ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Hospitais privados indicam que relação com as operadoras será maior desafio para 2025
Pedro Guilherme Gioia assume Secretaria de Saúde de Goiânia
Saúde de Goiás reduz em 38% índice de mortalidade entre 2019 e 2023
Exclusivo: com Dívida de R$ 227,1 milhões, relatório do Imas para transição afirma que “déficit orçamentário é constante”
Assassinato de CEO em Nova York: veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso
ANS divulga esclarecimento sobre novas regras de notificação por falta de pagamento
Artigo – IA é fator-chave para melhorar jornada do paciente no atendimento hospitalar
A necessidade de soluções estratégicas em saúde suplementar frente ao crescimento das reclamações
Casos de dengue no Brasil aumentam quase 300% em 2024
MEDICINA S/A
Hospitais privados indicam que relação com as operadoras será maior desafio para 2025
Os associados da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados esperam que 2025 seja um ano ainda mais desafiador do que 2024 e consideram a relação com as operadoras de planos de saúde seu principal problema para os próximos meses. Os dados constam na pesquisa realizada com 94 hospitais que integram a entidade, entre os dias 28 e 30 de novembro.
A pesquisa identifica como pontos positivos de 2024 o fato de 43% dos hospitais terem conseguido manter os investimentos previstos e 14% investirem mais que o previsto. No entanto, em 41% dos casos, as dificuldades de fluxo de caixa determinaram a redução no volume de investimentos planejados.
Outro ponto positivo é o fato de terem, por esforço em contenção de custos e aumento de eficiência, melhorado o EBITDA este ano, como reportado por 50,55% dos respondentes, ou mantido igual aos anos anteriores para 15,38% dos hospitais associados. Mas, a exemplo dos investimentos, uma parcela importante teve o seu desempenho piorado (34,07%).
Os hospitais associados à Anahp, respondentes da pesquisa, consideram, porém, que seguem sendo penalizados pelas operadoras com um alto volume de glosas e atraso nos pagamentos pelos serviços prestados. O fato de as operadoras terem melhorado seus resultados em 2024 não trouxe avanços para os hospitais. Apenas 7,69% dos associados registram que “houve melhora, mesmo que leve”. Para 12,09% a situação manteve-se igual e 80,22% dizem que o volume de glosas e o prazo de recebimento pelos serviços prestados, pioraram.
Por esta razão, os hospitais indicaram na pesquisa que a relação com as operadoras de planos de saúde será o maior desafio para 2025. Em uma pontuação de 1 a 5, eles apontaram 4,47 como nível de preocupação com o assunto, acima de temas como realizar o EBITDA planejado, manter a taxa de ocupação ou administrar custos.
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A REDAÇÃO
Pedro Guilherme Gioia assume Secretaria de Saúde de Goiânia
Ex-secretária saiu após 1 semana no cargo
O atual superintendente de Vigilância em Saúde de Goiânia, Pedro Guilherme Gioia de Moraes foi anunciado, na noite desta quarta-feira (4/12), como titular da Secretaria Municipal de Saúde. O administrador, que tem MBA em Gestão de Saúde, Políticas Públicas e Gestão Governamental, entra em cena depois que Cynara Mathias, uma semana após assumir a pasta, entregou o cargo.
Cynara substituiu Wilson Pollara após o secretário ser preso no dia 27 de novembro em uma operação do Ministério Público de Goiás (MPGO) que investiga irregularidades na pasta. O motivo da saída seria a pressão para reverter a crise enfrentada pela saúde municipal.
Em nota, a Prefeitura de Goiânia afirmou que Pedro dará continuidade às medidas tomadas para assegurar a correta assistência médica na capital.
Para a secretaria-executiva será nomeada a médica e atual Superintendente de Regulação, Avaliação e Controle da Prefeitura de Goiânia, Erika Cristina Vieira Oliveira Ximenes Belo. Para a diretoria financeira, será nomeado o servidor Melci Dibe Junior, atual Diretor de Avaliação e Controle.
Crise
“Nas últimas semanas, em um esforço coletivo, intensificaram-se as ações para ampliar a compra de medicamentos e insumos, firmar novas parcerias, aumentar a oferta de leitos de UTI e aprimorar o atendimento nas unidades de saúde da capital. Estão instalados gabinetes de crise nas 13 unidades de urgência da capital”, afirma o Paço no documento.
A atual gestão da capital frisa ainda que “já estão sendo disponibilizados nas unidades de saúde medicamentos adquiridos pela Prefeitura de Goiânia, como Flumazenil, Fentanil, Cloreto de Sódio 500 ml, Cefalotina, Ceftriaxona Sódica, Dexametasona, Dipirona Sódica, Prometazina, Cloridrato, Ampicilina e Hidrocortisona, como parte das ações emergenciais para regularizar o abastecimento”. Segundo a nota, os demais insumos já estão contratados e serão reabastecidos nas próximas semanas.
Ainda por meio do documento, a Prefeitura alega que realizou, nesta quarta-feira (4/12), o pagamento dos honorários devidos aos médicos credenciados e mantém a normalidade dos plantões.
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Saúde de Goiás reduz em 38% índice de mortalidade entre 2019 e 2023
O Governo de Goiás reduziu em 38,2% o índice de mortalidade entre os anos de 2019 e 2023, composta por 43 grupos, de acordo com dados da Nota Executiva 009 divulgada nesta quarta-feira (4/12) pelo Instituto Mauro Borges (IMB), ligado à Secretaria-Geral de Governo (SGG). Nesse período, estima-se que 18.483 vidas foram preservadas, sendo 6.446 relacionadas a mortes evitáveis e 12.403 associadas à redução da mortalidade geral.
A queda nos indicadores pode ser atribuída à implementação de políticas de regionalização da saúde que tiveram um impacto positivo na redução das mortes evitáveis e da mortalidade geral.
A Nota Executiva 009, intitulada: “Regionalização da saúde e redução das mortes evitáveis em Goiás” mostra que entre os grupos que compõem a mortalidade geral, destacam-se as reduções em Doenças Crônicas das Vias Aéreas Inferiores, com 2.107 vidas preservadas, Influenza e Pneumonia (-2.001 óbitos) e outras formas de doença do coração (-1.938 mortes). Também foram observadas reduções significativas em insuficiência renal (-822 óbitos) e causas mal definidas e desconhecidas de mortalidade (-812).
Regionalização da saúde
No período analisado, mesmo enfrentando a pandemia da Covid-19, o Governo de Goiás ampliou investimentos na regionalização da saúde, com a inauguração de sete novos hospitais e seis policlínicas. Segundo o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, a disposição estratégica das unidades de saúde garante o acesso e a capilaridade dos serviços de saúde, ao se considerar que num raio de 200 km, todo o estado esteja coberto por pelo menos uma dessas unidades.
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JORNAL OPÇÃO
Exclusivo: com Dívida de R$ 227,1 milhões, relatório do Imas para transição afirma que “déficit orçamentário é constante”
A dívida do Instituto Municipal de Assistência à Saúde e Social dos Servidores de Goiânia (IMAS) com prestadores de serviços é de R$ 227,1 milhões. O Jornal Opção teve acesso exclusivo ao relatório entregue pelo instituto à comissão de transição do prefeito eleito na última segunda-feira, 2, e a informação também foi confirmada pelo futuro secretário de Finanças, Valdivino de Oliveira.
O relatório revela que “as despesas foram maiores que as receitas informadas, evidenciando déficit orçamentário constante, que contribuiu com o endividamento do Imas”. A reportagem ouviu interlocutores da Prefeitura e também da equipe de transição que afirmam que a dívida foi gerada por repasses insuficientes para o custeio do plano de saúde além da ingerência no instituto.
O Imas tem 33.415 titulares, que são servidores da ativa, aposentados, pensionistas e servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Dependentes somam 36.568 pessoas que incluem cônjuges e filhos menores de 21 anos; já os agregados são 8.636 que são filhos maiores de 24 anos, pais, irmãos, netos de servidores efetivos. Ao todo são 78.619 beneficiários.
A falta de repasses do valor patronal além do que é descontado direto no salários dos servidores é o principal problema. Conforme apurado pela reportagem, os valores ficam retidos ou não são repassados pelas secretarias. Entre as pastas com mais beneficiários estão a Educação com 9.825 pessoas, Saúde com 5.534 e a Comurg com 3.616 beneficiários.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é a pasta que tem a maior dívida com o Imas, mas o relatório ao qual a reportagem teve acesso não detalha o montante. Oliveira confirmou que a SMS tem valores pendentes para serem repassados ao Imas. Um interlocutor da Prefeitura disse, sob reserva, que a pasta não faz as ordens de pagamento e o valor fica retido na Secretaria de Finanças.
Ainda segundo o relatório, a rede credenciada do Imas tem 503 prestadores cadastrados, mas apenas 257 estão atendendo.
A reportagem entrou em contato com a SMS para pedir um posicionamento, mas até o momento não tivemos retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
Crise no IMAS
Ao longo do ano o Jornal Opção mostrou que o instituto sobre com várias paralisações de prestadores de serviços. Em maio usuários do Imas com câncer ficaram sem atendimento no Ingoh e Hemolabor.
Nos meses de março e abril, o Hospital Infantil de Campinas (HIC) suspendeu os atendimentos, que retornaram após a troca do presidente Marcelo Teixeira pela médica Gardene Moreira, e os pagamentos de duas de oito parcelas atrasadas. Agora, a crise se agravou com o atendimento de pacientes para prevenir e tratar casos de câncer. A dívida com a unidade de saúde chegou a R$ 137 mil segundo a diretoria.
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O GLOBO
Assassinato de CEO em Nova York: veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso
Brian Thompson, de 50 anos, foi morto no início da manhã de quarta-feira (4) em uma região movimentada de Nova York. Atirador conseguiu fugir e é procurado pela polícia.
O CEO da United Healthcare, uma das maiores seguradoras de saúde dos Estados Unidos, foi assassinado a tiros na frente de um grande hotel de Nova York, na quarta-feira (). O atirador conseguiu fugir, e a polícia está oferecendo uma recompensa em troca de informações.
Brian Thompson tinha anos. Desde , ele dirigia a divisão de seguros do UnitedHealth Group, liderando um negócio que oferece cobertura de saúde para mais de milhões de norte-americanos.
O grupo como um todo é um dos maiores do mundo em receita e tem negócios em vários países. No Brasil, a UnitedHealth foi dona da operadora de planos de saúde Amil até .
O assassinato do CEO ganhou repercussão no mundo inteiro, principalmente pelo local do ataque, que fica perto de vários pontos turísticos de Nova York.
Thompson foi morto enquanto estava em frente ao hotel Hilton Midtown, por volta das h do horário local. O prédio fica na ilha de Manhattan e próximo de vários pontos turísticos da cidade, como o Central Park.
O criminoso que matou o CEO estava usando uma máscara facial. Testemunhas disseram que viram um homem atirando contra o executivo várias vezes, a poucos metros de distância.
Segundo a polícia, o homem atirou pelas costas da vítima. Depois, fugiu a pé até montar em uma bicicleta elétrica.
“Parece que o suspeito estava à espreita por vários minutos”, disse a comissária Jessica Tisch, da Polícia de Nova York. “Isso não parece ser um ato de violência aleatório.” O CEO chegou a ser encaminhado para o hospital, mas não resistiu.
Thompson morava em Minnesota e estava em Nova York para a conferência anual de investidores da empresa. Após a notícia do assassinato, a UnitedHealth cancelou o evento.
O executivo se formou em Administração de Negócios pela Universidade de Iowa, em . Após isso, começou a carreira atuando em cargos de gerência da multinacional PwC. Em , foi contratado pela UnitedHealth como diretor de Desenvolvimento Corporativo.
Ao longo dos anos, Thompson foi ganhando espaço dentro da UnitedHealth, até ser promovido a CEO da United Healthcare, que é a divisão de seguros da empresa.
O portfólio gerenciado por Thompson gerou US$ bilhões (R$ bilhões) em receita no último trimestre, tornando-se um dos principais faturamentos do grupo.
O salário anual do executivo girava em torno de US$ milhões (R$ milhões), o que fazia dele um dos mais bem pagos da empresa.
O Departamento de Polícia de Nova York informou que está investigando a motivação do crime. Os agentes consideram o assassinato uma ação planejada.
Até a publicação desta reportagem a polícia havia informado poucos detalhes sobre a investigação. As forças de segurança, inclusive, estão oferecendo uma recompensa de US$ mil (R$ mil) para qualquer pessoa que forneça informações que levem ao atirador.
Em entrevista à NBC News, a esposa do CEO assassinado afirmou que ele já tinha recebido algumas ameaças, mas não soube dizer detalhes.
“Basicamente, não sei, falta de cobertura?” disse, fazendo uma referência a um possível motivo relacionado aos seguros de saúde. “Só sei que ele disse que havia algumas pessoas que o estavam ameaçando.”
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UNIVERSO SEGURO
ANS divulga esclarecimento sobre novas regras de notificação por falta de pagamento
Resolução Normativa nº 593 se aplica a todos os contratos de planos de saúde regulamentados que são pagos diretamente pelos beneficiários
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vem a público prestar um esclarecimento a respeito das novas regras sobre notificação por inadimplência, que entraram em vigor em 1º de dezembro de 2024, por meio da Resolução Normativa nº 593/2023.
1 – As novas regras são válidas para todos os contratos de planos de saúde firmados após 1º de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9656 que são pagos diretamente pelos beneficiários, não apenas para os assinados a partir de 1º de dezembro de 2024;
2 – As formas de comunicação usadas pelas operadoras ou administradoras de benefícios para informar os beneficiários sobre a falta de pagamento e a possibilidade de cancelamento de contrato é que, até então, estavam estipulados em contrato. Para a adequação à RN 593 e utilização de novos canais, as operadoras poderão fazer aditivos aos contratos;
3 – Em 3/12/24, a ANS publicou no Diário Oficial da União uma decisão ad referendum do diretor-presidente, Paulo Rebello, para concessão de um período de transição para que as operadoras de planos de saúde adequem suas rotinas operacionais às novas regras. Com a suspensão temporária da eficácia da RN 593, a observação do cumprimento das normas para fins de aplicação de penalidades ocorrerá a partir de 1º de fevereiro de 2025. Confira aqui a decisão publicada no DOU.
Confira abaixo o que muda com as novas regras para Notificação por Inadimplência estipuladas pela RN 593/2023:
As regras são válidas para contratos dos quais a responsabilidade de pagamento seja do beneficiário:
– de planos individuais ou familiares;
– de planos coletivos empresariais firmados por empresário individual;
– de planos coletivos firmados por ex-empregados (demitidos e aposentados), servidores públicos, beneficiários de operadoras de autogestão ou aqueles que pagam diretamente a uma administradora de benefícios.
O usuário poderá ter o seu plano cancelado por inadimplência se deixar de pagar, no mínimo, duas mensalidades, consecutivas ou não;
No contrato individual ou familiar é necessário que o não pagamento das duas mensalidades tenha ocorrido nos últimos 12 meses de vigência do contrato;
Os dias em atraso de mensalidades que já foram pagas não são contados como período de inadimplência;
Se o beneficiário discordar do valor ou da cobrança referente às mensalidades não pagas, ele poderá fazer um questionamento sobre a notificação por inadimplência realizada pela operadora sem perder o prazo para o pagamento;
Se a mensalidade do plano de saúde deixar de ser cobrada por algum erro da operadora, seja por não disponibilizar o boleto para pagamento ou não realizar o desconto em folha ou em débito na conta corrente do beneficiário, o período de inadimplência não será considerado válido para cancelar o contrato. A ANS recomenda que, para comprovar o não recebimento do boleto, o beneficiário apresente à operadora o contracheque, nos casos de desconto em folha; extrato bancário, em casos de débito em conta; ou print da tela do e-mail ou do site da operadora, que mostrem a ausência das cobranças.
Formas de comunicação sobre falta de pagamento com os beneficiários:
– Carta, com aviso de recebimento (AR);
– Pessoalmente por um representante da operadora;
– Por meios eletrônicos: e-mail; mensagem de texto para telefones celulares, que poderá ser feita via SMS ou via aplicativo de mensagens como o WhatsApp; ligação telefônica gravada. Todas as opções serão válidas desde que o beneficiário confirme recebimento da notificação.
Por fim, a ANS ressalta que as novas regras têm como objetivo garantir que o consumidor seja notificado, caso esqueça de pagar a mensalidade, e tenha a oportunidade de quitar a dívida, evitando o cancelamento do contrato ou a sua exclusão do plano de saúde. As mudanças modernizam a regulamentação, trazendo transparência aos beneficiários nos casos de rescisão de contrato por inadimplência.
A Agência ressalta, portanto, que é fundamental que os beneficiários mantenham seus dados cadastrais atualizados junto à operadora de plano de saúde para que recebam comunicados e fiquem bem-informados.
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Artigo – IA é fator-chave para melhorar jornada do paciente no atendimento hospitalar
Confira artigo de Claudia Andrade, Especialista em Design Conversacional da Nexcore by Selbetti
O setor de Saúde no Brasil tem amadurecido, com a fusão de empresas e a criação de grandes grupos – que muitas vezes, já concentram mais de uma marca sob sua administração. O crescimento e modernização da rede privada de Saúde no país colocou algumas instituições no mapa dos melhores hospitais do mundo – mas essas instituições ainda precisam ter um olhar mais atento à experiência do paciente em todos os passos da sua jornada.
E, por incrível que pareça, o setor hospitalar ainda deixa de olhar para os pontos iniciais de contato do atendimento: telefone, e-mail ou chat. E justamente o primeiro ponto de contato muitas vezes define a percepção do paciente sobre a qualidade do serviço prestado – o que tem feito muitos hospitais começarem a reconhecer a importância de investir em tecnologias avançadas para melhorar essa etapa crucial da jornada do paciente.
A digitalização e a automatização desses canais de comunicação não só aumentam a eficiência, mas também melhoram significativamente a experiência do paciente. Por exemplo, sistemas de resposta automática podem fornecer informações imediatas sobre horários de consulta, procedimentos médicos, e até mesmo responder a perguntas frequentes, reduzindo o tempo de espera e a frustração dos pacientes.
A entrada da IA no atendimento hospitalar
Um levantamento feito pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) em 2023, em parceria com a Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS), apontou que ao menos 55,1% dos respondentes já investiram, nos últimos dois anos, em soluções que têm a Inteligência Artificial (IA) como base para a entrega de valor no que tange à resolução de problemas – destes, apenas 12% declaram que já utilizam para processos como a criação de chatbots de atendimento.
Embora haja iniciativas realizadas por instituições de grande porte no Brasil, a pesquisa revela que o setor de Saúde ainda não tem adotado a tecnologia em larga escala para melhorar o atendimento. E existem exemplos bastante sólidos da aplicação da tecnologia: o uso de assistentes virtuais têm ajudado os hospitais a diminuir consideravelmente a fila de espera no atendimento, ao executar triagens iniciais e direcionar pacientes para os departamentos corretos com muito mais agilidade que um atendente humano.
Hospitais no Brasil já foram muito mais longe com a aplicação de IA, ao usar processamento de linguagem natural para interpretar as solicitações dos pacientes, e fornecer respostas precisas – o que também impactou diretamente no nível de satisfação no que tange ao atendimento.
Além disso, o uso de IA pode ajudar a coletar e analisar dados em tempo real, fornecendo insights valiosos sobre o comportamento dos pacientes e ajudando os hospitais a ajustar suas operações para melhor corresponder às suas necessidades. Por exemplo, é possível monitorar quais são as perguntas mais frequentes ou os horários de pico de chamadas, permitindo uma melhor alocação de recursos humanos e tecnológicos para atender à demanda.
Outro benefício significativo do uso de IA no atendimento telefônico é a capacidade de oferecer suporte 24 horas por dia, 7 dias por semana. Assistentes virtuais e chatbots estão sempre prontos para atender as necessidades dos pacientes, o que é particularmente importante em situações de emergência ou fora do horário comercial. Isso não apenas aumenta a acessibilidade dos serviços de saúde, mas também reduz a carga de trabalho da equipe de atendimento, permitindo que se concentrem em casos mais complexos que realmente necessitam de intervenção humana.
Poder de análise
Além das respostas automatizadas, a IA pode ser utilizada para prever e mitigar problemas antes que eles ocorram. Por exemplo, algoritmos podem analisar padrões de chamadas e identificar potenciais gargalos ou períodos de alta demanda, permitindo que os gerentes de hospitais tomem medidas proativas para garantir que o atendimento permaneça fluido e eficiente.
E essa capacidade de análise não se restringe somente a dados estruturados. Sistemas de inteligência artificial também são capazes de interpretar sentimento, a partir de interações de voz ou texto, com as tecnologias de speech analytics – tanto do paciente, quanto do agente do call center – o que pode trazer luz à novas formas de personalização, bem como indicativos importantes de qualidade no atendimento.
A personalização, inclusive, é possível a partir da integração de outras fontes de dados ao sistema de call center que opera com IA para o atendimento. Isso é possível com o acesso do histórico do paciente, preferências e necessidades específicas. Essa personalização pode se manifestar de várias formas, desde a oferta de lembretes de consultas programadas até sugestões de serviços adicionais que possam beneficiar o paciente.
Desafios à implementação da IA
No entanto, a implementação das novas tecnologias baseadas em Inteligência Artificial no setor hospitalar não está isenta de desafios. Entre eles, destacam-se a resistência à mudança por parte dos funcionários e a necessidade de treinamento adequado para a equipe, para que possam trabalhar de forma eficiente com as novas tecnologias. Além disso, a integração dos novos sistemas com as infraestruturas tecnológicas já existentes nos hospitais pode ser complexa e demandar investimentos significativos.
Para superar esses desafios, é fundamental que os hospitais adotem uma abordagem estratégica e gradual na implementação da IA. Isso inclui a realização de pilotos para testar a eficácia das novas tecnologias, a capacitação contínua dos funcionários e a comunicação transparente sobre os benefícios esperados. É igualmente importante garantir que as soluções de IA sejam complementares e não substitutivas do atendimento humano, oferecendo um equilíbrio que combine eficiência tecnológica com a empatia e o toque humano que são essenciais no setor de saúde.
Em conclusão, a adoção da Inteligência Artificial no atendimento telefônico dos hospitais brasileiros tem o poder de transformar a forma como os pacientes interagem com os serviços de saúde. Com a capacidade de oferecer um atendimento mais rápido, eficiente e personalizado, essas tecnologias têm melhorado a experiência do paciente e otimizam as operações dos hospitais.
Embora haja desafios a serem enfrentados, os benefícios potenciais são significativos e indicam um futuro promissor para o atendimento de saúde no Brasil. Na medida em que mais instituições adotam essas inovações, espera-se que o setor de saúde continue a evoluir, colocando os pacientes no centro de suas operações e proporcionando um serviço de excelência.
Marcela VigoHapvida Notredame Intermédica
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A necessidade de soluções estratégicas em saúde suplementar frente ao crescimento das reclamações
Katia de Boer, CEO da Safe Care, empresa especializada em soluções integradas para a gestão de planos de saúde empresariais
Nos últimos cinco anos, vimos um crescimento alarmante no número de reclamações de beneficiários de planos de saúde junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O aumento de queixas relacionadas à portabilidade de carências, que saltaram de 1.005 em 2019 para 3.748 em 2023, é apenas a ponta do iceberg. Esse cenário reflete uma insatisfação cada vez maior com a saúde suplementar no Brasil e evidencia a necessidade de uma abordagem mais eficiente e humanizada no setor, especialmente em tempos de inflação médica crescente e reajustes abusivos.
As empresas, responsáveis por 70% dos planos de saúde no Brasil, estão em uma posição delicada. Além de lidar com o aumento dos custos médicos, que muitas vezes ultrapassam os 25% nos reajustes, enfrentam também a insatisfação dos colaboradores que, por vezes, não conseguem sequer acessar procedimentos fora do rol da ANS ou entendem mal as coberturas dos planos. Com uma sinistralidade média de 88,2%, a gestão de benefícios de saúde tornou-se um desafio crítico para a sustentabilidade financeira das empresas e o bem-estar de seus colaboradores.
O impacto dos reajustes abusivos e da sinistralidade elevada
Os aumentos nos custos dos planos de saúde empresariais não apenas pressionam os orçamentos das empresas, mas também refletem diretamente na qualidade de vida dos colaboradores. Muitos planos sofrem com a falta de transparência, o que leva a um ciclo de insatisfação, onde os beneficiários enfrentam barreiras para entender seus contratos ou conseguir autorizações para exames e procedimentos complexos. Isso gera reclamações recorrentes, evidenciando a necessidade de uma gestão mais clara e eficaz.
Neste cenário, muitas empresas têm buscado soluções integradas para mitigar esses impactos. A implementação de auditorias médicas avançadas é uma dessas soluções. Elas garantem que os custos cobrados sejam precisos e evitam gastos indevidos, proporcionando maior controle sobre os valores pagos aos prestadores de serviços de saúde. Além disso, ferramentas de automação de processos e a utilização de Business Intelligence (BI) têm sido fundamentais para a eficiência na gestão de benefícios.
A tecnologia, por si só, oferece poderosas ferramentas para a visualização de dados, mas o verdadeiro diferencial competitivo reside na capacidade de fazer uma leitura inteligente e crítica dessas informações. É na interpretação dos dados que se encontram os insights valiosos, capazes de orientar decisões assertivas e corretivas. Mais do que apenas exibir números, é necessário que os gestores e analistas compreendam os padrões, identifiquem tendências e antecipem riscos para agir de maneira eficaz e sustentável.
Ferramentas de BI, por exemplo, são essenciais para prever reajustes e mapear padrões de custo, auxiliando as empresas a tomar decisões estratégicas que vão além da simples contenção de despesas. Elas permitem não apenas otimizar os recursos, mas também garantir que os colaboradores recebam benefícios de qualidade. A saúde suplementar, nesse cenário, deve ser encarada como um investimento estratégico, refletindo a visão de longo prazo da empresa, e não apenas como mais um custo a ser controlado.
A humanização como diferencial competitivo
No entanto, a tecnologia por si só não é suficiente. O mercado de saúde suplementar enfrenta uma crise de confiança, onde os beneficiários se sentem cada vez mais desamparados. Isso exige uma mudança de paradigma na forma como o atendimento é conduzido. Empresas que investem na humanização do atendimento aos beneficiários se destacam, pois conseguem equilibrar eficiência com acolhimento.
O “Cuidando de Você”, desenvolvido pela Safe Care, é um exemplo de como a humanização pode transformar a experiência do colaborador no uso do plano de saúde. O programa oferece suporte integral 24 horas por dia, facilitando desde o agendamento de consultas até o acompanhamento em emergências e urgências. Além disso, oferece suporte na liberação de exames e procedimentos complexos, intermediações em internações e acompanhamento de gestantes e pacientes com condições de saúde sensíveis.
Essa abordagem não só alivia o RH das empresas ao lidar com questões burocráticas, mas também reduz significativamente as reclamações dos beneficiários, criando um ambiente de maior confiança e satisfação. A humanização do atendimento é mais do que um diferencial; ela é uma resposta necessária ao descontentamento dos usuários que, cada vez mais, exigem um sistema de saúde suplementar que atenda suas necessidades de forma ágil e empática.
O futuro da gestão de benefícios: prevenção e promoção da saúde
Para enfrentar a crise nos planos de saúde, as empresas precisam adotar estratégias de longo prazo, que vão além da mera contenção de custos. A promoção da saúde e a prevenção de doenças são elementos centrais para reduzir a sinistralidade e garantir um sistema mais sustentável. Investir em programas que incentivem hábitos saudáveis, acompanhamento médico preventivo e gestão de condições crônicas pode gerar economia a longo prazo, além de promover o bem-estar dos colaboradores.
A crise da saúde suplementar, intensificada pelo aumento das reclamações na ANS, é um indicativo de que o setor precisa de uma reformulação. Empresas que adotarem soluções integradas, como auditorias médicas, BI e um atendimento mais humanizado, não apenas estarão melhor preparadas para enfrentar os desafios econômicos, como também serão capazes de oferecer uma experiência mais positiva para seus colaboradores.
No final, a adoção de uma gestão estratégica e humanizada de benefícios de saúde é a chave para superar os desafios atuais e garantir um futuro mais promissor para o setor. O mercado está em transformação, e aqueles que se anteciparem, utilizando as ferramentas corretas, estarão na vanguarda dessa mudança.
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AGÊNCIA BRASIL
Casos de dengue no Brasil aumentam quase 300% em 2024
País registrou 6,5 milhões de casos prováveis de dengue neste ano
O Brasil já registrou mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue ao longo de 2024, segundo o Ministério da Saúde.
Esse é o maior número da série histórica e representa quase 300% de aumento em relação ao ano passado.
Na mesma comparação, as mortes confirmadas também bateram recorde, com quase 400% de crescimento, chegando a 5.881.
A incidência da doença no país é de 3.244 casos para cada 100 mil habitantes, quatro vezes maior do que em 2023.
O Distrito Federal aparece em primeiro lugar com 9.876 para cada 100 mil habitantes, seguido por Minas, Paraná e São Paulo com 4.841.
Mas, o estado paulista lidera no número total com 2,1 milhões casos prováveis, seguido por Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
De acordo com o Ministério da Saúde, o combate à dengue e a outras doenças, como chikungunya, foi reforçado nos estados com aumento de casos.
Técnicos já estiveram em Mato Grosso e Minas Gerais e devem chegar ao Espírito Santo na próxima semana.
Lá, é a febre do Oropouche que preocupa, enquanto Minas Gerais enfrenta o risco de aumento da febre amarela, com baixa cobertura vacinal.
Nas visitas, os técnicos atualizam os dados das doenças, revisam as estratégias de controle e analisam as áreas prioritárias de combate.
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Assessoria de Comunicação