Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 19/04/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Lula assina projeto de lei que garante verba para piso da enfermagem

Gripe mata quinta vítima este ano, em Goiás

Flay mostra efeitos colaterais do ‘chip da beleza’ e desabafa: “Ganhei 10 quilos”

Sífilis congênita matou mais de 2,4 mil bebês em sete anos

Governo de Goiás alerta para casos de malária no Estado

Enfermeiros cobram aprovação de proposta que vai garantir recursos para piso salarial

Os dois lados da proibição de anabolizantes determinada pelo CFM

Ministério da Saúde e entidades médicas unem-se em prol da vacinação

DIA A DIA ONLINE

Lula assina projeto de lei que garante verba para piso da enfermagem


O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assinou nesta terça-feira (18) o projeto de lei que abre previsão orçamentária para o pagamento do piso nacional da enfermagem. O texto a ser enviado ao Congresso Nacional abre crédito especial no Orçamento da União no valor de R$ 7,3 bilhões. O projeto destina os recursos ao Ministério da Saúde para possibilitar o atendimento de despesas com o piso nacional de enfermeiro, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras.

Segundo o ministro da Secretaria da Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), o projeto deve ser analisado pelos parlamentares na próxima semana.

O piso da enfermagem é uma das cobranças que mais ouvi desde a campanha. Hoje pude assinar um projeto de lei de R$ 7,3 bilhões para o @minsaude, para incluirmos no orçamento da pasta o pagamento do piso da categoria, valorizando a enfermagem. ð¸: @ricardostuckert – Lula (@LulaOficial) April 18, 2023

Piso

A legislação define que o piso salarial dos enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) será de R$ 4.750. Ainda segundo a norma, os técnicos de enfermagem devem receber 70% desse valor (R$ 3.325) e os auxiliares de enfermagem e as parteiras, 50% (R$ 2.375).

Atuação

Levantamento do Conselho Federal de Enfermagem aponta que, atualmente, mais de 693,4 mil enfermeiros atuam em todo o país (com 170,7 mil em exercício em São Paulo, estado com maior número de trabalhadores). De acordo com o mesmo banco de dados, o país conta com 450,9 mil auxiliares de enfermagem e mais de 1,66 milhão de técnicos de enfermagem, integrando cerca de 2,8 milhões de profissionais em atuação, nas três funções em todo o país.

Em relação às parteiras, estimativas do Ministério da Saúde indicam que existem cerca de 60 mil em todo o Brasil, assistindo a 450 mil partos por ano, aproximadamente. As parteiras são responsáveis por cerca de 20% dos nascimentos na área rural, percentual que chega ao dobro nas regiões Norte e Nordeste.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Gripe mata quinta vítima este ano, em Goiás

De acordo com a SES, vítima não tinha comorbidades; pasta reforça para a importância da vacinação contra o vírus da gripe

O vírus Influenza fez mais uma vítima em Goiás este ano, uma mulher de 43 anos, moradora de Iporá, é a quinta vítima goiana.

A morte foi informada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), que comunicou também que a vítima não tinha nenhuma comorbidade.

Ao contrário das outras quatro vítimas que perderam suas vidas em decorrência da infecção pelo subtipo B da Influenza, a mais recente vítima fatal do vírus contraiu o subtipo A da doença. Entre as quatro vítimas fatais anteriores do vírus da gripe Influenza, estavam um jovem rapaz de 15 anos, outro de 20 anos, uma menina com apenas cinco meses de vida e um garoto de dois anos.

De acordo com a SES, o vírus está circulando entre pessoas mais jovens e com isso a pasta reforça para a vacinação de crianças a partir dos seis meses, que são mais propensas a desenvolver quadros graves decorrentes da doença.

Baixa adesão

Em resposta ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e síndrome gripal em 23 unidades espalhadas em todo o Estado, o Governo de Goiás autorizou os municípios a anteciparem o início da Campanha de Vacinação contra a Influenza. A decisão foi tomada após uma análise epidemiológica apontar a necessidade de medidas urgentes para prevenir a propagação da doença.

Com a autorização, os municípios puderam iniciar a vacinação já no dia 4 de abril, seis dias antes da data inicialmente prevista, que era 10 de abril. A medida visa ampliar a cobertura vacinal e proteger a população, especialmente os grupos mais vulneráveis.

No entanto, a pasta informou que houve uma adesão de apenas 5% da população idosa, que é um dos grupos prioritários. A meta das autoridades de saúde é vacinar 90% das pessoas que fazem parte dos grupos prioritários, a fim de garantir uma situação mais tranquila e evitar o aumento do número de casos de gripe Influenza.

Campanha de Vacinação

A Campanha de Vacinação contra a Influenza em Goiás continua em andamento e vai até o dia 31 de maio. A vacinação é destinada a diversos grupos prioritários, incluindo pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas, crianças de 6 meses a 6 anos, professores, pessoas com comorbidades, trabalhadores do transporte coletivo, portuários, profissionais das forças de segurança e salvamento e das Forças Armadas, servidores do sistema carcerário, população privada de liberdade e adolescentes que cumprem medida socioeducativa. É importante que a população desses grupos se vacine o quanto antes para se proteger contra a gripe Influenza e evitar complicações de saúde. As autoridades de saúde reforçam a importância da vacinação como uma medida preventiva eficaz e segura.

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Flay mostra efeitos colaterais do ‘chip da beleza’ e desabafa: “Ganhei 10 quilos”

Em entrevista ao Fantástico, a cantora e campeã do The Masked Singer deu seu relato sobre as consequências que o chamado ‘chip da beleza’ causou à sua saúde.

Flay, de 28 anos, desabafou sobre o uso de anabolizantes, em específico, a gestrinona, hormônio esteroide conhecido popularmente como ‘chip da beleza’. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, nesse domingo (16), a ex-BBB alertou sobre a falta de informação a respeito do tratamento.

A cantora e vencedora do ‘The Masked Singer Brasil’ contou que teve diversas reações alérgicas após colocar o implante hormonal. Segundo ela, seu desejo era perder peso, melhorar a libido e o ganho de massa muscular.

“A gente se compara bastante com outras pessoas e acaba tentando recorrer o tempo todo a métodos, procedimentos, para estar sempre bem esteticamente. Busquei aconselhamento médico, eu nunca tive dificuldade para emagrecer, comecei a perceber isso dos 27 anos para cá. Foi naquele momento que eu decidi buscar o chip da beleza. Mas começou a cair bastante o meu cabelo, a minha pele foi a minha maior tristeza, meu rosto começou a encher de espinhas, meu corpo ficou inchado. Foi com o chip que eu ganhei 10 quilos”, iniciou.

“Quando o efeito do chip acabou, eu comecei a fazer uma dieta que funcionou, comecei a fazer exercícios mais cárdio, sem o chip. O chip estava me impedindo de emagrecer, eu estava me exercitando, fazendo dieta e não fluía”, continuou.

Em sua rede social, Flay acrescentou: “A questão é a falta de informações dos próprios médicos sobre ser um chip cheio de hormônios. Nada disso foi passado na época para mim. Por isso mesmo a importância de levar a informação para TV para que outras pessoas não caiam na mesma cilada”, escreveu.

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A REDAÇÃO

Sífilis congênita matou mais de 2,4 mil bebês em sete anos

A sífilis congênita, transmitida para os bebês durante a gestação, pode dobrar o risco de mortalidade até os 2 anos de idade. Entre 2011 e 2017, causou 2.476 mortes de bebês e crianças. Os dados, divulgados nesta terça-feira (18/4) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foram levantados por pesquisadores de diversas instituições e resultaram em um estudo publicado na revista científica PLOS Medicine.  

A transmissão da mãe para o bebê durante a gestação pode ser evitada com tratamento, e um alto índice de sífilis congênita é indicador de deficiências na rede da assistência. O rastreamento da sífilis durante a gestação é considerado simples, com realização de teste durante o pré-natal, assim como o tratamento, que precisa se estender ao parceiro ou parceira sexual da mãe para evitar que ocorra reinfecção.

Segundo o estudo, foram registrados 93.525 casos de sífilis congênita no país entre 2011 e 2017, que causaram 2,4 mil mortes, sendo a maior parte no primeiro ano de vida. Entre as crianças diagnosticadas, 17,3% nasceram prematuras, 17,2% com baixo peso ao nascer e 13,1% eram pequenas para a idade gestacional.

Os pesquisadores alertam que o número de casos aumentou depois do período estudado, chegando a 27.019 apenas em 2021, segundo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Além disso, eles suspeitam que pode haver subnotificação, porque o levantamento encontrou óbitos por sífilis congênita que não tinham sido notificados.

Desigualdade

O estudo mostra que, entre os mais de 93 mil casos de sífilis congênita diagnosticados no período estudado, 65,59% receberam tratamento incompleto durante a gravidez, e quase 30% das mães não teve acesso a nenhum tratamento.

A incidência da doença afeta sobretudo a população mais vulnerável, com taxas mais altas entre filhos de mulheres jovens, pretas e pardas e com poucos anos de escolaridade. Entre as mães que não receberam tratamento adequado, 44,84% frequentaram a escola por menos de 7 anos e 76% eram pretas ou pardas.

Doença silenciosa

A pesquisadora Enny Paixão, associada ao Cidacs/Fiocruz Bahia e à London School of Hygiene & Tropical Medicine (LSHTM), liderou o estudo. Ela explicou que a maioria dos bebês é assintomática ao nascer ou apresenta sinais e sintomas inespecíficos. No grupo pesquisado, aproximadamente 10% das crianças tinham sintomas registrados, sendo os mais comuns a icterícia (coloração amarelada da pele, olhos e mucosa), o aumento do tamanho do fígado e a anemia.

Outra dificuldade para o diagnóstico do bebê é que não existe teste laboratorial confiável que identifica bebês assintomáticos no nascimento. Com isso, os bebês podem ficar sem acesso ao tratamento necessário para mitigar as consequências da infecção em sua saúde, até que algum sintoma apareça.

A pesquisa acompanhou dados de 20 milhões de crianças nascidas no país, por meio do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan-Sífilis). Participaram do trabalho o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (Isc/Ufba), o Instituto de Matemática e Estatística da Ufba, aa London School of Hygiene and Tropical Medicine, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), e a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).

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O HOJE

Governo de Goiás alerta para casos de malária no Estado

Diagnóstico laboratorial confirmou a doença em paciente de Anápolis que esteve em uma chácara de Aparecida de Goiânia

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), emitiu alerta, nesta segunda-feira (17/4), em relação a um caso recente de malária de uma paciente de Anápolis. O caso é classificado como autóctone, pois a mulher não viajou para fora do Estado. O único deslocamento realizado por ela foi a uma chácara em Aparecida de Goiânia, perto de onde já havia sido confirmado outro caso, em fevereiro. Em 2023 já são 67 casos notificados em Goiás – 34 confirmados e 33 descartados. Com exceção dos dois últimos casos, todos foram “importados” de outros Estados ou países.

A Coordenação de Zoonoses da Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis da Superintendência de Vigilância em Saúde da SES-GO realiza, no local de provável infecção em Aparecida de Goiânia, o controle vetorial para reduzir o risco de transmissão de novos casos. Realiza também trabalho de pesquisa para captura do vetor responsável pela transmissão da doença, a fêmea infectada do mosquito Anopheles, e a busca ativa de sintomáticos na região em que os casos foram confirmados.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, explica que é preciso muita atenção da população e ação rápida das autoridades em saúde. “A malária é uma doença que, se não for tratada, poderá evoluir rapidamente para a forma grave e complicada, levando a óbito.”

Para a população as recomendações mais importantes são: usar repelentes (não aplicar em crianças menores de 2 anos de idade sem orientação médica), proteger áreas do corpo que o mosquito possa picar, usar cortinados e mosquiteiros sobre a cama ou a rede e evitar locais próximos a criadouros naturais de mosquitos, como beira de rio ou áreas alagadas.

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, com ampla distribuição mundial, causada por protozoários do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles. Os sintomas são febre, calafrios, cefaleia, sudorese, mialgia, náusea e vômitos. O quadro clínico pode ser leve, moderado ou grave. Na fase inicial, a malária se confunde com outras doenças infecciosas e não pode ser diagnosticada pela sintomatologia. Apenas o diagnóstico laboratorial confirma ou descarta a doença.

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AGÊNCIA CÂMARA

Enfermeiros cobram aprovação de proposta que vai garantir recursos para piso salarial

Projeto de lei do Congresso Nacional garante pagamento de piso de R$ 4,7 mil para enfermeiros

Na expectativa da assinatura, pelo presidente Lula, de um projeto de lei que garante os recursos para o pagamento do piso salarial da enfermagem, representantes da categoria se mobilizaram e lotaram audiência pública da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados sobre o assunto nesta terça-feira (18).

Eles reivindicam a continuidade do processo: primeiro, a aprovação do PLN e, em seguida, a edição da portaria do Ministério da Saúde que vai detalhar como o dinheiro vai chegar na conta dos profissionais de saúde, além da derrubada da liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) impedindo a adoção do piso.

Integrantes dos conselhos regionais de Enfermagem de vários estados se juntaram a parlamentares de diversos partidos para debater a urgência das providências para viabilizar o piso, que eles querem ver pago a partir de maio. Todos ressaltaram o trabalho dos profissionais durante a pandemia de Covid-19 e disseram que a categoria está “cansada” depois da aprovação de uma lei (Lei 14.434/22) e de duas emendas Constitucionais (EC 124/22 e EC 127/22) sem que a questão esteja resolvida.

O representante do Conselho Federal de Enfermagem, Daniel Menezes, explicou o caminho que ainda precisa ser percorrido a partir da assinatura da proposta pelo presidente da República.

“A gente precisa que ela seja aprovada na sessão do Congresso, então ela tem que passar na sessão da CMO (Comissão Mista de Orçamento). Existe um compromisso, como sempre teve até hoje, com as duas Casas, de dar celeridade para o tema do piso. A partir daí, votando, o presidente sanciona e a gente vai, junto ao STF, junto com toda essa articulação governamental, para que de fato a liminar caia e a legislação que nós aprovamos, a Lei 14.434, seja aplicada na prática, com os valores no contracheque da enfermagem brasileira”, afirmou Menezes.

Números
O PLN garante o repasse de recursos públicos para pagar o piso salarial da enfermagem na rede pública e também a profissionais de hospitais privados conveniados que atenderem a pelo menos 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Pela lei aprovada, o piso será de R$ 4,7 mil para enfermeiros, R$ 3,3 mil para técnicos de enfermagem e R$ 2,3 mil para auxiliares de enfermagem e parteiras.

Logo no início da audiência, o presidente da Comissão de Saúde, deputado Zé Vitor (PL-MG), alertou para o desafio orçamentário que vem com a aprovação do piso: se for pago a partir de maio, serão R$ 7,3 bilhões em 2023 e R$ 10,5 bilhões anuais a partir de 2024.

“Fica aqui a cargo do governo também nos apresentar um planejamento real para que a gente possa, de fato, garantir a implantação desse piso a partir desse ano agora”, disse.

Hospitais privados
Representantes dos hospitais privados ressaltaram o impacto financeiro do piso. Marco Aurélio Ferreira, da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), apontou como urgente a desoneração da folha de pagamento, já que, atualmente, os encargos representam 67,2% do total.

Marcos Vinícius Ottoni, da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), lembrou que 96% das unidades privadas de saúde têm até 150 leitos e que houve redução no número de hospitais particulares. Acrescentou que os planos de saúde estão em crise e renegociam valores contratuais. Ele apontou algumas falhas na aprovação do piso, como o estabelecimento de um valor único para todo o país.

“Uma medida que vem trazer um piso salarial nacional, independentemente da análise das diferenças regionais, impondo um valor pra cada estado, pra cada município, indiferentemente da sua realidade, ele acaba por violar o pacto federativo. Isso nós estamos falando não é porque imaginamos isso, (mas sim) com base nas premissas e nos julgados do Supremo Tribunal Federal”, afirmou.

Atual secretária de Saúde de Santa Catarina, a deputada licenciada Carmen Zanotto (SC) afirmou que estados, municípios e o Ministério da Saúde precisam cuidar da operacionalização do piso.

“O que que é operacionalização? A garantia do recurso na sua chegada em cada estado, em cada município, em cada unidade prestadora de serviços conforme está na EC 127, baseado no quantitativo de profissionais”, disse.

Otimismo
O deputado Bruno Farias (Avante-MG), autor do requerimento da audiência e presidente do Conselho Regional de Enfermagem do seu estado, se disse otimista sobre a operacionalização dos recursos.

“Todas as instituições vão ser contempladas no texto do PLN conforme feito pelo Ministério da Saúde. Então eu estou muito despreocupado quanto a isso, porque eu tenho certeza que as instituições públicas, filantrópicas, todas vão receber esse sonho porque a enfermagem tem pressa e a enfermagem merece”.

Bruno Farias anunciou, na audiência pública, que um grupo de parlamentares vai tentar agendar uma reunião com o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, para viabilizar a derrubada da liminar sobre o piso nacional da enfermagem.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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DIÁRIO DO ESTADO

Os dois lados da proibição de anabolizantes determinada pelo CFM

Um dos assuntos mais polêmicos da semana foi a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicada no Diário Oficial da União, que proibiu a prescrição de anabolizantes para estética ou performance por médicos. A norma vale tanto para pacientes que buscam ganho muscular, performance esportiva ou melhora estética.

A decisão veio após pressão  de seis entidades médicas que, em uma carta conjunta ao CFM publicada em 27 de março, defenderam a regulamentação desse tipo de tratamento com base em evidências científicas.

A norma veda os profissionais de saúde de indicarem o uso de hormônios androgênicos (como testosterona e seus derivados) em casos sem eficiência comprovada, no esporte amador e profissional e para a estética. Proibiu  ainda a realização de cursos, eventos e apologia ao uso dessas medicações. Mas afinal, por que a polêmica?

Sabemos que, em um mundo onde a estética e a aparência contam muito, os esteróides anabolizantes acabam sendo muito procurados por quem quer acelerar processos. Além disso, essa procura acaba movimentando um grande mercado de substâncias .

A decisão emitida pelo CFM  traz consigo uma situação complexa pois a indicação de anabolizantes para estética ou performance em pacientes tem seus prós e contras. Atualmente, por exemplo, os esteróides anabolizantes são indicados em casos específicos, como terapias de reposição onde há deficiência de testosterona e para a transição de gênero de homens transexuais, e isso vai continuar.

Sabemos que há quem faça  uso indiscriminado  dos hormônios. Este utilização ‘fora da bula’ e em altas doses para finalidades estéticas ou esportivas vêm se espalhando em consultórios e nas redes sociais e, com isso, vale lembrar que tudo em excesso traz riscos. Em contraponto, há diversos procedimentos com fins apenas estéticos que também são passíveis de riscos.

O uso excessivo de testosterona em mulheres, por exemplo, pode trazer complicações como surgimento acne, aumento do crescimento de pelos, voz rouca, alterações no ciclo menstrual, aumento do risco de doença cardiovascular e redução da tolerância à glicose.

Um outro assunto que corrobora  a complexidade da proibição da prescrição destas terapias hormonais, é o fato de estimular uma comercialização ilegal dos produtos. Algo que já existe, mas que pode ser intensificado neste contexto.

Sendo assim, enquanto a proibição está em vigor, ou caso venha a ser revogada, é importante lembrar que  a indicação de qualquer substância/medicamento deve ser feita com base em avaliação médica profissional e exames, como sempre deve ser realizada quando se trata da saúde.

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AGÊNCIA BRASIL

Ministério da Saúde e entidades médicas unem-se em prol da vacinação

Programa Nacional de Imunização completa 50 anos

O ministério da Saúde e entidades médicas e científicas reuniram-se na manhã desta terça-feira (18). em São Paulo, para discutir ações conjuntas de incentivo à vacinação no Brasil. O encontro é uma das ações do Movimento Nacional pela Vacinação para ampliar as coberturas vacinais e resgatar a cultura de vacinação do país. Neste ano o Programa Nacional de Imunização (PNI) completa 50 anos, com 47 imunizantes e o reconhecimento mundial de ser o mais completo e eficiente do mundo.

Entretanto, segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, desde 2015 vem sendo observado no país um cenário de baixa cobertura vacinal e durante a pandemia de covid-19, devido ao aumento dos adeptos ao movimento antivacina no Brasil e aos discursos de autoridades contra a vacinação, todas as vacinas ofertadas no calendário de todas as faixas etárias foram afetadas.

“Isso fez com que as nossas coberturas atingissem patamares e taxas nunca antes vistos. Nós temos hoje a possibilidade de que doenças que já tinham sido eliminadas no país possam retornar porque o número de pessoas vacinadas contra elas é pequeno. Por exemplo, sarampo, poliomielite”, disse.

Ethel Maciel ressaltou que esses dados são preocupantes, motivo pelo qual é necessária uma ação integrada da sociedade para incentivar os profissionais médicos que falem a favor das vacinas ou que em consultas possam perguntar sobre a vacinação. “A ideia é a de que, independente da especialidade médica, que isso possa fazer parte da consulta”.

Escola

O próximo passo entre todos os movimentos que estão sendo feitos pelo Ministério da Saúde é levar a Campanha de Multivacinação para as escolas com programas de educação sobre o tema. No Brasil,  já é obrigatório por lei que todos sejam vacinados, porém há dificuldade em fazer com que essa lei seja cumprida. A secretária reforçou que em maio deve ser iniciada uma ação para que a vacinação seja levada ao ambiente escolar.

“As escolas não conseguem sozinhas fazer uma análise do cartão de vacinação da criança, porque são muitas vacinas, doses, variando de acordo com faixa etária. Então precisamos desenvolver uma maneira para que esse certificado de vacinação possa ser entregue à escola e assim a lei seja mais facilmente cumprida”, disse a secretária.

Gargalo

Para o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunização e representante da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri, o grande gargalo da vacinação está na pediatria, já que os antivacinistas tentaram boicotar os idosos, adultos e adolescentes sem sucesso, porém ao chegar nas crianças os médicos puderam perceber na prática o que esse efeito é capaz de fazer.

“Pela primeira vez vimos adultos e pais vacinados não querendo vacinar seus filhos. Pais com três, quatro doses se recusando a vacinar seus filhos porque o discurso alarmistas desses grupos é cruel porque vai diretamente no “você vai fazer isso com seu filho?’, ‘você acha que é seguro?’. É difícil não ser impactado com um discurso com essa gravidade. Esse é o terreno mais fértil onde a desconstrução da ciência e do conhecimento caminha com maior vigor gerando as piores coberturas”, avaliou Kfouri.

O diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcos Antônio Cirilo, destacou que muitos médicos estão sofrendo ameaças e ataques por discordarem dos movimentos antivacinação e ainda tentarem conscientizar a população sobre a necessidade do cumprimento do calendário vacinal. “É muito complicado, mas com essa nova revisão vamos conseguir ter bons resultados”.

Participaram do encontro ainda a Associação Médica Brasileira, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia  e a Sociedade Brasileira de Pneumologia.

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Assessoria de Comunicação