ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Cartões de desconto em saúde: um olhar sobre a regulamentação e seus impactos
Golden Cross diz tomar medidas legais contra ANS
Unimed Goiânia substitui cartão físico pelo virtual em apoio à sustentabilidade
Artigo – IA: a nova fronteira da fidelização de pacientes na saúde
Artigo – Saúde: a transformação da cultura corporativa por meio da NR1
Estudo da Unifesp revela que câncer mata mais que doenças cardiovasculares em algumas cidades do Brasil
Goiás registra aumento de 31% em cirurgias eletivas pelo SUS
Casos de covid no Brasil aumentam 151% em janeiro, maior alta em 10 meses
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Cartões de desconto em saúde: um olhar sobre a regulamentação e seus impactos
Segundo informações da ANS, atualmente, 51,5 milhões de brasileiros possuem planos de assistência médica, que garantem acesso amplo a hospitais e profissionais de saúde. No entanto, esse número representa apenas 25% da população, evidenciando que os altos custos dos planos de saúde ainda os tornam inacessíveis para a maior parte da população brasileira.
Diante desse cenário, a busca por serviços de saúde mais acessíveis tem crescido, abrindo espaço para o surgimento de empresas que oferecem cartões de benefícios de saúde. Esses produtos proporcionam descontos em clínicas e hospitais privados e se apresentam como uma solução economicamente viável para quem não tem condições de arcar com um plano de saúde. Com eles, é possível acessar consultas, exames e procedimentos médicos a custos reduzidos, sem as exigências de períodos de carência que caracterizam os planos tradicionais.
Existem dois tipos de cartões de benefícios de saúde. O primeiro é o cartão de desconto, que requer o pagamento de uma taxa para sua emissão e oferece descontos em consultas e serviços médicos, cujo pagamento é negociado diretamente com o estabelecimento. O outro é o cartão pré-pago, que também exige uma taxa, além do carregamento com um valor. Esse modelo permite o pagamento de consultas e procedimentos médicos com desconto em locais conveniados.
Estima-se que ao menos 40 milhões de brasileiros utilizem atualmente cartões de benefícios, constatando-se uma disseminação das clínicas e empresas que trabalham com o produto. O ponto de alerta é que, embora ampliem o acesso a serviços privados de saúde para aqueles que não têm condições de contratar um plano, esses cartões não oferecem as mesmas coberturas assistenciais de um plano de saúde e, ainda assim, vêm sendo comercializados sem qualquer regulamentação.
É fundamental destacar que os cartões de desconto em saúde não são planos de saúde. Embora ofereçam descontos em procedimentos médicos, eles não garantem acesso ilimitado aos procedimentos obrigatórios listados no rol da ANS, nem cobrem atendimentos emergenciais e internações, como fazem os planos de saúde. Alguns cartões podem até oferecer atendimento para consultas online em caso de emergências, mas isso não substitui a abrangência de um plano de saúde em casos de urgência. Por essa razão, a expectativa é de que a regulamentação desse tipo de produto permita que as próprias operadoras participem desse mercado, sem alterar as regras dos planos ambulatoriais.
Atualmente, as operadoras de planos de saúde não podem comercializar, oferecer ou se associar a empresas que disponibilizem esse tipo de serviço. Conforme o art. 1º da RN nº 484/2022, é vedado às operadoras “a operação de sistemas de descontos ou de garantia de preços diferenciados a serem pagos diretamente pelo consumidor ao prestador dos serviços, bem como a oferta de qualquer produto ou serviço de saúde que não apresente as características definidas no inciso I e § 1º do art. 1º da Lei nº 9.656, de 1998.”
Essa questão já havia sido debatida pela ANS em 2002, quando foi concluído que tais produtos estariam fora da competência regulatória da Agência, por não se enquadrarem nas características definidas pela Lei nº 9.656/98.
No entanto, uma decisão de 02/10/2023, do ministro Herman Benjamin, da 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no acórdão AgInt no AREsp n. 2.183.7040, determinou que é competência da ANS regular e fiscalizar os cartões de descontos, sob o argumento de que tais produtos se assemelhariam aos planos com coparticipação, tornando irrelevante o fato de os pagamentos serem realizados diretamente pelos usuários.
A partir dessa decisão, o tema voltou a ser debatido na ANS, que realizou a Tomada Pública de Subsídios nº 5, em outubro de 2024. O objetivo foi receber propostas para a reformulação das regras dos planos ambulatoriais, e incentivar a venda de planos com cobertura de consultas e exames de forma segura para o consumidor.
Muito se discute sobre os impactos que uma eventual regulamentação pela ANS poderá trazer para os cartões de desconto. É inegável que o número de consumidores é expressivo e que uma regulação nos moldes dos planos de saúde poderia resultar em um encarecimento substancial dos produtos ofertados, podendo comprometer o acesso dos consumidores a esse tipo de serviço.
Por outro lado, a regulamentação trará maior segurança aos consumidores, e permitiria às operadoras, hoje impedidas de comercializar tais produtos, ingressarem nesse segmento, oferecendo novos produtos, e promovendo uma competitividade benéfica ao setor.
Atualmente, o plano ambulatorial oferece cobertura para consultas, exames e atendimentos oncológicos, conforme as coberturas mínimas estabelecidas no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, além de atendimento ambulatorial nas primeiras 12 (doze) horas em casos de urgência/emergência.
Para que as coberturas mínimas já asseguradas aos planos ambulatoriais não sejam afetadas e, ao mesmo tempo, viabilizar a comercialização de produtos que ofereçam coberturas pontuais para consultas e procedimentos previamente estabelecidos, o caminho que parece viável ao mercado seria o da criação de uma nova modalidade de plano, alternativa que vem sendo considerada pela Agência.
Em 16/12/2024, durante a 616ª Reunião da Diretoria Colegiada, a ANS aprovou o edital de chamamento público para a regulamentação do cartão de desconto por meio do sandbox regulatório, ferramenta recém regulamentada (RN nº 621/2024), que permite às operadoras testar produtos ou serviços inovadores em um ambiente regulatório experimental e controlado pela Agência, com suspensão temporária das normas vigentes. O edital está atualmente sob avaliação da Procuradoria Federal.
O esperado é que a experiência obtida com o sandbox proporcione à ANS e ao mercado informações e perspectivas que sirvam de base para a formulação de uma regulação que atenda aos consumidores, ao mercado e promova a sustentabilidade do setor.
A Agência ainda tem um longo caminho a percorrer. Será necessário realizar diversos estudos e testes para chegar ao produto, que será oferecido pelas operadoras. O sucesso do serviço e sua adesão pelos consumidores dependerão das restrições que a Agência decidir impor ao novo produto.
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PORTAL CORREIO DA MANHÃ
Golden Cross diz tomar medidas legais contra ANS
A Golden Cross engrossou a conversa com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que determinou a venda de toda sua carteira de clientes. No dia 23, a operadora disse à coluna que tomaria as “medidas cabíveis” relacionadas à decisão.
Agora, afirma não concordar com a determinação e que já está adotando “medidas administrativas e legais”.
A ANS deu 30 dias para a Golden Cross repassar seus clientes para outra operadora. Isto, ao detectar a incapacidade da operadora de sanar suas “anormalidades econômico-financeiras”. Desde julho que, por um acordo, clientes da Golden são atendidos pela Amil.
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PORTAL ADUF
Unimed Goiânia substitui cartão físico pelo virtual em apoio à sustentabilidade
Com o intuito de fomentar a sustentabilidade, a Unimed Goiânia informa aos seus beneficiários que parou de emitir cartões físicos, adotando somente o modelo virtual. O novo formato deve ser acessado pelo aplicativo Cliente Unimed Goiânia.
Para acessar o cartão virtual, o primeiro passo é baixar o aplicativo no celular iOS ou Android. Em seguida, o beneficiário deve entrar na área “Não possui cadastro”, ou caso já possua, deve fornecer o CPF e a senha para acessar sua página. Depois de realizar o login e acessar a página do beneficiário, basta clicar em “Cartão Virtual”.
Para visualização do dependente no App Cliente Unimed Goiânia junto ao Titular, o mesmo deve ter o CPF cadastrado no sistema. Caso haja algum dependente sem a informação do CPF, é necessário entrar em contato com o setor de Planos Assistenciais e solicitar a atualização cadastral junto à Unimed.
Para aqueles que optarem pelo cartão físico, o mesmo poderá ser solicitado pelos e-mails convenio@adufg.org.br e convenio2@adufg.org.br no departamento de planos Assistenciais do Adufg-Sindicato e será cobrado o valor de R$ 10,00 por unidade, podendo este valor ser alterado a qualquer momento.
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MEDICINA S/A
Artigo – IA: a nova fronteira da fidelização de pacientes na saúde
Por Marcel Andrade
O ano de 2025 promete ser um marco na transformação digital da saúde, com a Inteligência Artificial (IA) emergindo como uma ferramenta poderosa para fortalecer o vínculo entre médicos, instituições e pacientes. A capacidade da IA de analisar grandes volumes de dados, personalizar tratamentos e a comunicação, além de otimizar processos, está revolucionando a forma como cuidamos da saúde e abrindo novas possibilidades para a fidelização de pacientes.
Uma das principais vantagens da IA é a sua capacidade de personalizar a experiência do usuário do serviço de saúde. Por meio da análise de dados clínicos, históricos de saúde e preferências individuais, a IA pode identificar padrões e gerar insights valiosos para que a comunicação entre instituição de saúde e paciente seja aprimorada. Essa abordagem não apenas melhora a eficácia dos tratamentos, mas também demonstra ao paciente que ele está sendo cuidado de forma individualizada, aumentando a sua satisfação e fidelidade.
A IA também está transformando a forma como médicos e pacientes se comunicam. Chatbots e assistentes virtuais baseados em IA podem responder a dúvidas comuns, agendar consultas e fornecer informações relevantes para otimizar o tempo das instituições e do paciente. Dessa forma, a equipe de profissionais de saúde se dedica ao acolhimento e tratamento das pessoas, deixando a automação cuidar de processos burocráticos.
Essa ferramenta permite que os médicos se concentrem em tarefas mais complexas, como a realização de diagnósticos e a prescrição de medicamentos, enquanto os pacientes têm acesso a informações precisas e atualizadas a qualquer hora e lugar.
A automação de tarefas repetitivas e a otimização de processos são outras vantagens da IA no setor da saúde. Através da análise de dados, a IA pode identificar gargalos e ineficiências, permitindo que as instituições de saúde aloquem seus recursos de forma mais eficiente. Além disso, a IA pode auxiliar na previsão de demandas e na gestão de estoques, reduzindo custos e otimizando a operação.
Apesar dos benefícios da automação, é importante destacar que a implementação dessa tecnologia no setor da saúde apresenta alguns desafios, como a necessidade de garantir a segurança e a privacidade dos dados dos pacientes, além de investir em infraestrutura e capacitação de profissionais.
Sai na frente dessa corrida quem entrega uma ferramenta que funcione integrada ao sistema que cada cliente tem instalado em sua organização, eliminando a barreira de contratação de uma nova ferramenta para a integração, o que, na maioria das vezes, demandaria muito trabalho e aumento do custo de implantação.
No entanto, as oportunidades são vastas e a IA tem o potencial de transformar a saúde em um setor mais eficiente, personalizado e centrado no paciente.
Um estudo recente da McKinsey & Company revelou que a adoção de tecnologias de IA no setor da saúde pode gerar economias de até US$ 100 bilhões por ano nos Estados Unidos. Além disso, uma pesquisa realizada pela Accenture mostrou que 80% dos pacientes estão dispostos a compartilhar seus dados de saúde com provedores que utilizam a IA para melhorar seus cuidados.
Segundo a McKinsey, as áreas de marketing, vendas, desenvolvimento de produtos, engenharia de software e P&D concentram o maior potencial de geração de valor da IA generativa nas empresas. Nesse contexto, a busca por vantagem competitiva está levando as empresas a repensarem a forma como utilizam a tecnologia.
Enquanto muitas organizações se limitam a soluções prontas, as líderes de mercado estão investindo em soluções personalizadas que se adaptam às suas necessidades específicas. Ao customizar modelos existentes ou desenvolver soluções próprias, essas empresas estão explorando novas oportunidades de negócio e se diferenciando da concorrência. A capacidade de capturar o valor dos dados proprietários e integrar a tecnologia aos processos internos é o segredo para o sucesso nessa nova era digital.
*Marcel Andrade é o cofundador e CPO da Wellon.
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Artigo – Saúde: a transformação da cultura corporativa por meio da NR1
Por Aline Silva
Com as novas exigências regulatórias, a gestão de saúde e segurança no trabalho (SST) evolui para um foco mais amplo, integrando a saúde mental ao planejamento estratégico das empresas. A recente atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR1) introduz o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), que agora inclui a gestão de riscos psicossociais. Essa mudança não é apenas uma exigência legal, mas uma verdadeira transformação cultural que desafia muitas empresas a repensar como integram a saúde mental ao seu ambiente de trabalho.
Apesar dessa evolução, muitas empresas, especialmente as de maior porte, enfrentam dificuldades em gerenciar essas mudanças. Para elas, o papel de garantir a implementação do PGR e o mapeamento dos riscos psicossociais muitas vezes recai sobre profissionais de saúde ocupacional, enquanto os Recursos Humanos (RH) ficam com a responsabilidade de integrar essas novas demandas ao cotidiano corporativo. Esse desafio é amplificado pela falta de expertise em avaliação de riscos psicossociais e pela dificuldade em alocar recursos financeiros suficientes para a implementação do PGR, além da necessidade de um sistema dinâmico e baseado em dados, que demanda investimentos em tecnologia.
Uma solução para essa transição envolve o uso de ferramentas como a ISO 45003, que ajudam no mapeamento de riscos psicossociais e no impacto do ambiente de trabalho na saúde mental dos colaboradores. Treinamentos regulares para gestores, campanhas de conscientização e plataformas de monitoramento da saúde emocional dos colaboradores são fundamentais para integrar o bem-estar ao cotidiano da empresa, com medidas preventivas eficazes.
Além disso, a gestão do PGR deve ser incorporada ao planejamento estratégico da empresa, mostrando que o investimento em saúde mental traz retorno financeiro. Criar indicadores de desempenho específicos para o PGR é essencial para garantir a eficácia das ações e ajustar as estratégias conforme necessário.
O ano de 2025 é uma oportunidade para empresas que desejam alinhar seus objetivos às novas exigências do PGR. A implementação dessa mudança não apenas cumpre uma exigência regulatória, mas contribui para um ambiente corporativo mais saudável e seguro, com benefícios como a redução do absenteísmo, maior engajamento, produtividade e retenção de talentos. Investir na saúde mental não é apenas uma obrigação, mas uma estratégia essencial para a sustentabilidade do negócio.
*Aline Silva é Head de Gestão Clínica da Telavita.
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Estudo da Unifesp revela que câncer mata mais que doenças cardiovasculares em algumas cidades do Brasil
Trabalho publicado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), publicado na revista científica Lancet Regional Health – Americas, em novembro de 2024, identificou uma mudança no perfil das principais causas de mortalidade em mais de 700 municípios brasileiros. O câncer se tornou a principal causa de morte nesses locais, superando as doenças cardiovasculares (que historicamente ocupavam esse lugar), com uma taxa crescente de mortalidade associada ao aumento de tumores diagnosticados. Segundo os autores, essa transição epidemiológica reflete uma mudança contínua, com notáveis disparidades econômicas e regionais.
Na pesquisa, foram analisados os 5.570 municípios brasileiros no período de 2000 a 2019. Em 2000, a mortalidade por câncer era inferior à em todos os estados, mas já em 2019, 13% dos municípios apresentaram taxas de mortalidade por câncer superiores às de doenças cardiovasculares. Os autores mostram também que as taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares diminuíram em 25 dos 27 estados, enquanto a mortalidade por câncer aumentou em 15 estados. Além disso, uma maior renda familiar correlacionou-se com uma maior mortalidade por câncer quando comparada com as decorrentes por doenças cardiovasculares. “Houve uma redução mais acentuada nas mortes cardiovasculares (de 30% a 60%) do que por câncer (de 20% a 30%)”, analisa Erick Rauber, radio-oncologista e diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT).
Ainda segundo o especialista, há a necessidade de políticas públicas de saúde voltadas para a prevenção e o tratamento do câncer. “A mudança no perfil de mortalidade representa um desafio para o Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que o câncer exige estratégias diferenciadas de prevenção e tratamento. Além disso, os custos elevados para tratamentos de câncer podem sobrecarregar o sistema de saúde, especialmente em regiões com menor acesso a serviços especializados”, aponta.
O estudo aponta que um dos indícios para essa mudança é o aumento da expectativa de vida da população, associada a uma melhor capacidade de monitoramento e tratamento precoce dos problemas cardiovasculares. “É importante destacar que avanços significativos no controle de fatores de risco, como hipertensão e tabagismo, além de melhorias no diagnóstico precoce e no tratamento de doenças cardiovasculares podem ter contribuído para a diminuição do número de óbitos. Por outro lado, o câncer apresenta desafios mais complexos para prevenção e tratamento. O aumento da mortalidade por câncer no Brasil reflete, em parte, a crescente incidência de tipos de câncer associados ao envelhecimento da população e ao estilo de vida, como câncer de pulmão, mama e cólon”, explica Erick.
É possível baixar o número de casos de câncer também?
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que o Brasil registrará 704 mil novos casos de câncer em 2025. “Apesar de números altos de estimativa de casos, vivemos uma cenário em que há exames de rastreamento com foco em diagnóstico precoce, além de várias e eficazes opções de tratamento como a cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia-alvo e imunoterapia. O que complica é o acesso desigual em muitas regiões do país. Porém, vale destacar que as entidades internacionais já estão comprometidas em diminuir esses números. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, lançou a estratégia global para a eliminação do câncer do colo do útero”, pontua Rauber.
Radioterapia como um dos pilares do tratamento de câncer
A radioterapia é uma das principais modalidades de tratamento para o câncer, especialmente eficaz no combate a tumores localizados ou em estágios iniciais. “Apesar de não ser o único tratamento viável, a radioterapia utiliza radiação ionizante para destruir células cancerígenas, danificando o DNA dessas células doentes de forma que elas não possam mais se dividir e crescer. A radioterapia é frequentemente combinada com outros tratamentos, como a cirurgia e a quimioterapia. O uso de técnicas avançadas, como a radioterapia de intensidade modulada (IMRT) e a radioterapia guiada por imagem (IGRT), tem permitido um controle mais preciso da radiação, reduzindo os efeitos colaterais e proporcionando tratamentos mais seguros e eficazes”, finaliza.
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A REDAÇÃO
Goiás registra aumento de 31% em cirurgias eletivas pelo SUS
O Ministério da Saúde realizou o maior número de cirurgias eletivas da história do Sistema Único de Saúde (SUS). No ano passado, foram realizados 13.663.782 procedimentos, 10,8% maior do que em 2023, quando o número chegou a 12.322.368 operações. Em comparação com 2022, a alta é ainda maior, chegando a 32%, onde foram realizadas 10.314.385 cirurgias. No estado de Goiás, entre 2022 e 2023, o aumento foi de 31%, quando o número de cirurgias passou de 290.022 para 380.793. Até novembro de 2024, já haviam sido realizadas 383.461 operações no estado.
O Programa Nacional de Redução das Filas (PNRF), que visa a expansão de cirurgias prioritárias, também apresenta crescimento de procedimentos. No ano passado, 5.324.823 cirurgias foram realizadas. O índice é 18% maior do que o registrado em 2023 (4.510.740). Entre 2022 e 2024, houve aumento de 1.573.966 cirurgias: alta de 42% nos atendimentos. Neste período, 1.355.192 cirurgias foram financiadas pelo programa. Em Goiás, o número de procedimentos pelo PNRF passou de 24.430, em 2023, para 24.551, em 2024.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destaca que a redução das filas e o fortalecimento do SUS são prioridades do governo federal. “Estamos trabalhando em programas que diminuem o tempo de espera do paciente nas filas. Além disso, nos últimos dois anos, concentramos nossos esforços na reestruturação do SUS, que passou por um período de desestruturação. Nosso objetivo é que a população seja atendida em tempo hábil e com muita qualidade”, frisa.
Nísia Trindade destaca que o programa Mais Acesso a Especialistas é de extrema importância para o alcance dos resultados. “Com o programa, alcançamos o maior crescimento no número de serviços especializados no SUS nos últimos 10 anos. Além disso, ampliamos o número de médicos especialistas que atendem no SUS entre 2022 e 2024”, destaca a ministra.
Sobre o programa
O Mais Acesso a Especialistas traz inovações como a incorporação de um modelo de remuneração baseado no cuidado integral, que prioriza o paciente. Para isso, estão sendo investidos R$ 2,4 bilhões nas áreas de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia.
O programa já alcançou adesão de 100% dos estados e do Distrito Federal, além de 97,9% dos municípios. Até o momento, foram enviados 136 planos de ação regionais, abrangendo 167,9 milhões de habitantes.
O programa prioriza a redução do tempo de espera para consultas, exames e tratamentos, com foco no diagnóstico precoce. As especialidades prioritárias são oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia.
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CORREIO BRAZILIENSE
Casos de covid no Brasil aumentam 151% em janeiro, maior alta em 10 meses
O país registrou 57.713 diagnósticos da doença nas três primeiras semanas deste mês
Os casos de covid-19 nas primeiras três semanas de 2025 no Brasil já superaram os registros dos últimos 10 meses. Nesse período, o país contabilizou 57.713 diagnósticos da doença, o que representa um aumento de 151% em comparação com as três últimas semanas de dezembro, quando foram registradas 23.018 infecções.
Os números foram divulgados por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), com base nas informações do Ministério da e da plataforma de pesquisadores da Unesp, SP Info Tracker.
Segundo as informações, o pico da doença ocorreu entre 5 e 11 de janeiro, quando 23,5 mil casos foram notificados às autoridades de saúde. Já entre 29 de dezembro e 4 de janeiro, 16 mil casos foram registrados, enquanto entre 22 e 28 de dezembro apenas 6.090 infecções foram contabilizadas.
Desde março de 2024 não eram observados números tão altos de infecção. Na primeira semana daquele mês, foram 53,8 mil casos. Já na segunda semana, 35,6 mil. A partir da terceira semana de março, houve uma queda significativa nos números, com apenas 14 mil casos. Nos últimos meses do ano passado, os casos não ultrapassaram 10 mil.
Segundo o professor da Unesp e coordenador do InfoTracker, Wallace Casaca, o aumento do número de casos no primeiro mês de 2025 pode estar relacionado com dois motivos: “A questão das festas de fim de ano, que levam a aglomerações e são uma oportunidade para que o vírus se dissemine. Além disso, existe também a nova variante da ômicron que é mais transmissível”. “Quando junta esses dois fatores, temos um aumento significativo”, explica.
Casaca adverte que a primeira grande medida para combater o vírus é atualizar o calendário vacinal. “Pessoas com comorbidade, pessoas idosas, crianças devem estar atentos para a vacina”, frisa.
O professor aponta contudo que, apesar da alta, a tendência é de que em algumas semanas os casos diminuam. “É como uma sanfona, uma hora aumenta outra hora diminui, mas é preciso sempre ficar atento. Não deixe de se vacinar e de usar máscara quando estiver gripado”, recomenda.
SRAG
De acordo com o último boletim InfoGripe da Fiocruz, entre 12 e 18 de janeiro houve também um aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada à covid-19 na região Norte e Nordeste. “O crescimento ocorre principalmente na população mais idosa, mas em alguns estados também temos observado um aumento dos casos graves na população de jovens e adultos”, afirma Tatiana Portella, pesquisadora do InfoGripe, no vídeo de divulgação do boletim.
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Assessoria de Comunicação