Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 03/03/17


ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES


Polícia investiga golpes contra familiares de pacientes de UTI em Goiânia
Idoso consegue atendimento depois de matéria do JMD
PC investiga falso médico que aplica golpes em famílias de pacientes internados em UTIs de Goiânia
Pacientes com câncer suplicam por tratamento na Santa Casa
Editorial – Em nome da dignidade

TV ANHANGUERA / GOIÁS

Polícia investiga golpes contra familiares de pacientes de UTI em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/policia-investiga-golpes-contra-familiares-de-pacientes-de-uti-em-goiania/5693960/

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TV SERRA DOURADA

Idoso consegue atendimento depois de matéria do JMD
https://www.youtube.com/watch?v=ZdY8YPuDDJQ
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O POPULAR

PC investiga falso médico que aplica golpes em famílias de pacientes internados em UTIs de Goiânia

O diretor de um hospital afirma que o golpe acontece há cinco meses

A Polícia Civil está investigando o caso de um falso médico que está praticando alguns golpes em familiares de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Domingos, em Goiânia.
De acordo com o hospital, o homem falou por telefone com oito famílias nesse último final de semana e pediu dinheiro para a realização de exames. Uma das vítimas depositou R$ 3 mil para ele.
A psicóloga Elaine Luzia De Jesus está com o sogro internado na instituição e recebeu uma dessas ligações, mas não caiu no golpe e ainda registrou o caso na Polícia Civil. "Ele disse  que ele [sogro] precisaria passar por uns exames, que estava com suspeita de estar com a bactéria KPC e que ele precisaria fazer sete tomografias para descobrir onde estava o foco da infecção", disse Elaine.
Segundo o diretor geral do hospital, Álvaro Soares de Melo, esse homem está praticando o golpe há cinco meses, não só no Hospital São Domingos, mas em outros também. O diretor ainda não descobriu como o golpista tem acesso às informações dos pacientes e não acredita que tenha funcionários envolvidos no caso.
O diretor também lembra que nenhum hospital liga para familiares para pedir autorização para exames. "Todas as vezes que a gente tem necessidade de fazer um procedimento ou algum exame de intervenção, a gente fala diretamente com um familiar presente", afirmou.
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) informou que orienta os médicos a alertarem os pacientes sobre o problema e têm chamado a atenção da população para que não efetue pagamentos solicitados por telefone . O conselho também orienta que o familiar entre imediatamente em contato com a direção da unidade de saúde quando receber algum telefonema ou for abordada com pedidos de pagamento em nome dos médicos ou do hospital .
A Polícia Civil disse que os golpes registrados vão ser investigados pelo 1º Distrito Policial
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Pacientes com câncer suplicam por tratamento na Santa Casa

Rotina para ter acesso a quimioterápicos na unidade é cada vez mais árdua. Tratamento chega a ser interrompido devido à falta de medicamentos
Durante consulta, ontem pela manhã, na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, a recepcionista Aline Machado de Oliveira, de 23 anos, foi avisada, novamente, pela médica da necessidade de utilizar os medicamentos no tratamento do câncer – ela foi diagnosticada com linfoma não-Hodgkin em janeiro deste ano. Mesmo assim, diz a paciente, foi informada na unidade que os quimioterápicos não estão disponíveis.
O segundo ciclo da quimioterapia terminou no dia 27 de fevereiro. Desde então, ela não tem uma previsão exata de quando poderá retomar o próximo ciclo, a cada 21 dias. "Disseram apenas que pode chegar no próximo dia 6 e que o feriado atrasou a entrega. A demora também interfere."
Aline relata que o primeiro ciclo já foi incompleto, sem toda a medicação necessária. Sua rotina, desde que descobriu os dois tumores malignos, um próximo do ovário e outro no tórax, é cobrar da direção da unidade de saúde mensalmente o acesso aos remédios. "O tratamento tem sido incompleto desde que iniciei. Percebo que tenho que cobrar todo mês da diretoria, procurara imprensa para pressionar. O meu caso tem cura, mas preciso de medicação. Posso perder a vida por essa falta."
Ela não é a única na fila da súplica mensal. A representante da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) em Goiânia, Stéfany Matias, estima que 50 pacientes estejam com tratamento prejudicado pela falta de medicamentos injetáveis na Santa Casa e pelo menos 100 pela ausência de quimioterápicos orais (veja o quadro). São, pelo menos, sete insumos em falta.
O mesmo quadro se repete mensalmente, desde dezembro, diz. "É um problema recorrente. Os pacientes oscilam no tratamento, já que ora chega medicamento ora falta. Quem está em tratamento é prejudicado, tomando doses incompletas ou ás vezes nem iniciando pela falta dos quimioterápicos." Stéfany reclamou á Ouvidoria da Santa Casa há cerca de vinte dias, ainda sem resposta.
Angústia
Enquanto continua o tratamento, Aline diz que precisou se afastar do emprego. "Não é todo dia que estou bem. As vezes vem fraqueza, tontura, mal-estar mesmo. Muito em função dos efeitos colaterais dos remédios." Diante do entrave e da angústia, ela relata "uma explosão de emoções". "Ao mesmo tempo em que me sinto lesada, também sinto raiva, medo. Vivo esse stress todo mês. Como já tenho problema de imunidade, fico ainda mais vulnerável no combate ao câncer. São pelo menos seis meses de tratamento e sei que terei de cobrar todo mês."
Ela afirma que não pode arcar com os custos. "Apenas um desses medicamentos chega a custar até 7 mil reais. E sei que a Santa Casa recebe a verba necessária para cada paciente."
Remédios em falta
Cerca de sete estão em falta, o que impacta no tratamento de 50 pacientes que utilizam quimioterópicos injetáveis e 100 que precisam do medicamento oral
Injetável
Docetaxel: Utilizado para tratar câncer de mama, ovário e pulmão
Doxorrubicina: Leucemia, linfoma, mama, pulmão, bexiga entre outros Etoposideo: Para tumores considerados sólidos, como no pulmão e músculo, entre outros
Orais
Xeloda: Mama, intestino e estômago Lectrum: Mama, útero e próstata Tamoxofeno: Mama Bicalatumida: Próstata
Atraso piora quadro clínico
Para a onco-hematologista Sandra Loggetto, consultora médica da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), quando há atraso no tratamento ou ele é interrompido o quadro clínico de um paciente com câncer pode agravar.
A demora no acesso ao acompanhamento, afirma, possibilita que as células com alteração no seu DNA (câncer) continuem se dividindo e se reproduzindo de forma descontrolada. O crescimento desenfreado, explica, resulta em um agrupamento de células, que pode causara origem de uma massa, conhecida como tumor. A quimioterapia destrói essas células.
Quando a recuperação é interrompida, aumenta o risco de o tumor voltar. "Traz a possibilidade de a célula doente crescer novamente." O intervalo de 21 dias entre os ciclos de quimioterapia é necessário para que o paciente se recupere dos efeitos colaterais do medicamento. A repetição é importante para manter a doença controlada ou intensificar o tratamento.
Os transtornos causados pela cobrança mensal para obter tratamento mencionado pelos pacientes da Santa Casa também são considerados prejudiciais pela médica. "É bom ressaltar que tratamos uma pessoa e não o câncer. Toda a situação que envolve o paciente, como o stress emocional, pode interferir no quadro. Manter a medicação em dia seria um fator a menos para ela não se preocupar."
Procurada, a Santa Casa não se pronunciou até o fechamento desta edição. No mês de janeiro, em matéria do POPULAR, a unidade de saúde alegou atraso no repasse de verbas do SUS.
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Editorial – Em nome da dignidade

Decisão recente do Superior Tribunal de Justiça reconhece que a continuidade da quimioterapia é tão fundamental ao paciente com câncer que os planos de saúde não têm autonomia para suspender o contrato de forma unilateral.
É preciso manter o tratamento, reintegrando o segurado. Mesmo beneficiário de planos coletivos, feito por intermédio de empresas ou entidades, podem recorrer de forma individual, garantindo uma busca pela cura sem interrupções de ordem burocrática.
Nesta decisão divulgada no início do mês passado, em favor de uma mulher de São Paulo, a paciente obteve acesso ao medicamento usado nas sessões de quimioterapia, além de outros serviços.
Ora, se a Justiça não discute a importância do tratamento quimioterápico sem interrupções que não as ditadas pela Medicina, a ponto de obrigar empresas de saúde complementara prestar o serviço, causa estranhamento que a rede pública não tenha o mesmo cuidado com os cidadãos. Reportagem na página 16 desta edição denuncia as dificuldades vividas por pelo menos 50 pessoas na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia.
Urge que a situação seja resolvida com celeridade, em nome da dignidade.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação