Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 24/09/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Gestão: hábitos saudáveis valem também para os negócios

A retomada da saúde suplementar

Doenças raras: Saúde barra 43% dos remédios que poderiam entrar no SUS

Hapvida NDI anuncia investimento anual de R$ 1 bilhão para expandir sua rede de atendimento

MEDICINA S/A

Gestão: hábitos saudáveis valem também para os negócios

Por Marcelo Stangherlin

Hábitos nada saudáveis podem causar sérias doenças. Algumas delas, com risco à vida, podendo abreviá-la ao ponto de viver os últimos momentos em cuidados paliativos, até seu ocaso. Vale para nossa existência e, também, para a gestão de negócios, quando a falta de cuidado pode fazer uma empresa ter um fim precoce.

Infelizmente, para mais da metade dos negócios brasileiros, essa tem sido a regra. São aquelas que, segundo estudo do BigDataCorp, não resistem a mais de três anos de operação. Entre os principais motivos para o fechamento precoce estão a falta de planejamento e a gestão financeira deficitária.

Empreendimentos que se descuidam e não priorizam o controle das finanças são os mais vulneráveis e menos preparados para enfrentar crises externas. Pouco resilientes, ficam sujeitos aos desequilíbrios provocados pelo contexto e apresentam maior dificuldade para retomada.

O assunto ganhou mais importância nos últimos anos, especialmente desde a pandemia. Na ocasião, um dos setores mais expostos foi o da saúde – tanto pelo excesso de demanda nas emergências quanto pela queda na procura por consultas e procedimentos eletivos. Clínicas e consultórios médicos com foco em pacientes recorrentes viram seu faturamento despencar e passaram a olhar para a saúde financeira com mais atenção. Ao mesmo tempo, tomaram como prioridade a transformação digital. O resultado dessa combinação? Tecnologia aplicada à otimização de recursos – de tempo e dinheiro.

Negócios médicos de pequeno e médio porte perceberam a importância de fluxos e processos mais robustos para dar conta das diferentes necessidades que envolvem o cuidado com as finanças. E o mercado acompanhou essa movimentação.

Softwares de gerenciamento voltados à área da saúde já substituem pilhas de papel, automatizam trabalhos manuais, facilitam o controle de estoque, resolvem repasses de valores, comissionamento, emissão de nota fiscal e fluxo de caixa, promovem a integração de dados e geram relatórios a partir do cruzamento de informações. Tudo isso de forma integrada, customizada, segura e descomplicada. Com visualização e análise avançada de dados, o médico tem o principal número do consultório na palma da mão – recurso fundamental para uma tomada de decisão ágil e assertiva.

Players do setor que investiram em soluções de gestão financeira à época da pandemia certamente estavam melhor preparados para lidar com os desafios motivados pela recente catástrofe no Rio Grande do Sul. E seguem menos suscetíveis a crises futuras. Estão credenciados para encarar, com resiliência, as adversidades no horizonte.

E essa solução não se restringe ao setor da saúde. É o cuidado necessário para auxiliar gestores de qualquer nicho a navegar em mares revoltos. Valendo-se de ferramentas como essas, somado a hábitos saudáveis, como boa gestão, rigor com as finanças e planejamento, é possível ter uma vida mais longa e prosperar com sustentabilidade.

*Marcelo Stangherlin é CEO da GestãoDS.

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A retomada da saúde suplementar

Planos de saúde registram primeiro resultado operacional positivo no 1º trimestre desde 2021. IESS enxerga primeiros sinais de recuperação depois da crise no período pós-pandemia.

As operadoras de planos de saúde de assistência médico-hospitalar fecharam o primeiro trimestre desse ano com Resultado Operacional (RO) positivo de R$ 1,9 bilhão, o primeiro desempenho “no azul” para os três primeiros meses desde 2021. Além disso, o resultado trimestral apresentou convergência positiva dos três principais indicadores de desempenho econômico-financeiro do setor: RO, Resultado Líquido (RL) e Resultado Financeiro (RF) – algo inédito desde 2020 (até então, pelo menos um dos três indicadores tinha performance negativa no primeiro trimestre). Os dados, divulgados em agosto, fazem parte do relatório “Análise econômico-financeira dos planos de assistência médica no Brasil (2018-2024): Impactos da pandemia e perspectivas de recuperação”, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

“A Receita Operacional retrata exatamente todas as entradas e saídas das operadoras especificamente com o negócio do plano de saúde, sem envolver os ganhos financeiros, por exemplo, com aplicações de Tesouraria. Obter um resultado operacional positivo é uma condição elementar para a sobrevivência e a sustentabilidade de qualquer negócio, e, claro, o mesmo raciocínio vale para uma operadora de plano de saúde”, analisa o superintendente executivo do IESS, José Cechin.

A RO equivale à diferença entre receitas e despesas da operação, ou seja, é o resultado obtido após deduzir despesas assistenciais, administrativas, de comercialização e outras do volume total de receitas obtidas com contraprestações (mensalidades) e outros rendimentos operacionais. Isso exclui, portanto, os ganhos financeiros das operadoras. Cabe lembrar que, em março de 2024, os planos de saúde de assistência médico-hospitalar contavam com 50,9 milhões de beneficiários, sendo que 17% possuíam planos individuais ou familiares, enquanto 83% estavam em planos coletivos empresariais ou por adesão, distribuídos entre 673 operadoras.

Segundo Cechin, diante da crise econômica deflagrada no setor desde a pandemia de covid-19 iniciada em 2020, esse é o primeiro sintoma de um processo de recuperação do sistema de saúde suplementar. Prova disso é que o RO do primeiro trimestre de 2024 representou uma melhora considerável ante o mesmo período de 2023, quando foi registrado resultado de negativo de R$ 1,7 bilhão.

O resultado é significativo porque, a partir de 2022, o setor viveu um processo de intensificação de demanda de serviços de saúde, a partir da retomada de procedimentos suspensos durante a pandemia de covid-19 (2020 e 2021).  “Entre 2022 e 2023, observou-se uma deterioração no resultado operacional, registrando valores negativos de R$ 10,7 bilhões e R$ 5,9 bilhões, respectivamente. Por outro lado, os resultados financeiros apresentaram melhora significativa, impulsionados pelo acelerado crescimento nas taxas de juros, alcançando R$ 9,4 bilhões e R$ 11,2 bilhões, respectivamente. O resultado líquido foi negativo em R$ 529,8 milhões e positivo em R$ 1,9 bilhão, respectivamente”, relata o documento.

A margem de lucro líquido (MLL), que representa a porcentagem do RL em relação ao total de receitas operacionais acumuladas no período, variou consideravelmente ao longo do tempo analisado, oscilando entre -4,7% e 16,2% (início da pandemia). No primeiro trimestre de 2024, a MLL foi, no entanto, de 3,7%, refletindo uma melhoria gradual nas margens das operadoras médico-hospitalares.

O estudo explica que os primeiros sinais de recuperação advêm de diversas iniciativas deflagradas pelas operadoras, caso de renegociações de contrato com fornecedores e prestadores de serviços, ganhos de eficiência administrativa (sobretudo com uso de tecnologias e melhorias de processos), combate ao desperdício (especialmente no enfrentamento de práticas fraudulentas) e reorientação assistencial, com foco em promoção da saúde, cuidados preventivos e apoio à gestão de saúde de portadores de doenças crônicas.

Todo esse conjunto de iniciativas também refletiu em melhoria da sinistralidade, outro indicador relevante. A proporção das receitas destinadas às despesas assistenciais atingiu o patamar de 91,7% no segundo trimestre de 2022, até chegar ao índice de 82,5% no primeiro trimestre de 2024, dentro da média histórica. “Observa-se uma tendência de redução da sinistralidade em todos os períodos, indicando uma possível recuperação do setor do ponto de vista econômico-financeiro, com a ressalva de que o primeiro trimestre de cada ano tende a apresentar resultados líquidos mais favoráveis”, informa o documento.

5 milhões de empregos

As oportunidades de empregos formais geradas na cadeia produtiva da saúde seguem em crescimento no país. No segundo trimestre deste ano, elas atingiram a expressiva marca de 4 milhões e 997 mil vínculos, com alta de 1,5% no período. As informações são do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde nº 72, publicação do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). 

O estudo considera os setores público e privado e os empregos diretos e indiretos, sendo que a região Sudeste detém mais da metade dos vínculos (2,5 milhões) da cadeia. O maior crescimento no trimestre ocorreu no Nordeste (15,8%), seguido por Sudeste (9,8%), Centro-Oeste (3,2%) e Norte (1%). O Sul apresentou variação negativa (-1,9%) no período.

As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, no entanto, destacaram-se ao apresentar a maior proporção de contratações na saúde em relação à economia, todas com o mesmo índice 12,4%, considerando o peso da cadeia no mercado de trabalho total. O Sudeste registrou 10,5% e o Sul, 8,4%.

Para o superintendente executivo do IESS, José Cechin, as oportunidades de emprego na cadeia da saúde seguem atingindo bons indicadores. “Com exceção do Sul, que no período avaliado registrou uma leve queda, reflexo das fortes chuvas que afetaram centenas de cidades, os indicadores foram positivos nas demais regiões, superando inclusive a taxa de crescimento da economia (1,2%)”, afirma.    

O Norte também se sobressaiu em relação ao volume de funcionários públicos na saúde ao registrar a maior proporção (45,1%) do total de contratações na cadeia. A Análise Especial do estudo também aponta que, em junho, a região representava 5% dos vínculos empregatícios na economia brasileira, e a cadeia de saúde suplementar correspondia a 7,4% do total de trabalhadores.

Os dados apontam que o Pará é o estado com maior número de vínculos no período (71,1 mil registros de carteira assinada), seguido pelo Amazonas (32,9 mil).   

Liderança das Unimeds

34 das 50 maiores operadoras de planos de saúde do Brasil são Unimed

O anuário Valor 1000 apresentou o ranking dos maiores planos de saúde que atuam no mercado. Dentre as 50 operadoras classificadas, estão 33 cooperativas médicas e uma empresa do Sistema Unimed. O resultado reflete a liderança da Unimed no setor de saúde suplementar, com 20,5 milhões de beneficiários de planos de saúde e odontológicos, e a força do modelo cooperativista, que possibilitou que a marca expandisse sua atuação a todas as regiões do país, com presença em 92% dos municípios brasileiros. 

A Unimed do Brasil – confederação que representa institucionalmente as 340 cooperativas médicas e empresas do Sistema Unimed – tem acompanhado o crescimento da participação das cooperativas no ranking ao longo dos anos. O presidente da entidade, Omar Abujamra Junior, analisa que o desempenho de destaque também é fruto da segurança assistencial e da qualidade dos serviços prestados, que fazem com que a marca conquiste a confiança de um número crescente de consumidores, tendo obtido aumento na carteira de clientes no último ano.

“A Unimed gera valor para a sociedade, contribuindo para movimentar a economia no segmento de saúde e para a criação de emprego e renda, com o desenvolvimento de estruturas para atender às necessidades da população, como hospitais e centros de diagnósticos, e de tecnologias para aprimorar a prestação de serviços. Nossas cooperativas também transformam vidas, pois participam do dia a dia das comunidades em que estamos presentes, por meio do investimento em programas de promoção à saúde e à prevenção e em projetos socioambientais”, destaca o presidente da Unimed do Brasil.

A força da Unimed em números

Ao longo de mais de 56 anos de atuação, a Unimed consolidou-se como líder do setor de saúde suplementar. Fundada em 1967, com a criação da Unimed Santos (SP), o sistema é composto atualmente por 340 cooperativas médicas e empresas. Presente em 92% dos municípios do Brasil, a marca atende 20,5 milhões de beneficiários de planos de saúde e odontológicos, com uma rede que inclui 118 mil médicos cooperados, responsáveis por gerar 147 mil empregos diretos.

A rede da Unimed é a maior do país em termos de assistência, com mais de 30 mil estabelecimentos de saúde parceiros, além de sua rede própria, que inclui 163 hospitais e hospitais-dia, 86 unidades de urgência e emergência, 509 clínicas, 42 centros de diagnóstico, 68 laboratórios e 96 serviços de terapias especiais. Em 2023, essa operação injetou mais de R$ 87 bilhões no sistema de saúde brasileiro, com a realização de 631 milhões de eventos assistenciais, como consultas, exames e internações.

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Destaques do Sistema Unimed

340 cooperativas médicas e empresas

Presença em 92% dos municípios – 5.147 ou 9 em cada 10 cidades brasileiras

20,5 milhões de beneficiários de planos de saúde e odontológicos – 10% da população

118 mil médicos cooperados – 20,5% dos médicos ativos no país

147 mil empregos diretos

39% de participação no mercado de planos de saúde, líder na saúde suplementar

Rede própria: 163 hospitais gerais e hospitais-dia, 86 unidades de urgência e emergência, 509 clínicas, 42 centros de diagnóstico, 68 laboratórios e 96 serviços de terapias especiais

17 hospitais da Unimed figuram no ranking “The World’s Best Hospitals 2024” da revista Newsweek, entre os 115 melhores hospitais do Brasil

631 milhões de eventos assistenciais realizados em 2023, com um total de R$ 87 bilhões destinados aos serviços de saúde

No Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), avaliação da ANS, 20 das 25 operadoras com nota máxima são Unimed, e 234 cooperativas foram classificadas nas melhores faixas de desempenho

98 cooperativas possuem 138 unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) e 392 programas de promoção à saúde e prevenção de doenças crônicas

Líder global entre cooperativas de saúde no World Cooperative Monitor 2023

Parcerias com mais de 130 startups por meio do centro de inovação Lab Hub Unimed

Faculdade Unimed: mais de 170 mil profissionais formados nas áreas de gestão, saúde e cooperativismo

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Inovação e ESG

A Unimed do Brasil investe fortemente em inovação aberta e sustentabilidade. No Top Open Corps, 100 cooperativas mantêm negócios com startups, e o Lab Hub Unimed promove parcerias com incubadoras e investidores. Além disso, a Unimed é signatária do Pacto Global da ONU, com programas que incentivam práticas de ESG em todo o sistema. A marca também promove iniciativas como o Acelera Unimed e o Programa de Inteligência Artificial, com foco no desenvolvimento de novas tecnologias e na transformação digital do setor de saúde.

Boas práticas

Acompanhe nas próximas matérias as boas práticas de excelência e modelos inovadores de cooperativas Unimeds, com foco em resultados de gestão, tecnologia, práticas assistenciais e experiência do cliente.

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METROPOLES

Doenças raras: Saúde barra 43% dos remédios que poderiam entrar no SUS

De 23 medicamentos avaliados desde 2023, dez foram negados pela Conitec, subordinada ao Ministério da Saúde
Dez dos 23 medicamentos contra doenças raras e ultrarraras analisados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) em 2023 e em 2024 foram barrados de entrar para o Sistema Único de Saúde (SUS). É o equivalente a 43,4%, mostra levantamento da coluna sobre dados do Ministério da Saúde.

O dado é equivalente à média da série histórica e representa uma queda em relação aos dois últimos anos do governo passado, quando foram negados 65% dos medicamentos. Procurado, o Ministério da Saúde acrescentou que “doenças raras” é a categoria com o maior número de incorporações desde janeiro de 2023.

Nenhum medicamento ou exame, por exemplo, chega à rede pública antes de passar pelo crivo da Conitec – as exceções foram as vacinas contra a Covid-19, que tiveram processo emergencial anterior ao aval da comissão. O colegiado é subordinado ao Ministério da Saúde e tem caráter técnico e de assessoramento, sem poder de decisão. A palavra final é do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, Carlos Gadelha. Porém, via de regra, as orientações do grupo são acatadas.

3 imagens Fechar modal. 1 de 3 Fachada do Ministério da Saúde Marcelo Camargo/Agência Brasil 2 de 3 Ministra da Saúde, Nísia Trindade Fábio Vieira/Metrópoles 3 de 3 Doenças raras acometem, em maior parte, crianças, dizem especialistas Breno Esaki/Agência Saúde-DF

Números parciais de janeiro a setembro de 2024 apontam para nove medicamentos avaliados: cinco aprovados e quatro negados. Entre os barrados, está o pegvisomanto, usado no tratamento da acromegalia, que se caracteriza pelo crescimento excessivo de algumas partes do corpo.

Esse cenário se assemelha ao de 2023. No último ano, a Conitec analisou 14 medicamentos, tendo recomendado oito e barrado seis. Na lista de negados, há o inibidor da C1 esterase derivado de plasma via subcutânea, usado contra o angioedema hereditário (que atinge o sistema imunitário).

O total de medicamentos para doenças raras barrados no atual governo é menor do que o dos dois últimos anos do governo de Jair Bolsonaro (PL). Em 2021 e em 2022, a Conitec analisou 29 remédios e negou 19, o equivalente a 65%. À época, o tema era uma pauta encampada pela então primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL).

Doenças raras são aquelas que afetam uma pequena parte da população em relação às enfermidades mais comuns. Segundo o ministério, a maioria delas ocorre em crianças. Tratam-se de pacientes que necessitam, muitas vezes, de cuidados e tratamentos contínuos e multidisciplinares.

O total de enfermidades raras é desconhecido e o diagnóstico, um entrave. Estima-se, contudo, que existam 5 mil tipos diferentes delas. Segundo estudos internacionais, doenças raras podem acometer de 263 milhões a 446 milhões de pessoas em todo o mundo. Esse montante corresponde a 3,5% a 5,9% da população.

Entenda as decisões que barram medicamentos para doenças raras

É comum que os medicamentos para doenças raras tenham alto custo, até mesmo milionário. Interlocutores ouvidos pela coluna avaliam que a análise da Conitec, por vezes, foca no caráter econômico em detrimento de outros quesitos e, por isso, parte dos medicamentos não se torna disponível no SUS.

Essa análise é corroborada por entidades de pacientes, que pleiteiam um assento no grupo. “Para a Conitec, tudo é muito caro. Eles veem o preço. Eles não estão vendo a importância do diagnóstico precoce, a incorporação do medicamento para raras”, disse a presidente da Associação Maria Vitoria de Doenças Raras (AMAVI Raras) e vice-presidente da Federação Brasileira das Associações de Doenças Raras (Febrararas), Lauda Santos.

Outra avaliação é de que a escassez de evidências científicas, ainda que os medicamentos precisem ter aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para passarem pela Conitec, faz com que haja possibilidade de negativa. Segundo fontes, existe até mesmo um atrito em razão disso entre a autarquia federal e a comissão.

“Muitas vezes, existe uma carência de dados científicos. Por terem menos evidências científicas, é mais fácil de negar”, analisou o advogado especialista em doenças raras e pesquisador do tema na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Daniel Wainstock.

O Ministério da Saúde, por sua vez, confirmou os dados publicados pela coluna e acrescentou que, desde a criação da Conitec, em 2011, o percentual de recomendações favoráveis é de cerca de 55% do total das demandas recebidas.

“De janeiro de 2023 a setembro de 2024, a pasta incorporou 47 tecnologias no SUS, das quais 15 (32%) são destinadas a tratamentos para doenças raras, sendo 13 medicamentos e 2 tecnologias, tornando-se a categoria com o maior número de incorporações, seguida pelo grupo de doenças infecciosas, com dez incorporações”, diz a pasta.

Conheça a Conitec

A Conitec se divide em três comitês: Medicamentos; Produtos e Procedimentos; e Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas. As reuniões são gravadas e disponibilizadas online dias após a realização delas.

Participam da comissão as secretarias do ministério, os conselhos de secretários de saúde (Conass e Conasems), a Anvisa, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Nats).

O grupo tem 180 dias, prorrogáveis por mais 90, para analisar se uma tecnologia será ou não incorporada ao SUS. De acordo com a Conitec, criada em 2011, as evidências científicas consideram a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança da tecnologia, além da avaliação econômica em comparação às já existentes.

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SAÚDE BUSINESS

Hapvida NDI anuncia investimento anual de R$ 1 bilhão para expandir sua rede de atendimento

Ao completar mais um ano de sua trajetória de quase oito décadas, a Hapvida NotreDame Intermédica segue em ritmo de expansão e qualificação da sua rede própria. Com 79 anos de atuação e uma estrutura que abrange 803 unidades distribuídas em 19 estados e no Distrito Federal, incluindo hospitais, clínicas, prontos atendimentos, além de unidades de coleta laboratorial e exames de imagem, a empresa se consolida em uma posição estratégica para explorar o crescente potencial do setor. 

Nos últimos dois semestres, a rede ganhou 41 novas unidades, provenientes de inaugurações e aquisições, e adicionou 290 leitos hospitalares. O foco em expansão permanece firme, com planos de intensificação nos próximos anos. A empresa prevê um investimento anual de R$ 1 bilhão, abrangendo todas as regiões do país. Além disso, foi anunciado o planejamento de seis novos hospitais na rede própria até 2026, com localizações nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Manaus e Fortaleza. 

Paralelamente à ampliação da infraestrutura física, a companhia está fazendo investimentos robustos em tecnologia. A integração de sistemas, automação de dados e processos têm sido prioritárias desde a fusão com a NDI, cujo processo deve ser finalizado até o fim do ano. Também estão em andamento a modernização de parques de diagnósticos e equipamentos, melhorias nos sites e novos recursos nos aplicativos. Esses esforços visam aumentar a qualidade, segurança e agilidade para clientes e médicos, além de fortalecer a estratégia de verticalização que sustenta o modelo de negócios da empresa. 

A operação com uma rede própria é central para garantir eficiência em custos, preços competitivos e alta qualidade no atendimento aos beneficiários. O modelo verticalizado facilita a padronização dos cuidados, adotando protocolos clínicos que aumentam a eficácia dos tratamentos, evitam duplicidade de exames e procedimentos, e aceleram a implementação de novas tecnologias, além de garantir um controle eficiente das informações clínicas. 

“Nossa missão na Hapvida NotreDame Intermédica é expandir continuamente nossa rede, com um compromisso sólido com o ensino, pesquisa e tecnologia. Estamos investindo fortemente em inovação, hotelaria e conforto para aprimorar a experiência de saúde dos nossos pacientes. Nosso objetivo é garantir melhorias constantes no atendimento, elevando os padrões de qualidade e proporcionando uma experiência ainda mais eficiente e acolhedora”, afirma Jorge Pinheiro, CEO da companhia. 

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Assessoria de Comunicação