Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 13/11/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saúde privada defende menor tributação

Brasil tem 5 hospitais entre os 20 melhores da América Latina; veja ranking

Crescimento descontrolado de faculdades de Medicina preocupa especialistas em Goiás

Secretaria da Saúde adota novo sistema de regulação de pacientes em Goiás

CFM desiste de recorrer contra aumento das cotas para negros e indígenas no Enare

Democratização do setor de saúde exige inovação e governança

Hospital das Clínicas da FMUSP e Anahp firmam parceria para análise de indicadores

MONITOR MERCANTIL

Saúde privada defende menor tributação


Representantes do setor da saúde e de previdência complementar defendem o argumento que a iniciativa privada e sem fins lucrativos desafogam gastos do poder público na saúde para justificar aumento ou manutenção de tratamento favorecido na reforma tributária. Os pedidos foram feitos em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado realizada nesta terça-feira.

A reunião, presidida pela senadora Augusta Brito (PT-CE), foi a quarta de 11 previstas na CCJ para analisar o projeto de lei complementar (PLP 68/2024, que regula a transformação de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) em dois: um imposto sobre o valor agregado (IVA) sobre o consumo, dividido entre os níveis federal e estadual/municipal; e o Imposto Seletivo. O texto é relatado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM).

Segundo o senador Efraim Filho (União-PB), o poder público precisa refletir a vontade dos cidadãos e dar tratamento favorecido à área da saúde, em contraponto com a necessidade de os governos arrecadarem recursos. “Há temáticas que precisam ter um olhar diferenciado, e a saúde tem sido um deles. Os governos (federais, estaduais e municipais) têm que se adaptar à alíquota que o cidadão brasileiro consegue arcar. Tenho convicção de que o Senado não quer e não irá entregar o maior IVA do mundo como se tem dito por aí”, destaca o senador.

Serviços cirúrgicos, consultas médicas, vacinação e outros 24 serviços de saúde terão redução de 60% da alíquota-padrão do novo IVA, estimada em cerca de 28%, a ser aplicada como regra geral a todos bens e serviços consumidos no país. Atualmente, o consumo é tributado por regras esparsas e elaboradas por cada um dos 27 estados e dos 5.570 municípios.

Medicamentos

Todos os medicamentos deveriam ser livres do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) – que representam a parte estadual/municipal e federal do novo IVA – , na opinião do presidente-executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Nelson Mussolini. Segundo ele, aumentar as vantagens poderá desafogar o SUS com relação ao fornecimento de medicamentos.

“Quando o médico prescreve um produto, se a pessoa não consegue comprar na farmácia, ela se socorre no posto de saúde para buscar esse medicamento. Dessa forma, ele pressiona o Sistema Único de Saúde”, disse.

O presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (Pró-Genéricos), Tiago de Moraes Vicente, defendeu a manutenção da atual versão do PLP 68/2024, aprovada na Câmara dos Deputados. O texto dá a 383 medicamentos alíquota zero de IBS e CBS; os demais remédios terão 60% de redução dos tributos.

Plano de saúde

O texto prevê ainda que os planos de saúde também terão redução de 60% da alíquota, segundo o representante da confederação de empresas de saúde suplementar (CNSeg), Bruno Toledo Checchia. Ele elogiou o tributo reduzido, mas criticou o que ele considera uma desigualdade nas negociações feitas por sindicatos de trabalhadores, com relação à possibilidade de recuperar, na forma de crédito, o tributo pago.

“Quando uma empresa por força de convenção coletiva (negociação feita com o sindicato do empregador) contrata plano de saúde, pode se creditar; e a outra empresa que é obrigada por força de um acordo coletivo (negociação feita diretamente com a empresa) a contratar esse mesmo plano, não teria direito ao crédito”, afirmou.

O creditamento é uma forma de assegurar que o tributo sobre o consumo seja arcado só pelo consumidor final. Como regra da reforma tributária, as empresas que atuam no meio da cadeia de produção ou de serviço e pagam IBS e CBS nas suas aquisições podem ter o valor de volta na forma de crédito, para abater posteriormente nos tributos devidos ao governo. As empresas que fornecem produtos ou serviços que não dão direito a crédito, portanto, temem ser menos atrativas ao mercado.

A demanda também foi feita pelo representante da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Renato Guilherme Machado Nunes. As entidades filantrópicas são imunes (não podem ser cobradas pelos novos tributos) e não podem utilizar créditos das aquisições que fizerem.

Sem alterações

Segundo a Agência Senado, os fundos de pensão (que gerenciam investimento para aposentadoria complementar) e planos de assistência à saúde sob a modalidade de autogestão (quando o próprio órgão público ou empresa gerencia seu plano de saúde) não serão contribuintes do IVA.

A previsão do PLP 68/2024 na forma aprovada pelos deputados foi defendida pelos representantes da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas) e da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (Anabb).

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PORTAL UOL

Brasil tem 5 hospitais entre os 20 melhores da América Latina; veja ranking


Os hospitais devem responder a um questionário de 163 perguntas, fornecendo dados em oito áreas: segurança, gestão de pessoas, produção de conhecimento, eficiência do tratamento, experiência do paciente, sustentabilidade do setor, tecnologia e uso de telemedicina.

A IntelLat também produziu pesquisa sobre o prestígio das unidades com 8.660 membros da comunidade hospitalar e de saúde na América Latina. Os mais destacados foram Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital das Clínicas de São Paulo (FMUSP) e Hospital Sírio-Libanês, todos em São Paulo. Na pesquisa em território nacional, o A.C. Camargo Cancer Center também aparece.

Sustentabilidade tem se mostrado um fator crucial para o desenvolvimento de hospitais brasileiros. Segundo o diretor-executivo da IntelLat, Ricardo Zisis, a partir de práticas sustentáveis, como em questões de energia, redução de resíduos e uso de produtos ecológicos, é possível observar eficiência na assistência médica.

Um exemplo disso é o Hospital Albert Einstein, certificado LEED pelo US Green Building Council, que valoriza o desempenho de edifícios sustentáveis (verdes), além de utilizar um sistema de aquecimento solar de alta eficiência com o intuito de reduzir o consumo de gás natural. O Hospital Sírio-Libanês também se destaca entre as instituições que prezam pela sustentabilidade do setor, utilizando um sistema de cogeração de energia. Ricardo Zisis, diretor-executivo da IntelLat

Veja o ranking completo e as notas Hospital Israelita Albert Einstein – Morumbi (São Paulo, Brasil) – 94,30Hospital Sírio-Libanês (São Paulo, Brasil) – 76,39Hospital Italiano (Buenos Aires, Argentina) – 75,56Hospital Moinhos de Vento (Porto Alegre, Brasil) – 72,01Hospital Alemán (Buenos Aires, Argentina) – 70,02Fundación Cardiovascular/Hospital Internacional (Bucaramanga, Colômbia) – 68,32Centro Médico ABC (Cidade do México, México) – 63,29Clínica Imbanaco (Cali, Colômbia) – 60,05Hospital Punta Pacífica (Cidade do Panamá, Panamá) – 59,20Hospital Clínica Bíblica (San José, Costa Rica) – 58,89Hospital Nove de Julho (São Paulo, Brasil) – 58,49Hospital Pablo Tobón Uribe (Medellín, Colômbia) – 58,22Hospital Zambrano Hellion – Tec Salud (San Pedro Garza García, México) – 56,85Clínica SOMER (Río Negro, Colômbia) – 53,58Hospital Metropolitano (Quito, Equador) – 51,02Hospital Municipal Vila Santa Catarina (São Paulo, Brasil) – 49,95Clínica San Pablo (Lima, Peru) – 49,41Clínica Las Américas (Medellín, Colômbia) – 49,23Fundación Hospital Infantil los Ángeles (Pasto, Colômbia) – 48,81Clínica Jesús del Norte (Lima, Peru) – 48,49

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MAIS GOIÁS

Crescimento descontrolado de faculdades de Medicina preocupa especialistas em Goiás

Assunto preocupa lideranças ligadas a área médica

Plenária do Cremego realizada nesta segunda-feira (11) discutiu o assunto

O aumento acelerado de escolas médicas no Brasil, especialmente em instituições privadas, acendeu o alerta entre conselheiros, especialistas e representantes do setor médico e educacional. Em uma plenária temática promovida pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) na última segunda-feira (11), o tema foi amplamente discutido com a presença de autoridades e especialistas.

O conselheiro Donaldy Sampaio apresentou dados recentes do Conselho Federal de Medicina (CFM), que revelam um aumento expressivo de escolas médicas no Brasil. Desde o ano 2000, o número de cursos cresceu de 80 para 390, enquanto o sistema e-MEC aponta um total de 459 graduações em Medicina em 2024 – dos quais 66% são de instituições privadas e 33% de públicas.

Presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Flávio Roberto de Castro explicou os critérios estabelecidos pelo Estado para a avaliação dos pedidos de abertura de novos cursos. Atualmente, cinco processos de novos cursos de Medicina tramitam no âmbito estadual. “As instituições precisam demonstrar capacidade de atender aos requisitos de qualidade definidos no edital, mas o lobby para abertura de novas vagas é muito grande”, declarou Castro, prevendo que, pelo menos, três novas instituições poderão propor novos cursos em breve.

Para Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, presidente do Cremego, os dados apresentados ressaltam a inviabilidade de um novo curso de Medicina em Goiás. Ela expressou preocupação com a qualidade da formação médica diante do crescente número de escolas no País. “Essa plenária é apenas o início de uma luta incansável contra a abertura de novos cursos. Precisamos assegurar que a formação médica tenha qualidade, algo que se torna inviável com a abertura indiscriminada de novas escolas”, afirmou.

O Cremego também abordou a necessidade de retomar as visitas às faculdades de Medicina, tanto para fiscalização quanto para orientação acadêmica, com o intuito de garantir um bom ensino, como explicou o 1º vice-presidente do Cremego, Rafael Martinez. “Não queremos a abertura de novas vagas, mas, se já existem, precisamos garantir a qualidade da formação dos futuros médicos”, enfatizou.

A plenária contou ainda com a participação de Marcelo Prado, conselheiro federal do CFM por Goiás, que reforçou a importância das denúncias de alunos que sofrem com a precariedade em algumas instituições de ensino. Os graduandos do Centro Universitário de Mineiros (Unifimes), por exemplo, foram destacados na reunião por denunciarem deficiências estruturais e pedagógicas.

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 REDAÇÃO

Secretaria da Saúde adota novo sistema de regulação de pacientes em Goiás

A Secretaria da Saúde de Goiás (SES) avança, na próxima semana, para a terceira etapa de migração para um novo sistema de regulação de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Trazida do Rio Grande do Sul, a tecnologia vai aperfeiçoar o acesso e a liberação de vagas de internação em todas as unidades da rede pública e conveniadas, dando sequência à mudança já em adoção para os módulos de consultas e exames.

O Sigo, como é chamado o sistema, apresenta diversas melhorias, de acordo com a superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Melo Limongi. “Teremos maior visibilidade sobre as internações e leitos disponíveis, incluindo os destinados à observação e estabilização em hospitais que atendem demandas espontâneas ou emergenciais”, explica.

Outras vantagens são a apresentação de informações sobre a situação dos pacientes, custos dos procedimentos e tempo de internação. Em termos de consultas, o agendamento automático vai substituir a marcação de forma manual, atualmente realizada para uma média mensal de 30 mil consultas. A expectativa é de que a ferramenta também eleve o nível de confiança da população no processo de regulação. 

A transição inclui capacitações para que os colaboradores dos hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), e Centros de Atenção Integral à Saúde (Cais) possam operar a nova ferramenta. É o caso da servidora Ariadna Cristina Luiz Santos, que participou de um dos treinamentos e comentou sobre a eficácia do sistema. “Agora teremos um sistema mais eficiente, que ajudará a reduzir tanto o número quanto o tempo de espera dos pacientes”, avalia.

De acordo com a SES, a próxima e última etapa será a migração do módulo de faturamento, com a troca completa dos sistemas até o primeiro semestre de 2025.

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CORREIO BRAZILIENSE

CFM desiste de recorrer contra aumento das cotas para negros e indígenas no Enare

Após repercussão negativa, CFM desiste de recurso contra cotas no Exame Nacional de Residência (Enare); Ebserh e Educafro defendem inclusão de grupos vulneráveis

O Conselho Federal de Medicina (CFM) manifestou sua posição contrária à implementação de cotas para negros, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência nas residências médicas no Exame Nacional de Residência (Enare). Organizado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), o edital do exame, realizado em outubro, destina 30% das vagas para esses grupos como ação afirmativa para democratizar o acesso às residências médicas.

Em nota divulgada em outubro, o CFM defende que, após a formação, todos os médicos possuam a mesma qualificação profissional ao se registrarem no Conselho Regional de Medicina (CRM). O órgão argumenta que as desigualdades educacionais já foram atenuadas no processo de ingresso nas faculdades de medicina. Segundo o CFM, a introdução dessas ações pode criar uma percepção de privilégios injustificados na classe médica.

No mesmo mês, o CFM ajuizou uma ação civil pública contra o edital do Enare, alegando que a política de cotas promoveria “discriminação reversa”. A ação foi negada sem análise de mérito, sob o argumento de que o CFM não teria legitimidade para questionar políticas de ação afirmativa em processos de seleção para residência médica. O conselho, diante dessa decisão e da repercussão negativa do caso, anunciou, na sexta-feira (8/11), que não pretende recorrer.

Uma das principais entidades representativas dos médicos no Brasil, a Associação Médica Brasileira (AMB) também se posicionou contra a aplicação de política de cotas nas seleções para residência médica. A associação argumenta que todos os candidatos ao exame de residência já possuem formação igualitária, uma vez que completaram o curso de medicina nas faculdades. “A residência médica vai além do objetivo da formação de especialistas e jamais pode ser comparada ao acesso para cargos públicos, através de concursos”, comunicou, em nota.

O Enare foi realizado em 20 de outubro em 60 cidades, oferecendo 4.854 vagas para residência médica em 163 instituições em todo o Brasil. Desde 2023, o processo inclui uma reserva de 10% das vagas para pessoas com deficiência. Para a seleção deste ano, foi incorporada uma nova cota de 30% para candidatos autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas e pessoas com deficiência.

Resposta

Em contestação, a Ebserh informou que o objetivo do Enare é ampliar e democratizar o acesso às residências médicas e multiprofissionais, com previsão de cotas para grupos vulnerabilizados, em alinhamento com os objetivos constitucionais do Brasil. A empresa destacou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já reconheceu a constitucionalidade de ações afirmativas, incluindo cotas étnico-raciais, no acesso ao ensino superior público.

A empresa declarou, também, que a política de cotas para ingresso no ensino superior, por si só, não eliminam as desigualdades sociais presentes no acesso às especialidades médicas. Por fim, a Ebserh manifestou “profunda discordância” com as publicações que questionam as políticas afirmativas no Enare, enfatizando que tais políticas “não implicam privilégio ou quebra da isonomia.”

Discordância

A Educafro Brasil, projeto com objetivo de inserir e garantir a permanência de negros e pessoas da camada popular dentro das universidades públicas, manifestou-se contrária à postura do CFM e da AMB, classificando-a como “equivocada e inconstitucional”. Segundo a entidade, a oposição às cotas para negros, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência ignora a importância das políticas públicas antirracistas, já legitimadas pelo Congresso.

Para Frei David, representante da Educafro Brasil, as pessoas negras foram excluídas de espaços profissionais de destaque, incluindo a área médica, e que ações afirmativas, como as adotadas pela Ebserh no Enare, representam um avanço em direção à igualdade. “A decisão do órgão público Ebserh contribui para uma sociedade mais plural, inclusiva e igualitária”, afirma.

A organização sinalizou que apresentará uma petição, dentro de 48 horas, para participar do processo como amicus curiae (instituição que tem por finalidade fornecer subsídios às decisões dos tribunais), a fim de defender a constitucionalidade das ações afirmativas na seleção para residências médicas.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Democratização do setor de saúde exige inovação e governança


Encontro realizado em parceria entre a Unimed-BH e o IBGC Minas na capital mineira destacou a importância da transparência, ética e acesso inclusivo

Realizado em parceria entre a Unimed-BH e o capítulo Minas Gerais do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC Minas), o encontro “Governança e inovação no setor de saúde – presente e futuro”, reuniu na terça-feira (12), em Belo Horizonte, a cadeia produtiva da saúde e o ecossistema de inovação da cidade para uma conversa sobre temas como tecnologia, inteligência artificial, equidade e inclusão, entre outros.

Do primeiro painel – “A Governança Corporativa e seus fundamentos levando à governança da inovação” – participaram o presidente da Unimed-BH, Frederico Peret, a líder do squad de Saúde do IBGC Minas, Mônica Cordeiro, e do diretor regional do IBGC Minas, Luís Gustavo Miranda.

“A governança é base para sermos resilientes e gerar confiança diante de um mercado tão volátil, atuando com transparência e integridade.  É uma prática coletiva que depende de cada um. Enquanto cooperativa, temos um papel muito importante. O sétimo princípio do cooperativismo é o interesse pela comunidade. Temos que ser um exemplo para a sociedade”, explicou Peret.

Ferramenta que ganhou notoriedade e passou a gerar discussões acaloradas fora do ambiente de inovação nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) foi um dos assuntos do evento. Permeando a lista dos principais desafios da governança no setor – viés e transparência nos algoritmos; privacidade e segurança de dados; responsabilidade e prestação de contas -, a IA exige mais do que compliance, ela requer confiança dos usuários.

“Quando a empresa adota a integridade como um princípio inegociável, ela fortalece a relação de confiança com os pacientes, reguladores e parceiros, criando um ambiente em que a inovação pode prosperar de maneira responsável e alinhada com os melhores interesses dos stakeholders”, pontuou o executivo.

Já o segundo painel, “A inovação e tecnologia aplicadas à saúde”, contou com o líder do squad de Inovação do IBGC Minas, Antônio Rocha, o CEO da Indigo e parceiro da Unimed-BH em projeto de inovação em saúde, Frederico Andrade; a professora associada do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Gisele Pappa; e o gerente de Inovação da Unimed-BH, Rafael Silva.

“Foi muito importante ouvir da Unimed que para eles inovação sem inclusão não existe. É importantíssimo quando eles colocam a equidade como um dos pilares que é, justamente, trazer essa inclusão para que ninguém fique de fora. A inovação com a governança tem um papel muito importante porque ela ajuda a democratizar o acesso à saúde. À medida que a tecnologia se envolve, os custos começam a cair e aquilo passa a ser algo que é acessível a um universo muito maior de pessoas. É muito importante ter esse olhar para os outros atores”, destacou Rocha.

Para o coordenador do IBGC Minas, o encontro não revelou apenas a face prática do processo de inovação regidos por princípios de eficiência e economicidade, mas também sobre como esse binômio é fundamental para gerar um resultado positivo para toda a sociedade, democratizando o acesso a uma saúde de ponta.

“A saúde é uma área que tem a ver com cidadania, como direito fundamental à vida. Hoje discutimos cenários, perspectivas e o que está sendo feito na prática atualmente. Saímos enxergando o lado da sustentabilidade e o lado humano ligado à tecnologia. Temos que eleger prioridades e a prioridade é o que tem grande Impacto. Não adianta nada a gente desenvolver várias frentes, várias tecnologias, sem tratar do grande impacto e melhorar a vida de todos”, afirma Miranda.

A avaliação da superintendente-executiva de Relacionamento com Cooperado e Sustentabilidade da Unimed-BH, Rosana Chaves, caminha na mesma direção:

“A adoção de novas tecnologias não pode ser feita a qualquer custo. Ela precisa ser feita de maneira ética e responsável. A saúde é um segmento em franca transformação e requer discussões e alternativas para podermos evoluir sempre de forma inclusiva. Essa foi uma oportunidade de discutir inovação e governança de forma propositiva. Temos vários desafios conforme apontado aqui pelo ‘doutor Frederico (Peret)’ e, como disse o Antônio, precisamos aliar tecnologia e humanidade”, completou Rosana Chaves.

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MEDICINA S/A

Hospital das Clínicas da FMUSP e Anahp firmam parceria para análise de indicadores

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) e Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) firmaram acordo de cooperação para que o complexo hospitalar passe a integrar o sistema de indicadores da Associação que permite a comparação com dados de mais de 190 hospitais do Brasil já inseridos na plataforma. O acesso a essas informações possibilitará aos nove institutos do HCFMUSP a elaboração de estratégias para melhorar a qualidade de atendimento aos pacientes e promover maior sustentabilidade dos recursos.

Com a parceria, o HCFMUSP passará a fornecer informações sobre diversos aspectos do atendimento hospitalar, como a média de permanência dos pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), taxa de conversão de atendimentos de emergência em internações, entre outros. Esses dados ficarão disponíveis na plataforma que dará uma visibilidade da posição do complexo, e de seus nove institutos, em comparação a uma média dos demais hospitais associados (sem identificá-los). Inicialmente, serão 30 indicadores a serem compartilhados, podendo chegar a 265, de acordo com o processo de estruturação e treinamento das equipes.

“Para o HCFMUSP, essa oportunidade agrega valor ao oferecer comparações detalhadas sobre o desempenho operacional dos institutos e dos serviços de saúde. Com esses dados, é possível direcionar ações de governança e otimizar o uso de recursos, buscando aprimorar o sistema de saúde e seus atores. Nossa visão para o futuro é transformar a saúde pública por meio da expansão de dados, informação e saúde digital, fortalecendo a rede de cuidados e contribuindo para políticas inovadoras, com responsabilidade social”, afirma o superintendente do HCFMUSP, Antonio José Rodrigues Pereira.

“A Anahp existe para defender e promover qualidade nos hospitais. E isto não pode se limitar as instituições privadas. Colaborar com o setor público e apoiar hospitais mantidos pelos governos faz parte da nossa missão. Por isso já firmamos várias parcerias incluindo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e com o Ministério da Saúde, focados aqui em hospitais federais. Atualmente contamos com 37 unidades públicas no sistema; e neste momento, ter uma instituição do porte e atuação como a do HCFMUSP será muito enriquecedor no que tange a informação sobre o cenário da saúde no Brasil, já que se trata de um complexo hospitalar que atende pacientes de todo o país”, reforça Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp.

Sistema de Indicadores Hospitalares da Anahp

O Sistema de Indicadores Hospitalares da Anahp, criado há 17 anos, é pioneiro no setor. Atualmente, conta com 265 indicadores distribuídos em 4 áreas: dados assistenciais, de gestão de pessoas, econômico-financeiros e de sustentabilidade. Com acesso fechado e exclusivo, cada hospital obtém relatórios individuais, podendo fazer segmentações por porte, unidade federativa/região, número de leitos, entre outras categorias. Por meio dos dados inseridos, a ferramenta mostra qual a posição da instituição em relação aos demais hospitais e com características estruturais similares, possibilitando assim uma análise mais aprimorada de sua eficiência e desempenho.

A fim de contribuir para a evolução da qualidade do sistema de saúde brasileiro, há 15 anos a Associação compartilha o benchmark dos indicadores coletados no sistema, de forma consolidada, por meio do Observatório Anahp – publicação anual que é referência no setor. A entidade também disponibiliza alguns dos dados do sistema que podem ser acessados em tempo real e de forma pública, por meio desta página.

As instituições comprometidas com a qualidade do cuidado e gestão eficiente são uma fonte rica de informações que, quando utilizadas de forma estratégica, ganham potencial norteador para tendências e melhoria contínua.

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Assessoria de Comunicação