Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 09/03/18

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Homem espera há mais de dois meses para retirar pontos de uma cirurgia, em Senador Canedo
Mutirão oferece serviços e exames gratuitos em Aparecida de Goiânia
Pacientes reclamam de demora em atendimento médico em Goiânia
Fátima Mrué volta a prestar depoimento na CEI da Saúde
Ambulâncias de Goiânia já poderiam ter sido trocadas, diz diretor do Ministério da Saúde
Mulher morre à espera de leito em UTI na rede pública
CEI quer audiência com ministro da Saúde para conseguir ambulâncias
Celina Turchi: “Pesquisa em saúde pública não é luxo, é uma questão de segurança nacional”
Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital dos Servidores é afastado do cargo


TV ANHANGUERA/GOIÁS
Homem espera há mais de dois meses para retirar pontos de uma cirurgia, em Senador Canedo
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/homem-espera-ha-mais-de-dois-meses-para-retirar-pontos-de-uma-cirurgia-em-senador-canedo/6564736/

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Mutirão oferece serviços e exames gratuitos em Aparecida de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/mutirao-oferece-servicos-e-exames-gratuitos-em-aparecida-de-goiania/6564734/

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Pacientes reclamam de demora em atendimento médico em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/pacientes-reclamam-de-demora-em-atendiment-medico-em-goiania/6563677/

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JORNAL OPÇÃO

Fátima Mrué volta a prestar depoimento na CEI da Saúde
Por Larissa Quixabeira

Secretária de Saúde de Goiânia prestará esclarecimento sobre suposto direcionamento para empresa de manutenção de ambulâncias
A secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, volta à Câmara Municipal deste sexta-feira (9/3) para prestar novo depoimento à Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades na pasta.
Desta vez ela foi convocada para esclarecer informações conflitantes que surgiram nos depoimentos do diretor de Administração e Logística, Luiz Teófilo, e da ex-gerente de transportes Maxilânia Clemente da Costa, na última segunda-feira (5).
Aos vereadores, a ex-diretora (que é funcionária efetiva) reafirmou que havia um direcionamento para favorecer uma empresa que presta serviços mecânicos em ambulâncias, a “Mecânica Inovar”.
De acordo com Luiz Teófilo, foi o Samu que decidiu pela manutenção da Inovar sem contrato, para evitar que a frota parasse e o serviço fosse interrompido à população.
A continuidade do serviço sem qualquer acordo formal se deu no período de junho de 2017 a janeiro de 2018.
Esta é a quinta vez que a secretária é convocada a prestar depoimento desde que o colegiado foi criado. Também está convocado o chefe do Samu, André Braga, e o diretor de transportes da secretaria, Wilson Rodrigues.
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Ambulâncias de Goiânia já poderiam ter sido trocadas, diz diretor do Ministério da Saúde
Por Matheus Monteiro

João Salame Neto foi ouvido nesta quinta-feira (8/3) pela Comissão Especial de Investigação que investiga irregularidades na Saúde em Goiânia

A Comissão Especial de Investigação (CEI) que investiga irregularidades na Saúde recebeu nesta quinta-feira (8/3) o diretor de Atenção Básica do Ministério da Saúde João Salame Neto. Ele se comprometeu a intermediar uma reunião com o ministro da Saúde para tratar da situação das ambulâncias de Goiânia. O prefeito Iris Rezende também será convidado.
“Temos um problema emergencial em Goiânia. O número de ambulâncias é insuficiente. Chegamos a ter só quatro rodando num dia, segundo informações de motoristas do SAMU. Esse número com certeza não atende a população e a demora no atendimento pode ter consequências graves”, afirmou o relator da CEI, vereador Elias Vaz (PSB).
O vereador questionou o representante do Ministério da Saúde sobre o processo para aquisição de ambulâncias para o Município. João Salame explicou que as ambulâncias com mais de cinco anos de uso são substituídas automaticamente pelo governo federal mediante solicitação do Município e o processo de reposição é rápido.
“Há outra forma de resolver a situação. Quando o município ainda não atingiu o teto, que é determinado de acordo com o número de habitantes, esses veículos também podem ser adquiridos. É um processo mais burocrático, mas também seria um caminho”. O diretor do Ministério da Saúde também explicou que as ambulâncias do SAMU exigem recursos do Estado (25%), Município (25%) e governo federal (50%).
Elias Vaz lembrou que a maior parte da frota de ambulâncias de Goiânia é de 2010. “Isso significa que muitas poderiam ter sido substituídas já há três anos. Vamos investigar por que isso não foi feito pelo município ou se esse processo já foi iniciado”.
Participaram também os vereadores Jorge Kajuru (PRP), Carlin Café (PPS) e Anderson Sales – Bokão (PSDC). (Da assessoria do vereador Elias Vaz)
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O POPULAR

Mulher morre à espera de leito em UTI na rede pública
SAÚDE Vânia Martins não resistiu após ficar 11 horas aguardando vaga. Paciente de Carmo do Rio Verde também precisa que regulação da capital libere leito

Moradora de Piracanjuba, Vânia Martins Ferreira, de 37 anos, morreu na noite da última quarta-feira (7) enquanto aguardava na fila um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A espera durou 11 horas, até que a mulher, mãe de uma criança de 2 anos, não resistiu. "Ela ficou o dia inteiro esperando por uma vaga. Faltou rapidez", disse o autônomo Sebastião Moreira Borges, de 51 anos, marido de Vânia.
Borges explicou que inicialmente a mulher estava com uma inflamação de garganta, que evoluiu para uma falta de ar. Na terça-feira ela foi internada, e a vaga de UTI foi requisitada à Central de Regulação pela manhã, às 11h21. Segundo o trabalhador autônomo, Vânia teve três paradas cardíacas.
À reportagem, a Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia informou apenas o horário da morte e o horário em que a vaga foi requisitada. A gestão plena das vagas é de responsabilidade da regulação municipal, que utiliza também as vagas disponibilizadas pelos hospitais estaduais.
Em Ceres, outro paciente luta por uma vaga. Jonas Bento Santana, de 60 anos, está inserido no sistema de Goiânia para um leito de UTI coronariana, unidade para pacientes que apresentam problema cardíaco. Ele, que fez uma cirurgia para colocar marca-passo em novembro, teve uma parada cardíaca e precisa repor o equipamento.
O empresário Josiley José de Oliveira, de 45 anos, primo de Jonas, disse que a vaga foi requisitada na última terça-feira. "Está todo mundo desesperado, pedindo vaga para ele. Se Deus não tiver dó, vai acabar morrendo", disse. A Central de Regulação de Goiânia informou ontem à noite que continua na busca por uma vaga.
Jonas é de Carmo do Rio Ver-de, e foi transferido para Ceres porque o município possui quatro leitos de UTI junto ao SUS. O secretário de Saúde de Ceres, Júnior Fleury, afirmou que na cidade há somente UTI clínica, o que não atende o quadro de Jonas. Nesses casos, segundo ele, a vaga é requisitada para Goiânia. A capital possui 64,7% de todos os leitos do SUS do Estado.
FILA DE PACIENTES
Nos últimos dias, o assunto que envolve a fila de pacientes que aguardam leito de UTI e a quantidade de vagas que existe em Goiânia e no Estado está em evidência. A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura irregularidades na Saúde em Goiânia na Câmara Municipal apresentou na última terça-feira na Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) uma denúncia envolvendo mortes de pacientes na fila por UTI.
Os vereadores usaram como base um relatório obtido junto à SMS que mostra diariamente a quantidade de leitos que ficaram desocupados entre agosto de 2016 e agosto de 2017. Ao mesmo, um relatório da Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Goiás, referente a 2016, mostra que mais da metade da capacidade do SUS da capital não foi utilizado.
Além de evidenciar que apenas 36,4% da capacidade dos leitos de UTI de Goiânia foi usada, o documento, divulgado pelo POPULAR, fala em seleção de vagas por parte dos hospitais. Reportagem publicada em outubro do ano passado apurou que havia vagas inexistentes e que ainda estavam registradas no Ministério da Saúde, outras que não eram usadas por estarem interditadas e casos em que o lugar era ocupado por pacientes de planos de saúde privados. Tudo isso gerava esse desfalque de vagas.
"Está todo mundo desesperado, pedindo vaga para ele. Se Deus não tiver dó, vai acabar morrendo"
Josiley José de Oliveira, primo de Jonas Bento
64,7% de todos os leitos do SUS do Estado estão na capital.
36,4% da capacidade dos leitos de UTI de Goiânia foi usada em 2016.
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DIÁRIO DA MANHÃ

CEI quer audiência com ministro da Saúde para conseguir ambulâncias
Vereadores foram informados que troca de ambulâncias com mais de cinco anos de uso é automática. Maioria da frota de Goiânia é de 2010. Veículos já poderiam ter sido trocados

A Comissão Especial de Inquérito que apura irregularidades na Saúde em Goiânia recebeu como convidado ontem o diretor geral do Departamento de Atenção Básica do governo federal, João Salame Neto. Ele se comprometeu a intermediar uma reunião com o ministro da Saúde para tratar da situação das ambulâncias de Goiânia. O prefeito Iris Rezende também será convidado. "Temos um problema emergencial em Goiânia. O número de ambulâncias é insuficiente. Chegamos a ter só quatro rodando num dia, segundo informações de motoristas do Samu. Esse número com certeza não atende a população e a demora no atendimento pode ter consequências graves" afirmou o relator da CEI, vereador Elias Vaz (PSB).
O vereador questionou o representante do Ministério da Saúde sobre o processo para aquisição de ambulâncias para o município. João Salame explicou que as ambulâncias com mais de cinco anos de uso são substituídas automaticamente pelo governo federal mediante solicitação do município e o processo de reposição é rápido. "Há outra forma de resolver a situação. Quando o município ainda não atingiu o teto, que é determinado de acordo com o número de habitantes, esses veículos também podem ser adquiridos. É um processo mais burocrático, mas também seria um caminho" O diretor do Ministério da Saúde também explicou que as ambulâncias do Samu exigem recursos do Estado (25%), município (25%) e governo federal (50%).
Elias Vaz lembrou que a maior parte da frota de ambulâncias de Goiânia é de 2010. "Isso significa que muitas poderiam ter sido substituídas já há três anos. Vamos investigar por que isso não foi feito pelo município ou se esse processo já foi iniciado"
PROBLEMAS NA FROTA
A CEI da Saúde denunciou indícios de superfaturamento na manutenção da frota da Saúde, com gasto de quase R$ 14 milhões em cinco anos no contrato com a Util Pneus, enquanto as ambulâncias estão sucateadas. A ambulância campeã de gastos, R$ 89 mil em um ano e meio, está parada na oficina e, segundo o Samu, o custo de conserto seria de mais R$ 49 mil.
Os vereadores identificaram uma ambulância com gasto de manutenção de R$64 mil em 2016 e que foi levada naquele ano ainda para o pátio do Centro de Zoonoses sem motor. Está abandonada no local. "O dinheiro usado para pagar os supostos consertos é do governo federal, depositado no Fundo Municipal de Saúde, o mesmo dinheiro que deveria ser usado para comprar remédios e pagar exames", ressaltou Elias Vaz.
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EL PAÍS
Celina Turchi: “Pesquisa em saúde pública não é luxo, é uma questão de segurança nacional”

Médica e cientista brasileira, reconhecida internacionalmente pela pesquisa que ligou o zika à microcefalia, alerta para os cortes de investimento na ciência

Uma epidemia mudou a vida da médica e cientista brasileira Celina Turchi, pesquisadora da Fundação Osvaldo Cruz em Pernambuco. Em 2015, a professora aposentada do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás foi responsável por formar uma rede de pesquisadores de diversas especialidades reunidos no Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia – MERG (Microcephaly Epidemic Research Group), que, em apenas três meses conseguiu identificar como o zika vírus e a microcefalia estavam relacionados.
A velocidade da resposta à crise de saúde pública que tomava o Brasil e ameaçava outros países fez com que a médica fosse reconhecida pela revista científica Nature como uma das dez cientistas mais importantes em 2016. A revista norte-americana Time também listou a pesquisadora em 2017 entre as 100 pessoas mais influentes do mundo.
Dois anos depois, a emergência nacional passou, mas deixou sequelas. Os casos até há pouco classificados como “incomuns ou inesperados” já contam com algum conhecimento científico para serem combatidos. O mais recente Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde mostra que, em 2017, foram confirmados 235 casos de recém nascidos e crianças com microcefalia e alterações no desenvolvimento relacionados à infecção pelo vírus zika. Número muito menor em relação aos 1.869 casos de 2016 e aos 967 casos de 2015.
As doenças transmitidas por insetos vetores (como zika, dengue, chikungunya e febre amarela) continuam no topo da lista de prioridade da saúde pública. Mas o aparente controle sobre a situação mantém Celina Turchi em alerta. “Nossa preocupação é que as pessoas se sintam seguras e achem que não vai ocorrer mais”, afirma. Turchi conversou com o EL PAÍS sobre os desafios de fazer pesquisa de epidemias no Brasil. A entrevista com a pesquisadora encerra o especial Mulheres na Ciência publicada pelo EL PAÍS em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
Pergunta. Como avalia as medidas tomadas pelo Governo federal para conter a epidemia de zika?
Resposta. O Ministério da Saúde, respaldado pela Vigilância Epidemiológica e pelos pesquisadores, foi o primeiro a instituir um estado de emergência, em novembro de 2015, entendendo a gravidade e o desconhecimento sobre o surto de microcefalia. Foi esse alerta que motivou o olhar de outros países e a declaração posterior de emergência de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde. Houve coragem do Brasil de dizer que havia um evento extraordinário e com potencial de ser importante, e houve uma mobilização da comunidade científica.
P. O tempo de resposta foi adequado?
R. Obviamente gostaríamos que acontecesse muito mais rápido, mas o Ministério da Saúde naquele momento, que também era um momento de crise política, época do impeachment da Dilma, tomou as medidas necessárias nesse estado de emergência para facilitar o trâmite dos projetos, alocar recursos, mobilizar as comunidades. Mas há muito o que ser feito e obviamente medidas setoriais, feitas só pelo Ministério da Saúde, são insuficientes para interromper a transmissão de doenças que dependem de boa habitação, limpeza urbana…onde os efeitos das condições de vida inadequada se refletem na possibilidade maior de transmissão.
P. Passada a emergência, já podemos falar que está tudo sob controle?
R. O número de casos reduziu, o que já era esperado. Tivemos uma primeira onda epidêmica que aparentemente foi muito intensa, e as pessoas infectadas previamente agora estão imunes. Mas temos casos mais esporádicos de crianças com síndrome congênita do zika e de adultos com alterações neurológicas [Síndrome de Guillain-Barré]. Isso indica que o vírus continua circulando no Brasil. Por isso, corremos o risco de ter novos surtos. O monitoramento deve ser mantido. Nossa preocupação agora é que as pessoas se sintam seguras e acreditem que não ocorrem mais riscos. Temos que ficar em um alerta constante, porque essas doenças são sazonais. Um exemplo disso é a dengue, que circula a mais de trinta anos com epidemias periódicas.
P. Quais os maiores desafios hoje?
R. O grande desafio do ponto de vista de assistência é um atendimento adequado não só para a infecção nas gestantes, e o acompanhamento das crianças que, se tem síndrome congênita de zika precisam de cuidados multiprofissionais – neurológicos, ortopédicos, gástricos, acompanhamento nutricional –, assistência e monitoramento. Mas existem ações que estão fora do controle da saúde, e que dependem muito mais de medidas de redução da desigualdade social como melhor moradia, urbanização, acesso pronto à água adequada. São questões do ponto de vista populacional, da saúde das cidades de uma forma geral, onde o desafio é possibilitar que a transmissão seja interrompida de forma permanente, seja através do melhor controle vetorial [uso de parasitas, patógenos ou predadores naturais para o controle de populações transmissoras, como o mosquito aedes aegypti], seja no desenvolvimento de alguma vacina que possa em curto prazo dar uma imunidade duradoura para a população.
P. Em que pé estamos para a produção de uma vacina contra o zika?
R. Há interesse internacional nessa vacina. Sou otimista de que teremos a vacina em médio prazo, mesmo sabendo que ela tem que ser testada em laboratórios e na população. Por isso faço um apelo aos gestores públicos para que os recursos nessa área sejam mantidos ou aumentados.
P. Enquanto a vacina não vem, o que é possível fazer na prática?
R. Duas área que me parecem fundamentais. Primeiramente, pensar em um sistema de vigilância epidemiológica para arboviroses [doenças transmitidas por insetos vetores] de forma mais ágil e usando ferramentas mais modernas para captar o número de casos, como as mídias sociais. Outra medida é investir na manutenção e formação de recursos humanos em pesquisa. Sem a formação de novos pesquisadores, as respostas aos problemas e às perguntas na área da saúde ficam inviabilizadas. Esse é um investimento para garantir que a nação seja autônoma em relação a investigações de epidemias.
P. Como estão os recursos para manter pesquisas e o monitoramento da zika em meio a crise política e econômica?
R. Houve um esforço inicial de se colocar recursos em zika ou pelo menos nessas prioridades de saúde publica. Mas há uma sinalização de redução de recursos. Por isso é importantíssimo ressaltar que os recursos em pesquisa na área de emergência em saúde pública é mais do que recursos para o conhecimento, é uma questão de segurança nacional, de segurança das populações. Esse é um tipo de investimento que não pode ser cortado ou minimizado. Ele tem que ser mantido e ampliado. Pesquisa não é luxo, é necessidade e nessa área é uma questão de segurança nacional. Hoje compreendemos a epidemia de zika como grande tragédia social, mas também como uma oportunidade para os grupos de pesquisa colaborassem entre si e fizessem grandes consórcios para poder entender e possibilitar que medidas de prevenção e controle fossem adotadas de forma ágil. O país tem que estar preparado para eventos emergenciais e só através da pesquisa que se mantém grupos competentes que podem dar resposta em curto prazo.
P. Recentemente, várias cidades foram pegas de surpresa com a expansão da febre amarela, especialmente com o ressurgimento da transmissão urbana. Onde erramos?
R. Os cientistas não foram pegos de surpresa, havia muita preocupação com a expansão da febre amarela e da malária. O homem vai invadindo a floresta de forma desordenada, e essas doenças ficam mais propensas para transmissão urbana. A grande vantagem é que tem há vacina contra febre amarela e o Brasil não só fabrica essa vacina como tem grande experiência em vacinação em massa. Nas áreas de risco, Centro Oeste e Amazônia legal, já temos vacinação obrigatória. Mas temos que lembrar da complexidade em que vivemos. Estamos numa situação com mobilidade populacional intensiva em áreas de interface entre urbano, rural e parques, o que facilita a expansão de vetores. O desafio é ter cidades ou megacidades que não tenham tanta desigualdade e com um sistema de segurança para monitorar os vírus conhecidos e outros que ainda não conhecemos e que podem, eventualmente, montar um pano de fundo para outras epidemias.
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O GLOBO

Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital dos Servidores é afastado do cargo
Cremerj e MPF vão apurar possível caso de nepotismo na unidade

RIO – O chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Federal dos Servidores (HSFE), Domingos Quintella de Paola, foi afastado do cargo após pedir a um médico que se classificou para a residência do HFSE desistisse da vaga. Conforme o jornalista Ancelmo Gois antecipou em sua coluna , Quintella enviou um WhatsApp para um médico que se classificou para a residência do HFSE pedindo que desistisse da vaga. A intenção dele seria garantir a vaga do próprio filho, também classificado para a residência.
Esta é a semana da reclassificação, em três dias e espero que você esteja bem na Uerj pois, sinceramente, sua vinda para cá significaria o lugar do meu filho eo ambiente não seria bom para você e muito menos para a sua formação , afirma num trecho da mensagem.
O Ministério da Saúde abriu procedimento interno para apurar a conduta de Domingos Quintella. Ele foi afastado do cargo mas segue no quadro de funcionários da unidade médica como cirurgião. Em nota, esclareceu que o concurso transcorreu de forma transparente e idônea, e garante que o médico irá exercer normalmente o período de residência médica no HFSE .
O Cremerj também abriu uma sindicância para apurar a existência de um ilícito ético. Já o Ministério Público Federal (MPF) informou que uma representação contra Domingos Quintella já foi protocolada e até amanhã será distribuída para um procurador responsável pelas investigações. O MPF adiantou, ainda, que o caso será investigado nas esferas cível e criminal. Quintella responderá administrativamente (por ser servidor público) e criminalmente, porque o crime de nepotismo está previsto no Código Penal.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação