Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 23/02/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Heja capacita profissionais do centro cirúrgico

Homem passa 43 dias na UTI por diagnóstico tardio de HIV

Demência de Bruce Willis pode atingir pessoas entre 45 e 64 anos: conheça os sintomas

Menino desenvolve doença rara de pele após usar remédio e família denuncia negligência: ‘Chorei muito por ver ele assim’, diz mãe

Mortalidade materna: uma morte a cada dois minutos

Médico da Família é opção para reduzir custos

DIÁRIO DA MANHÃ

Heja capacita profissionais do centro cirúrgico

treinamento abordou o passo a passo das principais técnicas da sondagem vesical

A coordenação do centro cirúrgico do Hospital Estadual de Jaraguá Dr. Sandino de Amorim (HEJA) e o médico membro da equipe de cirurgia geral da unidade, Dr. Tiago Gusmão, promoveram uma capacitação referente a Sondagem/Cateterismo Vesical de Demora em pacientes cirúrgicos para os profissionais assistenciais do setor.

O treinamento abordou o passo a passo das principais técnicas da sondagem vesical, alertando quanto à importância de etapas como assepsia, indicação e contraindicação, fixação da sonda vesical, lubrificação, anestesia e mensuração do comprimento a ser introduzido.

A coordenadora do centro cirúrgico, Glaucia Siqueira, destaca a importância dos profissionais da enfermagem em todas as etapas do processo de sondagem. “Faz parte das competências do enfermeiro a inserção, manutenção e manejo deste dispositivo. Assim, enfermeiro deve estar à frente dos demais profissionais da equipe, a fim de evitar a inserção de cateteres desnecessários e a manutenção destes por tempo excessivo, uma vez que a duração da cateterização é o fator de risco mais relevante para a ocorrência de infecção do trato urinário”, explicou.

A gestora reforça que a capacitação foi positiva. “Foram abordadas técnicas que sempre precisam ser relembradas pelos profissionais da saúde, que muitas vezes, na correria do dia a dia, acabam adquirindo vícios nos procedimentos, por isso é importante os treinamentos e capacitações. A sondagem é um procedimento bem delicado de ser feito. Quanto mais conhecimento e técnicas a equipe tiver, melhor a atuação do profissional, garantindo a segurança do paciente”, frisou.

O Dr. Tiago Gusmão esclareceu que a sondagem não deve ser feita de qualquer forma e que existem indicações precisas para que possam ser realizadas. Ele enfatizou a importância em promover o esvaziamento da bexiga antes dos procedimentos cirúrgicos, a monitorização do débito urinário, o preparo para as cirurgias, além de realizarem a irrigação vesical e proporcionar a continência urinária adaptada ao cateter, visando diminuir o contato da urina com lesões de pele.

“É importante identificar os tipos de sondas e as situações que elas devem ser usadas, prevenindo possíveis infecções. Além disso, é necessário reforçar sobre as regras corretas de assepsia, que são primordiais para evitar qualquer infecção e proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente”, concluiu.

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Homem passa 43 dias na UTI por diagnóstico tardio de HIV

As expectativas de sobrevivência eram mínimas, mas hoje recuperado, ele ressalta a importância dos exames e diagnóstico precoce para que a doença não mate

FERNANDO KELLER

Um homem quase morreu devido à falta de exames para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Em agosto de 2021, o consultor de informática Luís Chacon, de 56 anos, deu entrada no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), com insufuciência respiratória aguda. Como ele não conseguia sequer andar, foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Uma bateria de exames fez com que a equipe médica chegasse ao diagnóstico de pneumocistose, que é uma doença causada por um fungo e que acomete pessoas com o sistema imunológico comprometido, e que se não tratada, pode levar à morte.

A causa de um sistema imunológico tão comprometido era o HIV, doença causada pela AIDS, e que não pode ser tratada com os medicamentos de profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP), por conta do quadro de pneumocistose.

Luís passou 43 dias internado no hospital, que é gerido pelo Hospital Albert Einstein. Durante 21 dias, apresentou uma piora no quadro enquanto esteve intubado. A imunidade baixa era a porta de entrada para infecções hospitalares.

As filhas dele, que moram no México, foram chamadas para vir à Goiânia, pois as chances de sobrevivência nesse caso estavam desanimando a família e os médicos.

Um tempo depois, ele começou a apresentar uma melhora e foi extubado. Luís passou alguns dias sob obserrvação e logo recebeu alta.

Esposa fez exame duas vezes e não foi diagnosticada

Luís afirma que teria tido relacionamentos anteriores e que suspeitava ter o HIV, mas não fez o teste. A esposa Mara Almeida, de 45 anos, é enfermeira e trabalha no hospital onde ele foi internado. Ela teria conversado com o marido a respeito da possibilidade de ele portar o vírus, mas ele não foi atrás do diagnóstico.

Quando Luís foi diagnosticado, Mara prontamnte realizou o exame e, para a surpresa dela e do marido, o exame deu negativo. Após um mês ela realizou o exame novamente e, mais uma vez, o resultado negativou.

15 dias depois da alta hospitalar, Luís está de volta ao trabalho, mesmo com algumas limitações. Além disso, ele toma os medicamentos para o HIV todos os dias e faz exercícios físicos para recuperar a imunidade. “Achava que não iria nem andar mais, quem dirá malhar”, diz.

Conscientização

Com foco em cuidados com a saúde durante a comemoração do carnaval, bem como para tratar da prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, a equipe de recursos humanos do HMAP realizou uma peça de teatro no auditório para cerca de 200 colaboradores. Depois da peça, Luis e Mara deram seus depoimentos, sensibilizando a plateia.

No dia 18 de fevereiro, Luís deu um depoimento para os profissionais do HMAP e ressaltou a importância para os cuidados e prevençao durante o Carnaval. Ele tem como objetivo conscientizar as pessoas a realizarem exames e ressalta a importância do diagnóstico, antes que seja tarde.

A abertura do evento foi do diretor médico Felipe Piza, que é infectologista. “A gestão Einstein está aqui para entregar vidas mais saudáveis aos aparecidenses e temos que começar a fazer isso pelos nossos colaboradores”, afirmou.

Para humanizar cada vez mais o ambiente hospitalar, compartilhar experiências e conhecimento, bem como cuidar da segurança de pacientes e colaboradores, as equipes assistencial, multiprofissional e de recursos humanos têm promovido ações educativas e de aperfeiçoamento: cursos, palestras, apresentações culturais.

Como funciona a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP)

De acordo com o médico Murilo Calabria, intensivista e infectologista do Einstein atuando no HMAP, a PrEP é um dos métodos disponíveis para a prevenção à infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirira. “Trata-se de uma estratégia de prevenção combinada, entre outras disponíveis, não excludentes e que podem e devem ser somadas, que proteje o indivíduo antes de ter uma relação sexual de risco para o HIV. Consiste na tomada diária de um comprimido que, em linhas gerais, é capaz de bloquear os caminhos que o vírus usa para infectar o organismo.”

Ele afirma que a PrEP não exclui, por exemplo, o uso do preservativo (camisinha), que, além da prevenção ao HIV, protege contra outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A PrEP está indicada para indivíduos com risco aumentado de infecção pelo HIV, como aqueles que, por algum motivo, têm dificuldades em utilizar o preservativo, que têm quadros recorrentes de ISTs, e em situações de relacionamentos sorodivergentes. Ou seja, quando uma pessoa tem HIV e a outra não.

A PrEP está indicada, ainda, para homens gays, transexuais, trabalhadores(as) do sexo e para aqueles que, repetidas vezes, recorrem ao uso de uma prevenção considerada de urgência, utilizada após um possível risco de contágio pelo HIV, denominada Profilaxia Pós-Exposição (PEP).

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JORNAL OPÇÃO

Demência de Bruce Willis pode atingir pessoas entre 45 e 64 anos: conheça os sintomas

Edson Leite Júnior

Esposa do ator atualizou estado de saúde do marido e agradeceu mensagens de apoio

O ator Bruce Willis, que já tinha revelado há quase sua aposentadoria depois de ser diagnosticado com afasia, uma doença que compromete a fala e a escrita e deixa o paciente incapaz de se comunicar, recebeu o diagnóstico de demência frontotemporal, que também é conhecida pela sigla DFT.

Em uma publicação no Instagram desta quinta-feira, 16, a esposa de Bruce Willis, Emma Heming Willis, agradeceu todo o apoio que a família tem recebido depois que o ator revelou a doença. Foi quando atualizou o quadro de saúde de Bruce, que agora está diagnosticado com a demênia frontotemporal.

“Infelizmente, desafios com comunicação são apenas um sintoma da doença que Bruce enfrenta. Embora isto seja doloroso, é um alívio ter finalmente um diagnóstico claro”, desabafou a esposa.

A médica neurocirurgiã Ana Maria Moura, diretora de Relações Interinstitucionais da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, explica que essa o tipo de demência que Bruce Willis tem, geralmente, acomete pessoas de 45 a 65 anos e representa de 10% a 15% do total de diagnósticos de demência em todo o mundo.

“É uma doença crônica, que continua evoluindo, e há tratamento”, comentou a médica. No entanto, para a neurocirgiã, um atendimento multidisciplinar, com psicoterapia, terapia ocupacional e musicoterapia, é fundamental para esses pacientes.

O diagnóstico precoce é outro ponto importante. No entanto, como os primeiros sintomas são comportamentais e pequenos esquecimentos, as pessoas demoram a procurar tratamento e pode também confundir o diagnóstico. “Muitas vezes é entendido como ansiedade e depressão. O diagnóstico preciso é feito com exames de imagem”, disse Ana.

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PORTAL G1

Menino desenvolve doença rara de pele após usar remédio e família denuncia negligência: ‘Chorei muito por ver ele assim’, diz mãe

Segundo a família, drama começou depois que médico de uma clínica particular receitou alta dosagem de um medicamento para controlar convulsões. O profissional afirmou que “todas as condutas tomadas estão de acordo com a literatura médica sobre as doenças acometidas pelo paciente”.

Uma família de Ferraz de Vasconcelos tem vivido um drama desde que Murilo Batista dos Santos, de 9 anos, teve reação alérgica a um medicamento e desenvolveu uma doença rara na pele. A mãe Josimara Batista dos Santos diz que os sintomas começaram depois que o médico de uma clínica particular de Itaquaquecetuba prescreveu um antiepilético em dose maior do que a indicada para a idade do menino. O profissional que receitou o medicamento afirmou ao g1 que “todas as condutas tomadas estão de acordo com a literatura médica sobre as doenças acometidas pelo paciente” (veja nota completa abaixo).

A história começou em dezembro, mas o garoto ainda sofre diversas consequências. Ele foi diagnosticado com a Síndrome de Stevens-Johnson que, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é caracterizada pelo descolamento da pele e pode ser fatal (conheça detalhes abaixo). A criança chegou a ficar internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e agora precisa de especialistas para tratar sequelas nos olhos.

A revolta da família se tornou ainda maior quando descobriram que o profissional, que receitou o medicamento e assina como “neurologista”, não tem a especialidade registrada junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e, portanto, não deveria atuar na área. Agora, Josimara move um processo contra o estabelecimento de saúde e o médico, enquanto tenta retomar uma vida normal ao lado do filho.

Questionado sobre o caso, o médico Carlos Roberto Reiser enviou uma nota lembrando o artigo 74 do Código de Ética Médica. O texto diz que “é vedado ao médico revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive aos seus pais ou representantes legais”. Pontuou que “todas as condutas tomadas estão de acordo com a literatura médica sobre as doenças acometidas pelo paciente”.

O médico não respondeu sobre a atuação sem especialidade, mas disse que não autoriza a divulgação de imagens ou informações pessoais. O g1 pediu posição ao centro médico, onde o medicamento foi receitado, e a aguarda retorno.

“Ele nunca teve alergia de nada. Nunca teve nada parecido. Sempre foi muito saudável. A pele está voltando ao normal, mas ele ainda fica um pouco nervoso, porque não pode ir pra escola ainda”, desabafa a mãe.

Dificuldade para conseguir atendimento

A mãe relata que Murilo iniciou um tratamento para epilepsia no Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, no segundo semestre de 2022. Depois de dois meses sem crises, ele voltou a convulsionar no início de dezembro. Josimara relata que decidiu ligar na unidade para pedir um encaixe com o médico que o acompanhava.

Embora o hospital seja de referência e só atenda pacientes que chegam por meio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou transferidos, ela afirma que sempre conseguiu marcar consultas de urgência, porque o garoto é paciente do setor de neurologia. Apesar disso, não conseguiu atendimento.

A alternativa foi procurar por uma clínica particular. “A gente pagou a consulta. Eu levei todo o histórico e o médico, que se apresentou como neuro, passou uma medicação de 50 miligramas, com dosagem de um comprimido a cada 12 horas. A gente deu e no dia seguinte a convulsão passou”, relembra a mãe.

Quando pensou que o caso estava controlado, viu Murilo enfrentar outro problema. A pele foi tomada por uma alergia intensa. “Achamos que fosse alimentar e levamos pro Hospital Regional de Ferraz. Ele foi internado no dia 5, mas receitaram um antialérgico e ele já saiu no dia seguinte”.

A família voltou para a clínica no dia 9 e questionou se o medicamento receitado não poderia ser o causador da reação. O médico que os atendeu descartou a possibilidade, mas diminuiu a dose, segundo a mãe. Porém, não adiantou e logo o menino voltou a passar mal.

“De noite a gente voltou ao Regional. Já era outro médico. Ele viu o Murilo e deu remédio pra convulsão, mas não internou. Na madrugada apareceu outra médica que, quando viu o Murilo, começou a chorar. Ele estava todo empipocado, com febre alta. Ela internou o meu filho na hora”.

O paciente precisou ser levado para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde foi intubado, enquanto a pele descamava e formava feridas por todo o corpo, inclusive em áreas de mucosa, como a boca.

Como o garoto ainda precisava se consultar com um neurologista, a família insistiu que ele fosse transferido para o Hospital Luzia de Pinho Melo. Lá também recebeu atendimento dermatológico e foi informado de que os machucados na pele haviam sido causados pela dosagem errada do medicamento.

Preocupada e à espera de um suporte, a mãe tentou entrar em contato com a clínica Mais Saúde, em Itaquaquecetuba, onde foi feito o atendimento. “Eles falaram que não têm nada a ver com isso, que a culpa é do médico. A diretora da clínica mandou eu ler o salmo 30, num tom de deboche, sabe?”, afirma.

Josimara diz que o filho está melhor. A pele, que descamou quase que no corpo inteiro, está se recuperando. Porém, Murilo agora convive com dores de cabeça e na região dos olhos, que ficaram inflamados por causa da síndrome. “Agora só quero ver ele bem”.

Médico sem especialização

O g1 apurou com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) que o médico Carlos Roberto Reiser, que atendeu Murilo em uma clínica particular e receitou o medicamento, não tem a especialização cadastrada, embora, segundo a família, se apresente como neurologista. De acordo com o órgão, médicos não podem se intitular como especialistas sem que seu título tenha sido devidamente registrado no conselho.

“O profissional até pode ter a formação especializada em determinada área, mas ele precisa registrar este título no CRM para que possa se promover como tal, conforme aponta a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) n° 1974/11. É por isso que o Conselho sempre reforça ao médico a importância e necessidade de registrar a sua especialização”.

O Cremesp explicou ainda que, apesar de poder prestar atendimento sem especialidade, desde que se responsabilize pelos seus atos, o médico está impedido de se intitular e/ou divulgar títulos de especialidade que não tenham sido devidamente registrados. Dessa forma, cabe ao ele comunicar a especialidade que possui.

O que é a Síndrome de Stevens-Johnson

Segundo informações da dermatologista Laura Serpa, membro titular da SBD, a Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) é uma reação mucocutânea rara, grave e potencialmente fatal — a taxa de mortalidade é elevada podendo chegar a 30%. É predominantemente causada por medicamentos, que se caracteriza por um descolamento epidérmico.

“A causa da doença não é completamente conhecida, mas envolve uma interação complexa entre a estrutura molecular de certos medicamentos associada a uma predisposição genética de cada paciente”. Os remédios mais associados são os anti-inflamatórios não esteróides, antibióticos e antiepilépticos. A síndrome ocorre de 7 a 28 dias após o início do medicamento responsável.

Sintomas

As manifestações clínicas clássicas consistem em sintomas iniciais, que se assemelham a uma gripe (febre, dor no corpo e anorexia) e, posteriormente, evoluem para vermelhidão, descolamento da pele e erosões das mucosas bucal, ocular e genital. Essas lesões são usualmente muito dolorosas.

Tratamento

O tratamento é multidisciplinar e abrange a suspensão imediata da droga suspeita, transferência do paciente para uma unidade de terapia intensiva e medidas de suporte. Algumas terapias medicamentosas também podem ser realizadas.

O que diz a Secretaria Saúde

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que Murilo foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos, no início de dezembro, sendo assistido com todos os cuidados necessários por equipe multidisciplinar.

Disse ainda que, após reavaliação médica e estabilização do quadro clínico, foi transferido ao Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, com indicação de tratamento ambulatorial e internação em leito de enfermaria infantil

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CORREIO BRAZILIENSE

Mortalidade materna: uma morte a cada dois minutos

A cada dois minutos, uma mulher morre durante a gravidez ou o parto, segundo um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU). A publicação revela retrocessos na saúde feminina nos últimos anos, pois a mortalidade materna aumentou ou estagnou em quase todas as regiões do mundo. O Brasil encaixa-se no primeiro grupo, com 5,4% mais óbitos registrados entre 2000 e 2020. No ano passado, o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde relatou esse crescimento, atribuindo as mortes, no país, a hemorragias, infecções e abortos.

“Embora a gravidez deva ser um momento de imensa esperança e uma experiência positiva para todas as mulheres, tragicamente ainda é uma experiência chocantemente perigosa para milhões de pessoas em todo o mundo que não têm acesso a cuidados de saúde respeitosos e de alta qualidade”, disse o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus. “Essas novas estatísticas revelam a necessidade urgente de garantir que todas as mulheres e as meninas tenham acesso a serviços de saúde críticos antes, durante e após o parto, que possam exercer plenamente seus direitos reprodutivos.”

O relatório mostra que houve uma estimativa de 287 mil mortes maternas em todo o mundo, em 2020. Em duas das oito regiões da ONU- Europa e América do Norte e América Latina e Caribe – , a taxa de mortalidade materna aumentou de 2016 a 2020,17% e 15%, respectivamente. Em outros lugares, estagnou.

O documento mostra, no entanto, que o progresso é possível. Por exemplo, duas regiões – Austrália e Nova Zelândia e Ásia Central e Meridional – experimentaram declínios significativos (em 35% e 16%, respectivamente) durante o mesmo período, assim como 31 países em todo o mundo.

Evitáveis

Em números totais, as mortes maternas continuam amplamente concentradas nas partes mais pobres do mundo e em países afetados por conflitos. Em 2020, cerca de 70% de todos os óbitos ocorreram na África Subsaariana. Em nove países que enfrentam graves crises humanitárias, as taxas foram mais que o dobro da média mundial (551 por 100 mil minutos nascidos vivos, em comparação com 223, globalmente).

Sangramento grave, pressão alta, infecções relacionadas à gravidez, complicações de aborto inseguro e condições subjacentes que podem ser agravadas pela gestação (como HIV/Aids e malária) são as principais causas de mortes maternas. Segundo o relatório, são causas amplamente evitáveis e tratáveis com acesso aos cuidados de saúde de qualidade.

“Reduzir a mortalidade materna continua sendo um dos desafios globais de saúde mais prementes”, disse John Wilmoth, diretor da Divisão de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU. “É nossa responsabilidade coletiva garantir que toda mãe, em todos os lugares, sobreviva ao parto, para que ela e seus filhos possam prosperar.”

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MEDICINA S/A

Médico da Família é opção para reduzir custos

Por Paulo Bittencourt

Em torno de 45% dos recursos usados em saúde suplementar nos EUA são resultado de desperdícios. Esse número, conhecido em todo o mundo, nos dá uma ideia do que pode estar ocorrendo no Brasil, onde pouquíssimos planos de saúde são focados na prevenção.

Um dado nacional, de conhecimento do setor, é que 20% dos usuários vão gastar 80% dos recursos, o que tem provocado o aumento da sinistralidade, levando as operadoras de saúde a readequarem seus contratos e preços. Portanto, o ideal é focar nesses 20%, visando evitar que eles cheguem a ficar ainda mais doentes.

Para atingir esse objetivo o Médico da Saúde da Família é a melhor opção. Trata-se de um modelo bom para o usuário, que vai ficar menos doente, bom para a empresa, que terá menos absenteísmo, e bom também para o plano de saúde, pois a sinistralidade será menor, favorecendo todo o sistema, reduzindo os desperdícios.

É de bom tom esclarecer que o Médico da Saúde da Família não é um clínico. Sua especialidade é para esse tipo de atendimento, por isso, ele sabe como atuar com os seus pacientes, pois tem o conhecimento dos usuários que atende e do que eles precisam.

Nos planos de saúde tradicionais, o usuário tem a liberdade de escolher em qual unidade será atendido, e muitas vezes, escolhe especialistas. Sabemos que cada especialista tem uma conduta própria dentro da sua área de ação, ampliando os custos das operadoras com exames e procedimentos que poderiam ser evitados.

Num primeiro momento é normal que o paciente queira manter a sua liberdade, mas depois ele acaba se identificando de tal forma, que o Médico da Saúde da Família se torna referência para ele. A partir daí a procura por este médico passa se algo voluntário, pois sabe que se trata de uma pessoa que vai facilitar sua vida dentro do sistema.

*Paulo Bittencourt é CEO da Plano Brasil Saúde.

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Assessoria de Comunicação