seus salários a profissionais que trabalham sem vínculos empregatícios reivindicando honorários mais altos.
O que impede esses atos de chegar ao conhecimento popular mais amplo é que quase sempre se limitam ao nível local e envolvem uma só reivindicação. Podem ser resolvidos rapidamente e esquecidos.
Os protestos vistos na China nos últimos dias contra os lockdowns da política de Covid zero são o oposto disso. Têm alcance nacional, envolvem pessoas de todos o s setores da po
pulação e consolidam a insatisfação popular em relação a questões múltiplas, de uma maneira que não havia sido vista desde os protestos da praça da Paz Celestial, em 1989.
Trabalhadores migrantes que na maior fábrica de montagem de iPhones do mundo, na cidade central de Zhengzhou, reivindicam abonos que lhes são devidos e não foram pagos e se manifestam contra as condições pavorosas de saúde e trabalho na fã breia isolada pelo lockdown.
Residentes de Urumqi, a capital de Xinjiang, no noroeste do país, se queixam do tratamento dado pelo regime a um incêndio num arranha céu. Pelo menos dez pessoas morreram no incidente, e moradores alegam que elas não puderam deixar o edifício devido ao lockdown, que já dura mais de três meses.
Uigures no exterior destacam que a severidade da quarentena em Xinjiang, onde algumas pessoas têm morrido de inanição dentro de casa, é mais uma consequência da política repressora em relação à minoria muçulmana.
Mas os atos em Urumqi estavam cheios de chineses da maioria étnica han, que também sofrem com o isolamento forçado. Estudantes em todo o país e no mundo têm organizado vigílias e manifestações. No fim de semana, manifestantes em Xangai gritaram “Renuncie, Xi Jinping!”. É um grito extraordinário, na medida em que rompe com as nor[ ]
Os protestos vistos na China nos últimos dias têm alcance nacional, e envolvem pessoas de todos os setores, de uma maneira que não havia sido vista desde os protestos da praça da Paz Celestial, em 1989 mas de praxe que manifestantes chineses obedecem para a própria segurança: fazer reivindicações isoladas e criticar líderes locais, não centrais.
A geração de estudantes pós-1989 nunca antes testemunhou esse nível de falhas do governo somadas à fúria popular. Pouco mais de um mês atrás, antes de Xi ser coroado líder partidário por um inédito terceiro mandato, uma faixa com slogans regime pendurada de uma ponte em Pequim foio bastante para desencadear uma tempestade nas redes sociais pelas poucas horas em que ficou exposta.
Agora, há vídeos de insatisfação popular em todo lugar. Estão se disseminando tão rapidamente que a censura não consegue tirá -los do ar.
Dois anos atrás, quando cepas menos contagiosas mas mais letais do coronavírus estavam se espalhando, a Covid zero conseguiu preservar a liberdade da maioria da população à custa do bloqueio forçado de cidades como Wuhan. Agora o país está muito mais unido em seu sofrimento.
A China ainda não tem alternativa fácil à política de Covid zero. Em Urumqi, o governo local fez uma concessão incomum, anunciando ter alcançado a meta de Covid zero e dizendo que vai suspender o lockdown por etapas. Mas o governo nacional não querser visto fazendo concessões, para que a população não chegue à conclusão de que protestos em massa surtem efeito.
Pequim pode ficar firme e esperar que os protestos acabem. Mas o tempo não está a seu favor em todos os outros quesitos. O sistema de saúde está vergando sob a pressão de ter que realizar testes em milhões de pessoas todos os dias. Com a economia estagnada, os meios de subsistência das pessoas estão se esvaindo. Mas a suspensão das restrições pode levar a mais de 1 milhão de mortes por Covid, devido ao baixo índice de vacinação de idosos.
O partido precisa de uma solução que passe uma impressão positiva. Uma campanha nacional de vacinação, incluindo até mesmo as vacinas de mRNA estrangeiras, permitiria a Xi declarar uma vitória contra a Covid. Seria um gesto em grande medida destituído de sentido, mas possibilitaria à China sair do impasse.
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Meditação e música ajudaram profissionais da saúde a enfrentar estresse
Pesquisa realizada no hospital de campanha do Anhembi avaliou impacto de técnicas de relaxamento no dia a dia dos trabalhadores
Sílvia Haidar
Durante um dos períodos mais críticos da pandemia da Covid-19, professores da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) realizaram um estudo para avaliar o impacto de técnicas de relaxamento nos profissionais que trabalhavam no Hospital de Campanha do Anhembi, na zona norte de São Paulo.
A pesquisa “Um programa de gerenciamento de estresse em um hospital de campanha Covid-19: um teste de prova de conceito” foi coordenada por Marcelo Bruno Generoso, pro fessor do Departamento de Saúde Mental da FCMSCSP, que atua como psiquiatra na Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP). Fizeram parte Pedro Shiozawa, professor da FCMSCSP e Ricardo Riyoiti Uchida, chefe do Departamento de Saúde Mental da faculdade.
O programa incluiu sessões de meditação, grupos de escuta e dinâmicas de música com jazz e blues. As atividades foram conduzidas por médicos residentes de psiquiatria. As quatro estratégias escolhidas foram selecionadas com base em evidência científica de programas de redução de estresse em ambientes de trabalho.
No total, participaram 441 voluntários- entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem e outros trabalhadores envolvidos no cuidado com os pacientes do hospital de campanha- , no período de 11 de abril e 8 de setembro de 2020.
As atividades foram realizadas em grupo, dentro da área de isolamento dos pacientes diagnosticados com Covid-19, sendo seguidas todas as normas de biossegurança. Para não afetar o atendimento, as intervenções foram feitas em sistema de rodízio de modo a permitir a participação dos profissionais sem que hou vesse prejuízo à assistência.
Com duração de cercade3o minutos, as sessões aconteciam quatro vezes ao dia para facilitar a aderência dos profissionais, que poderíam aderir de acordo com a demanda e possibilidades do serviço.
Foram verificados os níveis de ansiedade, motivação e estresse antes das sessões e imediatamente depois por meio de escalas visuais analógicas e escala State-Trait Anxiety Inventory (STA 1 ), de Spielberger.
Independentemente da atividade realizada, os pesquisadores detectaram efeito positivo, com redução média de 16,75% para ansiedade, redução de 27,5% para o estresse e aumento de 9,4% da motivação.
A busca por estratégias de redução de estresse pode também ser individual, ou seja, cada um perceber aquilo que lhe ajuda a se sentir melhor e a suportar adversidades
Marcelo Bruno Generoso
professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
“Não verificamos superioridade de uma atividade em relação a outra. A realização de todas as dinâmicas em formato de grupo, apoio mútuo, percepção de cuidado com a saúde mental e existência de um espaço seguro para conversar sobre sentimentos e emoções podem ter contribuído para os resultados positivos das intervenções”, ob serva Generoso.
O psiquiatra diz que, entre as atividades incluídas no programa, as práticas meditativas e grupos ue escuta e de apoio são as que têm maior grau de evidência científica em literatura, demonstrando melhora importante em sintomas depressivos e ansiosos.
Essas práticas podem, inclusive, ser feitas por profissionais de outras áreas que desejam reduzir o estresse no dia a dia. “A busca por estratégias de redução de estresse pode também ser individual, ou seja, cada um perceber aquilo que lhe ajuda a se sentir melhor e a suporta r adversidades. Para alguns pode ser a prática de atividade física e, para outros, ouvir uma música”, afirma.
O Hospital de Campanha do Anhembi realizou mais de 6.000 atendimentos e 5.000 altas, cerca de 89 mil exames entre análises clínicas, tomografias, radiologias e exames de raio-X.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Cantor Naldo Benny expõe princípio de necrose no nariz após cirurgia plástica
Na mensagem, Benny aproveitou para acalmar os fãs e informar que já iniciou o processo de tratamento
O cantor Naldo Benny compartilhou nas redes sociais estar sofrendo um princípio de necrose no nariz, após passar por procedimento de rinomodelação. Na mensagem, Benny aproveitou para acalmar os fãs e informar que já iniciou o processo de tratamento.
“Fiz um procedimento no nariz que não ficou legal. Estou tendo que ir agora rápido pegar um voo para São Paulo […] Fiquei realmente muito preocupado. Tive uma intercorrência no procedimento, que pode acontecer. Acabou acontecendo comigo, mas já estou sendo muito bem assistido”, contou, após realizar a viagem no último sábado (26/11).
Benny também compartilhou o relato da médica que cuidará do tratamento. “Ele realizou um procedimento com outro profissional e teve uma intercorrência. Uma obliteração de vasos e um princípio de necrose. É preciso utilizar técnica segura, mas não estamos aqui para julgar ninguém e sim ajudar”, explicou a médica.
Os profissionais médicos passaram a madrugada realizando o tratamento. Benny confessou que estava muito preocupado com a situação do nariz, mas finalizou o recado afirmando estar bem após o início do tratamento.
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GAZETA DO ESTADO
Governo do Tocantins emite Nota Técnica para municípios ampliarem a testagem para covid-19
A circulação de novas linhagens da Variante de Preocupação da Ômicron (VOC), com ênfase as sublinhagens BQ.1* e BA.5.3.1 no país e a necessidade de identificação da variante predominante no Tocantins, levaram a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) a emitir a Nota Técnica nº 5/2022, aos 139 municípios, com objetivo de reforçar a estratégia de testagem e confirmação de casos sintomáticos suspeitos, com ênfase do teste de RT-PCR.
A diretora de Vigilância de Doenças Transmissíveis e Não-Transmissíveis, Gisele Silva Carvalho Luz, afirma que os dados epidemiológicos da covid-19 no mundo e no Brasil indicam a necessidade do contínuo monitoramento epidemiológico do SARS-CoV-2 e suas variantes. “No Estado do Tocantins ainda não foram identificadas novas sublinhagens de VOC nas amostras sequenciadas, o que não descarta a possibilidade da introdução e circulação de novas variantes, por isso é importante a testagem e envio das amostras ao Lacen [Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins], visando a identificação da presença do gene do vírus SARS-CoV-2, bem como a oportunidade da realização do sequenciamento genético, ou seja, a Vigilância Genômica para SARS-CoV-2 ”.
Segundo a diretora do Lacen-TO, Jucimária Dantas, a estratégia de testagem adotada e incentivada em todo o país é a realização do teste molecular, RT-qPCR, recomendado como padrão-ouro no diagnóstico da Covid-19. “Reiteramos a todos os serviços de saúde, para fins de diagnóstico laboratorial, que há a necessidade do encaminhamento das amostras de casos suspeitos para o Lacen, seguindo o protocolo de coleta, acondicionamento e transporte das amostras, já estabelecido e amplamente divulgado. Necessitamos das amostras para fazer o sequenciamento genômico no Estado”, reforçou.
Para os municípios foram orientados coletas de RT-qPCR, conforme as recomendações para os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) hospitalizados, uma parcela dos casos suspeitos de covid-19, leves ou moderados do município, mesmo havendo disponibilidade de teste rápido e coleta de amostras de casos positivos para a doença, identificados por teste rápido. As amostras podem ser enviadas para as unidades do laboratório em Palmas e Araguaína.
Para a população e os profissionais de saúde a SES-TO, reforçar as medidas de proteção como: a higienização frequente das mãos com álcool 70% ou água e sabão; uso de máscaras de proteção facial, principalmente por indivíduos com fatores de risco para complicações da covid-19 – em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades; pessoas que tiveram contato com casos confirmados de covid-19; pessoas em situações de maior risco de contaminação pela covid-19 como locais fechados e mal ventilados, locais com aglomeração e serviços de saúde; isolamento de casos suspeitos e confirmados para covid19.
No Tocantins ainda não foram identificadas novas sublinhagens de VOC nas amostras sequenciadas, o que não descarta a possibilidade da introdução e circulação de novas variantes
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REVISTA EKLÉTICA
Idosos e pessoas com câncer devem redobrar cuidados com o coronavírus
Familiares e cuidadores precisam estar atentos aos riscos de contágio da Covid-19 e ajudar nas medidas de prevenção
Desde que o coronavírus foi classificado como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que no Brasil começaram as restrições para evitar aglomerações, a preocupação com idosos e doentes crônicos aumentou, pois eles fazem parte dos chamados grupos de risco.
O próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, alertou: o momento é para ficar em casa e evitar que o vírus circule.
A advertência tem sua razão de ser: “Os idosos são mais vulneráveis a doenças infectocontagiosas. Pulmões e mucosas se tornam frágeis com a idade e vulneráveis a doenças virais”, explica a radio-oncologista Anne Karina Kiister Leon, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).
A médica alerta que a participação da família é fundamental no sentido de dar suporte afetivo e orientar para que os idosos não se exponham a ambientes fechados e a aglomerações, mantendo distância de um metro em relação a outra pessoa para evitar contaminação.
Os cuidados com a higiene são imprescindíveis, como lavar as mãos com água e sabão com frequência e usar o álcool gel. Ao tossir ou espirrar, deve-se cobrir a boca. Parentes e cuidadores precisam estar vigilantes com relação à limpeza das próprias mãos e roupas antes de entrar em contato com os mais velhos.
“A etiqueta social está mudando, mas isso não significa se afastar. É possível manifestar carinho mesmo sem beijos e abraços, como por exemplo se oferecer para ir ao mercado para fazer as compras para os pais ou avós. Ao visitá-los, tome um banho primeiro, lave bem as mãos e use o álcool gel”, orienta Anne Kiister.
Outro grupo de risco que também deve estar atento é o de pessoas portadoras de doenças crônicas, como o câncer.
“Pacientes oncológicos frequentemente têm uma imunidade reduzida devido à própria doença, por um estado debilitado de recuperação pós-cirúrgica ou pelo efeito imunossupressor de alguns tratamentos, como quimioterapia, cortisona, transfusões de sangue e radioterapia”, destaca a médica.
A Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) recomenda que os pacientes com câncer não interrompam seus tratamentos, que evitem contato físico, que não mantenham relação com qualquer pessoa que tenha sintomas gripais e/ou que esteja sob suspeita de ter contraído a Covid-19 e que não se aproximem de pessoas que estejam vindo do exterior, com ou sem sintomas gripais.
“Ao chegar à clínica após usar transporte público ou particular, o paciente deve lavar as mãos, usar álcool gel e comunicar à recepção qualquer sintoma como febre, coriza, tosse seca, falta de ar ou contato com alguém doente”, frisa Anne Kiister.
Sobre o IRV
Fundado em 2005, o Instituto de Radioterapia Vitória (IRV) é a única clínica privada do Espírito Santo para o tratamento de câncer por meio deste serviço. Funciona nas dependências do Vitória Apart Hospital, na Serra, com tecnologia de ponta e equipe altamente qualificada que tem como filosofia de trabalho o acolhimento dos pacientes.
O IRV possui convênio com os maiores planos de saúde do Espírito Santo, como Unimed, Samp, São Bernardo, Bradesco Saúde, MedSênior, Pasa/Vale, ArcelorMittal, Petrobras, Cassi (BB), Saúde Caixa, Banescaixa, Amil, entre outros.
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BNC AMAZONAS
Unimed Manaus, endividada e falida, vai sumir do mercado
De quase 100 mil clientes em 2018, hoje a empresa tem 9 mil e uma divida de mais de R$ 300 milhões. Mesmo assim, ainda faz propaganda em horário nobre da TV A Justiça federal no Amazonas, por decisão da juíza Jaiza Maria Fraxe, declarou que a empresa de saúde Unimed Manaus não tem mais condições de existir no mercado. Dessa forma, autoriza a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a passar a carteira de 9 mil clientes para outra operadora.
Essa foi o universo de clientes que restou dos quase 100 mil possuidores de planos de saúde da empresa que existiam em 2018.
Conforme o passo a passo descrito pela juíza nos autos de um imbróglio que se arrasta há quatro anos, a Unimed Manaus vinha em uma escalada de decadência que passou pelas mãos de dez administrações.
Sua existência até aqui, portanto, se deveu a uma liminar judicial para que resolvesse seus problemas, principalmente dívidas com fornecedores e parceiros. Contudo, tudo só se avolumou nesse período. Por exemplo, a Unimed não paga impostos nesses quatro anos.
Além disso, leva quase dois anos para pagar clínicas e consultórios parceiras no atendimento aos seus clientes.
Como resultado dessa má gestão que levou a Unimed Manaus à falência, seus serviços foram sucateados enquanto a dívida aumentava exponencialmente. Hoje, conforme a Justiça, ultrapassa R$ 300 milhões. Sem qualquer indício mínimo de que os seus gestores possam resolver os problemas.
Má-fé e abuso
Além disso, percebe-se no relato da Justiça, que esses gestores abusam da boa-fé dos seus clientes e parceiros. Se há quem aguarde até quase dois anos para receber por seus serviços, outros são pagos até antecipadamente.
Outro ato de má-fé é notado no horário nobre da TV. E aos domingos. Afundada em dívidas, a Unimed Manaus ainda se presta a fazer propaganda enganosa de serviços que não honra.
Assistência aos clientes
A magistrada em seu despacho demonstra especial preocupação que os clientes não sofram mais prejuízos nesse transição da Unimed Manaus para outra operadora.
“Dessa forma, é necessária, justa e urgente o deferimento do pleito da ré, razão pela qual revogo a liminar para que a Agencia Nacional de Saúde Suplementar possa realizar a alienação das carteiras restantes da Unimed Manaus e garantir aos usuários do plano a dignidade necessária em seus atendimentos, exames e internações”.
E arremata:
“[ ] na operação de alienação de carteira fica vedada a interrupção da prestação de assistência aos beneficiários da carteira da operadora alienante, principalmente aos que estejam em regime de internação hospitalar ou em tratamento continuado”.
Para garantia disso, as contas bancárias da empresa podem até ser bloqueadas, conforme alerta a magistrada. Basta que os gestores tentem fazer qualquer operação financeira ou contábil suspeita.
“Todos os atos administrativos estão sujeitos a controle judicial”, alerta Jaiza Fraxe, em síntese de sua determinação.
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METRÓPOLES ONLINE
Pesquisa brasileira atesta eficácia da cirurgia metabólica
Um estudo brasileiro realizado no Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, indicou que a cirurgia metabólica é uma alternativa muito eficaz no controle da diabetes em pacientes obesos e com doença renal crônica. O procedimento também é conhecido como derivação gástrica em Y de Roux.
A pesquisa foi publicada na revista científica The Lancet no dia 11/11 e revelou que houve melhores resultados na perda de peso, no controle glicêmico e na qualidade de vida das pessoas que fizeram a cirurgia, em comparação aos que usaram os melhores medicamentos para controlar a diabetes e a doença renal crônica disponíveis no mercado.
O estudo contou com a participação de 100 pacientes, que foram acompanhados por cinco anos – 50 deles foram submetidos à cirurgia metabólica no terceiro ano de análise. A outra metade teve acesso aos medicamentos mais modernos e eficazes para o tratamento clínico das condições.Para o cirurgião Ricardo Cohen, autor principal do estudo, o tratamento cirúrgico superou a terapia medicamentosa em relação à perda de peso, controle de açúcar no sangue e qualidade de vida. A intervenção resultou em um perfil de segurança semelhante ao dos tratamentos clínicos.
“Entre os pacientes tratados com medicação, 22,5% deles perderam pelo menos 15% do peso. Já naqueles que fizeram a cirurgia, o número foi de 90%”, afirma o especialista.A remissão da doença renal crônica e da diabetes nos pacientes que utilizaram a medicação foi de 52,8%. Enquanto isso, em indivíduos que fizeram a cirurgia, a porcentagem foi de 63,1%.Além disso, a diminuição de microalbuminuria nos rins (proteína que, em grande quantidade, indica insuficiência renal) foi de 59,6% em pessoas que usaram apenas os medicamentos. Já nas que fizeram a cirurgia, a melhora foi de 69,7%.
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Assessoria de Comunicação