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DESTAQUES
Operadoras de saúde registram primeiro trimestre positivo desde 2021
Rogério Cruz detalha avanços na saúde pública de Goiânia
Dependência de insumos importados torna o SUS vulnerável
A fusão hospitalar de Amil e Dasa: tamanho superlativo, dívida preocupante, diz Itaú
Câncer e transtornos ligados ao trabalho terão notificação compulsória
SAÚDE BUSINESS
Operadoras de saúde registram primeiro trimestre positivo desde 2021
Resultado operacional acima de R$ 1 bilhão marca recuperação significativa, com melhoria nos três principais indicadores econômico-financeiros do setor.
As operadoras de planos de saúde médico-hospitalares encerraram o primeiro trimestre deste ano com um resultado operacional (RO) positivo de R$ 1,9 bilhão, marcando o primeiro desempenho positivo para o período desde 2021.
Esse dado trouxe uma convergência inédita e positiva dos três principais indicadores econômico-financeiros do setor: RO, resultado líquido (RL) e resultado financeiro (RF), algo que não ocorria desde 2020. Até então, pelo menos um dos três indicadores apresentava desempenho negativo no primeiro trimestre.
Os números constam no relatório “Análise econômico-financeira dos planos de assistência médica no Brasil (2018-2024): Impactos da pandemia e perspectivas de recuperação”, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
“A Receita Operacional reflete todas as entradas e saídas das operadoras relacionadas especificamente ao negócio de plano de saúde, excluindo ganhos financeiros, como aplicações de Tesouraria. Obter um resultado operacional positivo é crucial para a sobrevivência e sustentabilidade de qualquer negócio, e o mesmo vale para uma operadora de plano de saúde”, analisa José Cechin, superintendente executivo do IESS.
O RO representa a diferença entre receitas e despesas operacionais, após a dedução de despesas assistenciais, administrativas, comerciais e outras, excluindo ganhos financeiros. Em março de 2024, o RO do setor apresentou uma recuperação significativa em relação ao mesmo período de 2023, quando o resultado foi negativo em R$ 1,7 bilhão.
Após a crise econômica desencadeada pela pandemia de Covid-19 em 2020, este é o primeiro sinal de recuperação do sistema de saúde suplementar, segundo Cechin. O primeiro trimestre de 2024 registrou uma melhoria considerável no RO, que havia sido negativo em R$ 1,7 bilhão no mesmo período de 2023.
Desde 2022, o setor enfrentou um aumento na demanda por serviços de saúde, com a retomada de procedimentos suspensos durante a pandemia. Entre 2022 e 2023, o resultado operacional do setor deteriorou, com valores negativos de R$ 10,7 bilhões e R$ 5,9 bilhões, respectivamente.
Em contrapartida, os resultados financeiros melhoraram significativamente, impulsionados pelo aumento das taxas de juros, alcançando R$ 9,4 bilhões e R$ 11,2 bilhões, respectivamente. O resultado líquido foi negativo em R$ 529,8 milhões em 2022 e positivo em R$ 1,9 bilhão em 2023.
A margem de lucro líquido (MLL), que representa a porcentagem do RL em relação ao total de receitas operacionais acumuladas no período, variou consideravelmente ao longo do tempo, oscilando entre -4,7% e 16,2% (início da pandemia). No primeiro trimestre de 2024, a MLL foi de 3,7%, refletindo uma melhoria gradual nas margens das operadoras médico-hospitalares.
O estudo, realizado a partir de dados da base da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), destaca que os primeiros sinais de recuperação são resultado de diversas iniciativas das operadoras, como renegociações de contratos com fornecedores e prestadores de serviços, ganhos de eficiência administrativa por meio de tecnologias e melhorias de processos, combate ao desperdício e reorientação assistencial focada na promoção da saúde, cuidados preventivos e gestão de saúde de portadores de doenças crônicas.
Essas iniciativas também resultaram em uma melhora na sinistralidade, um indicador importante. A proporção das receitas destinadas às despesas assistenciais caiu de 91,7% no segundo trimestre de 2022 para 82,5% no primeiro trimestre de 2024, dentro da média histórica.
“Observa-se uma tendência de redução da sinistralidade em todos os períodos, indicando uma possível recuperação econômica e financeira do setor, com a ressalva de que o primeiro trimestre de cada ano tende a apresentar resultados líquidos mais favoráveis”, afirma o relatório.
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O HOJE
Rogério Cruz detalha avanços na saúde pública de Goiânia
Atualmente, uma média de 19 mil solicitações é atendida regularmente, permitindo que a maioria dos exames seja realizada
O prefeito Rogério Cruz, candidato à reeleição pelo partido Solidariedade, detalhou os avanços na saúde de Goiânia durante uma reunião com a Federação dos Hospitais, Estabelecimentos e Serviços de Saúde do Estado de Goiás (Fehoesg) e seus sindicatos filiados, realizada nesta quarta-feira (31). Ele destacou as melhorias na oferta e agendamento de exames laboratoriais e de imagem, que eliminaram as filas de espera na capital.
Corujão de Ultrassonografia
Entre as principais ações, Cruz destacou o programa ‘Corujão de Ultrassonografia’. Que zerou a fila de 90 mil exames acumulados devido à pandemia, incluindo tomografias, ressonâncias magnéticas e ultrassonografias.
O prefeito também destacou que agora é possível fazer os agendamentos diretamente nas unidades de saúde onde o paciente é atendido, descentralizando o processo. “Isso facilita o acesso a laboratórios próximos à residência dos pacientes. Implementamos um sistema de mensagens via WhatsApp para confirmar os agendamentos e reduzir as faltas.”
Outra iniciativa importante foi o aumento do orçamento para os prestadores de serviços. Com um reajuste de 5% a 25% na Ficha de Programação Orçamentária (FPO), dependendo da demanda e capacidade de cada laboratório. Esse ajuste visa melhorar a oferta de serviços e atrair novos prestadores, contribuindo para um atendimento mais eficiente.
O prefeito também mencionou os esforços para solucionar os desafios do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (IMAS). Uma auditoria realizada pela Universidade Federal de Goiás (UFG) identificou os principais problemas, e medidas como a regulamentação dos pagamentos por ordem cronológica e o novo credenciamento de profissionais foram implementadas para garantir a sustentabilidade financeira do instituto.
Durante o encontro, Christiane do Valle, presidente da Fehoesg e do Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-Go), elogiou a gestão de Cruz e destacou a importância da busca por recursos para a saúde de Goiânia. Johnson Hungria, diretor do Sindilabs, sugeriu investimentos em tecnologia de gestão para otimizar os serviços.
Rogério Cruz encerrou a reunião reforçando o compromisso de manter o diálogo com os hospitais e parceiros de saúde, buscando sempre melhorar os serviços prestados e fortalecer a relação com o setor.
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MEDICINA S/A
Dependência de insumos importados torna o SUS vulnerável
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, defendeu investimentos no complexo industrial da saúde e ressaltou que a dependência por insumos importados na área torna o SUS vulnerável. Ela fez a afirmação na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, principal fórum de debates sobre políticas públicas para ciência e tecnologia no país.
“A dependência de saúde por produtos importantes torna o SUS vulnerável. Esse fato foi evidenciado na pandemia. Essa é uma política estratégica para pensarmos o futuro da saúde do Brasil”, afirmou, em plenária sobre o papel da ciência, tecnologia e inovação no complexo econômico-industrial da saúde (CEIS).
A ministra anunciou que o governo abriu nove chamadas públicas de incentivo à pesquisa em saúde, com investimentos previstos em R$ 234 milhões. As chamadas, que atendem a demandas estratégicas, são uma iniciativa da Saúde em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do CNPq, e fazem parte da Política Nacional de CT&I em Saúde.
Dados apresentados pela ministra apontam que mais de 90% dos insumos farmacêuticos ativos (IFAs) usados no Brasil para produção de medicamentos são importados, e apenas 50% dos equipamentos médicos são de produção nacional. A estimativa de déficit é de R$ 20 bilhões. Segundo Nísia, para mudar esses números, o país tem retomado os investimentos no complexo industrial da saúde – que inclui a produção e distribuição de equipamentos, medicamentos, produtos biológicos e diagnósticos e pesquisa clínica.
A estratégia nacional do CEIS prevê R$ 42,1 bilhões em investimentos até 2026. Desse total, R$ 8,9 bilhões virão do Novo PAC e R$ 10 bilhões de outros investimentos públicos. O restante deve sair de investimentos privados. “Não estamos anunciando algo que vai começar, mas algo que está em curso”, afirmou. “Sem uma política pública de ciência, tecnologia e inovação, não se constrói uma base sólida para o complexo econômico-industrial nacional.”
Na mesma plenária, a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, afirmou que o país tem condições de se tornar um exportador de insumos em saúde. “Fortalecer o complexo da saúde implica garantir o investimento em pesquisa e desenvolvimento. Podemos ser até exportadores de insumos farmacêuticos ativos. Somos dependentes hoje, mas podemos ser exportadores porque temos competência, inteligência e capacidade instalada.”
Ela destacou a importância da interlocução entre ciência e saúde. “A ciência é o caminho para apostar na inteligência brasileira, fortalecer o SUS e apoiar a soberania nacional”, disse Luciana. Ela citou investimentos como a construção do laboratório Órion, no CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) com nível 4 de biossegurança, o que permitirá avanço em pesquisas na saúde.
Em outro destaque, Luciana também confirmou que a Finep aprovou financiamento de R$ 400 milhões para a União Química produzir novos medicamentos.
A dificuldade gerada pela dependência de insumos importados e a necessidade de mudar o cenário também foi citada por outros palestrantes, como Ana Maria Chudzinski, diretora de inovação do Instituto Butantan, e Sinval Brandão, da Fiocruz de Pernambuco.
“O que atrasa o nosso desenvolvimento é a necessidade de importação de absolutamente tudo. Não tenho dúvida de que o incentivo à produção de insumos, máquinas e equipamentos é algo que tem de ser atacado imediatamente. As coisas chegam aqui seis meses depois do que precisamos”, diz Chudzinski, que sugeriu fortalecer parques tecnológicos como uma das estratégias.
Conferência vai definir prioridades na área de ciência e tecnologia no país
Realizada pelo MCTI e organizada pelo CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos), com apoio de entidades do setor e da sociedade civil, a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação é o maior evento sobre políticas públicas de ciência e tecnologia no país. O evento é reconhecido por acompanhar diferentes marcos no setor. A primeira edição ocorreu em 1985, e a última, em 2010.
Em sua 5ª edição, o encontro visa construir uma nova estratégia para a área de CT&I, a ser implementada até 2030, além de definir ações concretas para os próximos anos. Participam do evento representantes do governo, cientistas, entidades e demais representantes da sociedade civil. Entre os temas debatidos, estão desafios urgentes como inteligência artificial, mudanças climáticas, transição energética, nova política de industrialização, financiamento à ciência e tecnologia e outros.
Antes do encontro nacional, a conferência teve 221 eventos preparatórios, realizados ao longo de seis meses, e que envolveram a participação de mais de 100 mil pessoas.
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O GLOBO
A fusão hospitalar de Amil e Dasa: tamanho superlativo, dívida preocupante, diz Itaú
A recém-anunciada fusão entre os hospitais da Amil e da rede de laboratórios Dasa vai criar uma gigante com 4,4 mil leitos – a segunda maior rede privada do país – , mas com uma dívida pesada e uma lucratividade apertada. Essa é a conclusão do time de analistas da área de saúde do banco Itaú BBA, liderado por Vinicius Figueiredo, que elaborou um estudo detalhado sobre a transação.
Segundo os analistas, um dos pontos mais preocupantes é a relação entre a dívida líquida e o EBITDA, que é o lucro antes de juros e amortizações e uma das principais métricas de geração de caixa de um negócio. Pelas contas do BBA, essa alavancagem será significativa na nova empresa, atingindo mais que o dobro da registrada pela rival Rede D’Or no último balanço.
“Espera-se que essa fusão crie o segundo maior grupo hospitalar do país, com 4.403 leitos, 25 hospitais e R$ 9,9 bilhões em receitas. No entanto, é importante destacar que a margem Ebitda da operação combinada permanece em 7,8%. Além disso, a dívida líquida a ser transferida para a joint venture totaliza R$ 3,85 bilhões, resultando em uma relação dívida líquida/EBITDA de 5 vezes (que pode aumentar para 10,1 vezes se as despesas com leasing forem consideradas)”, escreveram os analistas do banco.
A parte cheia do copo
De acordo com o relatório, de largada, a nova companhia já nasce com a urgente necessidade de aumentar sua lucratividade:
“Portanto, é crucial notar que, embora essa fusão crie uma entidade grande, há a necessidade de uma recuperação de lucratividade para melhorar as perspectivas de fluxo de caixa da operação.”
Pelo lado bom, o BBA vê oportunidades de “prováveis sinergias a serem capturadas nos custos de materiais e medicamentos, bem como nas despesas de SG&A (custos administrativos e de vendas).”
“Atualmente, a Dasa opera suas despesas de SG&A em 12,9% das receitas líquidas (com um valor nominal maior do que a Rede D’Or e a Fleury combinadas), então é razoável imaginar que há espaço para melhorias nessa área”, observaram os analistas, ponderando que esses ganhos ainda não estão garantidos.
Risco de direcionar pacientes da Amil
A outra oportunidade seria a Amil direcionar os pacientes para os hospitais da nova empresa. Mas essa estratégia traria riscos.
“Isso poderia ajudar a melhorar as taxas de ocupação subótimas de alguns hospitais da Dasa e, subsequentemente, expandir suas margens. No entanto, é importante notar que esse processo não é simples, pois os beneficiários dos planos da Amil com uma ampla rede tendem a optar seu hospital de preferência, a menos que haja restrições. Portanto, concentrar-se nos hospitais da Nova Ímpar (nome da nova companhia) poderia exigir descredenciamento ou implementação de co-participação em hospitais terceiros, o que poderia potencialmente criar atritos com a base de beneficiários da Amil. No entanto, vemos isso como uma oportunidade promissora para os hospitais”, escreveram.
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AGÊNCIA BRASIL
Câncer e transtornos ligados ao trabalho terão notificação compulsória
Profissionais de saúde deverão comunicar os casos ao governo federal
O Ministério da Saúde vai incluir uma série de doenças e agravos relacionados ao trabalho na lista nacional de notificação compulsória. A relação inclui câncer relacionado ao trabalho, pneumoconioses (doenças pulmonares relacionadas à inalação de poeiras em ambientes de trabalho), dermatoses ocupacionais, perda auditiva relacionada ao trabalho, transtornos mentais relacionados ao trabalho, lesões por esforço repetitivo (LER)/distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho e distúrbios de voz relacionados ao trabalho.
A minuta da portaria que altera a Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública foi apresentada durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília. De acordo com o texto, trata-se de “estratégia de vigilância universal, com periodicidade de notificação semanal e a partir da suspeição”.
Até então, apenas acidentes de trabalho, acidentes com exposição a material biológico e intoxicação exógena relacionada ao trabalho integram o rol de notificação compulsória. A inclusão na lista significa que profissionais de saúde de serviços públicos e privados deverão comunicar obrigatoriamente os casos ao governo federal.
Como justificativa para a ampliação da lista, o ministério destacou que as doenças e agravos relacionados ao trabalho são evitáveis e passíveis de prevenção. A pasta destacou ainda a possibilidade de identificar causas e intervir em ambientes e processos de trabalho. “Os acidentes/doenças relacionados ao trabalho possuem custos sociais elevados para trabalhadores, família, empresa, Estado e sociedade.”
“A PNSTT [Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora] tem como objetivo, entre outros, ampliar o entendimento de que a saúde do trabalhador deve ser concebida como uma ação transversal, devendo a relação saúde-trabalho ser identificada em todos os pontos e instâncias da rede de atenção, o que reforça a necessidade de notificação compulsória universal e a partir da suspeita para as Dart [doenças e agravos relacionados ao trabalho].”
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Assessoria de Comunicação