Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 05/12/17

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Mais de 55 mil pessoas aguardam por cirurgias que não são de urgência em Goiás
Pacientes reclamam que mudança no sistema não agilizou a entrega de vale exames em Goiânia
CEI aprova pedido de afastamento da secretária de Saúde Fátima Mrue
Ahpaceg ministra terceiro curso “princípios da prática em educação continuada para enfermagem”
Goiás é o terceiro Estado com maior número de espera por cirurgias eletivas no SUS
SUS tem 904 mil cirurgias eletivas na lista de espera
Justiça quer reparação dos danos causados pelo amianto
HIV cresce no país
Epidemia de obesidade no Brasil pode ser combatida com vários tratamentos
Editorial – Humanização da Saúde
Ética Saúde apresenta novos integrantes e discute estratégias para 2018
OMS faz revisão de dados sobre vacina contra dengue


TV ANHANGUERA/GOIÁS

Mais de 55 mil pessoas aguardam por cirurgias que não são de urgência em Goiás
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/mais-de-55-mil-pessoas-aguardam-por-cirurgias-que-nao-sao-de-urgencia-em-goias/6334254/

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Pacientes reclamam que mudança no sistema não agilizou a entrega de vale exames em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/pacientes-reclamam-que-mudanca-no-sistema-nao-agilizou-a-entrega-de-vale-exames-em-goiania/6334277/

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JORNAL OPÇÃO

CEI aprova pedido de afastamento da secretária de Saúde Fátima Mrue

Por Larissa Quixabeira

Vereadores enviarão requerimento ao prefeito Iris Rezende (PMDB) para que Mrué deixe a gestão da pasta, podendo ocupar cargo de conselheira ou assessora

Os vereadores que compõem a Comissão Especial de Inquérito que investiga irregularidades na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia aprovaram nesta segunda-feira (4/12) requerimento que será encaminhado ao prefeito Iris Rezende (PMDB) pedindo o afastamento imediato da secretária Fátima Mrué.
O documento, de autoria do vereador Jorge Kajuru (PRP) e aprovado pelos demais integrantes da CEI, sugere que Mrué seja afastada da função de gestora da pasta e permaneça na prefeitura como “conselheira” ou “assessora direta do prefeito”, para “contribuir no combate à máfia que se instalou na Saúde em Goiânia”.
O pedido vem após denúncia de que o atendimento odontológico em Goiânia está suspenso há vários meses, mesmo diante da normalidade do repasse do Ministério da Saúde, que envia R$ 200 mil ao mês para a prefeitura realizar o serviço.
O caso ganhou repercussão nacional no último sábado, o que acarretou também que os vereadores da comissão aprovassem, também nesta segunda, requerimento à Justiça para que tome medidas cabíveis contra a secretária e a gerente de Saúde Bucal do Município, Ana Paula Nomelini Marques da Silva Vianna, que não compareceu a convocação para prestar depoimento.
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AHPACEG

Ahpaceg ministra terceiro curso “princípios da prática em educação continuada para enfermagem”

O Departamento de Educação Continuada da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) ministrou nos dias 24 e 25 de novembro, no auditório do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO), em Goiânia, o curso “Princípios da Prática em Educação Continuada para Enfermagem”. Voltado exclusivamente para enfermeiros, o curso, com carga horária de 15 horas, faz parte das ações do programa de educação continuada da Ahpaceg iniciado há um ano.
Madalena Del Duqui, coordenadora do Departamento de Educação Continuada da Ahpaceg, esclareceu que o objetivo do curso é capacitar os profissionais que atuam em diversas especialidades sobre a aplicação dos princípios básicos para a prática da educação continuada em enfermagem, com vistas a qualificar a assistência prestada ao paciente, à família do paciente e à comunidade. “A  educação continuada é um exercício da profissão, uma competência que deve ser pensada em termos de qualificação da assistência de enfermagem”, pontuou.
A coordenadora ressaltou que a atualização também busca preparar o profissional de saúde para uma demanda de mercado cada vez mais exigente frente às novas legislações em vigência. “Nós buscamos qualificar o profissional para que ele seja multiplicador de conhecimentos para a sua equipe e com isso há um ganho em qualidade na assistência de enfermagem prestada pelo hospital”, acrescentou.
Madalena Del Duqui destacou que esta foi a terceira turma ministrada em 2017 e foram abordados princípios básicos, teóricos e conceituais de educação continuada e as estratégias de identificação das habilidades de cada membro da equipe, proporcionando, assim, o melhor aproveitamento das suas potencialidades no exercício profissional.
Além disso, a coordenadora orientou que os enfermeiros devem elaborar um plano de ensino que contemple um projeto de educação continuada institucionalizado e permanente. “Os reflexos da formação já são percebidos nos hospitais de alta complexidade e hoje já temos dois enfermeiros em cada hospital associado capacitados para serem multiplicadores do processo de educação continuada”, observou. 
Fernanda de Souza, enfermeira do Hospital São Francisco de Assis, disse ser muito importante para o profissional ter acesso ao conhecimento e repassar este aprendizado à equipe de colaboradores para que eles consigam aprimorar o exercício profissional e também atender da melhor forma o paciente. “Tudo que aprendo aqui consigo passar para eles e isso é muito válido, pois todos ganham em qualidade na prestação do serviço de enfermagem”, pontuou.
Segundo ela, em geral, há uma resistência de alguns profissionais em relação ao processo de educação continuada, mas quando os resultados do aprendizado contínuo aparecem se torna mais fácil envolver o colaborador na capacitação, diminuindo a resistência e aumentando o interesse pelo aprendizado.
A enfermeira Dayanne Mendes Lima, da equipe de enfermagem do Hospital Jardim América, observou que a enfermagem é o cuidado aliado ao conhecimento e que o exercício profissional exige uma atualização constante. “A educação continuada melhora a qualidade da assistência de enfermagem de toda equipe com o foco no bem estar do paciente”, completou.
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CREMEGO

Goiás é o terceiro Estado com maior número de espera por cirurgias eletivas no SUS

Em entrevista à TV Record e à Rádio CBN, na tarde desta segunda-feira (4), o presidente do Cremego, Leonardo Mariano Reis, analisou o resultado de um levantamento divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que revelou que a fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) para a realização de cirurgias eletivas conta com mais de 904 mil procedimentos. Para alguns pacientes, a espera se arrasta desde 2005, de acordo com dados repassados ao CFM pelas Secretarias de Saúde de dez capitais e 16 Estados, dentre eles Goiás.
Com 55.192 procedimentos represados, Goiás figura entre os três Estados com as filas mais extensas, perdendo apenas para Minas Gerais (434.598) e São Paulo (143.547). A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia não enviou as informações ao CFM, mas os dados encaminhados pela Secretaria Estadual de Saúde apontam que a capital goiana conta com 23.657 procedimentos a serem realizados. Em Goiás, a maior demanda é por cirurgias de catarata: são aproximadamente 15 mil operações pendentes.
Para o presidente do Cremego, as principais causas desta fila vergonhosa são os baixos valores pagos pelo SUS, que muitas vezes sequer cobrem os custos dos procedimentos; o corte da complementação da remuneração feito em junho pela Secretaria Municipal de Saúde da capital, o que reduziu o valor pago aos prestadores de serviços de saúde ao previsto na defasada tabela do SUS, e o não encaminhamento dos pacientes aos hospitais públicos, filantrópicos e privados credenciados. Esse encaminhamento estaria sendo limitado pela Secretaria Municipal de Saúde para conter gastos.
Leonardo Mariano Reis observou que a morosidade no atendimento pode agravar o quadro do paciente e transformar casos eletivos em urgências. A solução do problema, segundo o presidente, passa por mais investimentos na saúde, com a correção da tabela do SUS, e por melhoria na gestão, com o encaminhamento dos pacientes que necessitam de atendimento.
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DIA ONLINE

SUS tem 904 mil cirurgias eletivas na lista de espera

O Ministério da Saúde informou que desde maio passou a adotar o sistema de fila única para organizar a demanda.
Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que pelo menos 904 mil cirurgias eletivas estão pendentes no Sistema Único de Saúde (SUS) em diferentes estados e municípios do país. As cirurgias eletivas não são de urgência ou emergência.
O estudo, feito pela primeira vez pelo conselho, divulgado nesta segunda-feira (4/12) mostra que do total pelo menos 746 procedimentos cirúrgicos estão na fila de espera há mais de dez anos e 83% dos pedidos entraram na fila a partir de 2016. O Ministério da Saúde informou que desde maio passou a adotar o sistema de fila única para organizar a demanda.
A pesquisa traz dados enviados pelas secretarias de saúde de 16 estados e dez capitais até junho deste ano. Outros sete estados e oito capitais não enviaram informações, alegando não tê-las disponíveis ou por negativa de acesso aos dados. Por ser o primeiro levantamento desse tipo, não há dados dos anos anteriores. A pesquisa contabiliza o número de procedimentos agendados, e não o número de pacientes na fila.
Catarata
Na lista de espera, a maioria dos pedidos de cirurgias é de catarata, hérnia, vesícula, amígdalas e adenoide, além de cirurgias ortopédicas. Os estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Ceará apresentaram o maior número de cirurgias pendentes. Entre as capitais e estados que disponibilizaram informações de perfil dos usuários, as mulheres representam 67% dos pacientes que aguardam algum tipo de procedimento especializado.
Angelita Máximo dos Santos, 53 anos, de Maceió, espera desde junho por um procedimento no olho. Depois de fazer pela rede pública uma cirurgia de catarata, ela teve piora no quadro de sua visão e foi encaminhada pelo médico para realizar um procedimento de lavagem da lente colocada na primeira cirurgia.
Com dificuldades para enxergar, Angelita teve que deixar o trabalho de doméstica e cuidadora de idosos, o que acabou reduzindo a renda mensal familiar. "Ele [o médico] disse que não podia passar os óculos, porque eu não estava vendo nada, então eu tinha que esperar a lavagem da lente e nunca ninguém ligou. Aí eu estou esperando", relatou Angelita.
Médicos alertam que a demora na realização de determinado procedimento é decisiva no sucesso de um tratamento. O representante do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Cristiano Caixeta, explica que a demanda por procedimentos nos olhos tem crescido devido ao envelhecimento da população, entre outros fatores. E a demora para atender todas as solicitações está relacionada à falta de profissionais especializados.
Já Mauro Ribeiro, presidente em exercício do CFM, defende políticas integradas entre os entes federados. "O número de pacientes que precisam dos procedimentos e não tem acesso ao Sistema Único de Saúde é imenso. Tanto os dados do Ministério [da Saúde], quanto os dados do Conselho Federal de Saúde são subestimados, muito aquém da realidade. [..] É necessário que o governo federal estabeleça políticas públicas com os estados e municípios para poder organizar o sistema e dar acesso a esses pacientes ao sistema de saúde", disse.
Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde informou que, em julho deste ano, foi fechada a primeira lista para cirurgias eletivas no SUS. A lista identificou pouco mais de 667 mil pacientes aguardando por algum procedimento eletivo no país. O ministério ressalta que em maio deste ano adotou o sistema de lista única para organizar a rede de saúde e diminuir a fila de espera. O novo sistema tem o objetivo de centralizar as demandas em um único cadastro e ampliar as possibilidades de atendimento do paciente para outros hospitais de sua região.
De acordo com o levantamento do CFM, o SUS realizou no ano passado mais de 1,5 milhão de cirurgias eletivas. O número é inferior aos anos de 2015, que registrou 1,7 milhão de cirurgias; e 2014, com o total de 1,8 milhão, com base em dados do sistema de informação do Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde divulgou na semana passada balanço parcial de 2017, que mostra crescimento de 39% no número de procedimentos realizados na rede pública entre janeiro e setembro, mês que registrou mais de 150 mil cirurgias.
A pasta informou ainda que o governo federal repassa de forma regular mensalmente recursos de média e alta complexidade a todos os estados e municípios e ainda dispõe de R$ 250 milhões em valores extras que poderão ser liberados para os gestores locais. Cerca de R$ 41,6 milhões já foram liberados este ano para a realização de mutirões.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Justiça quer reparação dos danos causados pelo amianto

Apesar do banimento total da fibra, as consequências para quem foi exposto podem aparecer até 30 anos depois
Será que agora podemos respirar? Ainda que o amianto tenha sido banido do país, o rastro de morte e de sofrimento deixado ao longo de décadas – uma vez que a indústria do amianto se instalou no país na década de 1940 – permanece, já que os sintomas podem aparecer até 30 anos depois da exposição ao material. Para monitorar a saúde dos trabalhadores e diagnosticar possíveis doenças decorrentes do amianto, o Ministério Público do Trabalho (MPT) busca a reparação dos prejuízos causados pela fibra, através de quatro ações principais.
As quatro ações civis públicas foram ajuizadas pelo MPT no Rio de Janeiro, na Bahia, em São Paulo e no Paraná. "O objetivo agora é que as indenizações por dano moral coletivo postuladas nessas ações sejam destinadas, dentre outras hipóteses de reparação dos danos coletivos, ao diagnóstico das doenças relacionadas ao amianto, de forma a capacitar o Sistema Único de Saúde para receber os trabalhadores e monitorar a saúde dos expostos à fibra", explica o procurador do Trabalho Luciano Leivas, que ingressou com uma das primeiras ações no Brasil contra empresas do ramo, para proteger a saúde do trabalhador.
Ele destaca que isso já começou a acontecer, com a reversão de mais de R$ 1 milhão de multa por descumprimento de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pela Eternit, por não emitir Comunicações de Acidente de Trabalho. "Não comunicar à Previdência Social os agravos à saúde dos trabalhadores demonstra claramente a realidade da ocultação proposital da doença, o que dificultava o dimensionamento do passivo socioambiental", afirma Leivas. O valor foi utilizado na aquisição de equipamento para o Hospital das Clínicas de São Paulo, que otimiza o diagnóstico do câncer motivado por exposição ao amianto e outras doenças a ele relacionadas.
Ex-trabalhadores expostos ao amianto contam que as empresas chegaram a firmar acordos com aqueles que estavam doentes, e que incluía até mesmo um benefício que eles chamavam de "kit-caixão". De acordo com o procurador Luciano Leivas, "isso significa que nos estágios avançados das doenças a empresa arcava com as despesas de cilindro de oxigênio e, eventualmente, do próprio funeral", revela.
Em Osasco, foram mais de 10.700 expostos ao longo de 40 anos, dos quais menos de 10% foram ou são acompanhados pela Fundacentro. Segundo contou o procurador, como resultado desse monitoramento, foram encontrados 292 adoecidos e confirmados mais de 90 óbitos relacionados. Entre 1980 e 2010, de acordo com o sistema de informação de mortalidade do SUS, foram identificados mais de 3.700 óbitos por mesotelioma no Brasil. "Esse tipo de câncer traz a impressão digital do amianto, pois somente pode ser provocado pela fibra", esclarece o procurador.
Além disso, a Eternit é dona da única mina no Brasil, a Minaçu, em Goiás, além de cinco plantas industriais, que também serão objeto de atuação do MPT no sentido de verificar o cumprimento da decisão de proibição do uso amianto.
Ações
Antes da decisão do STF, o MPT convocou as empresas que trabalharam com amianto para fazer com que elas buscassem a substituição do material por fibras alternativas, até para manter os empregos e preservar a atividade econômica, sem riscos aos trabalhadores. "A grande maioria das empresas assumiu o compromisso de substituir o amianto por fibras alternativas. No entanto, a empresa líder de mercado e dona da mina de amianto, por capricho econômico, manteve a produção poluidora uma vez que o amianto era mais lucrativo", lamenta.
O Programa Nacional de Banimento do Amianto, do MPT, desde de 2012 até a decisão de proibição do uso do amianto pelo STF, firmou termo de ajustamento ou acordo judicial prevendo a substituição do amianto com as seguintes empresas Imbralit/SC, Infibra/SP, Confibra/SP, Casalite/RJ, Isdralit (RS e PR) e Multilit/PR, sendo que a substituição do amianto já foi efetivamente implementada em todas elas, ressalvada a Multilit/PR cujo acordo previa a substituição para 2018. No caso da Multilit, contudo, foi pactuada cláusula que determina o cumprimento imediato da decisão do STF que proíbe o uso do amianto.
Nesse cenário, foram promovidas as ações civis públicas. São quatro as principais, todas contra a Eternit, e ainda em andamento. Uma delas acaba de ter a indenização por dano moral coletivo elevada no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, de R$ 30 milhões para R$ 50 milhões, ajuizada pelo MPT por exposição dos trabalhadores ao amianto em sua na fábrica em Guadalupe (RJ). No entanto, para que esses valores possam ser revertidos à sociedade, voltados à reparação dos prejuízos, a condenação terá que aguardar até o trânsito em julgado, ou seja, a palavra final dos Tribunais Superiores.
A mais recente ação foi movida pelo MPT na Bahia e pede R$ 225 milhões de indenização devido a violações à saúde de funcionários da empresa no município de Simões Filho. A do MPT em São Paulo tem recurso dirigido ao TST, aguardando julgamento. Em primeira instância obteve condenação em R$ 100 milhões, porém a decisão foi derrubada pelo TRT/SP. Já a do MPT no Paraná pede 85 milhões de dano moral coletivo, além da substituição imediata por fibras alternativas na fabricação de produtos como telhas e caixas d"água.
Decisão Inédita
Como um dos precursores do programa nacional de banimento do amianto do MPT, o procurador Luciano Leivas presenciou e comemorou o desfecho inédito e surpreendente do julgamento das ações sobre o tema no Supremo Tribunal Federal. "O julgamento foi absolutamente histórico e marca uma nova percepção da Corte Suprema em relação ao controle de constitucionalidade de leis que permitem o uso de agentes químicos nocivos, ao determinar que todas as autoridades, do Poder Judiciário e da Administração Pública no Brasil são obrigadas a reconhecer que não há mais permissão para uso do cancerígeno amianto no Brasil", conclui.
Para o advogado Mauro Menezes, que atuou na causa representando a Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea) e a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), "não há nada de mais honroso do que defender uma causa essencialmente justa, e se isso servir de alguma forma, não apenas para interromper esse ciclo de infortúnios causados pelo amianto, como também para sinalizar ao restante do Poder Judiciário o imperativo de proteger e assistir a saúde dessas pessoas e reparar os danos que elas sofreram, já terá valido à pena".
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HIV cresce no país

Número de notificações de Aids cai no Brasil, mas Ministério da Saúde registra aumento no número de contaminados pelo HIV. No mundo, 18 crianças são infectadas com o vírus a cada hora. O SUS começará a disponibilizar um tratamento que previne a infecção para reduzir os números no país
Desde que a contaminação provocada pelo HIV se tornou um caso de notificação obrigatória, em 2014, os números apenas sobem. Embora o crescimento registrado em 2016 seja de 4% em relação a 2015, de acordo com o Ministério da Saúde, a doença está em desaceleração, ao levar em conta que o salto de 2013 para 2014 foi de 56,2%. No entanto, o número de casos de Aids, mesmo a passos lentos, continua a cair, bem como o número de óbitos provocados pela doença.
Primeiramente, é preciso entender as diferenças entre ambos os termos, pois pode provocar confusão e desinformação, o que contribui ainda mais para o preconceito. O HIV é o vírus que provoca a doença, mas nem todo portador a desenvolve, com o parasita podendo se encontrar inativo no organismo do hospedeiro. Já a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, significado da sigla em inglês) é a doença propriamente dita, provocada pela replicação do vírus, de natureza infecciosa. Em outras palavras, todo aidético é portador do HIV, mas nem todo portador do HIV é aidético.
Levando isso em consideração, o HIV é notificado no momento do teste, se positivo. A Aids é notificada se o indivíduo aparece no hospital com alguma doença oportunista (como câncer ou infecções) ou com a imunidade muito baixa; se, durante o tratamento dessas doenças, o paciente faz o teste de HIV e ele dá positivo, o caso é notificado como Aids.
Assim, quando considerado o número de casos de pessoas notificadas com Aids, houve redução de 5% em 2016, em relação a 2015, embora a queda não seja consistente em todos os grupos etários e a tendência seja de aumento entre os mais jovens. Nos homens, o número de casos cresceu entre jovens de até 29 anos, mas caiu na população de 30 a 59 anos. Nas mulheres, a Aids cresce entre aquelas que têm 15 e 19 anos de idade, mas apresenta queda entre 20 e 59 anos, para voltar a crescer entre as com mais de 60 anos.
"O aumento entre jovens homens gays é uma tendência. No caso das mulheres acima de 60 anos, muitas chegam ao hospital em uma fase tardia da doença, com a imunidade muito baixa. Provavelmente foram infectadas anos antes, quando tinham uma vida sexual mais ativa", diz Jamal Suleiman, infectologista do Hospital Emílio Ribas, referência no tratamento da doença em São Paulo, em entrevista à BBC.
O número de casos de HIV aumentou ligeiramente entre crianças menores de 5 anos, após uma tendência de queda nos últimos dez anos. Em 2015, de cada 100 mil crianças, 2,3 nasceram com HIV. Em 2016, o número aumentou um pouco e passou para 2,4. Entre 2006 e 2016, entretanto, foi registrada queda de 34,5%. A taxa geral de mortalidade apresentou uma ligeira queda esse ano: de 5,3% em 2015, para 5,2% em 2016. "O problema nisso é o fato das pessoas testarem, saberem que têm HIV, mas não vão se tratar", conclui Jamal.
HIV ENTRE CRIANÇAS
O relatório "Statistical Update on Children and AIDS 2017", do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), aponta que 18 crianças contraem o vírus a cada hora no mundo. De acordo com a instituição, se a tendência persistir, existirão 3,5 milhões de casos novos em 2030. Somente no ano passado, 55 mil adolescentes morreram de causas ligadas ao HIV, 91% desses viviam na África Subsaariana. Os dados do relatório também apontam que há disparidade entre os sexos, com sete meninas para cada cinco meninos da mesma idade estão infectadas com o vírus.
Os progressos, inegavelmente, existem, como melhoras na prevenção da doença, bem como da transmissão de mãe para filho. Para evitar maior disseminação da AIDS, a organização acredita que é necessário investir em inovações médicas, como teste auto diagnóstico de HIV e remédios pediátricos. Embora exista reconhecimento da existência de progressos, a instituição ainda espera mais eficiência por parte dos governos. "Os progressos na prevenção e controle da doença na adolescência estão inaceitavelmente lentos. A persistência dessa lentidão significa brincar com a vida das crianças e condenar as gerações futuras a uma vida com HIV ou a AIDS. Devemos agir urgentemente", reclama Chewe Luo, responsável pelo departamento de HIV na Unicef.
PREVENÇÃO
A partir deste mês, o governo brasileiro irá disponibilizar no Sistema Único de Saúde (SUS) a terapia PrEP, que, por meio de um comprimido por dia, previne a infecção pelo HIV. O remédio, que tem efeitos colaterais, será reservado para casos específicos dentre os considerados como grupos de vulnerabilidade, como profissionais do sexo, pessoas transexuais, casais sorodiferentes e homens que fazem sexo com homens.
PrEP é a sigla para profilaxia pré-exposição, que impede a multiplicação do vírus nas células de defesa do organismo caso haja a contaminação. O medicamento não tem qualquer efeito sobre outras infecções sexualmente transmissíveis, como sífilis, gonorréia, HPV e hepatite B, entre outras doenças, além de também, claro, não prevenir a gravidez. "Por isso não substitui a camisinha. O preservativo continua sendo a principal estratégia de prevenção", afirma Maria Clara Gianna, coordenadora-adjunta do Programa Estadual de DST/AIDS da Secretaria de Saúde de São Paulo, também em entrevista à BBC.
Goiânia não participará da primeira fase da oferta do medicamento, sendo Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Manaus, Brasília, Florianópolis, Salvador e Ribeirão Preto as cidades que receberão as primeiras remessas. De acordo com o Ministério da Saúde, o programa será gradativamente expandido para todo o país. Além do SUS, o PReP deve ser comercializado na rede privada.
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Epidemia de obesidade no Brasil pode ser combatida com vários tratamentos

Médico afirma que para cada paciente existe um tratamento mais adequado
A epidemia de obesidade no Brasil vem preocupando profissionais da saúde e fez a Agência Nacional de Saúde e mais 37 planos privados se unirem em um programa que visa identificar e incentivar os pacientes obesos a mudarem os hábitos, visto que mais de 50% dos brasileiros estão acima do peso e 20% deles já são obesos, segundo o Ministério da Saúde. Em dez anos, a doença avançou em todas as faixas etárias, mas quase dobrou entre jovens de 18 a 24 anos – de 4,4% para 8,5%. Cerca de R$ 488 milhões são gastos com obesidade anualmente pelo Sistema Único de Saúde.
Para o médico gastroenterologista Luiz Henrique Filho, a doença crônica deve ser tratada de maneira multidisciplinar e, para cada paciente existe um tratamento mais adequado. "Os mais comuns hoje são a cirurgia bariátrica, o balão intragástrico e a gastroplastia endoscópica, procedimento menos invasivo que é novidade em Goiânia", afirma o médico.
Cada tratamento tem suas indicações e possibilidades. A cirurgia bariátrica, já bem conhecida, é uma intervenção para redução do tamanho do estômago do paciente, indicada para pacientes com obesidade avançada e com pós-operatório que demanda cuidado intenso com a alimentação, mas com grande perda de peso que deve ser controlada para manutenção após o primeiro ano. Já o balão intragástrico de silicone – com resultados no Brasil reconhecidos na ObesityWeek 2017, em Washington (EUA) -, é indicado para pessoas com IMC maior ou igual a 27 kg/m2 e sua colocação é feita sob acompanhamento endoscópico, com o paciente sedado por anestesista com tempo máximo de permanência de seis meses com acompanhamento médico mensal.
"Assim como o balão, a gastroplastia endoscópica é feita por endoscopia, sem cortes ou incisões no abdome e consiste na realização de pontos de sutura no estômago, fazendo com que ele assuma um formato tubular, reduzindo em até 60% o seu volume inicial. Os riscos de complicações são mínimos, a recuperação é rápida e a perda é de cerca de 20% do peso", afirma o médicoLuiz Henrique de Sousa. Vale lembrar que, em qualquer tratamento para o sobrepeso e a obesidade, o seguimento com equipe multidisciplinar, incluindo médico, nutricionista, psicólogo, educador físico, dentre outros profissionais, é fundamental para a perda de peso mantida a longo prazo.
A psicóloga Núbia Bernaldo explica que não existe um perfil psicológico único para os pacientes que buscam as cirurgias. "O que se percebe é um sofrimento psicológico intenso com comorbidades nas áreas psicológicas da autoestima, da autoimagem corporal, dos transtornos de ansiedade, dos sintomas depressivos significativos e distúrbios do comportamento alimentar. E o acompanhamento busca tornar o paciente mais consciente de si mesmo, de suas escolhas, desenvolvendo recursos internos para suportar a frustração da ausência do alimento como fonte de prazer e defesa psicológica", afirma.
A atividade física também é uma aliada para perda de peso, mas normalmente os pacientes obesos ou com elevado percentual de gordura, que tentaram emagrecer e não conseguiram, chegam desmotivados e com baixa autoestima. "Após a cirurgia, o paciente pode realizar todos exercícios aeróbicos (bike, caminhada, corrida), exercícios de força (musculação). Após liberação médica também pode fazer exercícios de lutas e abdominais. A cirurgia é altamente eficaz, mas, o sucesso dela depende do empenho, da vontade de querer mudar de cada paciente", finaliza a educadora física, Thaise Morbeck.
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O POPULAR

Editorial – Humanização da Saúde

A Saúde municipal começou um novo sistema de regulação para marcação de consultas pelo SUS, com a promessa de reduzir afila de espera e dar ordem ao completo descontrole que prevaleceu até semana passada na emissão de guias e chequinhos. Segundo a secretária de Saúde, Fátima Mrué, havia máquinas de chequinhos espalhadas por diversos lugares de Goiânia, até mesmo em locais que não são unidades de saúde. A desorganização agrava ainda mais os recorrentes problemas do setor, provocados por faIta de estrutura e insumos, deficiência no quadro de profissionais e elevada demanda. As
consequências são sentidas diretamente pelos pacientes, obrigados a enfrentar filas, dores e sofrimentos duplos-pela doença e pela espera. Reportagem publicada na edição de ontem mostra diversos casos que retratam bem este sofrimento na realização de exames, consultas e cirurgias. Além do drama para os pacientes, o sistema caótico que estava em vigor era também um caminho aberto para fraudes, hipótese sob investigação. A população espera que as mudanças que acabam de ser implantadas seja m realmente eficazes na organização do atendimento. Saúde é um direito básico, universal, que não pode jamais ser negligenciado.
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PORTAL SAÚDE BUSINESS

Ética Saúde apresenta novos integrantes e discute estratégias para 2018

O Instituto Ética Saúde tem dois novos associados: a Fundação São Francisco Xavier – braço social da Usiminas nas áreas de saúde e educação – e o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) – que administra instituições de saúde públicas e privadas. O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho de Administração, Gláucio Pegurin Libório, no início da 5ª Reunião do Conselho Consultivo do IES, realizada em São Paulo, no dia 22 de novembro.
Participaram da reunião representantes da Associação Brasileira de Auditores em Saúde – AUDIF, Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo – FEHOSP, Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde – ABRAIDI, Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios – ABIMO, Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde ABIMED, Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular – SBCCV e Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, todos membros do Conselho Consultivo. Como convidados, estavam presentes também o Hospital Albert Einstein, associado do IES, e o Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial – CBCTBMF.
Depois de apresentar oficialmente o novo diretor Executivo do Instituto, Carlos Eduardo Gouvêa, Gláucio Pegurin Libório destacou que o IES acaba de assinar o Acordo de Cooperação com o Tribunal de Contas da União (TCU) e abriu o diálogo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Ministério Público de SP e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Ele atualizou ainda os resultados do IES: 522 denúncias e 1322 denunciados até outubro, sendo que 80% foram tratadas pelo Conselho de Ética e 21 associadas já foram notificadas para adequação de programas de compliance.
A ampliação do mapeamento de riscos de conformidade em atividades hospitalares foi um dos itens comentados no encontro. “Com a entrada do Einstein e de outros hospitais, será possível desenvolver ainda mais a percepção e orientações do IES”, disse Libório.
Próximo ano
Carlos Eduardo Gouvêa destacou que para 2018, uma das metas do Instituto Ética Saúde é contar com a adesão dos laboratórios de diagnóstico. “Reuniões já estão sendo agendadas com este intuito”, afirmou. Foi discutida também a importância de se intensificar as ações para obter a adesão dos grandes fabricantes e das respectivas redes de distribuição.
Outra meta para o próximo ano será a construção do reconhecimento para as empresas que estão se adequando aos princípios do compliance e de transparência. “Precisamos divulgar o comprometimento dos que trilham o caminho da ética”, defendeu Libório. O advogado do escritório Correia da Silva Advogados, que assessora o IES, Rodrigo A. Correia da Silva, lembrou que o ideal é “a adesão firme a cultura de compliance em todos os elos do segmento da saúde. A partir daí, será possível ranquear cada fornecedor, cliente ou parceiro, num mapa de risco: quanto mais maduro o compliance daquele ator, menos risco ele oferece aos que com ele interagem”.
Sociedades de especialidades médicas
Com a presença da SBCCV, SBOT e CBCTBMF, uma segunda reunião foi realizada, em seguida, para esclarecer as sociedades médicas sobre as normativas relacionadas aos patrocínios dos fornecedores de produtos médicos e farmacêuticos a respeito da participação de profissionais da saúde em eventos e congressos, a partir de janeiro de 2018.
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O HOJE

OMS faz revisão de dados sobre vacina contra dengue

No Brasil, a Anvisa tomou a decisão de não administrar a vacina a pessoas que não tenham tido exposição prévia ao vírus

Por meio de um comunicado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta segunda-feira (4) que busca realizar uma revisão completa até o fim de 2017 sobre a vacina Dengvaxia, da Sanofi.
Foi solicitado pelo governo das Filipinas um levantamento sobre a imunização de mais de 730 mil crianças com a vacina, suspensa depois de uma empresa francesa de farmácia alegar que a aplicação poderia em alguns casos piorar a doença. 
Em nota, o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, explicou que os especialistas querem “resolver isso antes do final do ano”. A Anvisa tomou a decisão de não administrar a vacina no Brasil a pessoas que não tenham passado por exposição prévia ao vírus. 
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação