Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 15/08/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

ANS atualiza regras para alteração de hospitais nos planos de saúde

Morte de bebê que ingeriu colírio por engano não tem relação com a substância e foi causada por pneumonia, diz polícia

Paciente escreve ‘sim’ e ‘não’ nas pernas antes de cirurgia para marcar qual joelho deveria ser operado em Fortaleza

Equipe da Unimed Federação Centro Brasileira conquista prêmio do Go!Coop2

Grupo de Estudos da NR-32 volta a debater a importância da higienização das mãos

Casos de covid-19 aumentam 80% no mundo; mortes têm queda de 57%

Cardiologistas na Era da Aceleração do Conhecimento e da Transformação Digital

O HOJE ONLINE

ANS atualiza regras para alteração de hospitais nos planos de saúde


Entre as principais mudanças estão a ampliação das regras da portabilidade e a obrigação da comunicação individualizada | Foto: Reprodução

Em reunião realizada nesta segunda-feira (14), a diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a adoção de novas regras para a alteração de rede hospitalar das operadoras de planos de saúde. As mudanças valem tanto para a retirada de um hospital da rede, como para a troca de um hospital por outro, e conferem maior transparência e segurança aos beneficiários. As novas regras entram em vigor 180 dias após sua publicação no Diário Oficial da União.

Nos casos em que os beneficiários ficarem insatisfeitos com a exclusão de um hospital ou do serviço de urgência e emergência do prestador hospitalar da rede de sua operadora, ocorrida no município de residência do beneficiário ou no município de contratação do plano, o beneficiário poderá fazer a portabilidade sem precisar cumprir os prazos mínimos de permanência no plano (1 a 2 anos). Também não será exigido que o plano de escolhido ou de destino seja da mesma faixa de preço do plano de origem, como acontece atualmente nos outros casos de portabilidade de carências.

Outra conquista importante para os beneficiários é que as operadoras serão obrigadas a comunicá-los, individualmente, sobre exclusões ou mudanças de hospitais e serviços de urgência e emergência na rede credenciada no município de residência do beneficiário. A comunicação individualizada deve ser feita com 30 (trinta) dias de antecedência, contados do término da prestação de serviço.

“Além de ser informado oficialmente sobre qualquer mudança na rede hospitalar da sua operadora, o consumidor terá maior mobilidade, pois ficará mais fácil fazer a portabilidade de carências caso o hospital de sua preferência saia da rede da sua operadora”, ressalta o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello.

Redução da rede hospitalar

Em relação à redução de rede hospitalar, uma das principais mudanças está relacionada à análise do impacto sobre os consumidores atendidos pela operadora. De acordo com a regra atual, observa-se a quantidade de internações realizadas no intervalo de 12 meses. Ou seja, se o hospital em questão não registrar internações de beneficiários no período de 12 meses, o estabelecimento pode ser excluído pela operadora.

Com a nova norma, a Agência passa a avaliar o impacto da retirada do hospital junto aos beneficiários do plano. Desta forma, caso a unidade a ser excluída seja responsável por até 80% das internações em sua região de atendimento, a ANS entende que ela é uma das mais utilizadas do plano e, assim, a operadora não poderá apenas retirar o hospital da rede, mas deverá substituí-lo por um novo.

Substituição de hospitais

A avaliação de equivalência de hospitais para substituição também terá regras próprias. Agora, ela deverá ser realizada a partir do uso de serviços hospitalares e do atendimento de urgência e emergência, nos últimos 12 meses. Assim, se, no período analisado, os serviços tiverem sido utilizados no prestador excluído, eles precisarão ser oferecidos no prestador substituto.

Ainda neste caso, a regra do impacto sobre os beneficiários também será considerada. Se o hospital a ser retirado pertencer ao grupo de hospitais que concentram até 80% das internações do plano, não será permitida a exclusão parcial de serviços hospitalares.

Além das mudanças, a norma aprovada hoje mantém um critério importante para o consumidor: a obrigatoriedade do hospital substituto estar localizado no mesmo município do excluído, exceto quando não houver prestador disponível. Neste caso, poderá ser indicado hospital em outro município próximo.

“O foco da ANS com os novos critérios está na segurança do consumidor com o seu plano de saúde. A proposta é que o beneficiário seja menos afetado em razão da relação desfeita entre a operadora e o prestador. Esta proposta de normativo é fruto de cuidadoso trabalho de elaboração, que contou com intensa participação social e amplo debate”, afirma o diretor de Normas e Operações de Produtos, Alexandre Fioranelli.

Comunicação direta

Para as alterações de rede do plano ocorridas no município de residência do beneficiário, a operadora será obrigada a fazer comunicação individualizada sobre as eventuais mudanças.

Portabilidade de carências sem prazo de permanência e compatibilidade de faixa de preço­­­­­­

Outra conquista é a ampliação das regras da portabilidade de carências, pois a portabilidade de carências poderá ser exercida em decorrência do descredenciamento de entidade hospitalar ou do serviço de urgência e emergência do prestador hospitalar no município de residência do beneficiário ou no município de contratação do plano sem os requisitos de prazo de permanência e de compatibilidade por faixa de preço

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PORTAL G1

Morte de bebê que ingeriu colírio por engano não tem relação com a substância e foi causada por pneumonia, diz polícia

Laudo pericial apontou também que o medicamento não foi detectado no corpo do bebê. Exames comprovaram que a morte do bebê ocorreu por uma pneumonia neutrofílica bilateral.

Por Gustavo Cruz, g1 Goiás

morte de um bebê que ingeriu colírio por engano não tem relação com a substância e foi causada por pneumonia, segundo informações da Polícia Civil. O laudo pericial apontou também que o medicamento não foi detectado no corpo do bebê, que morreu em Formosa, no Entorno do Distrito Federal.

A primeira hipótese sobre a morte, no início da investigação, era de que o bebê teria ingerido o medicamento Tartarato de Brimonidina, usado no tratamento para glaucoma, que segundo as investigações, foi entregue de forma errada, pois o medicamento prescrito na receita entregue era Bromoprida, usado no tratamento para náuseas e enjoo.

Segundo os relatos da investigação, os exames toxicológico e histopatológico comprovaram que a morte do bebê ocorreu por uma pneumonia neutrofílica bilateral, com predomínio à esquerda. Os laudos ainda apontaram que nenhum resquício do medicamento apontado inicialmente como suposta causa da morte, foi encontrado.

Ao g1, o delegado Paulo Santos, responsável pelo caso, informou que não há como indiciar alguém após a perícia.

“Eu não tendo essa vinculação da substância com a morte do recém-nascido eu não posso indiciar ninguém e nem responsabilizar ninguém criminalmente pelo ocorrido”, disse o delegado.

Após a finalização dos laudos, o caso investigado deve ser encaminhado ao Poder Judiciário, esclarecendo que não há indícios entre o medicamento e a morte de Ravi Lorenzo.

Entenda o caso

O bebê Ravi Lorenzo, de 2 meses, morreu em março de 2023 por suspeita de ingerir um colírio que teria sido vendido por engano em uma farmácia de Formosa. Segundo a Polícia Civil, o remédio receitado corretamente, e que a criança deveria ter tomado, era para evitar vômito e enjoo.

Segundo a delegada Fernanda Lima, a mãe do menino contou que o filho estava com sintomas como náuseas, vômito e febre, motivo pelo qual ela foi até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Chegando lá, após examinar a criança, o médico prescreveu três remédios, um deles, a “bromoprida”, que evita vômitos.

“O avô da criança contou que se dirigiu até a farmácia e comprou esses medicamentos. Ele teria levado os remédios para a mãe da criança, que teria ministrado os remédios conforme a prescrição. Passado um tempo, a criança começou a chorar e gritar de dor”, disse a delegada.

A mãe informou que, ao contrário do que o médico receitou, o remédio vendido pela farmácia foi o “tartarato de brimonidina”, um colírio para o tratamento de glaucoma. A mãe voltou na UPA e os médicos chegaram a intubar o menino, mas ele não resistiu.

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Paciente escreve ‘sim’ e ‘não’ nas pernas antes de cirurgia para marcar qual joelho deveria ser operado em Fortaleza

Anderson Arruda precisou operar o joelho esquerdo após romper o ligamento em uma queda.

Por g1 CE

O geneticista Anderson Arruda, de 50 anos, adotou uma estratégia simples e objetiva para evitar um eventual erro médico antes de uma cirurgia: ele escreveu as palavras “sim” e “não” nos próprios joelhos para sinalizar qual deveria ser operado. O procedimento aconteceu no último sábado (12) em Fortaleza.

Anderson explicou que precisou da cirurgia após romper o ligamento cruzado do joelho esquerdo em uma queda. Ele explicou que, inclusive, fez as sinalizações após recomendação da própria equipe de enfermagem.

“Colocar o ‘sim’ e o ‘não’, na verdade, é uma orientação das enfermeiras que trabalham com cirurgia de joelho ou outros membros que você tenha dois, para que na hora da cirurgia não haja nenhuma confusão, para que tivesse uma segurança maior”, explicou Anderson.

A equipe também passou a sugestão de desenhar um “alvo” no joelho a ser operado. “A enfermeira me mandou um texto também com recomendações pré-cirúrgicas, como dieta e como ia ser. Nesse texto, tinha a orientação de marcar a perna que ia ser operada”, comentou o geneticista.

“Ainda assim, lá no hospital, eles me perguntaram várias vezes qual joelho eu ia operar. Até na sala de cirurgia, me perguntaram. Eles fazem várias checagens para não cometer nenhum erro”, reforçou.

Ele passou pela cirurgia no último sábado, e no dia seguinte, já foi liberado para ir para casa. “Já estou na fase de recuperação. Eles [médicos] indicam que a gente comece a fazer a fisioterapia logo. Eu não posso pisar no chão durante dez dias, tenho de andar de muleta”, disse.

Protocolo de segurança

Para minimizar a possibilidade de erros no centro cirúrgico, existe um protocolo do Ministério da Saúde de 2013 que traz os passos necessários para garantir uma cirurgia segura. Um deles é para a demarcação em casos onde haja mais de um órgão, direito e esquerdo, ou estruturas múltiplas, como dedos das mãos, dos pés ou a coluna, como explica o médico ortopedista Hildemar Queiroz.

“Existem dois joelhos, então o próprio paciente faz a demarcação do joelho a ser operado. Existe um protocolo, um desenho de um alvo, mas eu já solicito que o paciente no internamento faça a própria demarcação, dividindo a responsabilidade. No caso ele colocou “sim” para ser operado e “não” para não ser operado”, diz.

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FOLHA DO PLANALTO

Equipe da Unimed Federação Centro Brasileira conquista prêmio do Go!Coop2

Os colaboradores da Unimed Federação Centro Brasileira, Christianne Pimenta, Fabrício Oliveira e Lucas Cheim estão entre os vencedores do Go!Coop2, do Sistema OCB. A equipe conquistou o 4°lugar e ganhou uma viagem imersiva para Israel. 

A jornada, coroada com a premiação no último sábado, 12 de agosto, começou há quatro meses, quando o trio decidiu criar uma solução para desafios do cooperativismo e se inscrever na edição 2023 do GO! Coop 2.

Nesta trajetória, eles contatam com o apoio imprescindível do Sebrae e da Tropuslab, que, segundo Christianne Pimenta, que fez toda a diferença para o sucesso do projeto.

“Nossos sinceros agradecimentos à Unimed Federação Centro Brasileira, que tornou possível nossa participação nessa maratona, e também ao Bruno Fonseca, à Luana Borges e à Emilia Rosângela Pires, cujo comprometimento incansável possibilitou que tudo isso se concretizasse”, disse Christianne Pimenta.

Entre os dias 26 e 30 de novembro, os três embarcam para Israel, onde vão conhecer o Polo de Inovação ‘Silicon Wadi’.

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Grupo de Estudos da NR-32 volta a debater a importância da higienização das mãos

A importância da correta e regular higienização das mãos para a prevenção de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (Iras) voltou a ser debatida em reunião do Grupo de Estudos da NR-32 (Norma Regulamentadora número 32), do Sindhoesg (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás).

No encontro realizado em 11 de agosto, a coordenadora do grupo, enfermeira Luciene Paiva da Silva Potenciano, falou a profissionais de enfermagem das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar de estabelecimentos filiados ao Sindhoesg sobre a atualização da “Recomendação de Prática SHEA/IDSA/APIC: Estratégias para prevenir infecções relacionadas à assistência à saúde por meio da higiene das mãos”.

Datado de 2022, o documento, que enfatiza de forma concisa as recomendações práticas para a implementação e o aprimoramento de estratégias de prevenção de Iras por meio da higienização das mãos, atualiza a recomendação feita em 2014 para auxiliar hospitais de cuidados intensivos nesta ação. O documento é patrocinado pela Society for Healthcare Epidemiology (SHEA) e é fruto de um esforço colaborativo por parte de várias instituições.

Luciene ressaltou que, embora a necessidade da higienização das mãos seja de amplo conhecimento dos profissionais de saúde, esse gesto continua a ser um grande desafio para o controle e prevenção de infecções. Na reunião, ela voltou a enfatizar a importância dos cinco momentos de higienização das mãos, do gerenciamento de resíduos e do monitoramento da qualidade da água dos estabelecimentos de saúde, com análises trimestrais.

Saiba mais sobre o novo documento…

Baixa adesão à correta higienização – Em relação à baixa porcentagem de profissionais que limpam adequadamente as mãos, a recomendação é treinamento contínuo em lavagem das mãos e uso adequado de desinfetante, principalmente nos polegares e nas pontas dos dedos.

Esmaltes – A orientação deixa políticas específicas sobre esmaltes, géis, goma-laca e extensores de unhas artificiais a critério dos programas de prevenção de infecções em cada estabelecimento, exceto para quem realiza cirurgia ou trabalha em áreas de alto risco. Esses profissionais devem manter unhas curtas e naturais, livres de esmaltes e extensores.

Unhas – Unhas devem ser curtas. Os autores confirmaram descobertas anteriores de que unhas grandes podem abrigar germes.

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AGÊNCIA BRASIL

Casos de covid-19 aumentam 80% no mundo; mortes têm queda de 57%

Dados são de 10 de julho a 6 de agosto

Cerca de 1,5 milhão de novos casos de covid-19 foram registrados em todo o mundo entre 10 de julho e 6 de agosto, um aumento de 80% em relação ao período anterior. Durante os mesmos 28 dias, o vírus causou ainda 2,5 mil mortes, uma queda de 57% em relação ao período anterior. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Os números mostram que, enquanto diversos países registraram queda de novos casos e de óbitos provocados pela doença, a região do Pacífico Ocidental identificou aumento de novas infecções em meio a uma redução nos óbitos. Desde o dia 6 de agosto, mais de 769 milhões de casos foram reportados globalmente, além de cerca de 6,9 milhões de mortes. 

“Atualmente, os casos relatados não representam com precisão as taxas de infecção devido à redução de testes e relatórios globalmente. Durante esse período de 28 dias, 44% (103 de 234) dos países relataram pelo menos um caso à OMS – uma proporção que vem diminuindo desde meados de 2022”, destacou a entidade em comunicado.

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MEDICINA S/A

Cardiologistas na Era da Aceleração do Conhecimento e da Transformação Digital

No cenário em constante evolução da Medicina, a celebração do Dia do Cardiologista, em 14 de agosto, ganha ainda mais significado. Esses profissionais desempenham um papel importante para a saúde da população, enfrentando desafios cada vez mais complexos. Vale destacar que as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 18 milhões de pessoas falecem todos os anos em decorrência de problemas cardiovasculares e 80% dessas mortes poderiam ser evitadas com mudanças no estilo de vida e controle dos fatores de risco. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 30% das mortes ocorridas no Brasil são atribuídas à doença cardiovascular.

Cardiologia foi uma das especialidades que mais evoluiu nas últimas décadas, com aperfeiçoamento dos métodos diagnósticos, desenvolvimento de drogas mais modernas, bem como introdução de terapias por cateter e cirúrgica avançadas. Todos esses avanços foram alicerçados por fortes evidências científicas. Entretanto, apesar de todos esses esforços e do trabalho árduo nas áreas de prevenção e tratamento, a mortalidade associada às doenças cardiovasculares ainda é preocupante. Assim, a relevância epidemiológica das doenças cardiovasculares torna ainda mais crucial a busca por soluções inovadoras e eficazes.

Nesse contexto, com o conhecimento médico expandindo-se de maneira exponencial, impulsionado por essas pesquisas inovadoras e avanços tecnológicos, a capacidade do cérebro humano de processar essa quantidade avassaladora de informações está sendo testada. Atualmente, cerca de 30% do volume de dados do mundo é gerado pelo setor da Saúde. A quantidade de informações ultrapassa a capacidade cognitiva e de processamento do ser humano. Para se ter uma ideia, nos anos 1980, estimava-se que o conhecimento em Medicina dobrava a cada 7 anos, nos anos 2010, a cada 3,5 anos e, em 2020, a projeção era de 73 dias. Essa aceleração na geração do conhecimento traz desafios e oportunidades únicas para os profissionais da saúde, que precisam se manter atualizados para oferecer os melhores cuidados aos seus pacientes.

Uma área que tem chamado atenção recente e emerge como um parceiro promissor dos profissionais de saúde é a inteligência artificial (IA), não só por sua capacidade de processar e analisar grandes volumes de dados, de maneira rápida e eficiente, mas também de identificar padrões e correlações que podem passar despercebidos pelos seres humanos. Ela pode ajudar os cardiologistas a filtrar informações relevantes em meio ao mar de conhecimento, fornecendo uma visão mais precisa e atualizada sobre diagnósticos, tratamentos e tendências emergentes.

O avanço tecnológico também trouxe consigo uma série de dispositivos inovadores, que estão redefinindo a interação entre os cardiologistas e seus pacientes. A tecnologia surge como um aliado importante no monitoramento remoto de pacientes em tempo real, na prevenção de riscos e complicações por meio de algoritmos, auxiliando no engajamento dos doentes com emprego de aplicativos, entre tantas outras aplicações.

Wearables, como relógios inteligentes, sensores de ritmo cardíaco e monitores de atividade, coletam uma riqueza de dados em tempo real sobre a saúde cardiovascular. Esses dispositivos não apenas fornecem aos pacientes uma visão contínua de sua saúde, mas também possibilitam que os cardiologistas acompanhem os padrões e as tendências específicas de cada paciente. Essa abordagem mais personalizada e orientada por dados está revolucionando a forma como cardiologistas podem interagir e acompanhar seus pacientes. Só para termos uma ideia do tamanho do mercado, em 2021, segundo o Institute for Human Data Science, havia mais de 350.000 aplicativos digitais de saúde disponíveis nas lojas de aplicativos para celulares. Apenas em 2022, foram vendidos quase 200 milhões de wearables no mundo. Apesar de ainda restrito a uma pequena parcela da população devido aos seus custos, espera-se maior acesso e popularização desses dispositivos ou aparelhos, à semelhança do fenômeno observado com os celulares.

Além disso, plataformas de telemedicina e ferramentas de análise de dados se popularizaram na pandemia e estão cada vez mais presentes na vida dos pacientes e de seus médicos, nos consultórios e hospitais. A teleconsulta permite que os pacientes se conectem com os médicos de forma remota, aumentando o acesso aos cuidados médicos. Números recentes revelam que, entre 2020 e 2021, mais de 7,5 milhões dessa modalidade de atendimento foram realizados no Brasil, sendo que 87% deles foram para primeiras consultas. O crescimento estimado do mercado é de que essa demanda possa dobrar nos próximos 5 anos.

Nossa esperança está na integração entre a expertise humana e essas novas tecnologias emergentes, transformando e aprimorando os cuidados cardiológicos e levando a diagnósticos mais precisos, tratamentos mais eficazes e vidas mais saudáveis.


*Fabio Biscegli Jatene é Professor Titular de Cirurgia cardiovascular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Líder Médico da Área Cardiológica do Hcor.

*Ieda Biscegli Jatene é Presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo e Líder Médica da Cardiologia Pediátrica do Hcor.

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Assessoria de Comunicação