ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Adolescente morre após machucar o punho e sofrer infecção; pais citam negligência
Cais Novo Mundo fica sem médicos e pacientes saem sem atendimento, em Goiânia
O horizonte único entre hospitais e médicos tem importantes obstáculos
Casal desvia R$ 3 mi da Saúde
Anvisa pode liberar vacinação em farmácias e entidades alertam para perigos da medida
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Adolescente morre após machucar o punho e sofrer infecção; pais citam negligência
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/adolescente-morre-apos-machucar-o-punho-e-sofrer-infeccao-pais-citam-negligencia/6291863/
………………………………………
Cais Novo Mundo fica sem médicos e pacientes saem sem atendimento, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/cais-novo-mundo-fica-sem-medicos-e-pacientes-saem-sem-atendimento-em-goiania/6290512/
………………………………………
O POPULAR
Casal desvia R$ 3 mi da Saúde
OPERAÇÃO ANAIDEIA Polícia Federal prende ex-servidora da Prefeitura de Aparecida e empresário por repasses feitos por sete meses e de forma grosseira, segundo investigação
Operação deflagrada ontem pela Polícia Federal (PF) trouxe ã tona o desvio de R$ 3 milhões do Fundo Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia. As ex-diretora de gestão dos recursos financeiros, Joice Aires dos Santos, teria, segundo a investigação, articulado o esquema em parceria com o então companheiro, o empresário Ricardo Leandro Rodrigues da Costa. O delegado Junio Alberto das Dores apurou que ele criou uma empresa de fachada, de nome semelhante a uma das fornecedoras da prefeitura e 10 pagamentos foram feitos indevidamente a ele, como se fosse o real executor dos serviços (veja quadro).
Os repasses ocorreram entre setembro de 2015 e março de 2016. Joice era funcionária pública comissionada e exercia cargo de confiança desde agosto de 2013, durante a gestão de Maguito Vilela (PMDB). Ela foi exonerada assim que as suspeitas e as evidências dos desvios surgiram na Secretaria de Saúde. Ela apresentou informações trunca-das na prestação de contas. A denúncia, inclusive, que gerou a abertura de inquérito em 2016 e a subsequente investigação partiu da então secretária de Saúdede Aparecida. Em nota, a prefeitura apoiou a investigação e se colocou à disposição para auxiliar no que for preciso.
Joice e Ricardo foram presos temporariamente e devem passar cinco dias detidos, podendo ter a prisão prorrogada. Outros 19 mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para depor, e mais 28 de busca e apreensão também foram cumpridos no âmbito da operação, que recebeu o nome de Anaideia, palavra grega que se remete ao sentido de despudor, desprezo e crueldade. "Foram atos grosseiros e cometidos descaradamente, confiando mesmo na impunidade", complementou o delegado Junio, que é chefe da Delegacia que Investiga Crimes de Corrupção (Delecor) da PF em Goiás.
As 19 pessoas conduzidas para prestar esclarecimentos são donos de empresas ou aqueles para os quais a empresa criada por Ricardo teria repassado o dinheiro obtido irregularmente para fazer pagamentos diversos. O foco das diligências a partir de agora é apurar essas movimentações e desvendar o contexto em que ocorreram e o porquê delas. Conforme o delegado, a empresa de fachada não tinha sequer registros de funcionários, de livros contábeis ou de movimentações comerciais. A princípio, essas pessoas que receberam o dinheiro não são consideradas suspeitas.
Joice e Ricardo já teriam se separado. Ela foi presa em Jataí, no sudoeste goiano, cidade onde mora e ele em casa, na região metropolitana de Goiânia. Eles responderão pelos crimes de inserção de dados falsos em sistema de informação, já que teria se utilizado da função para alterar nomes e CNPJs das empresas, peculato e associação criminosa, cujas penas podem alcançar 12 anos de reclusão. Além de Goiânia, Aparecida e Jataí, os mandados foram cumpridos em Goianira, Rio Verde, São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Pinhais (PR) e Curitiba.
Ao Lodo, 100 policiais participaram da operação. Até a manhã de ontem, o delegado não tinha ouvido nenhuma das pessoas envolvidas. Joice estava ainda na unidade da PF em Jataí e seria encaminhada para Goiânia.
"A coisa era tão descarada e grosseira que, do ponto de vista da polícia, esse crime foi até fácil de ser comprovado"
Junio Alberto das Dores, delegado da Polícia Federal
PF avalia a recuperação do dinheiro por meio dos bens do casal suspeito
O delegado Junio Alberto das Dores, que apura esquema de desvio de verba do Fundo Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, ocorrido em 2015 e 2016, estuda uma maneira de recuperar os cerca de R$ 3 milhões repassados indevidamente a uma empresa de fachada Os meios para isso seriam o sequestro de bens do casal suspeito, Joice Aires, diretora de gestão dos recursos do fundo na época e o namorado, o empresário
Ricardo Rodrigues, e também a partir do reembolso de pagamentos feitos pela empresa criada por eles a outras pessoas físicas e jurídicas. Durante a deflagração da Operação Anaideia, ontem, foram sequestrados bens, como veículos, residências, lotes e até uma fazenda na cidade de Serranópolis. Em análise prévia, no entanto, ainda não foi possível fazer uma avaliação se eles, por si só já correspondem ao valor total do desvio.
Depoimentos vão servir para apurar participações
Os depoimentos da ex-diretora de gestão dos recursos do Fundo Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, Joice Aires, e do ex-companheiro dela, Ricardo Rodrigues, vão servir para a Polícia Federal desvendar possíveis participações no desvio de dinheiro cometido entre setembro de 2015 e março de 2016. Por exercer cargo de confiança e ter sido comissionada entre agosto de 2013 e o início de 2016 e dependendo das condições em que tudo ocorreu, é possível atribuir alguma responsabilidade aos que exerciam cargos de chefia, na época.
"A gente vai interrogá-la. Esperamos que ela possa colaborar e indique se fez isso somente por ele [Ricardo] e para ela ou se fez para outra pessoa. Não sei quem a indicou para o cargo ou se ela já era uma profissional da área de saúde. Atualmente ela estava desempregada, acho", disse ontem o delegado responsável pelo caso, Junio Alberto das Dores, chefe da Delegacia que Apura Crimes de Corrupção (Delecor) da PF em Goiás. Em nota divulgada ontem, a prefeitura de Aparecida de Goiânia enfatizou que a denúncia que gerou a investigação partiu da própria administração municipal.
O Fundo Municipal de Saúde é o principal instrumento de canalização de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem, por finalidade, gerar maior flexibilidade e autonomia da gestão, facilitando repasses e pagamentos. É por meio dele que todos os insumos necessários são adquiridos e todos os fornecedores da saúde pública, de diversas categorias, executam os serviços e recebem. Segundo o delegado do caso, os fatos estão bem delineados e há bastante provas que corroboram as suspeitas de desvios cometidos pelo casal.
……………………………….
JORNAL OPÇÃO
Anvisa pode liberar vacinação em farmácias e entidades alertam para perigos da medida
Por Matheus Monteiro
De acordo com Conselho Regional de Farmácia, resolução pode aumentar os índices de cobertura de imunização no país, mas médicos temem falta de treinamento
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está elaborando regulamentação que trata sobre os requisitos mínimos para o funcionamento dos serviços de vacinação no país. A norma já passou por consulta pública e, se aprovada, permitirá que farmácias apliquem vacinas. Atualmente, além da rede pública, somente clínicas de vacinação podem oferecer o serviço.
Apesar de apoiarem que as vacinas devem estar disponíveis para todas as pessoas para que se consiga atingir metas de imunização, entidades médicas temem que a resolução possa precarizar o serviço de vacinação e colocar em risco a população.
De acordo a Anvisa, a permissão para farmácias disporem de vacinas está prevista na Lei nº 13.021/2014, que trata sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. “A fim de diminuir o risco da população brasileira frente ao possível uso e administração inadequados de um medicamento tão peculiar quanto a vacina, principalmente em estabelecimentos que não têm um histórico antigo na prática da vacinação, a Anvisa propõe norma sanitária com requisitos mínimos para a prestação dos serviços de vacinação”, diz a Anvisa, na justificativa da proposta.
De acordo com a médica Moara Alves Santa Barbara Borges, presidente da Sociedade Goiana de Infectologia (SGI), é imprescindível a “presença de um profissional caso haja uma reação adversa”. “É preciso entender as mudanças a partir do momento que você disponibilizar uma vacina em um local que não necessariamente está preparado para isso”, alertou.
Segundo Moara, a questão não é criar uma briga de classes sobre a questão, mas diminuir os riscos possíveis para a população. “Os efeitos adversos não são tão frequentes, mas precisamos ter pessoas que saibam esclarecer e tenham habilidade para proceder da maneira correta. Explicar do que protege, a importância, é algo que os profissionais de Farmácia estão mais que qualificados a fazerem, mas, a partir de uma reação, só um médico pode tomar medidas necessárias”, explicou.
“Os profissionais de Farmácia precisam ser completamente treinados para esta nova área, que é um campo bastante promissor”, ponderou, lembrando da excelência do programa de imunização no Brasil. “O que se precisa é avaliar principalmente a capacidade de se disponibilizar um ambiente adequado”, finalizou.
Para a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), “os serviços de vacinação não podem ser confundidos com administradores de produtos segundo protocolos”.
Resposta
Para Lorena Baía, vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO), a resolução é totalmente benéfica para a sociedade. “Hoje sabemos que temos farmácias em cada esquina da cidade. Isso pode aumentar os índices de cobertura de imunização no país”, explicou.
Segundo ela, isso pode auxiliar para que sejam atingidas as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde.
“Caso essa nova resolução seja aprovada, serão disponibilizados requisitos mínimos para que farmácias apliquem as vacinas e todos estabelecimento que oferecem o serviço tenha os mesmos critérios”, disse, garantindo que a entidade irá passar por um treinamento, para que o serviço seja dado com segurança.
Veja a nota da SBIm com o posicionamento sobre a nova medida:
A SBIm entende que para oferecer a vacinação é necessário haver condições de cumprir todos os processos que garantam a segurança dos pacientes, entre os quais: triagem e indicações/contraindicações; adequado manuseio, conservação, preparo e administração das vacinas; registro e descarte de resíduo; assim como atendimento e notificação de eventos adversos imediatos e tardios. Além disso, a estrutura física deve ser adequada para que todos os procedimentos (antes, durante e após a vacinação) possam ser desenvolvidos adequadamente e com segurança.
Serviços de vacinação não podem ser confundidos com administradores de produtos segundo protocolos. Eles devem fornecer orientação, zelar pelo indivíduo em todas as fases e se responsabilizar pela conduta diante de quadros adversos. As atividades de vacinação são complexas e somente podem ser exercidas por profissionais capacitados e sem estabelecimentos devidamente licenciados para esse fim pela autoridade sanitária. O trabalho de fiscalização por parte dos órgãos competentes se tornará cada vez mais importante, do contrário quem pode ser penalizada é a população.
SBIm
……………………………..
Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação