Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 02 A 04/11/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

O futuro da acreditação em saúde: como tecnologias auxiliam na busca pelos selos de qualidade

Como funcionava suposto esquema de fraude arquitetado por namorado de Sandy

Artigo – Imposto mais alto para combater o câncer

CFM entra na Justiça contra sistema de cotas na residência médica

Como os profissionais de saúde ganham visibilidade com estratégias digitais

SAÚDE BUSINESS

O futuro da acreditação em saúde: como tecnologias auxiliam na busca pelos selos de qualidade

Conheça resultados que instituições alcançaram depois de acreditadas, inclusive no setor público, e saiba como ir além.

A tecnologia está redefinindo a acreditação hospitalar, integrando inteligência artificial, análise de dados e plataformas digitais para elevar a qualidade e segurança no atendimento. Enquanto hospitais privados avançam na implementação de soluções digitais, os hospitais públicos enfrentam o desafio de equilibrar recursos limitados com a necessidade crescente de modernização.

Essa jornada digital contínua, que transforma a acreditação em um processo proativo e automatizado, aponta para um futuro em que tanto o setor privado quanto o público podem alcançar novos patamares de excelência, com foco em um cuidado mais seguro, eficiente e acessível.

Essas tecnologias têm o potencial de otimizar cada etapa da busca pela acreditação, desde a preparação inicial até o monitoramento contínuo e a reavaliação dos processos. Não apenas melhoram a eficiência operacional das instituições de saúde como também contribuem para a qualidade do atendimento ao paciente A integração de plataformas digitais para o gerenciamento de pacientes e a coordenação de cuidados facilitou a conformidade com os padrões de acreditação.

O principal benefício das tecnologias está na sua capacidade de identificar, de forma precisa e proativa, áreas que necessitam de melhorias, além de garantir conformidade em tempo real com os padrões de acreditação, segundo Ana Carla Parra Labigalini Restituti, co-fundadora e diretora de acreditação e educação da Infinity Accreditation Healthcare, instituição credenciada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA).

“Em vez de ciclos de avaliação pontuais, essas ferramentas permitem um monitoramento contínuo e automatizado, trazendo agilidade ao processo e ampliando o impacto da acreditação nas operações diárias das organizações de saúde.”

Claudio Giulliano, CEO da Folks, afirma que as novas tecnologias digitais têm contribuído significativamente para que os processos de qualidade e segurança sejam implementados na prática, colaborando para que o processo se torne uma jornada digital, com mecanismos automatizados de controle e geração automática de dados para que o gestor possa realizar uma melhoria contínua.

“A integração de soluções digitais permite que as instituições de saúde não apenas atendam aos requisitos, mas superem expectativas, alcançando níveis excepcionais de excelência”, diz Ana Carla.

Segundo Giulliano, os hospitais mais digitais possuem maior facilidade de atender às exigências das principais acreditações do mercado. Ele comenta que em alguns estudos, realizados por meio do índice de maturidade digital da Folks, foi possível observar uma correlação estatística positiva entre alto nível de maturidade digital e certificações/acreditações na área de saúde.

Sustentabilidade e atendimento humanizado

No cenário atual da saúde, o conceito de excelência tem evoluído, com a inclusão de critérios que vão além da qualidade técnica e segurança. Sustentabilidade, cuidado centrado no paciente e respeito aos seus direitos sempre foram requisitos dentro de um órgão de acreditação. Porém, a evolução da participação dos pacientes, no sistema de saúde, tornou esses critérios pilares da acreditação. Essa mudança reflete a necessidade de um sistema de saúde, que equilibre alta performance assistencial e responsabilidade ambiental.

Giulliano comenta que muitas acreditações estão trazendo requisitos para avaliar se as instituições estão, de fato, desempenhando essas ações. “No âmbito da certificação da HIMSS, há uma categoria específica sobre patient engagement. Essa categoria avalia como a tecnologia da informação está ajudando no atendimento ao paciente, tanto do ponto de vista operacional como assistencial, visando uma jornada digital do paciente”, enfatiza.

Selos de acreditação: resultados práticos

A acreditação não é apenas um reconhecimento de conformidade, mas um instrumento de transformação cultural nas instituições de saúde. É um recurso capaz de promover mudança de mentalidade, incentivando uma cultura organizacional voltada para a segurança, a qualidade e a melhoria contínua. Ao exigir uma abordagem estruturada para a gestão de processos e riscos, a acreditação fortalece a capacidade das organizações de antecipar problemas, corrigir falhas e implementar soluções inovadoras, o que, em última instância, eleva o nível de assistência oferecido aos pacientes.

Hospitais acreditados apresentam melhor desempenho em vários aspectos, incluindo tempo de espera reduzido e melhor gestão de recursos, de acordo com estudo realizado pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).

Dados indicam que instituições acreditadas aplicam práticas de segurança capazes de reduzir significativamente eventos adversos relacionados a medicações e cirurgias. “Em alguns casos, foi observada uma redução de até 30% nas taxas de quedas de pacientes, enquanto os erros de medicação caíram em até 50%, após a implementação de processos de segurança padronizados, como a identificação de medicamentos com fonética semelhantes, uso de abreviações perigosas e a segurança no uso de medicamentos de alto risco”, cita Ana Carla.

Como a acreditação traz melhores resultados em instituições públicas de saúde

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), em seus vários institutos, possui algumas das principais acreditações e certificações com foco na melhoria contínua.

Silvia Takanohashi Kobayashi, chefe de gabinete da Superintendência do hospital, conta que os processos de acreditação nos Institutos HCFMUSP trouxeram benefícios, como:

Melhoria do gerenciamento da organização;

Aumento da qualidade da assistência prestada;

Garantia de reconhecimento público;

Padronização dos processos e adoção de padrões de trabalho embasados e controlados;

Consolidação da cultura de segurança e da cultura justa;

Alteração no comportamento e maior envolvimento das equipes profissionais de saúde.

O HCFMUSP realiza o acompanhamento de seus diversos processos (principais, de apoio e de gestão) por meio de controles e indicadores. Os dados obtidos nas atividades são trabalhados e estas informações municiam análises, avaliações e tomadas de decisão nos mais variados níveis de gestão (estratégico, tático e operacional).

O processo para obter a acreditação é mais desafiador para uma instituição pública? Silvia diz que a administração de organizações públicas já traz, em si, inúmeros desafios. “Nosso primeiro desafio é o tamanho da nossa estrutura representado na assistência, por exemplo, por uma demanda muito grande de problemas de saúde de alta complexidade, aliado a orçamentos limitados. Isso exige maior eficiência na utilização dos recursos e mais eficácia nos resultados de inúmeros processos”, explica.

Hospital Pequeno Príncipe é uma instituição filantrópica – com 60% dos atendimentos via SUS – que tem experiência semelhante. São vários os resultados que demonstram melhorias, tanto no processo de segurança como também na redução de desperdícios, segundo Fábio Motta, médico e vice-diretor de Qualidade e Pesquisa Clínica do Hospital.

Ele cita a segurança da cadeia medicamentosa, ponto muito sensível dentro da pediatria, como exemplo. Qualquer hospital que trabalhe com processos pediátricos deve estar atento a esse processo, pelos riscos inerentes. A variação de dose na pediatria é muito maior do que a variação no adulto; as doses são pequenas, prescritas em miligramas por quilo e isso aumenta o risco de erro.

“Desde o início do processo de acreditação, trabalhamos com foco na melhoria da segurança da cadeia medicamentosa a partir de novos protocolos. Essa estratégia também possibilitou uma diminuição de gastos e desperdícios. Além disso, promovemos o uso racional de antimicrobianos, que evita o uso desnecessário ou equivocado, reduzindo o tempo de administração do medicamento, visando maior controle no avanço da resistência a esses fármacos”, conta Motta.

Na opinião do médico, o processo de acreditação tem a capacidade de formalizar e chancelar o nível de excelência de uma instituição. “Hoje, pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), alcançamos o nível mais alto de excelência e, sem dúvidas, isso acaba tendo um impacto importante no reconhecimento nacional e internacional do Pequeno Príncipe. Os resultados de excelência construídos no processo de acreditação contribuem para manter a reputação do Hospital”, pontua.

A instituição também usa tecnologias para melhorar a gestão, em especial no monitoramento dos padrões de qualidade. O desenvolvimento de um sistema de alertas criado a partir de dados provenientes do prontuário eletrônico do paciente é um exemplo concreto. O sistema funciona por meio de painéis de gestão clínica, que permitem às equipes acompanharem e tomarem decisões em relação à mudança de processos.

“Desenvolvidas internamente, ferramentas como essa têm um grande impacto na conquista e na manutenção do selo de acreditação. Os recursos foram fundamentais para que conseguíssemos monitorar os padrões de qualidade e segurança. Essa rotina consolidada na tecnologia faz com que possamos avançar em inovações a cada ciclo de avaliação”, ressalta.

Hospitais privados e o ganho da credibilidade

Hospital Moinhos de Vento é acreditado, desde 2002, pela Joint Commission International (JCI). A acreditação internacional foi aplicada a todas as unidades da instituição.

Vania Röhsig, superintendente Assistencial e de Educação do Moinhos de Vento, explica que a acreditação melhorou a qualidade dos processos, embora pontos como eficiência sejam sempre mais difíceis de serem medidos. “A principal mudança se chama ‘tempo-sensível’, quando medimos o intervalo de tempo daquilo que é sensível para a saúde do paciente, como o tempo entre um infarto ou um acidente vascular cerebral, e o atendimento. Os nossos tempos melhoraram muito e vão todos além dos vistos na prática mundial”, explica.

Ela destaca o aprimoramento dos processos, a garantia de segurança, a adoção de padrões como os principais impactos da acreditação na rotina do hospital. São características que promovem a melhor entrega no cuidado e, de forma geral, na instituição: a garantia da qualidade dos profissionais, do processo de informação e de validação dos diplomas.

Já no Hospital Sírio-Libanês, as acreditações representam um reconhecimento ao trabalho desempenhado pelas equipes todos os dias. “Isso traz confiança a médicos e pacientes no momento da escolha pelo nosso hospital”, opina Carla Bernardes Ledo, gerente de Qualidade da instituição.

Ela conta que o hospital foi o primeiro centro médico privado brasileiro a receber a acreditação Commission on Accreditation of Rehabilitation Facilities (CARF), que reconhece a qualidade dos programas de reabilitação oferecidos por diferentes instituições.

“Com isso, o hospital tem conseguido garantir o direito de ir e vir, com segurança, conforto e autonomia, pelo mais amplo espectro de usuários, incluindo crianças, idosos e pessoas com limitações temporárias ou permanentes”, afirma Carla.

Outra experiência de como a acreditação tem mudado os rumos da gestão das instituições de saúde é a do Grupo Fleury, tanto na área diagnóstica quanto hospitalar, com o Hospital Saha.

“Em 2018, iniciamos o processo para acreditação da ONA. Os resultados foram visíveis e incluem desde mudanças no nível de comprometimento de todos os colaboradores até a implantação de uma cultura de otimização diária dos processos”, conta Daniel Szor, gerente médico do Hospital Saha, marca do Grupo Fleury.

Do ponto de vista da equipe médica, a acreditação trouxe processos mais estruturados, como a avaliação regular do corpo clínico a cada seis meses, o que antes era realizado de maneira informal. “Também passamos a desenvolver atividades de integração com as equipes mensalmente. Essas ações refletiram na melhoria do atendimento, que passou a ser mais otimizado.”

Na área laboratorial, as acreditações, tanto a ONA quanto as específicas para laboratórios, como o Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC) e a acreditação DICQ (Sistema Nacional de Acreditação), se complementaram no Grupo Fleury.

Daniel Périgo, gerente sênior de ESG do Grupo, conta que as duas últimas possuem um foco maior na qualidade técnica dos processos, enquanto a ONA agregou a visão assistencial e de segurança do paciente nos processos.

Entre os resultados observados, Périgo destaca a melhoria da qualidade técnica dos processos, o que inclui uma nova visão sobre como as falhas são identificadas e tratadas, além da redução de desperdício e de retrabalho.

Sobre o impacto das tecnologias na conquista dos selos de acreditação, Périgo destaca que os benefícios trazidos pelas tecnologias, como maior agilidade no diagnóstico, redução da intervenção manual e o direcionamento das pessoas para atividades que agreguem mais valor na otimização de processos, ajudaram a instituição a focar na necessidade do paciente e na qualidade técnica. Melhorou o atendimento e, na ponta, contribuiu para a obtenção da acreditação.

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UOL NOTÍCIAS

Como funcionava suposto esquema de fraude arquitetado por namorado de Sandy

O médico Pedro Andrade, namorado da cantora Sandy, é acusado pela SulAmérica Saúde de violar o sistema de reembolso de planos de saúde por meio do instituto que leva o próprio nome.

Empresa alega que a instituição teria fraudado as regras de reembolso, causando um prejuízo de mais de R$ 2 milhões. Mas, afinal, como funcionava a suposta fraude?

Advogado Henrique Arbache, que representa a administradora, contou detalhes da fraude em entrevista exclusiva a Splash.

Uma auditoria apontou que entre janeiro de 2022 e outubro de 2024 foram apresentadas 6.637 solicitações de reembolso, totalizando R$ 2.787.447,11. Dentre esse montante, foram reembolsados R$ 2.306.754,53.

Irregularidades apontadas pela SulAmérica: Instituto teria emitido notas fiscais parceladas, em valor diferente do real da consulta, e como se o atendimento tivesse sido realizado por diversos profissionais. A prática visava aumentar o valor a ser recebido pelos beneficiários a título de reembolso.

Médico disponibilizava pedidos de exames prévios à realização da consulta, muitas vezes desnecessários e sem ao menos saber o quadro clínico do paciente.

Emissão de notas fiscais em datas em que o médico estava viajando. “Atendimentos prestados em datas que, segundo se colheu em redes sociais, o médico responsável pelo atendimento, Pedro Andrade, estava viajando, fora da cidade de São Paulo. Aqui, é importante destacar que em nenhuma nota fiscal analisada havia informação de que houve algum atendimento virtual.”

Comprovantes de pagamento falsos. Algumas solicitações de reembolso foram acompanhadas de comprovantes de pagamento falsos, cuja operação financeira não foi reconhecida pela instituição.

Quando apuradas irregularidades desta ordem, a SulAmérica comunica os fatos à autoridade policial e segue com medida judicial para cessar a prática com a maior brevidade possível. Henrique Pires Arbache, advogado

Pedro Andrade, médico e namorado da cantora Sandy Imagem: Reprodução/Instagram Administradora de plano de saúde afirma que um membro da equipe realizou uma consulta com o médico, no valor de R$ 3.500,00, a fim de comprovar a prática ilegal. “Contudo, para maximizar o reembolso, foi emitida pela clínica uma nota fiscal divergente do valor do atendimento, fracionado inicialmente no valor de R$ 1.200,00.”

Procurado por Splash, Pedro Andrade não retornou até o momento. Se o fizer, o texto será atualizado. Após a divulgação do caso, o médico fez uma reflexão e compartilhou trecho bíblico nas redes sociais: “O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba.”

Juíza Edna Kyoko Kano alegou em decisão recente que há indícios de prática ilegal ao conceder tutela de urgência. “Os elementos de convicção trazidos aos autos apontam no sentido da prática, pelos réus, de atos que violam o sistema.”

Decisão impede que instituto emita e fracione recibos e notas fiscais de supostos atendimentos de saúde prestados a beneficiários dos planos de saúde. O descumprimento acarretará multa de R$ 5 mil por infração, limitada a R$ 200 mil.

Justiça não aceitou o pedido de suspensão de todos os pedidos de reembolso, considerando que a medida poderia prejudicar pessoas que não fazem parte da ação. O médico e o instituto já foram citados.

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O GLOBO

Artigo – Imposto mais alto para combater o câncer

Arrecadação gerada com tributação sobre produtos de tabaco pode ser revertida diretamente para fortalecer o SUS

A relação entre a reforma tributária e o câncer é muito mais profunda que parece. Ao abordar o tabagismo, responsável por diversas doenças crônicas e milhares de óbitos no Brasil e no mundo, é essencial considerarmos as políticas fiscais como ferramenta de saúde pública.

O tabaco está diretamente ligado a vários tipos de câncer, especialmente de pulmão, cavidade oral e laringe, que, juntos, aparecem entre as principais causas de morte no país. Reformar o sistema tributário e incluir o tabaco numa categoria especial de taxação não apenas desestimula o consumo, como devolve recursos ao Sistema Único de Saúde (SUS), que terá de arcar com tratamentos.

Dados da ACT Promoção da Saúde revelam que o tabagismo custa à sociedade brasileira mais de R$ 125 bilhões por ano, enquanto a arrecadação com impostos sobre o tabaco é de R$ 13 bilhões. A disparidade evidencia a necessidade de políticas que desencorajem o consumo desses produtos.

Mais Sobre Câncer Horóscopo de hoje: veja previsão para seu signo no dia 4/11 Horóscopo de hoje: veja previsão para seu signo no dia 3/11 Os tumores pulmonares são a principal causa de mortalidade por câncer, com mais de 1,8 milhão de mortes anuais globalmente. Em 2020, o Brasil registrou mais de 28 mil óbitos devido a essa doença, segundo o Inca. Cerca de 70% dos pacientes apresentam o câncer em estágio avançado, o que torna o diagnóstico precoce prioridade urgente na prevenção e no tratamento.

Uma das propostas da reforma tributária é destinar parte da arrecadação para a Programa Nacional de Controle do Tabagismo e para o SUS. Esse fato é relevante, pois não só o tabagismo ativo, mas também o fumo passivo, somado à poluição e ao diagnóstico tardio, causa deficiências fonatórias e respiratórias graves.

A nicotina, presente em todos os derivados do tabaco, é uma droga com alto potencial viciante. Suas propriedades psicoativas alteram o sistema nervoso, provocando mudanças de comportamento e induzindo à dependência, impactando também um grande desafio global: a saúde mental.

Nos últimos anos, a preocupação com o uso de cigarros eletrônicos cresceu. No Brasil, a venda desses produtos é ilegal e proibida pela Anvisa, mas o comércio clandestino prospera, aumentando os riscos. A proposta de reavaliar a proibição e, potencialmente, liberar a venda desses dispositivos levanta questões sobre os impactos futuros para a saúde pública. Estudos internacionais associam o uso de tais aparelhos a riscos sérios, incluindo doenças respiratórias e cardiovasculares, além do potencial de criar uma nova geração de dependentes de nicotina.

É fundamental que políticas fiscais e regulamentares sejam usadas para desincentivar o uso de cigarros tradicionais e eletrônicos. A evidência de que produtos de tabaco, independentemente da forma, causam sérios danos à saúde pública deve motivar uma posição firme contra a liberação desses dispositivos e a adoção de medidas tributárias mais robustas, como sugerido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para a Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço e a ACT Promoção de Saúde, a reforma tributária representa uma oportunidade única para proteger a saúde pública, e reformar as políticas de tributação sobre produtos de tabaco é essencial. Com isso, a arrecadação gerada pode ser usada diretamente para fortalecer o SUS, destinando recursos para campanhas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de cânceres relacionados ao uso de tabaco.

Essa abordagem não só ajudaria a aliviar o peso econômico do tabagismo sobre o SUS, mas também contribuiria para a promoção de ações de saúde pública eficazes e sustentáveis, combatendo as ameaças presentes e futuras do tabagismo.

*Melissa Medeiros é fundadora e presidente voluntária da Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço e integrante do Conselho Nacional de Saúde

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RÁDIO ITATIAIA

CFM entra na Justiça contra sistema de cotas na residência médica

Conselho abriu uma ação civil pública contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pelo Exame Nacional de Residência (Enare)

O Conselho Federal de Medicina (CFM) ingressou com uma ação civil pública contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) por causa da reserva de 30% das vagas (cotas) para grupos populacionais vulnerabilizados – como pessoas com deficiência, indígenas, negros e residentes em quilombos – na distribuição de vagas dos aprovados no Exame Nacional de Residência (Enare). A ação corre na 3ª Vara Cível de Brasília, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

Em nota, o CFM se posicionou, na quarta-feira (30), contra a implementação de cotas nas Residências Médicas, iniciativa que surge a partir do edital lançado pela Ebserh. Para o CFM, esse mecanismo de cotas ‘vai causar uma discriminação reversa’ e ‘fomentará a ideia de vantagens injustificáveis dentro da classe médica’.

Ebserh e Fiocruz defendem ações afirmativas na criação de cotas. Em nota, a Ebserh “manifesta profunda discordância em relação a notas publicadas que questionam a inclusão de políticas afirmativas nos editais do Enare.”

A empresa lembra que as reservas de vagas, como feita no Enare, estão previstas em lei e há respaldo do Supremo Tribunal Federal (STF) ao “critério étnico-racial na seleção para ingresso no ensino superior público.”

O Conselho Deliberativo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também manifestou apoio aos critérios do Enare que observam as ações afirmativas. “O acesso às diferentes modalidades de pós-graduação, inclusive às residências em saúde, ainda é extremamente desigual, com sub-representação das pessoas negras (pretas e pardas), indígenas e pessoas com deficiência”, assinala a nota.

Enare

O Exame Nacional de Residência (Enare) foi realizado no dia 20 de outubro em 60 cidades, oferecendo 4.854 vagas de residência médica e mais 3.789 vagas de residência multiprofissional em hospitais e outras áreas profissionais da saúde. As vagas serão abertas em 163 instituições de todo o país. Dos 89 mil candidatos inscritos, aproximadamente 80 mil compareceram aos locais da prova.

Os resultados do exame escrito do Enare serão divulgados no dia 20 de dezembro.

‘A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) lançou um edital reservando 30% das vagas do Exame Nacional de Residência (Enare) para negros, indígenas, quilombolas e portadores de necessidades especiais. Com isso, várias universidades estão aprovando a criação de cotas para suas respectivas residências. O CFM defende que esse mecanismo vai causar uma discriminação reversa, já que as eventuais desigualdades foram equalizadas a partir da entrada dos grupos menos favorecidos nas faculdades de medicina, além de que a seleção para a residência medica não se assemelha a concurso para provimento de cargos públicos.

O CFM reconhece a importância das políticas afirmativas para a concretização do princípio de equidade, mas entende que elas não se aplicam para a seleção em residências médicas. Ao ingressarem nos cursos de medicina por meio das cotas, negros, indígenas, quilombolas e portadores de necessidades especiais tiveram acesso ao mesmo ensino que os demais colegas da ampla concorrência. Todos tiveram a mesma formação intelectual e profissional e fazem parte de uma relevante categoria profissional.

O registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) significa que todos são médicos, não havendo lacunas de conhecimento que justifiquem um tratamento diferenciado para alguns.

Esse privilégio para a entrada na residência médica pelo sistema de cotas, que a Ebserh inaugurou e outros serviços estão seguindo, fomentará a ideia de vantagens injustificáveis dentro da classe médica.

O que o CFM defende, e que deveria fazer parte da lista de reivindicações de todos os que querem uma medicina brasileira de qualidade, é que a residência médica se mantenha como o padrão-ouro na formação de especialistas, baseando o acesso aos programas no mérito acadêmico de conhecimento, motivo pelo qual o CFM ajuizou ação judicial para este fim’.

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MEDICINA S/A

Como os profissionais de saúde ganham visibilidade com estratégias digitais

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O setor da saúde mudou muito nos últimos anos, devido ao avanço da tecnologia e a necessidade dos profissionais que atuam nessa área se reinventarem e mudarem a forma como eles trabalham no dia a dia. Com isso, a presença na internet passou a ser inevitável para os médicos aumentarem sua visibilidade e ficarem mais próximos dos seus pacientes. 

Para tanto, é preciso estudar cada canal digital e entender quais são os conteúdos mais procurados e de interesse do seu público-alvo, para ser cada vez mais assertivo e atender às suas reais necessidades.

Diante deste contexto, os médicos podem aproveitar e investir em marketing de conteúdo para publicar informações em blogs e redes sociais sobre assuntos relacionados a sua área de atuação, com materiais que envolvem diagnósticos, tratamentos, particularidades de cada doença e sintomas, ajudando a atrair e reter mais pacientes. 

De acordo com a pesquisa Paciente Digital, feita pela Doctoralia, 90% dos pacientes usam a internet como fonte de informação sobre saúde; 40% dos consumidores afirmam que as informações encontradas no ambiente digital e nas redes sociais afetam a maneira como lidam com sua saúde, e 80% dos pacientes escolhem um especialista com base em avaliações online. 

Para que eles consigam aumentar sua visibilidade, os médicos e especialistas da saúde devem apostar em estratégias digitais, como o uso de ferramentas como Google Business Profile, onde os pacientes conseguem verificar os serviços disponíveis em cada clínica e cada médico em apenas alguns cliques, podendo inclusive já efetuar o agendamento por meio do botão “agendar online” nos perfis comerciais do Google. 

Uma forma também de melhorar a presença na internet é utilizar plataformas de agendamento, onde é possível publicar todas as informações básicas da clínica, como descrição, serviços oferecidos e planos de saúde aceitos e ainda outros benefícios, como agenda online, personalização avançada das informações e ferramentas de marketing para potencializar presença online

Outra estratégia é usar as opiniões dos pacientes a favor dos profissionais de saúde e deixá-las visíveis para que todos possam ter acesso tanto no Google como nas plataformas de agendamento. Isso fará com que as pessoas tenham recomendações e possam se sentir mais seguros em agendar uma consulta, principalmente se eles interagirem com esses pacientes e responderem a críticas ou elogios. Isso mostrará interesse do médico sobre o que está sendo dito. Seguindo essa linha, outra forma de engajar seu público-alvo é utilizar fóruns de discussão ou canais como o “Pergunte ao especialista”, pois vai garantir maior visibilidade e mais visitas ao perfil do médico – aumentando assim as chances de novas marcações.   

Por fim, vale destacar que a presença dos médicos na internet já se tornou algo imprescindível e que deve ser levada em consideração, principalmente porque ela amplia o alcance desses especialistas, tornando-o mais visível e ajudando a transmitir ainda mais credibilidade e confiança a todos os envolvidos. Tudo isso fará uma grande diferença no trabalho desses profissionais. 

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Sobre a Doctoralia

Doctoralia, empresa do Grupo Docplanner, é a maior plataforma de saúde do mundo. Presente em 13 países, o grupo é responsável por atender 55 milhões de pacientes e processar mais de 15 milhões de agendamentos de consultas por mês, atualmente, possui mais de 2 milhões de profissionais de saúde em sua base, com um total de 10 milhões de avaliações de pacientes. Com a missão global de tornar a experiência em saúde mais humana, a Doctoralia atende a diferentes públicos ao oferecer uma gama diversificada de serviços: marketplace, que permite agendamento e avaliação de consultas, sistema SaaS (Software as a Service) voltado para otimização da gestão do consultório, fluxo de pacientes e realização de teleconsultas. Em julho de 2022 a empresa anunciou a aquisição da Feegow, software líder de gestão para clínicas. Para ampliar o alcance do serviço, a Doctoralia disponibiliza também o aplicativo móvel para pacientes.

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Assessoria de Comunicação