ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Covid: Goiás registra em uma semana quase total de casos somados em dezembro
Leis municipais e estaduais dificultam acesso ao aborto legal
Teste de sangue pode revolucionar diagnóstico de Alzheimer
Saúde anuncia R$ 55 milhões para prevenção e tratamento de hanseníase
Goiânia tem 231 casos de dengue confirmados neste ano, diz boletim
Vacina da dengue será aplicada antes onde há alta transmissão
Hanseníase: Brasil está em 2º lugar no ranking mundial em número de casos
Por que corretoras dizem “compra” para Hapvida (HAPV3) em meio a investigações?
Fim de uma era: Gigante dos planos de saúde se desfaz de 5 milhões de clientes e sai em definitivo do Brasil
AGÊNCIA BRASIL
Leis municipais e estaduais dificultam acesso ao aborto legal
Goiás criou campanha de conscientização
Nos últimos meses, a aprovação de leis municipais ou estaduais com iniciativas para levar mulheres a abrir mão do direito ao aborto legal têm chamado a atenção de instituições que monitoram esse atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Em Maceió, por exemplo, uma lei que obrigava mulheres nessas condições a verem a imagem do feto foi revogada pela Justiça de Alagoas, em 19 de janeiro, poucos dias depois de o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, sancionar a lei que criou a “campanha de conscientização contra o aborto para mulheres”.
Ainda em vigor, a Lei Estadual 22.537/2024, assinada por Caiado em 11 de janeiro, traz diretrizes para políticas públicas de educação e saúde em todo o estado. São orientações como a elaboração de palestras sobre o tema para crianças e adolescentes e a garantia de que o Estado forneça para a mãe exame de ultrassom “contendo os batimentos cardíacos do nascituro”.
Na avaliação de Júlia Rocha, coordenadora da organização não governamental de direitos humanos que publica desde 2018 o Mapa Aborto Legal, o surgimento de leis em estados e municípios em desacordo com a legislação federal impacta diretamente a garantia de direitos sexuais e reprodutivos.
No Brasil, esses direitos garantem o acesso ao aborto legal nos casos em que as gestantes foram vítimas de estupro, quando a gravidez representa risco à vida da mãe, ou ainda quando acontece a anencefalia fetal, uma má formação no sistema nervoso central que inviabiliza a vida do bebê durante a gestação ou 24 horas após o nascimento.
Júlia explica que, em todos os casos, as mulheres que buscam o aborto legal já estão muito vulnerabilizadas pela situação que a levou ao serviço de saúde para exercer seu direito e qualquer nova dificuldade acaba empurrando-as para os serviços clandestinos. “Se você cria barreiras municipais e estaduais ao aborto legal, nada impede que essas pessoas que estão buscando o serviço no SUS naquele município busque outra forma para acessar o direito e, assim, você cria novas formas de vulnerabilização.”
Autor da lei de Goiás, o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (Democracia Cristã) diz que a intenção é chamar a atenção aos riscos do aborto, tanto o legal, quanto o ilegal. Segundo ele, o trecho que trata do ultrassom apenas garante o serviço à mulher que queira ter acesso ao exame. “Não há, em momento nenhum na nossa lei, nem no Artigo 3º, Inciso VI, e nem em um outro momento, a palavra obrigatoriedade ou exigência, então o estado simplesmente disponibiliza.”
No entanto, para Júlia, esse tipo de lei afeta diretamente o atendimento e o acolhimento no sistema de saúde, já que cada lugar vai legislar o assunto de uma maneira diferente, e locais que antes disponibilizavam o aborto legal podem deixar de ofertar o procedimento. “Essa oscilação também é muito prejudicial, principalmente para crianças que vão buscar o serviço de aborto, muitas vezes em um estado de gestação avançado, por uma questão de dificuldade de comunicar que houve a violência sexual, mas também uma dificuldade de perceber essa gestação.”
De acordo com Pesquisa Nacional do Aborto de 2021, que ouviu 2 mil mulheres em 125 municípios brasileiros, 6% das mulheres que declararam ter realizado o procedimento afirmaram ter passado por ele entre 12 e 14 anos. De acordo com Júlia, os diagnósticos do Mapa do Aborto Legal apontam que essa população é a que mais fica vulnerável quando um serviço de saúde deixa de acolher para o aborto legal.
Procurado pela reportagem da Agência Brasil, o secretário de Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, respondeu por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa que a “Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) tomou conhecimento da lei recém-publicada e está dando os encaminhamentos necessários para seu cumprimento.”
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Teste de sangue pode revolucionar diagnóstico de Alzheimer
Estudos recentes tornaram mais próxima de se tornar realidade a possibilidade de fazer análises do sangue confiáveis para detectar a demência.
Um projeto no valor de 5 milhões de libras foi lançado por pesquisadores do Reino Unido no ano passado com o objetivo de permitir que as pessoas sejam diagnosticadas em segundos no Serviço Nacional de Saúde (NHS) dentro de cinco anos.
Segundo o jornal britânico The Guardian, os investigadores avaliaram um teste sanguíneo comercial, que já se encontra no mercado, que pode ser tão bom, ou mesmo ultrapassar, as punções lombares e os exames dispendiosos na detecção de sinais de Alzheimer no cérebro.
Nicholas Ashton, primeiro autor do estudo da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, afirmou que os resultados têm implicações importantes, uma vez que a investigação demonstrou que os medicamentos donanemab e lecanemab podem retardar o declínio cognitivo nos doentes de Alzheimer.
Estudos recentes tornaram mais próxima de se tornar realidade a possibilidade de fazer análises do sangue confiáveis para detectar a demência.
Um projeto no valor de 5 milhões de libras foi lançado por pesquisadores do Reino Unido no ano passado com o objetivo de permitir que as pessoas sejam diagnosticadas em segundos no Serviço Nacional de Saúde (NHS) dentro de cinco anos.
Segundo o jornal britânico The Guardian, os investigadores avaliaram um teste sanguíneo comercial, que já se encontra no mercado, que pode ser tão bom, ou mesmo ultrapassar, as punções lombares e os exames dispendiosos na detecção de sinais de Alzheimer no cérebro.
Nicholas Ashton, primeiro autor do estudo da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, afirmou que os resultados têm implicações importantes, uma vez que a investigação demonstrou que os medicamentos donanemab e lecanemab podem retardar o declínio cognitivo nos doentes de Alzheimer.
“Para receber [os novos medicamentos], é preciso provar que se tem amiloide no cérebro”, afirmou. “É simplesmente impossível fazer punções lombares e exames cerebrais a todas as pessoas que precisariam de fazê-los em todo o mundo. É por isso que a análise do sangue tem um enorme potencial.”
No entanto, Ashton acrescentou que os testes podem ser úteis mesmo que esses medicamentos não estejam disponíveis – como é o caso no Reino Unido.
“Pode dizer-se que não se trata da doença de Alzheimer e que pode ser outro tipo de demência”, destaca Ashton, o que ajudaria a orientar a rotina de gestão e tratamento do doente.
Na revista Jama Neurology, Ashton e os colegas explicaram que a proteína p-tau217 é um biomarcador bem conhecido para as alterações no cérebro associadas à doença de Alzheimer.
Trabalhos anteriores demonstraram que a proteína pode ser usada para diferenciar o Alzheimer de outras doenças neurodegenerativas e para detectar a doença mesmo em caso de déficit cognitivo ligeiro.
As medições da p-tau217 no sangue revelaram-se promissoras como instrumento de diagnóstico da doença de Alzheimer. No entanto, a disponibilidade de tais testes para investigação e utilização clínica é limitada.
Numa tentativa de melhorar a disponibilidade, os investigadores avaliaram um teste sanguíneo comercial existente para a proteína p-tau217, chamado ALZpath.
O ALZpath está sendo discutido com laboratórios do Reino Unido para ser lançado para utilização clínica este ano, e um dos coautores, Henrik Zetterberg, disponibilizou o ensaio para utilização na investigação como parte da “fábrica de biomarcadores” da University College London (UCL).
A investigação envolveu a análise de dados de diferentes ensaios nos Estados Unidos, Canadá e na Espanha e envolveu 786 pessoas (504 do sexo feminino e 282 do sexo masculino) – incluindo pessoas com e sem déficit cognitivo.
Nos três ensaios, os doentes foram submetidos a uma punção lombar ou a uma PET amiloide para identificar sinais das proteínas amiloide e tau – características da doença de Alzheimer. A equipa comparou os resultados aos da análise sanguínea ALZpath.
Os investigadores afirmaram que seu teste mostrou que a análise ao sangue era tão exata como os testes baseados em punções lombares e era superior às avaliações da atrofia cerebral, na identificação de sinais de Alzheimer.
“Oitenta por cento dos indivíduos podem ser definitivamente diagnosticados através de uma análise ao sangue, sem qualquer outra investigação”, afirmou Ashton.
David Curtis, professor honorário do Instituto de Genética da UCL, congratulou-se com os resultados e sugeriu que as análises ao sangue pudessem ser utilizadas para rastrear todas as pessoas com mais de 50 anos de idade, de tempos em tempos, da mesma forma que atualmente se rastreia o colesterol elevado.
No entanto, Ashton pediu cautela, observando que ainda não foi demonstrado que os medicamentos para a doença de Alzheimer são eficazes em pessoas sem sintomas.
“Se tivermos amiloide no cérebro aos 50 anos de idade, a análise ao sangue será positiva”, disse. “Mas o que recomendamos, e o que as diretrizes recomendam, em relação a estas análises do sangue é que estas se destinam a ajudar os médicos – por isso, alguém deve ter tido alguma preocupação objetiva de que tem a doença de Alzheimer ou de que a sua memória diminuindo.”
Para Richard Oakley, diretor adjunto de Investigação e Inovação da Alzheimer’s Society, o estudo é um passo bem-vindo na direção certa.
“Mostra que as análises ao sangue podem ser tão exatas como os testes mais invasivos e dispendiosos para prever se alguém tem características da doença de Alzheimer no cérebro”, afirmou.
“Além disso, sugere que os resultados destes testes podem ser suficientemente claros para não exigir mais investigações de acompanhamento para algumas pessoas que vivem com a doença de Alzheimer, o que poderia acelerar significativamente o caminho do diagnóstico no futuro.”
Mas ele sublinhou que é necessária mais investigação. “Ainda precisamos de ver mais investigação em diferentes comunidades para compreender a eficácia destas análises do sangue em todas as pessoas que vivem com a doença de Alzheimer”, reforçou.
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Saúde anuncia R$ 55 milhões para prevenção e tratamento de hanseníase
O Ministério da Saúde anunciou R$ 55 milhões para a prevenção e o tratamento da hanseníase no Brasil. Desse total, R$ 50 milhões serão repassados diretamente a 955 municípios classificados como de alta endemia – mais de 10 casos por grupo de 100 mil habitantes. O objetivo, segundo o governo, é eliminar a doença como problema de saúde pública.
Os municípios selecionados deverão investir os recursos em ações como a busca ativa para detecção de novos casos de hanseníase; aplicação de testes rápidos nos contatos de casos registrados a partir de 2023, para rastreio daqueles com maior chance de adoecimento; e resgate de casos em situação de abandono.
Do restante do total, R$ 4 milhões são para investimento em pesquisa de novos medicamentos para o tratamento da hanseníase e R$ 1 milhão para abertura de edital direcionado às organizações não governamentais brasileiras (ONGs) para ações de enfrentamento ao estigma e à discriminação e educação em saúde.
Vacina
Segundo o Ministério da Saúde, os R$ 55 milhões anunciados nesta terça-feira (23), em Brasília, somam-se a outros R$ 5 milhões já liberados no ano passado para pesquisa e desenvolvimento nacional de uma vacina e novos testes para hanseníase.
“Neste momento, o Ministério da Saúde financia, juntamente com a Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz], o ensaio clínico para avaliar a eficácia da Lepvax, primeira vacina específica para hanseníase do mundo, que aguarda liberação da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] para prosseguir os testes,” informou o ministério.
Casos
Entre janeiro e novembro de 2023, o Brasil diagnosticou pelo menos 19.219 novos casos de hanseníase. Mesmo que preliminar, o resultado já é 5% superior ao total de notificações do mesmo período de 2022.
Segundo informações do Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase do Ministério da Saúde, o estado de Mato Grosso segue liderando o ranking das unidades federativas com maiores taxas de detecção da doença.
Até o fim de novembro, o total de 3.927 novos casos no estado já superava em 76% as 2.229 ocorrências do mesmo período de 2022. Em seguida vem o Maranhão, com 2.028 notificações, resultado quase 8% inferior aos 2.196 anotados anteriormente.
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A REDAÇÃO
Covid: Goiás registra em uma semana quase total de casos somados em dezembro
A taxa de infecção por covid-19 voltou a subir em Goiás. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) mostram que, entre 31 de dezembro e 20 de janeiro, o Estado contabilizou 2.278 casos confirmados da doença.
Somente entre os dias 14 e 20 de janeiro de 2024, o estado registrou 1.023 infecções pela doença, quase o total de registros em todo o mês de dezembro, com 1.174 confirmações. Além disso, foram registradas nove mortes em decorrência da doença nas primeiras semanas deste ano.
Na semana 51 de 2023, que representa a 3ª semana de dezembro, Goiás contabilizou 254 casos de covid-19. O número é bem menor do que o registrado na terceira semana de janeiro de 2024, quando foram confirmados 1.023 casos da doença.
Vacinação
De acordo com dados da SES-GO, disponíveis no Painel da Covid, 5.993.126 pessoas foram imunizadas com uma dose da vacina contra a doença. Ainda conforme os números, 5.426.511 receberam a 2ª dose ou dose única.
Já a dose de reforço, foram 1.107.236 atendimentos registrados em todo o Estado. Cerca de 2.333.350 pessoas estão com a dose de reforço em atraso.
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O HOJE
Goiânia tem 231 casos de dengue confirmados neste ano, diz boletim
Monitoramento dos casos apresenta baixa incidência da doença nas três primeiras semanas de janeiro
A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgou nesta segunda-feira (22/1) a 3ª edição do Boletim Epidemiológico Arboviroses, que reúne dados do monitoramento das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, dengue, zika e chikungunya na Capital.
No documento, referente às três primeiras semanas de 2024, há a confirmação de 231 casos de dengue e outros 844 em investigação. Os dados deste ano apresentam uma redução de 45,9% em relação ao mesmo período de 2023 de dengue em Goiânia. No entanto, os cuidados precisam ser redobrados por toda a população da Capital, para que os números permaneçam controlados. Em todo o país, os dados são alarmantes, com mais de 55 mil casos notificados nas duas primeiras semanas deste ano e seis mortes.
“Apesar de Goiânia estar com os casos controlados, não podemos abrir mão dos cuidados diários em nossas residências. Cuidados simples e rotineiros que podem evitar a explosão de casos como acontece em todo o país”, alerta o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz.
Em Goiás, 91 municípios estão caracterizados como de alto risco para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. “Nossa situação não é crítica, mas precisamos redobrar os cuidados. Os Agentes de Combate às Endemias (ACEs) seguem realizando visitas domiciliares e orientando a população, mas o trabalho conjunto entre poder público e população é a principal estratégia para manter essas doenças controladas, afirma o titular da SMS, Wilson Pollara.
“Nossa rede de saúde está preparada com insumos e profissionais para atender casos graves. Mas nossa intenção é reduzir a necessidade de hospitalização, para isso é necessário evitar focos do mosquito, e a população deve ser protagonista nessa força-tarefa”, acrescenta o secretário de Saúde.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), o estado corre o risco de ter epidemia de dengue, pois há a circulação simultânea de quatro sorotipos. Em 2023 a Capital confirmou mais de 19 mil casos de dengue, com 36 casos graves. “É importante a união de esforços para que neste ano a gente consiga diminuir os impactos da doença na população, esse é nosso objetivo”, detalha Pollara.
Sintomas
A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que pode variar desde casos assintomáticos até quadros graves. Entre os sintomas estão febre alta, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça, manchas vermelhas no corpo e dor abdominal intensa.
Cuidados diários nas residências
Verificar se a caixa d’água está bem tampada
Colocar areia nos pratos de plantas
Recolher e acondicionar o lixo do quintal
Limpar as calhas
Cobrir piscinas
Cobrir bem a cisterna
Deixar as lixeiras bem tampadas
Limpar a bandeja externa da geladeira
Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários
Limpar e guardar as vasilhas dos bichos de estimação
Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado
Cobrir bem todos os reservatórios de água
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FOLHA DE S.PAULO
Vacina da dengue será aplicada antes onde há alta transmissão
Regiões de saúde são conjuntos de cidades próximas que partilham características semelhantes. É uma medida usada para melhor organizar o planejamento e a execução de ações e serviços na área.
No estado de São Paulo, uma das regiões de saúde em que a imunização ocorrerá será a Baixada Santista, que é composta por Bertioga, Cubatáo, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.
A Folha apurou também que o plano de vacinação incluirá ainda as regiões de Grande Florianópolis (SC), Uberaba (MG), Vespasiano (MG), Feira de Santana (BA), Foz do Iguaçu (PR), Distrito Federal e Centro Sul (GO).
Além disso, serão alcançadas regiões que abrangem capitais, como São Paulo, Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO) e Fortaleza (CE). O documento com o nome de todos os municípios estava em processo de conclusão nesta segunda-feira (22) no Ministério da Saúde.
A Folha teve acesso ao documento que mostra quais são as39 regiões de saúde que receberão as doses. A partir desses dados, buscou quais municípios são aptos a receber o imunizante na ba se de dados abertos do Conasems. Segundo pessoas do Ministério da Saúde, pode haver algumas cidades dentro dessas regiões que não venham a rece-
ber a vacina pela baixa incidência da doença.
O Ministério da Saúde informou que chegaram ao Brasil, no sábado (20), as primeiras 750 mil doses da vacina contra a dengue, que serão oferecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A previsão é começara imunização em fevereiro.
A chegada do primeiro lote acontece em meio a uma escalada no número de casos da doença no início de 2024.
O primeiro lote faz pa rte de um total de 1,32 milhão de doses da vacina que foram fornecidas sem custos ao governo brasileiro pela farmacêutica Takeda. O Ministério da Saúde informou que adqui riu todas as 5,2 milhões de doses do imunizante – chamado Qdenga- disponíveis pelo fabricante para este ano. Elas serão entregues poretapas até o mês de novembro.
Oito estados e o DF iniciaram 2024 com expressivos aumentos nos casos, de 100% ou mais em comparação ao mesmo período do ano passado.
Os números são mais alarmantes no Sul do país, onde foram 10.961 diagnósticos nas duas primeiras semanas do ano, somando Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O salto é de 958% em relação ao mesmo período de 2023.
O Brasil fechou 2023 com um recorde de mortes por dengue, com 1.094 óbitos. Os dados foram extraídos do Sinan (Sistema de Informação
de Agravos de Notificação).
O recorde anterior ocorreu em 2022, com 1.053 óbitos. O terceiro ano com mais mortes foi 2015, com 986 vítimas. Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina da dengue ao SUS.
Desde que o registro da vacina Qdenga foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em março de 2023, publicações nas redes sociais passarama questionar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a demora na incorporação do imunizante ao SUS.
Atualmente, só é possível se vacinar na rede privada, onde o imunizante é custa entre 300 e R$ 800 a dose.
Pode receber o imunizante quem já teve dengue e também quem nunca foi infectado. No entanto, gestantes, lactantes e pessoas com alergia a algum dos componentes Da vacina não podem ser imunizadas com a Qdenga. A restrição também vale para pessoas com o sistema imunológico comprometido ou alguma condição imunossupressora.
Laboratórios privados registraram aumento médio de 25% no número de exames de dengue nas duas primeiras semanas de janeiro deste ano em relação ao mesmo período de 2023. Foram 26.162 exames neste ano contra 20.746 no ano passado, mostra a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnostica).
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CORREIO BRAZILIENSE
Hanseníase: Brasil está em 2º lugar no ranking mundial em número de casos
Janeiro é marcado pela campanha de prevenção e combate à hanseníase, também conhecida como ‘lepra’, doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, bactéria que afeta a pele, os nervos periféricos, olhos e mucosa nasal. Atualmente, a hanseníase está em situação endêmica em diversos estados brasileiros.
De acordo com o Boletim Epidemiológico de Hanseníase de 2024, divulgado nesta terça-feira (23/1) pelo Ministério da Saúde, em 2022 foram registrados em todo o mundo 174.087 casos novos da doença, uma taxa de detecção de 21,8 casos por 1 milhão de habitantes. No Brasil, o número de casos novos reportados passou de 10 mil, o que classifica o país em segundo lugar no ranking mundial em número de casos novos, atrás apenas da Índia.
O estudo também contempla análises de indicadores epidemiológicos e operacionais da hanseníase no Brasil entre os anos de 2013 e 2022. Dentro do período de pesquisa (2013 a 2022) foram notificados 316.182 casos de hanseníase no Brasil, o que inclui casos novos, transferências, recidiva e outros reingressos da doença no país.
Em um recorte de gênero, 55,6% dos 254.918 casos novos da doença foram em homens. Já entre faixa etária, 53,9% dos infectados tinham entre 30 e 59 anos, 24,6% com 60 anos ou mais e 15,2% de 15 a 29 anos de idade.
Em 2024, o Ministério da Saúde notificou a entrada de 955 municípios das 27 unidades da federação em situação endêmica, quando há o registro de mais de 10 casos por 100 mil habitantes. A infectologista Naíra Bicudo explica que o grande número de casos nos estados brasileiros pode estar associado à pobreza, ao acesso precário de moradia, alimentação, cuidados de saúde e educação.
“É uma doença antiga, que apesar de ter tratamento e ser curável, ainda permanece endêmica em várias regiões do mundo. Pode ser transmitida pelas vias respiratórias, pessoa a pessoa, mas pode permanecer incubada por muitos anos até aparecerem os primeiros sintomas. O atraso no diagnóstico faz com que a doença permaneça em transmissão entre os acometidos pela hanseníase não tratados e com alta carga bacilar”, explica a especialista.
Cura
No Brasil, a hanseníase se tornou fator de dificuldade para as autoridades de saúde no controle de infecção. De acordo com os dados do Boletim Epidemiológico, durante o período analisado, pode ser observado uma redução de 9,3% nas médias de cura, onde passou de 84,0% em 2013 para 76,2% em 2022, mantendo-se em um parâmetro “regular”. Todas as regiões brasileiras apresentaram diminuição na proporção de cura, com maior redução no Centro-Oeste, com uma queda de 13,7% e a mudança de parâmetro de “regular” para “precário”.
Apesar da dificuldade, a doença tem cura. De acordo com o infectologista Manuel Renato Retamozo, o tratamento é baseado no uso de antibióticos específicos. “A duração do tratamento varia de acordo com a forma da doença, e pode durar de seis meses ou até mais de um ano”.
A importância do tratamento vai para além da saúde pessoal, influenciando na sociedade como um todo. “Ele previne a progressão da doença e a transmissão para outras pessoas. É importante que o paciente siga rigorosamente o tratamento prescrito para poder garantir uma cura completa”, finaliza o infectologista do hospital Anchieta.
Para além do tratamento convencional, a vacina Lepvax é uma ação conjunta do Ministério da Saúde e do laboratório Fiocruz, sendo a primeira vacina específica para a hanseníase do mundo. O projeto espera liberação da Anvisa para seguir para as próximas fases de testes.
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ESTADÃO
Por que corretoras dizem “compra” para Hapvida (HAPV3) em meio a investigações?
A Hapvida (HAPV3), uma das maiores empresas de capital aberto do setor de saúde, está no meio de um imbróglio judicial que envolve uma investigação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP)
A notícia revelada pelo Estadão fez as ações caírem 6,98% na quinta (18) e 5,72% nesta segunda-feira (22)
Mas há quem esteja achando o movimento exagerado, entendendo que a queda das ações é uma oportunidade de compra
A Hapvida (HAPV3), uma das maiores empresas de capital aberto do setor de saúde, está no meio de um imbróglio judicial que envolve uma investigação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP) sobre descumprimento de liminares judiciais e denúncias de morte de pacientes, segundo familiares. As informações divulgadas pelo Estadão na última quinta-feira (18) pesaram sobre os ativos da empresa na Bolsa: naquele pregão, as ações cederam 6,98%.
Maior plano de saúde do País, Hapvida NotreDame é investigada por se negar a cumprir liminares
O movimento continuou negativo na segunda-feira (22), fazendo os papéis cederem mais 5,72%, cotados a R$ 3,79. Como mostramos nesta outra reportagem, começa a ventilar no mercado a ideia de que possa haver alguma indenização aos pacientes afetados e até desprovisionamento da companhia a partir da investigação. Um problema para a credibilidade e o caixa da Hapvida.
Mas a avaliação negativa dos fatos não é unanimidade e, no início desta semana, algumas corretoras reforçaram o posicionamento favorável à compra de HAPV3.
“Muito barulho para pouca causa”. Foi assim que a XP Investimentos classificou a queda das ações da Hapvida causadas pelo episódio.
Em relatório divulgado no domingo (21), os analistas Rafael Barros e Raphael Elage defendem que a perda de quase R$ 4 bilhões em valor de mercado que a Hapvida (HAPV3) teve nos últimos dias é “incompatível com a perda potencial” que a empresa pode vir a ter com os processos e custos de sinistralidade.
Para o time da XP, o temor do mercado sobre essa temática é muito maior que o dano real e o cenário “não é tão assustador de perto”, levando a corretora a reiterar a recomendação de compra para HAPV3, com um preço-alvo de R$ 5.
E ela não foi a única. Em um relatório sobre o setor de saúde na B3, divulgado nesta segunda-feira (22), o Santander também reiterou sua posição de compra em HAPV3, considerada a ação “top pick” pelo time de research do banco. O entendimento é que a Hapvida vai continuar focando na rentabilidade por meio de aumento de preços no curto prazo e investimentos para aumentar a verticalização.
Um possível impacto da investigação do MP nos resultados da companhia não foi mencionado no documento.
“Na nossa opinião, a empresa pode ganhar market share em um mercado fraco em 2024 , dizem os analistas Caio Moscardini, Karoline Silva Correira e Guilherme Gripp. “A empresa está negociando a um preço sobre lucro (P/L) ajustado de 19,7x, o que não é exatamente uma pechincha. No entanto, ajustando a amortização do ágio, o P/L ajustado cairia para 14,2x em 2024, um nível mais razoável.”
Além de reiterar a recomendação de compra, o banco elevou o preço-alvo dos papéis de R$ 5,35 para R$ 5,85.
Depois das quedas nas ações, o Citi também passou a ver oportunidade em HAPV3. Nesta terça (23), o banco reforçou que os papéis da Hapvida estão sendo negociadas a 0,9 vezes o múltiplo preço sobre lucro projetado pelos analistas para 2025, enquanto ainda oferece um rendimento de 9% de fluxo de caixa livre ao acionista (FCFE).
Assim, o banco enxerga que a equação risco-recompensa das ações da operadora de saúde como altamente inclinada para valorização, reforçando a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 6,0 para os papéis.
A “defesa” dos grandes bancos de investimento ajudou a Hapvida a respirar na Bolsa: nesta terça, os papéis reagiram e subiram 3,96%, cotados a R$ 3,94.
Receio de investidores
A investigação do MP contra a Hapvida apura o descumprimento sistemático de decisões judiciais favoráveis aos seus beneficiários, que mesmo com liminares não conseguem acesso a tratamentos para doenças graves. Segundo reportagem do Estadão, há casos de pacientes que, segundo familiares, morreram após a recusa da empresa em oferecer tratamento de urgência garantido pela Justiça. Ao jornal, a empresa afirmou que respeita o Poder Judiciário e negou que venha descumprindo de forma sistemática as decisões judiciais.
A notícia pegou investidores de surpresa na última semana, com um receio de que as operações da companhia sejam afetadas por possíveis indenizações. A acusação mina ainda mais a credibilidade da companhia, que já está abalada por recorrentes críticas quanto à qualidade dos serviços prestados.
Ainda é cedo para mensurar o impacto real do episódio na imagem e nos balanços da companhia, mas alguns players do mercado veem a situação com cautela. Para o Citi, por exemplo, a investigação não é um “bom presságio”, o que pode gerar volatilidade nas ações – conforme os pregões vem evidenciando.
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TV FOCO
Fim de uma era: Gigante dos planos de saúde se desfaz de 5 milhões de clientes e sai em definitivo do Brasil
O serviço de saúde renomado do Brasil se desfez de nada menos que 5 milhões de clientes
O Brasil é um dos únicos países do mundo que oferece um serviço de saúde gratuito. Mesmo assim, ainda temos a opção de aderir aos planos de saúde.
E por falar nos serviços particulares, uma gigante dos planos de saúde se desfaz de 5 milhões de clientes e sai em definitivo do Brasil.
Acontece que a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou a compra da Amil, que hoje pertence ao United Health Group (UHG). O despacho aprovou a operação e foi publicado no Diário Oficial da União.
A UHG anunciou no final de dezembro de 2023 a aprovação de um acordo para vender a empresa ao fundador e ex-presidente da Qualicorp por US$ 7 bilhões, o equivalente a R$ 34,59 bilhões, em uma operação com dívida da empresa brasileira.
Mas, segundo informações do portal ‘Poder 360’, o grupo norte-americano UnitedHealth Group deve vender suas operações no Brasil. A empresa é dona da operadora Amil e da Americas Serviços Médicos.
Vale lembrar que, a Amil possui cerca de 5,4 milhões de clientes entre os planos de saúde e dental, além de uma rede com 19 unidades hospitalares, 52 unidades ambulatoriais e mais 1.600 hospitais credenciados. Já a Americas Serviços Médicos conta com 12 hospitais e 30 clínicas médicas em 6 Estados brasileiros.
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Assessoria de Comunicação