Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 25 A 27/01/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Artigo – Os planos de saúde

Uma revolução na saúde suplementar no Brasil

Críticas à mudança na regra da mamografia

Ministério da Saúde realiza maior número de cirurgias eletivas da história do SUS

Sociedade médica alerta para baixa procura da vacina contra a dengue

Goiânia intensifica combate à dengue após registrar 562 casos em apenas três semanas

Saída dos EUA da OMS cria riscos geopolíticos

Ex-secretário de Saúde de Goiânia se apropriou de mais de R$ 7 milhões de fundo usado para comprar remédios e pagar prestadores de serviços, diz TCM

O DIA

Artigo – Os planos de saúde

Aristóteles Drummond – jornalista

Os planos de saúde em todo mundo protegem boa parte da população, mas enfrentam crise de confiança. A judicialização, que interpreta os contratos entre as partes e o uso abusivo, seria os maiores responsáveis pelo ambiente passional envolvendo as partes. Juízes não percebem que o aumento dos custos é repassado para as mensalidades e afastam pela via dos preços milhares de famílias que aumentam a pressão no SUS. Boas intenções de efeitos cruéis para os menos favorecidos.

A recente execução do dirigente da maior operadora americana, em plena Nova York, por um psicopata chamou a atenção para o problema.

Consta que a mesma empresa vendeu sua participação no nosso mercado pela interferência do Judiciário e pelo uso mais intenso dos assistidos aqui. Concluíram que a consulta ou exame coberto seria para ser usado a toda hora. O que confirma que de graça brasileiro toma até injeção. O executivo e o legislativo deveriam agir fixando regras nítidas para proteger cerca de 50 milhões de brasileiros assistidos, número que já foi maior. E aí sim definir prazos a serem cumpridos pelas operadoras para liberar procedimentos e internações.

O atendimento no SUS também vive momento delicado. Exceto no Rio, onde existe rede federal, estadual e municipal oriundos dos antigos institutos de previdência, é feito na sua maioria pela rede privada conveniada com tabelas defasadas. Muitas instituições filantrópicas, como as Santas Casas, estão deixando o SUS por falta de condições de arcar com os prejuízos. Tem consultas a 20 reais e diárias hospitalares de 30. Foge ao bom senso a sociedade ser cúmplice de distorções que afetam a vida de todos. O SUS seria excelente se fosse melhor gerido, pois o orçamento é suficiente e os planos podem atender a melhor custo se não sofrer esta investida de magistrados que fazem bondades com o chapéu dos outros. Seus quadros são excelentes e deram prova na pandemia e nas campanhas de vacinação, só agora, nesta gestão ideologizada, estão deixando a desejar.

O setor privado tem de ser estimulado a investir, sendo que são muitas as alternativas a obter melhor rentabilidade, como é o caso dos hospitais de longa internação de qualidade, mas de custos menores, que já é uma realidade nos EUA e até mesmo em São Paulo. E o próprio SUS poderia oferecer vagas por convênios para liberar espaço em seus hospitais.

A competência do setor privado é uma realidade. São empresas altamente conceituadas, como Bradesco, Amil, Dasa, Sul América, Rede D’Or e outras relevantes com hospitais entre os melhores do mundo. O Materdei, de Minas, o Moinho de Ventos, em Porto Alegre, os seis estrelas paulistas colocam o Brasil como referência de medicina moderna e eficiente.

Uma pena se, por caprichos ideológicos, a saúde no Brasil naufragar e não melhorar.

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ESTADÃO

Uma revolução na saúde suplementar no Brasil


Foco na atenção primária e tecnologia impulsionam a coordenação do cuidado e podem ser o segredo para uma jornada com menos desperdício e com desfecho de saúde mais eficaz

Imagine uma situação em que você acorda com uma dor de cabeça insistente, mas não é só isso que precisa resolver. Você também sente dor na lombar, está com uma alergia persistente e uma angústia no peito não te dá trégua. Para lidar com esses problemas, você aciona seu plano de saúde. Depois de inúmeros telefonemas, pesquisas e consultas, consegue marcar exames e organizar retornos, mas sem a garantia de que sua saúde será plenamente resolvida.

“Mesmo que os tratamentos sejam prescritos corretamente, o principal desafio é a pessoa conseguir se engajar em tantos cuidados diferentes que, muitas vezes, não se conectam entre si”, avalia André Florence, CEO da Alice, plano de saúde para empresas. Então, o que é preciso fazer é ajudar as pessoas a usar esse sistema de saúde da melhor forma possível.

Atualmente, funciona assim: o indivíduo ou a empresa contrata um plano de saúde com um custo fixo e usufrui o que contratou. Muitas vezes, esse cuidado fragmentado e pouco organizado gera desperdício de tempo e dinheiro, por exemplo, com exames e procedimentos desnecessários, e ainda volta para o cliente em forma de reajuste.

“É como se fosse um produto pós-pago. Você contrata um plano de saúde tradicional, você usa esse plano da maneira que acha correta e, enquanto você está usando, você não sabe quanto ele está custando. Depois de um ano, esse custo voltará para você em forma de reajuste que, atualmente, é muito acima da inflação”, explica André.

A consequência disso é que o acesso à saúde privada fica cada vez mais restrito. Atualmente, 51 milhões de pessoas possuem um plano de saúde e o Sistema Único de Saúde (o SUS), hoje, atende cerca de 150 milhões de pessoas, absorvendo a maioria dos brasileiros.

Uma abordagem eficiente

Para resolver essa dor, a solução é organizar a jornada do paciente, fazendo com que ela seja eficiente e objetiva. Para isso, é preciso investir em coordenação de cuidado, deixando o sistema de saúde menos confuso, garantindo uma melhor experiência para o paciente, com integração de sistema e facilitadores como, por exemplo, tecnologias específicas e inteligência artificial.

No plano de saúde da Alice, o primeiro passo é focar na atenção primária. Cada membro do plano de saúde tem um Médico da Família, que acompanha o paciente em todos os momentos da sua jornada e pensa nesse cuidado de forma integrada. “Com isso, a gente consegue oferecer uma jornada superior, mais fácil e muito mais eficiente. Essa jornada faz com que esse membro economize tempo, tenha menos desgaste e, por isso, uma maior aderência ao tratamento. Isso gera redução de desperdícios e um melhor desfecho de saúde”, explica o CEO da Alice.

Isso tudo só é possível com o uso da tecnologia. Sempre que um membro é atendido por um profissional da rede credenciada do plano de saúde, o prontuário eletrônico utilizado é o da própria empresa, que está integrado a todo o sistema da própria Alice (hospitais, laboratórios e especialistas parceiros). Por exemplo: se você foi ao pronto-socorro, fez um exame no laboratório A e depois outro exame no laboratório B, os resultados estão todos nesse mesmo prontuário. Mais: se você sofre de dores de cabeça recorrentes e tem uma alergia que aparece vez ou outra, essas informações também estarão lá.

“A Alice conseguiu, por construir a própria tecnologia, ter toda a informação da saúde da pessoa em um lugar só. Isso faz com que os profissionais de saúde tenham capacidade de tomar decisões de uma maneira muito mais assertiva”, explica André.

Inteligência artificial na saúde

Quando existe uma organização na jornada do paciente, é possível também fazer melhor uso da inteligência artificial, que se baseia na combinação de grandes volumes de dados digitais e de algoritmos inteligentes. Respectivamente, eles permitem ao sistema ler e interpretar padrões e informações para aprender automaticamente.

“O acesso a todos os dados nos ajuda a construir modelos de inteligência artificial, ou usar modelos disponíveis no mercado, para entender qual é a jornada de saúde que vai gerar o melhor desfecho”, conta o CEO da Alice.

No plano de saúde da Alice, o primeiro passo é focar na atenção primária Foto: Divulgação/ AliceOu seja, nessa forma de aplicação, a IA funciona como um copiloto, que ajuda a aproximar e humanizar a relação médico-paciente. “Desde 2019, a gente vem construindo o nosso modelo de inteligência artificial. Hoje, a IA faz com que o profissional de saúde gaste menos carga cognitiva acessando informação e compreendendo a situação do paciente. Com isso sobra mais tempo de qualidade para ele conhecer a pessoa e ler suas expressões, individualizando a consulta para entregar, como um todo, um melhor resultado de medicina”, avalia André.

Um longo caminho pela frente

A aplicação da tecnologia na saúde é sem volta e a tendência é que continue trazendo benefícios a todos, pois reduz processos burocráticos, otimiza o trabalho dos profissionais de saúde e já se mostra mais eficaz para melhorar os resultados de saúde.

“A Alice representa o começo de uma mudança que está nos primeiros segundos de vida, mas isso só vai acontecer de uma maneira realmente massiva quando os demais planos de saúde passarem, de fato, a adotar esse mesmo modelo que deixa as pessoas mais saudáveis e gera uma melhor experiência”, finaliza André.

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CORREIO BRAZILIENSE

Críticas à mudança na regra da mamografia

ANS abre consulta pública sobre a possibilidade de elevar para os 50 anos a idade do rastreamento bienal de câncer, seguindo a norma que é adotada pelo SUS. Entidades médicas e pacientes protestam e consideram a eventual alteração um retrocesso

A possibilidade de a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) elevar para os 50 anos a idade do rastreamento bienal de câncer de mama por meio da mamografia, tal como é feito no Sistema Único de Saúde (SUS), provocou protestos de entidades médicas e gerou polêmica nas rede sociais, com críticas de mulheres que tiveram a doença – entre elas, a apresentadora de tevê Ana Furtado. Por isso, ANS abriu consulta pública, que encerrou-se na quinta-feira, para ouvir os setores da sociedade a respeito do tema. Além disso, a Procuradoria-Geral da República cobrou esclarecimentos.

Em nota ao Correio, a agência salienta que a proposta não proíbe a mamografia para mulheres na faixa dos 40 anos. A ideia, segundo a autarquia, é incentivar os planos de saúde a procurarem as beneficiárias com mais de 50 anos para que façam o rastreamento anual. Segundo a ANS, a regra vigente hoje está mantida.

“Nada muda em termos de cobertura assistencial. Nem se trata de uma recomendação para que apenas mulheres com idade a partir de 50 anos façam mamografias.

A prevenção é fundamental e o médico assistente é que vai indicar o momento de fazer os exames, que têm cobertura garantida no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS”, observa a autarquia.

A alteração da periodicidade do exame é uma recomendação do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A medida, segundo a ANS, faz parte do Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção Oncológica (OncoRede).

“Para ter o certificado de qualidade, as operadoras que participarem do programa de certificação – a adesão é voluntária -, deverão cumprir requisitos relacionados a diversos tipos de câncer. Um desses requisitos é o rastreamento populacional em mulheres com idades entre 50 e 69 anos. Ou seja, para ser pontuada no programa, a operadora terá que entrar em contato – busca ativa – com todas as mulheres com idades entre 50 e 69 anos – para alertar sobre a importância da realização de mamografia. Trata-se de uma ação junto a essa população- alvo específica. E esse rastreamento populacional é um dos critérios para pontuação no programa de certificação”, observa a ANS.

Recomendação Apesar dos esclarecimentos da agência, entidades médicas continuam a defender a recomendação da mamografia a partir de 40 anos. De acordo com a gerente de advocacy do Oncoguia, Helena Esteves, o OncoRede tem várias normas para o bom tratamento oncológico e, caso a operadora cumpra esses requisitos, lhe serão atribuídos certificados de boas práticas.

“Entre esses requisitos, está a recomendação de mamografia a partir dos 50. Isso não significa que uma mulher abaixo de 50 anos, ou até 40 anos, não poderá fazer o exame pelo plano de saúde.

Mas é claro que esse programa abre espaço para a operadora dar uma negativa de mamografia para uma mulher mais jovem”, adverte.

De acordo com a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), 40% dos diagnósticos de câncer de mama em mulheres são realizados abaixo dos 50 anos e 22% das mortes acontecem neste grupo. A maior parte das operadoras segue a recomendação das entidades médicas, viabilizando o rastreio mamográfico anual a partir dos 40 anos.

“Considerando que a diferença na taxa de sobrevida para mulheres entre 40-50 anos, que tiveram seu diagnóstico pelo rastreamento mamográfico, é de 25% a mais em 10 anos, o único benefício da alteração da diretriz proposta com a certificação é a redução de custos com exames para as operadoras.

Vale ressaltar, ainda, que os custos com diagnósticos avançados a longo prazo não estão sendo considerados”, alerta a nota da federação.

Presidente da Femama, a mastologista Maira Caleffi questiona a possibilidade de a ANS adotar as diretrizes do Inca, apesar do Rol de Procedimentos – que recomenda a mamografia aos 40 anos. “Questionamos essa mudança na idade, que não está de acordo com os entendimentos mais recentes”, argumenta.

Segundo Maira, “a discussão sobre idade e periodicidade de exames de mamografia não é nova no Brasil, e não existe consenso científico sobre a questão. Mas a legislação prevê, de forma clara, que o exame mamográfico é assegurado a todas as mulheres com idade superior a 40 anos no SUS, anualmente”. Ela frisa que, além do câncer, a mamografia pode detectar outras anomalias.

“A mamografia é um exame de imagem das mamas feito por radiografia.

É capaz de gerar imagens detalhadas, e de alta resolução, da estrutura e tecidos internos da mama. É o melhor exame para o rastreio do câncer, mas, também, serve para detectar outras anormalidades – como lesões, assimetrias, nódulos e linfomas, por exemplo”, esclarece.

Intervenções.

De acordo com Janice Lamas, médica e pesquisadora de câncer de mama, a detecção precoce em mulheres entre 40 e 50 anos possibilita intervenções menos agressivas e, em muitos casos, evitase a quimioterapia. “Isso reduz não apenas os custos associados a tratamentos mais invasivos, mas, também, o impacto psicológico e físico na vida das pacientes. Essa mudança, ao recomendar rastreamento bienal, pode levar ao diagnóstico tardio de tumores maiores e mais avançados, especialmente em mulheres economicamente ativas e com alta contribuição à sociedade”, explica.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu nota na qual se posiciona contrariamente à iniciativa. “Decisões que afetam a saúde das mulheres devem ser baseadas em evidências robustas e amplamente debatidas, visando assegurar um cuidado mais eficaz e equitativo em todo o território nacional”, salienta a entidade.

Apresentadora faz campanha

Nas redes sociais, mulheres se manifestam contra a possibilidade aventada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de aumentar para os 50 anos a idade do rastreamento bienal de câncer de mama por meio da mamografia. A apresentadora de tevê Ana Furtado, que enfrentou a doença, pediu para que as mulheres votassem contra a proposta na consulta pública aberta pela autarquia.

“Tive câncer de mama aos 44 anos de idade. Só estou aqui fazendo esse alerta para vocês porque fiz mamografia de rastreio desde os 40 anos de idade e descobri um tumor inicial e me curei”, alertou Ana, em vídeo publicado no Instagram pessoal.

Rosilene da Silva Cardoso, 69 anos, é mais uma que venceu o câncer de mama. “Sou sobrevivente”, orgulha-se. Desde os 40 anos, ela tinha um nódulo no seio que era detectado, todos os anos, pela mamografia. Mas, antes de completar 50 anos, o nódulo cresceu.

Foi assim que descobriu o câncer em duas áreas do seio.

“Quando o exame detectou câncer e a médica me deu a notícia de que perderia a mama, não tive nenhuma surpresa. Recebi o diagnóstico com muita conversa e muita resiliência. A doença estava ali e sempre quis viver. Então, disse assim: “Vou botar essa doença debaixo do meu braço, porque é minha e tenho que dar conta”, relata.

Adriana Félix tinha 34 anos quando foi diagnosticada com câncer na mama esquerda. Em 2017, conta que percebeu um nódulo no seio e logo procurou ajuda médica. Como não tinha histórico familiar de câncer, ela jamais fizera mamografia.

“Descobri em 2017, no susto, quando sem querer percebi um nódulo no meu seio esquerdo.

Nunca imaginei que fosse câncer, pois era jovem, com 34 anos de idade, fora das estatísticas e sem nenhum caso na família.

Após vários exames, veio a notícia de câncer de mama agressivo – e em estágio avançado.

Foi um choque no começo, mas, também, o início de uma grande mudança na minha vida”, conta Adriana, que tornou-se ativista pela prevenção ao câncer de mama nas redes sociais e faz rigorosos exames complementares anualmente. 

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BRASIL 247

Ministério da Saúde realiza maior número de cirurgias eletivas da história do SUS

Em 2024, o SUS realizou 13,6 milhões de procedimentos, um aumento de 32% em relação a 2022, com foco na redução das filas e qualificação do atendimento

247 – O Ministério da Saúde do Brasil anunciou a realização do maior número de cirurgias eletivas da história do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2024, foram realizados 13.663.782 procedimentos, superando em 10,8% o total de 2023, quando o número de operações ficou em 12.322.368. Em comparação a 2022, o crescimento é ainda mais expressivo: 32%, já que naquele ano foram realizadas 10.314.385 cirurgias. Isso representa um aumento de 3.349.397 procedimentos eletivos no SUS.

Entre os esforços para melhorar o atendimento, o Programa Nacional de Redução das Filas, focado em cirurgias prioritárias, também obteve resultados significativos. No ano passado, foram realizadas 5.324.823 cirurgias dentro desse programa, 18% a mais do que em 2023, quando o número foi de 4.510.740. No período de 2022 a 2024, houve um aumento de 1.573.966 cirurgias, o que representa um crescimento de 42%. Um total de 1.355.192 desses procedimentos foi financiado pelo programa, um reflexo do esforço para combater a fila de espera.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou que a redução das filas e o fortalecimento do SUS têm sido prioridades do Governo Federal. Estamos trabalhando em programas que diminuem o tempo de espera do paciente nas filas. Além disso, nos últimos dois anos, concentramos nossos esforços na reestruturação do SUS, que passou por um período de desestruturação. Nosso objetivo é que a população seja atendida em tempo hábil e com muita qualidade , afirmou a ministra.

Além disso, Nísia Trindade destacou o impacto positivo do programa Mais Acesso a Especialistas para o SUS. Com o programa, alcançamos o maior crescimento no número de serviços especializados no SUS nos últimos 10 anos. Além disso, ampliamos o número de médicos especialistas que atendem no SUS entre 2022 e 2024 , afirmou a ministra, reforçando a relevância das ações desenvolvidas.

O Mais Acesso a Especialistas é uma iniciativa que traz inovações, como a introdução de um modelo de remuneração baseado no cuidado integral, que coloca o paciente como prioridade. O programa recebeu investimentos de R$ 2,4 bilhões, com foco em especialidades como oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. Com adesão de 100% dos estados e do Distrito Federal, e 97,9% dos municípios, o programa já atingiu 167,9 milhões de habitantes por meio de 136 planos de ação regionais.

O programa também prioriza a redução do tempo de espera para consultas, exames e tratamentos, com ênfase no diagnóstico precoce. A ministra Nísia Trindade concluiu destacando que as especialidades prioritárias, como oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia, são essenciais para garantir um atendimento ágil e de qualidade à população.

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AGÊNCIA ESTADO

Sociedade médica alerta para baixa procura da vacina contra a dengue

O imunizante está disponível para um grupo restrito de pessoas em 1,9 mil cidades

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu um alerta nesta sexta-feira (24) sobre a baixa procura por vacina contra a dengue. O imunizante está disponível para um grupo restrito de pessoas em 1,9 mil cidades nas quais a doença é mais frequente. Apenas metade das doses distribuídas pelo Ministério da Saúde para estados e municípios foi aplicada.

De acordo com a pasta, de 2024 a 20 de janeiro de 2025, foram distribuídas 6.370.966 doses. A Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) indica que 3.205.625 foram aplicadas até o momento.

Em 2024, o país teve registro recorde de dengue: 6.629.595 casos prováveis e 6.103 mortes. Estão ainda em investigação 761 óbitos. Os dados fazem parte do painel de monitoramento do Ministério da Saúde e traz informações até 28 de dezembro de 2024. Em 2025, são 101.485 casos prováveis e 15 mortes confirmadas.

A vacina

A vacina contra a dengue, Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda Pharma e aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), começou a ser distribuída no país em fevereiro de 2024.

Por causa da capacidade limitada do fabricante, a quantidade de doses adquiridas pelo governo brasileiro precisou ser restrita ao público-alvo de crianças de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, depois de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Anvisa.

A Qdenga é aplicada em duas doses com intervalo de 90 dias.

A presidente da SBIm, Mônica Levi, destaca que o Brasil foi o primeiro país a oferecer a vacina contra a dengue na rede pública. No entanto, lamenta o que classifica como “baixa procura”. Ela ressalta que a Qdenga é um imunizante seguro e eficaz.

“Qualquer vacina para ser aprovada e licenciada no país passa por uma série de critérios de aprovação, e essa vacina Qdenga, do laboratório Takeda, foi aprovada no Brasil, na Europa, na Argentina, em vários da Ásia, em vários países do mundo”, afirmou à Agência Brasil.

Ela reforça o benefício de completar o ciclo de duas aplicações. “A segunda dose é responsável, principalmente, pela proteção de mais longa duração, de pelo menos mais quatro anos e meio”, explica.

Mônica Levi orienta que quem perdeu o prazo de 90 dias pode tomar a dose adicional normalmente. A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, convocou crianças e adolescentes para receberem a dose adicional.

“Se houver atraso do esquema, a primeira dose continua válida, jamais [deve] recomeçar. Dose dada é dose computada no nosso sistema imunológico, e o resultado final não tem nenhum prejuízo em um alargamento do intervalo entre as doses. Mas a gente sempre recomenda, dentro do possível, fazer as doses no esquema recomendado”, completa.

O Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, anunciou no último dia 22 o início da produção dos imunizantes contra a dengue. A vacina se chamará Butantan-DV. Mas ainda é preciso aprovação da Anvisa. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, não acredita que o país terá vacinação em massa em 2025.

Prevenção e monitoramento

O alerta da sociedade médica acompanha ações recentes de prevenção e monitoramento do Ministério da Saúde e chega em um momento de preocupação crescente por causa da detecção do sorotipo 3 (DENV-3) do vírus da dengue. Esse tipo não circula de forma predominante no país desde 2008, e grande parte da população está suscetível ao DENV-3.

Entenda o que são sorotipos da dengue e por que o tipo 3 preocupa

Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Saúde explicou que a lista dos 1.921 municípios que receberam a Qdenga foi elaborada justamente com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), ou seja, de acordo com estados e municípios.

“As vacinas são destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte, com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses”, apontou a pasta. Veja a lista de municípios aqui

O ministério afirma que a baixa disponibilidade para aquisição do imunizante faz com que a vacinação não seja a principal estratégia do governo contra a dengue. Por isso, é mantida ênfase na prevenção.

O órgão destaca que lançou o Plano de Ação para Redução da Dengue e Outras Arboviroses (doenças transmitidas por insetos, como mosquitos), em parceria com estados, municípios e organizações.

A iniciativa prevê a intensificação do controle vetorial do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da doença, com tecnologias como o método Wolbachia, Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs) em áreas de difícil acesso e a Técnica do Inseto Estéril por Irradiação (TIE-Irradiado) em aldeias indígenas, além da borrifação residual em imóveis públicos com grande circulação de pessoas.

O ministério lembra ainda que instalou, no último dia 9, o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para ampliar o monitoramento de arboviroses.

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JORNAL OPÇÃO

Goiânia intensifica combate à dengue após registrar 562 casos em apenas três semanas

Mutirão dos 100 Dias já eliminou 397 focos do mosquito Aedes aegypti

Nos primeiros 21 dias de 2025, Goiânia registrou 562 casos confirmados de dengue, evidenciando a urgência de ações para conter o avanço da doença na capital. Para enfrentar a situação, a Prefeitura mobilizou 200 agentes de combate a endemias em um amplo mutirão na Região Leste. Durante a iniciativa, já foram realizadas mais de 7.000 visitas domiciliares, resultando na eliminação de 397 focos do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, chikungunya e zika vírus.

O 4º Mutirão dos 100 Dias, promovido pela Prefeitura de Goiânia, tem concentrado esforços na conscientização da população e no combate direto aos focos do mosquito. O prefeito Sandro Mabel destacou a importância dessa iniciativa para proteger a saúde pública: “A prefeitura está aqui, fazendo sua parte, oferecendo limpeza, cuidado e orientação para proteger as nossas famílias e a nossa cidade dessa ameaça que, nós sabemos, pode ser devastadora.”

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o mutirão não apenas elimina criadouros do mosquito, mas também oferece uma série de serviços à população, incluindo consultas médicas, testes rápidos, vacinação antirrábica, aferição de pressão arterial e orientações sobre hábitos preventivos. Durante as visitas, também são atualizados os cartões de vacinação e distribuídos kits de higiene bucal.

Retorno de vírus

O secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, apontou uma preocupação crescente com a circulação do sorotipo 3 do vírus da dengue, que voltou a ser registrado no Brasil. Esse sorotipo tem um potencial elevado de causar casos graves e aumentar a taxa de mortalidade. Pellizzer explicou que o monitoramento constante do cenário epidemiológico tem sido fundamental para planejar e oferecer o suporte necessário à população.

“Nós monitoramos de forma constante o cenário epidemiológico, assegurando a notificação e a investigação rigorosa dos casos suspeitos, para embasar a organização do suporte assistencial necessário na rede de saúde”, afirmou Pellizzer. Ele destacou que a equipe mobilizada durante o mutirão visitou residências ao longo de toda a semana, orientando os moradores sobre medidas preventivas e reforçando a importância da colaboração comunitária na luta contra o mosquito.

Casos de dengue em Goiânia

Embora o ano ainda esteja no início, o número de casos confirmados de dengue nas primeiras semanas de 2025 preocupa, especialmente considerando o histórico recente. Em 2024, Goiânia enfrentou a maior epidemia desde o início da série histórica da SMS, em 2015. Naquele ano, foram registrados 49.238 casos confirmados e 64 óbitos em decorrência da dengue.

O secretário Luiz Pellizzer ressaltou que evitar uma nova epidemia exige esforços conjuntos entre o poder público e a população. “A saúde da nossa comunidade depende de cada um de nós. Cada pequeno gesto, cada mudança de hábito faz toda a diferença na luta para que esse ano possamos ter um cenário mais favorável”, disse ele, destacando o papel individual na prevenção, como a eliminação de água parada em recipientes e o cuidado com quintais e áreas externas.

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O GLOBO

Saída dos EUA da OMS cria riscos geopolíticos

Desestabilização com a perda de verbas da organização global terá impacto maior em países mais pobres

Entre as decisões tomadas por Donald Trump na volta à Casa Branca, a saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS) é a que deverá ter mais impacto nas populações mais pobres de países onde a ação do Estado em prol dos desassistidos é rarefeita. Em seu primeiro governo, Trump só retirou o país da OMS em 2020, e a medida foi revogada por Joe Biden logo no início de seu governo, em 2021. Por isso os efeitos negativos sobre a estrutura e a ação da OMS não foram sentidos. Agora serão.

Os Estados Unidos são, de longe, os maiores financiadores da organização que reúne 194 países. Com o desembolso de cerca de US$ 1 bilhão anualmente, respondem por algo como um quinto do orçamento. A contribuição financeira americana aumentou com a pandemia, tendo chegado a US$ 1,28 bilhão em 2022 e 2023, quase 40% mais que a segunda fonte de recursos, a Alemanha. O temor é que, sem os aportes de Washington, diversas ações fiquem comprometidas, em especial nas regiões menos desenvolvidas. A revista científica Science afirmou em editorial que, com uma OMS enfraquecida, o mundo ficará mais exposto e menos seguro diante de novas doenças ou pandemias. Como princípio, em organizações dessa natureza, cuja missão é agir em benefício de toda a humanidade, é razoável que a maior carga de recursos recaia sobre os países mais ricos.

Um exemplo ilustrativo de ação positiva da OMS, citado pelo infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz Julio Croda, é o surto da febre hemorrágica Marburg, que Ruanda tem conseguido conter. O mapeamento desses perigos epidemiológicos depende de uma rede mundial de vigilância, em que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, ocupa papel essencial. A ciência médica de ponta desenvolvida nos Estados Unidos também é crítica para a OMS. O distanciamento de seus organismos federais representa um retrocesso na vigilância sanitária global. E os próprios americanos dependem da OMS para lidar com ameaças que surgem noutros países.

É verdade que diversas críticas de Trump à OMS são pertinentes. A organização demorou a reconhecer a natureza aérea da transmissão do coronavírus e adotou um papel hesitante diante da responsabilidade da China logo no início da pandemia. Sua iniciativa para um programa global de vacinação também se revelou insuficiente diante do nacionalismo vacinal praticado nos países mais ricos, que tiveram acesso às primeiras doses fabricadas contra a Covid-19. Por fim, a OMS sofre com as amarras burocráticas que emperram grande parte dos organismos multilaterais.

A saída dos Estados Unidos abre oportunidade para que outros países ocupem o espaço aberto no orçamento, de modo que as contribuições sejam mais equilibradas. Por abrigarem as maiores populações, China e Índia deveriam contribuir mais. O US$ 1 bilhão que os Estados Unidos deixarão de financiar anualmente poderia ser reposto pela China ou por outros países do Brics. Ao mesmo tempo, haveria nessa hipótese resistências em Washington à perda de poder global que a saída da OMS necessariamente acarretaria. Os riscos criados pela desestabilização financeira da OMS vão além da questão da saúde pública e se estendem a disputas geopolíticas.

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PORTAL G1

Ex-secretário de Saúde de Goiânia se apropriou de mais de R$ 7 milhões de fundo usado para comprar remédios e pagar prestadores de serviços, diz TCM

Ex-secretário deverá responder por apropriação indébita de depósitos. Contas de 2022 e 2023 foram reprovadas pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS).

O ex-secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, foi apontado pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) como responsável por irregularidades na gestão. Segundo os documentos, mais de R$ 7,2 milhões do Fundo Municipal de Saúde não foram repassados entre 2021 e 2022. O fundo é destinado à compra de remédios, pagamento de funcionários e prestadores de serviço do Sistema Único de Saúde (SUS).

Durval Pedroso ocupou o cargo de secretário de Saúde entre 2021 e setembro de 2023, durante o início da gestão do então prefeito Rogério Cruz. O g1 entrou em contato com ele, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem.

As contas de 2022 e 2023 foram reprovadas pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS), segundo publicação no Diário Oficial do Município de quinta-feira (16). Já as contas de 2021 foram aprovadas com ressalvas.

Em 2021, o texto destaca que, das 157 metas estabelecidas em 7 diretrizes, 68 foram cumpridas, 52 parcialmente cumpridas e 89 não alcançadas. Com isso, a eficácia da SMS foi de 43,31%, enquanto 56,68% das metas ficaram pendentes. No entanto, o texto ressalta que o ano foi marcado por momentos mais críticos relacionados à pandemia da Covid-19.

Em 2022, somente 43,31% das metas foram executadas, com o orçamento executado alcançando 84,81% do previsto. Isso corresponde a R$ 1, 3 milhão de um total estimado em R$ 1, 6 milhão, dos quais R$ 61, 6 mil não repassados.

Já em 2023, R$ 7, 1 milhões deixaram de ser repassados, conforme dados do TCM. Justificativas para as divergências não foram apresentadas.

Foi solicitada a abertura de uma auditoria pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS para identificar possíveis não conformidades não detectadas pela Comissão Intersetorial de Orçamento e Financiamento (Cofin). O ex-secretário deverá responder por apropriação indébita de depósitos.

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Assessoria de Comunicação