Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 16/01/18

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Postos de Saúde ficam sem exames após contrato com laboratório terminar
Médicos fazem mutirão para tentar coibir surto de conjuntivite em Caldas Novas
Nova terapia para conter casos de aids está restrita a 3 postos
Organização Panamericana de Saúde alerta para alta da febre amarela no Brasil
Anvisa aprova novo antibiótico para combater bactérias multirresistentes
Campanha alerta para riscos do parto agendado sem indicação clínica
Maternidade Nossa Senhora de Lourdes eleva taxa de partos normais
Fila por transplante ultrapassa mil pessoas
A febre voltou com tudo 
Justiça determina que Tocantins regularize atendimento a pacientes de urologia
Governo de Goiás inaugura Residência Assistencial do HDS e lança pedra fundamental do Hospital Estadual do Idoso


G1 TOCANTINS

Postos de Saúde ficam sem exames após contrato com laboratório terminar

Pelo menos três postos de saúde de Araguaína, a segunda maior cidade do Tocantins, estão sem o serviço de exames médicos. A situação afeta as unidades dos setores Araguaína Sul, Vila Aliança e Jardim das Flores. O problema é que o contrato com o laboratório que realizava os testes venceu e uma novo contrato ainda não foi feito.
Já no postinho do setor Lago Sul, o único que ainda realiza os exames em três dias durante a semana, o problema é para conseguir senhas. Moradores relatam que têm dificuldade porque o número de atendimentos é limitado e as vezes acaba antes de todos os pacientes serem atendidos.
O pedreiro Charles Quirino foi até a unidade do setor Araguaína Sul para extrair um dente, mas quando chegou ao local teve uma surpresa. "Disse que o meu dente tem um lado quebrado, que é uma raiz que eu preciso tirar. Aí a justificativa dele é que um aparelho está quebrado", reclama.
A Prefeitura de Araguaína diz que um novo contrato será feito com o laboratório e os exames devem voltar nos próximos dias. Já sobre o postinho do setor Lago Sul, a prefeitura esclareceu que os exames são feitos nas segundas, quartas e sextas.

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G1 GOIÁS

Médicos fazem mutirão para tentar coibir surto de conjuntivite em Caldas Novas

Um mutirão de médicos oftalmologistas tenta coibir um surto de conjuntivite em Caldas Novas, na região sul de Goiás. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, 60% dos pacientes que procuram a Unidade de Atendimento (UPA) da cidade estão com suspeita da doença. Segundo o oftalmologista Gleisson Pantaleão, o cuidado com a higiene, evitando tocar os olhos é fundamental na prevenção.
“O contato com o objeto contaminado, como maçaneta, um corrimão, um teclado de computador, um lápis, que estão contaminados, você passou a mão ali, passou a mão no olho, pega a doença”, explicou.
A médica Larissa Abraão Ferreira, que atende na UPA, disse que todos os casos estão sendo analisados. “Primeiro estamos pegando os casos para depois fazer uma triagem ao departamento específico a investigação”, disse.
O coordenador da vigilância epidemiológica, José Custódio Pereira Neto, afirmou que, nesta temporada de férias, o número de casos foi cerca de 30% maior que o do ano passado, com cerca de 50 casos da doença por dia. Ele afirma que hotéis e locais com grande aglomeração estão recebendo orientações para prevenir a contaminação.
“Quando acumula muita gente em locais assim, é até comum. Ano passado também teve, mas dessa vez foi maior. Não deixa de ser um surto, mas já estamos mapeando para saber de onde está vindo e para identificar os tipos de vírus e bactérias, até para criar políticas públicas para evitar situações como essa”, confirmou ao G1.
Turistas reclamam
Uma internauta comentou nas redes sociais da Secretaria de Saúde de Caldas Novas que contraiu a doença na cidade. Ela relatou que notou que a doença estava se espalhando rapidamente.
“No hotel/prédio que hospedei era difícil encontrar um que não tinha. Famílias inteiras de 10, 15 pessoas todas infectadas. Meus dois filhos pegaram, eu e meu cunhado. […]Fui comprar o colírio e em todas as farmácias que eu fui já tinha acabado. Só em uma farmácia foram vendidos em um dia, 150 colírios”, comentou.
O secretário de comunicação da cidade, João Paulo Teixeira, informou que a prefeitura tem tentado conscientizar as pessoas sobre o que é a doença e que ela vem do contato com pessoas contaminadas e com os olhos. Ainda segundo ele, mais médicos estão atuando nas unidades de saúde para atender à demanda.
“Começou na segunda-feira a aumentar o número de casos. Estão atendendo entre 50 e 60 casos por dia, o que é maior do que o registrado em alta temporada. Colocamos mais um plantonista na UPA e a equipe de oftalmologia do Centro Médico de Especialidades está estendo o atendimento para o final de semana, como forma de apoio”, disse ao G1.
O atendimento nas unidades de saúde tem sido para identificar o problema. A partir daí, os médicos indicam um colírio e não precisam internar os pacientes.

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O POPULAR
Nova terapia para conter casos de aids está restrita a 3 postos

Sete meses depois de anunciada, uma das estratégias consideradas fundamentais para reduzir novas infecções pelo vírus da aids, o HIV, ainda é raridade no Sistema Único de Saúde (SUS). A terapia pré-exposição (Prep), em que pessoas saudáveis tomam um antirretroviral para prevenir o HIV, deveria ser oferecida por 36 serviços de saúde desde dezembro. Segundo o Ministério da Saúde, porém, até o início de janeiro apenas três locais haviam iniciado a estratégia. E, mesmo assim, na maioria dos casos com pessoas que já eram acompanhadas em projetos-piloto. A reportagem do Estado ligou no início de janeiro para serviços em São Paulo, Manaus, Salvador, Minas, Paraná e Rio Grande do Sul. As justificativas para o atraso na oferta foram diversas: demora na chegada do medicamento no serviço, necessidade de organização dos profissionais e até indefinição sobre quantas pessoas devem ser atendidas por unidade.
O estudante Gabriel Freitas, de 28 anos, questiona desde o ano passado os serviços de Brasília sobre a data para o início da terapia. Ele diz estar em busca de maior proteção. Seu parceiro é HIV positivo e, com a Prep, quer ter “segurança” para dispensar o uso do preservativo.
A coordenadora de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Tatiana Meireles Alencar, afirmou que o medicamento usado na Prep, o Truvada, já foi comprado e distribuído e a decisão sobre o início da estratégia e a organização da oferta são de responsabilidade de cada centro.
O fato de não ser possível nem agendar um horário para fazer a entrevista de triagem não é considerado um problema. “Uma vez instalado, o processo será ágil. Se a pessoa preencher as condições, ela vai sair já na triagem com o medicamento”, disse Tatiana. Só em março o Ministério da Saúde terá um balanço de usuários.
Em São Paulo, a Prep será iniciada oficialmente nesta quinta-feira. Em um primeiro momento, centros paulistas vão receber remédios suficientes para o atendimento de 222 pessoas por cinco meses. “É o início. A expectativa é de que esse quantitativo seja progressivamente ampliado”, afirmou a coordenadora adjunta do Programa de DST-Aids e Hepatites Virais, Rosa de Alencar Souza.
O Estado apurou que a data provocou insatisfação entre funcionários dos serviços paulistas. As equipes afirmam não ter condição de colocar a estratégia em prática, sobretudo por haver indefinição sobre o número de pacientes. A incorporação da Prep no Brasil foi anunciada em maio. Na ocasião, foi estabelecido o prazo de seis meses para que serviços passassem a ofertar o remédio. A lista de serviços que oferecerão a terapia foi divulgada em dezembro. A previsão é de que na primeira fase 7 mil pessoas sejam atendidas. A Prep não é para toda população – é voltada para pessoas com mais de 18 anos com maior vulnerabilidade para o HIV: homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, pessoas trans e parceiros sorodiscordantes (em que só um deles é HIV positivo).
A ideia é que a prevenção, antes resumida ao uso de preservativo, passe a ser feita com combinação de várias estratégias. O medicamento não evita outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como a sífilis. Daí a recomendação de manter a utilização de preservativo.
O professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Mário Scheffer, alerta, porém, que para a contenção da epidemia não basta ter o medicamento disponível nos serviços. “É preciso divulgar a informação.” Ele cita como exemplo a terapia pós-exposição, estratégia em que antirretrovirais são usados por pessoas que tiveram risco de contaminação pelo HIV. “Esse é um recurso pouco usado.”
Tatiana afirmou que a divulgação da Prep já teve início e será intensificada. Entre as medidas usadas estão informações nos aplicativos de encontro, WhatsApp e com youtubers. São Paulo tem um plano semelhante. Mas Rosa admite que essas estratégias têm uma influência limitada com profissionais do sexo, por exemplo.
Gênero
Em São Paulo, será aberto em Campos Elísios um espaço destinado para saúde integral dessa população. A ideia é também discutir a Prep nos serviços que trazem assistência para adequação de gênero.
Lá tem…
EUA
Foi o primeiro País a aprovar e regulamentar a Prep.
Europa
Os estudos para adoção começaram em 2015, com base na França.
América Latina
Brasil será o primeiro país da América Latina a adotar a terapia. E o primeiro com amplo acesso na rede pública.
Outros países
No total, a Prep é adotada atualmente em 15 países, incluindo Canadá e Inglaterra, conforme balanço de 2017. Especialistas relatam dados animadores. “A terapia ajudou a frear o avanço de novas infecções nos Estados Unidos. No Reino Unido, o impacto também foi positivo”, disse Mário Scheffer, da USP. “Ela não é uma panaceia, é indicada para grupos específicos. Mas os relatos mostram que tem um papel relevante, sobretudo na estratégia de prevenção combinada.”
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Organização Panamericana de Saúde alerta para alta da febre amarela no Brasil

Informe divulgado neste fim de semana pela Opas (Organização Panamericana de Saúde), braço regional da OMS (Organização Mundial da Saúde), destaca o crescimento da febre amarela no Brasil, alerta para o risco de o surto no País se expandir e admite que há limitação de vacinas para toda a população. A Opas afirma que a América Latina registra desde 2016 o maior número de casos da doença em décadas. "O aumento tem relação com um ecossistema favorável à disseminação do vírus e uma população não imunizada."
Mas, desde 13 de dezembro de 2017, apenas o Brasil teve novos casos. Segundo a Opas, foram 777 casos entre o segundo semestre de 2016 e junho de 2017, com 261 mortes. Depois, porém, o País viveu uma fase de baixa transmissão. Recentemente, o número de macacos infectados surpreendeu. O informe diz que é preciso o uso racional da vacina, diante da limitação na disponibilidade, e que 95% da população em áreas afetadas devem ser vacinadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Anvisa aprova novo antibiótico para combater bactérias multirresistentes

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar o novo antibiótico ceftolozana-tazobactam, comercialmente conhecido como Zerbaxa, para o tratamento de pacientes com infecções causadas por bactérias resistentes, entre elas, enterobactérias produtoras de ESBL ou BLEE (β-lactamase de espectro estendido) e  Pseudomonas aeruginosa. Desenvolvido pela farmacêutica MSD, o novo antibiótico está aprovado para infecções intra-abdominais complicadas e infecções do trato urinário complicadas. 
A resistência bacteriana tem se agravado progressivamente. Estima-se que 700 mil pessoas morram anualmente em todo o mundo devido ao fenômeno. Dados divulgados recentemente  revelam que até 2050, infecções por bactérias multirresistentes poderão matar 10 milhões de pessoas no mundo por ano, impacto maior que a mortalidade por câncer[1].
No Brasil, a realidade não é diferente. De acordo com dados da Anvisa, cerca de 25% das infecções registradas no país são causadas por micro-organismos multirresistentes[2] – aqueles que se tornam imunes à ação dos antibióticos. Na lista das bactérias com menos opções de tratamento disponíveis, elaborada pela Organização Mundial da Saúde (OMS)  em 2017, está a  Pseudomonas aeruginosa.
Atualmente, até 40% dos casos de P. aeruginosa  detectados no Brasil apresentam resistência aos carbapenêmicos, como o meropenem, que é o antibiótico mais usado para tratar infecções graves. “O antibiótico ceftolozana-tazobactam, atualmente, é considerado a melhor opção para tratar infecções causadas por Pseudomonas aeruginosa. Esse tipo de bactéria sempre foi um desafio para nós médicos, pois são muito frequentes em ambientes hospitalares, particularmente nas UTIs”, destaca Clóvis Arns da Cunha, infectologista e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR). 
Frequente agente infeccioso, a Pseudomonas aeruginosa pode ser resistente aos antibióticos escolhidos inicialmente para o tratamento. Sem antibióticos eficientes contra bactérias resistentes, muitos procedimentos médicos, como cirurgias e quimioterapia para pacientes com câncer poderiam  ser suspensos ou postergados. “Nós utilizamos antibióticos em complicações infecciosas de diversos procedimentos hospitalares, o que possibilitou vários avanços em várias áreas da saúde, incluindo os transplantes, por exemplo. Se as bactérias se tornarem resistentes aos antibióticos que temos disponíveis hoje, poderemos voltar à era pré-antibióticos, onde um simples ferimento infectado poderá causar graves danos”, alerta o médico.
Segundo estudos clínicos,  o novo antibiótico ceftolozana-tazobactam  demonstrou 87% de eficácia no tratamento de infecções bacterianas intra-abdominais complicadas, quando comparadas ao tratamento padrão com meropeném – eficácia de 83%, antibiótico de referência para o tratamento de bactérias resistentes.  Já para tratamento das infecções do trato urinário causadas por Pseudomonas aeruginosa, os números são ainda mais expressivos e a nova terapia demonstrou eficácia de 75%, quando comparados ao levofloxacino (eficácia de 47%), utilizado  como comparador para tratamento desta infecção[3]. 
Resistência bacteriana, uma ameaça global
Em 2016, durante a Assembleia Geral da ONU, os países membros se comprometeram a implementar medidas globais para enfrentar a ameaça de microrganismos multirresistentes. Após anos de alertas sobre o problema da escassez de antibióticos e antifúngicos eficazes disponíveis, esta foi a primeira vez que os países assumiram o compromisso de enfrentar ativamente essa questão.
No início de 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS), pela primeira vez na história, divulgou uma lista de bactérias resistentes e fez um apelo pelo desenvolvimento de novos antibióticos[4], já que a descoberta de novas opções de tratamento contra estes organismos vem diminuindo há anos. Além da Pseudomonas aeruginosa, estão citadas no documento  Acinetobacter baumannii e diversasEnterobacteriaceae (incluindo Klebsiella pneumoniae, E. coli, Serratia spp. e Proteus spp.).
Entre os doze grupos de bactérias incluídas na lista da OMS, em três, a resistência aos antibióticos foi classificada como crítica, ou seja, que o desenvolvimento de novas opções terapêuticas é urgentemente necessário. Entre elas, está a Pseudomonas aeruginosa resistente a carbapenêmicos.
A resistência microbiana é um problema mundial e a MSD investe constantemente em pesquisa e desenvolvimento de novos antibióticos para reverter este cenário. Além disso, a empresa se preocupa com o uso consciente e adequado destes medicamentos, uma vez que, se utilizados corretamente, podemos aumentar o tempo de vida do arsenal terapêutico existente e, até certo ponto, retardar a resistência microbiana,  explica Fernando Serra Brandão, diretor médico da MSD.
Sobre Zerbaxa
Zerbaxa, é uma solução composta por 1 g de sulfato de ceftolozana + 0,5 g de tazobactam sódico, encontrado em embalagem contendo 10 frascos-ampolas. É uma substância de uso hospitalar e indicado no tratamento de infecções bacterianas complicadas do abdômen e do trato urinário, incluindo uma condição chamada “pielonefrite aguda” (um tipo de infecção do trato urinário que afeta um ou ambos os rins) em adultos com idade a partir de 18 anos. A dose usual para adultos com função renal normal é 1,5g (1,0g ceftolozana/0,5g tazobactam) 8/8h por via intravenosa, com infusão em 1 hora.
Sobre a MSD
Há mais de um século, a MSD, uma das líderes globais do ramo biofarmacêutico, cria invenções para a vida, trazendo ao mercado medicamentos inovadores para combater as doenças mais desafiadoras. MSD é o nome pelo qual é conhecida a Merck & Co. Inc. fora dos Estados Unidos e Canadá e que está sediada em Kenilworth (New Jersey, EUA). Por meio dos nossos medicamentos de prescrição, vacinas, terapias biológicas e produtos de saúde animal, trabalhamos com clientes em mais de 140 países para oferecer soluções de saúde inovadoras. Também demonstramos nosso compromisso de melhorar o acesso aos cuidados de saúde por meio de políticas, programas e parcerias de longo alcance. Hoje em dia, a MSD continua na linha de frente da área de pesquisa para avançar na prevenção e no tratamento de doenças que ameaçam pessoas e comunidades ao redor do mundo – inclusive o câncer, doenças cardiometabólicas, doenças emergentes de animais, Alzheimer e doenças infecciosas como HIV e Ebola. Para mais informações, acesse www.msd.com e nos siga no Twitter.
Sobre a MSD no Brasil
Presente no Brasil desde 1952, a MSD conta com mais de 1,5 mil funcionários no país, nas divisões de saúde humana, saúde animal e pesquisa clínica. Para mais informações, acesse www.msdonline.com.br.
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Estudo indica população mais vulnerável a transtorno mental grave

Estudo realizado no Brasil e em países europeus analisou grupos mais propensos ao primeiro episódio psicótico
Homens jovens, minorias étnicas e moradores de áreas com baixos indicadores socioeconômicos têm maior propensão a apresentar um primeiro episódio psicótico, como é definida a manifestação inédita de transtornos mentais que incluem esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar e depressão com sintomas psicóticos – como alucinações, ideias delirantes e desorganização do pensamento.
A constatação é de estudo realizado por um consórcio internacional que estimou a incidência do primeiro episódio psicótico em cinco países europeus – Inglaterra, França, Holanda, Espanha e Itália – e no Brasil.
No Brasil, o trabalho, apoiado pela Fapesp foi coordenado por Paulo Rossi Menezes, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), e por Cristina Marta Del Ben, professora do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Jama Psychyatry.
“Esse é o segundo estudo feito no Brasil sobre a incidência dos primeiros episódios psicóticos e o mais recente estudo da incidência internacional de transtornos psicóticos foi realizado na década de 1980”, afirma Menezes.
Nos últimos anos, pesquisas têm indicado que a incidência do primeiro episódio psicótico apresenta uma variação entre regiões e grupos populacionais. Em países europeus, tem sido observada maior ocorrência desses transtornos em grandes centros urbanos em comparação com pequenas vilas e áreas rurais e em grupos étnicos minoritários, como imigrantes negros do Caribe e da África.
A fim de corroborar ou refutar essas observações, os pesquisadores do consórcio fizeram um trabalho de identificação de pacientes que apresentavam o primeiro episódio psicótico. A investigação foi feita em 17 centros urbanos e rurais dos seis países participantes, entre 2010 e 2015. No Brasil, o levantamento foi feito em 26 municípios da região administrativa de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Os pesquisadores identificaram 2.774 pacientes que apresentaram um primeiro episódio de transtornos psicóticos, dos quais 1.578 eram homens e 1.196 mulheres, com idade média de 30 anos.
As análises dos dados indicaram uma variação de oito vezes na incidência dos transtornos psicóticos entre as áreas estudadas. Enquanto em Santiago, na Espanha, a incidência foi de seis novos casos por 100 mil habitantes por ano, em Paris, na França, o número subiu para 46 novos casos também por 100 mil habitantes por ano. Na região de Ribeirão Preto, a incidência foi de 21 novos casos por 100 mil habitantes por ano.
“O estudo confirmou que a incidência do primeiro episódio psicótico varia muito entre grandes centros urbanos e regiões mais rurais e indicou que os fatores determinantes centrais para essa grande variação são, provavelmente, ambientais”, explica Menezes.
“Até o fim do século 20 acreditava-se que os principais fatores etiológicos [origem e causa] de transtornos psicóticos seriam genéticos, mas os dados do estudo apontam que os fatores ambientais desempenham um papel muito relevante”, segundo o professor.
Mais vulneráveis
O estudo também apontou que há maior incidência de primeiro episódio psicótico em homens de 18 a 24 anos em comparação com mulheres na mesma faixa etária, o que, para Menezes, confirma um dado relativamente consistente na literatura.
De acordo com o pesquisador, estudos anteriores já indicavam maior incidência de primeiro episódio psicótico em homens jovens e também que, conforme os homens se aproximam da idade de 35 anos, a incidência de transtornos mentais neles tende a se equiparar à das mulheres. Em mulheres adultas, entre 45 e 54 anos, a incidência de transtornos mentais é um pouco maior do que a dos homens nessa mesma faixa etária.
“Ainda não se sabe exatamente a razão dessa diferença da incidência do primeiro episódio psicótico entre sexos e faixas etárias. Mas isso pode estar relacionado ao processo de amadurecimento cerebral, uma vez que o cérebro atinge sua maturidade entre os 20 e 25 anos. Nesse período, os homens parecem ficar mais vulneráveis do que as mulheres para desenvolver transtornos mentais”, pontua o professor.
Os pesquisadores também constataram alta incidência de primeiro episódio psicótico em minorias étnicas e em áreas com menor porcentagem de casas ocupadas por seus proprietários.
Isso sugere que as condições socioeconômicas das pessoas e do ambiente onde vivem têm papel importante na etiologia dos transtornos psicóticos. “É preciso compreender melhor os mecanismos envolvidos para explicar a variação da incidência desse problema entre populações”, avalia Menezes.
Os pesquisadores pretendem analisar os dados sobre o histórico de vida dos pacientes, além de suas condições socioeconômicas, e compará-los com controles da população (pessoas que não apresentaram esse quadro) a fim de analisar os fatores de risco para o desenvolvimento de um primeiro episódio psicótico.
Experiências traumáticas na infância e experimentar maconha na adolescência ou início da vida adulta, por exemplo, são fatores que aumentam o risco de transtornos mentais, segundo Menezes. “Se conseguirmos identificar os fatores de risco para o desenvolvimento desses transtornos mentais em populações mais vulneráveis, é possível intervir para diminuir a incidência”, diz.
Transtornos psicóticos são responsáveis por uma proporção significativa da carga global de doenças, em razão da incapacitação que causam. Têm ainda evolução bastante variada e podem levar a graus elevados de incapacitação. “Grande parte dos pacientes requer cuidados especializados em centros de psiquiatria e saúde mental”.
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A febre voltou com tudo 

Desde janeiro de 2017,  21 pessoas morreram em decorrência da febre amarela no estado de São Paulo. O último balanço da Secretaria de Estado da Saúde, divulgado hoje (12), indica também 40 casos confirmados da doença. O balanço anterior indicava 29 casos confirmados, com 13 mortes.
Em relação a mortes e adoecimento de primatas, como macacos e bugios, foram 2.491 casos desde julho de 2016, sendo que a febre amarela foi confirmada em 617 animais. Mais de 61% desses registros ocorreram na região de Campinas.
As mortes ocorreram nos municípios de Américo Brasiliense, Amparo, Atibaia, Batatais, Itatiba, Jarinu, Mairiporã, Monte Alegre do Sul, Nazaré Paulista, Santa Lucia e São João da Boa Vista. Os demais casos de infecção foram registrados em Águas da Prata, Américo Brasiliense, Amparo, Atibaia, Caieiras, Campinas, Itatiba, Jundiaí, Mairiporã, Mococa/Cassia dos Coqueiros, Santa Cruz do Rio Pardo e Tuiti.
Uma campanha inédita de vacinação terá início no dia 3 de fevereiro em 53 municípios paulistas. O objetivo é proteger moradores que residem em locais ainda não alcançados pelo vírus da doença, mas que estão mais propensos por estarem próximos à região de mata. A expectativa é vacinar cerca de 6 milhões de pessoas.
Segundo a Secretaria da Saúde, pessoas que moram em local em que não há circulação do vírus e não vão viajar para áreas consideradas de risco devem aguardar o início da campanha para tomar a vacina. Quem for viajar deve tomar a vacina dez dias antes do deslocamento.
A vacina a ser ofertada na campanha é do tipo fracionada que tem eficácia de oito anos. Quem já foi vacinado com a dose integral da vacina, mesmo que há muito tempo, não precisa do reforço. A modalidade fracionada somente será aplicada a partir de agora, em função do aumento dos casos. Ela terá um selo especial nas carteiras de vacinação.
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Justiça determina que Tocantins regularize atendimento a pacientes de urologia

Um relatório da Defensoria Pública Estadual do Tocantins mostra que os pacientes aguardam até oito anos por cirurgia urológica no sistema de saúde do estado. Segundo dados da Secretaria de Saúde, em novembro do ano passado, 481 pacientes estavam à espera de cirurgias urológicas.
Com base nesses dados, a Defensoria Pública e o Ministério Público ajuizaram, em setembro de 2017, uma ação civil pública com pedido de liminar e, nesta semana, a Justiça determinou que o estado do Tocantins regularize os serviços de atendimento aos pacientes de urologia.
O estado deve providenciar, no prazo de 60 dias, a regularização do fornecimento de material e insumos necessários ao tratamento dos pacientes. Outra medida é relacionar os itens que estão em falta e são necessários para os procedimentos cirúrgicos urológicos.
No prazo de 40 dias, os pacientes que estão na fila de espera de urologia no Tocantins devem ser reavaliados. A Justiça exige ainda do estado um plano estratégico que garanta a oferta de cirurgias urológicas de forma organizada, para evitar novos atrasos.
A Secretaria de Saúde do Tocantins diz que ainda não foi notificada sobre a decisão judicial, mas já trabalha no planejamento estratégico para cumprir a sentença. O material e os insumos necessários ao tratamento dos pacientes de urologia já teriam sido licitados, restando apenas a efetivação da entrega pelos fornecedores.
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A REDAÇÃO

Campanha alerta para riscos do parto agendado sem indicação clínica

A Agência Nacional de Saúde Suplementar inicia uma nova campanha do Projeto Parto Adequado para sensibilizar gestantes e profissionais de saúde a evitarem o agendamento de cesarianas. O projeto, desenvolvido em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI), visa incentivar o parto normal e conscientizar as futuras mamães e toda a rede de atenção obstétrica sobre a realização de cesáreas sem indicação clínica.

Como há um crescimento no número de partos cirúrgicos marcados no fim do ano, devido às férias e festas, a iniciativa traz importantes mensagens para lembrar os riscos acarretados pela antecipação do nascimento de bebês, fora do trabalho de parto, sem que eles deem sinal de que estão prontos.

Nas redes sociais, a agência e as entidades parceiras divulgam informações importantes sobre o nascimento no tempo certo. Entre os benefícios do parto normal, que são abordados de forma explicativa na campanha, destacam-se menor risco de complicações para mãe e bebê, decorrentes da cirurgia; indução ao aleitamento materno, devido à liberação de hormônios que facilitam o início da amamentação; contato imediato entre mãe e bebê, estimulando a interação materna; preparação do bebê para o ambiente externo, com maior amadurecimento do pulmão e contato com as bactérias benéficas da mãe, reduzindo a incidência de doenças infantis e estimulando a recuperação mais rápida do útero e do corpo da mulher.

Entre dezembro e fevereiro, constata-se o aumento do número de agendamentos desnecessários de cesáreas devido aos feriados de Natal, Ano Novo e Carnaval, por isso é importante que a ANS reforce a campanha de conscientização ao estímulo ao Parto Adequado”, explica o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar, lembrando que o projeto tornou possível a realização de mudanças de infraestrutura e de operação nos hospitais participantes, além de incentivar mudanças efetivas de comportamento. O Projeto Parto Adequado foi iniciado em 2015 e vem identificando modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e nascimento, reduzindo o número de cesarianas desnecessárias. O projeto está em sua segunda fase, que será concluída em maio de 2019. Nessa etapa, participam hospitais e operadoras de todo o País.

Foram selecionadas 136 maternidades e 68 operadoras de planos de saúde que manifestaram interesse em atuar como apoiadoras do projeto. Esses números mostram o crescimento da iniciativa, já que a fase 1, também denominada “piloto”, contou com a adesão de 35 hospitais. Ao longo de 18 meses, foram alcançados resultados transformacionais, pois os hospitais-piloto protagonizaram a criação de um novo modelo de assistência materno-infantil para o Brasil e evitaram a realização de 10 mil cesarianas desnecessárias.

"A Unimed Goiânia soma-se a esse esforço de contribuir para reduzir a realização de cesarianas desnecessárias e adota iniciativas de estímulo ao parto normal em vários de seus projetos, como o Maternidades Referenciadas e o Programa de Apoio à Gestante e ao Recém-Nascido," afirma o presidente da Cooperativa, Breno de Faria.

A proposta da campanha digital da ANS é lembrar às futuras mamães e aos profissionais de saúde que o bebê tem seu tempo e as fases da gestação devem ser respeitadas. É importante que a mãe se inteire e busque apoio de especialistas para entender as opções, fazendo sua escolha de forma consciente. Estudos científicos apontam que bebês nascidos de cesarianas apresentam mais riscos de complicações respiratórias e são internados em UTI neonatal com mais frequência.

“A mulher tem o direito de ser informada para se tornar parte ativa na decisão pelo tipo de parto. Hoje, não há evidências científicas que justifiquem o agendamento de uma cesariana, salvo algum risco claro para a saúde da mãe e do bebê. É importante buscar a opinião de médicos, enfermeiras e demais profissionais que acompanham o pré-natal e trocar experiências com mulheres que tiveram diferentes tipos de parto”, destaca a coordenadora do projeto Parto Adequado na ANS, Jacqueline Torres.

A 1ª fase do Projeto Parto Adequado provou que a alarmante escalada de cesáreas no Brasil pode ser revertida. O balanço de resultados, apresentado em novembro de 2016, mostrou que a taxa de partos vaginais nos hospitais que fizeram parte do projeto-piloto – ou seja, que participaram de todas as estratégias adotadas – cresceu em média 76%, o equivalente a 16 pontos percentuais, saindo de 21%, em 2014, para 37%, em 2016.

Também houve grandes avanços na melhoria de outros indicadores de saúde: 14 dos 35 hospitais reduziram as admissões em UTI neonatal: de 86 internações por mil nascidos vivos para 69 internações por mil nascidos vivos. E nove hospitais reduziram as admissões em UTI neonatal para bebês acima de 2,5 kg: de 44,5 internações por mil nascidos vivos para 35 internações por mil nascidos vivos. Ao todo, foram evitadas cerca de 400 admissões em UTI neonatal. Esses resultados motivaram um número mais expressivo de hospitais a aderirem à iniciativa, o que aumenta a complexidade do projeto.

“Ao longo de 2017, preparamos os hospitais que ingressaram na fase 2 para a realização de mudanças, objetivando mais qualidade da atenção obstétrica. Os hospitais estão inseridos em contextos diversos, muitos não possuem cultura de coleta e análise de dados e de realização de mudanças de forma sistemática, utilizando o Modelo de Melhoria. Foi necessário investir nessa formação. Após essa etapa, esperamos que em 2018 a redução do percentual de cesariana nesse grupo comece também a aparecer. Mudar uma situação como a da epidemia de cesarianas do setor privado exige paciência e persistência, é um trabalho de formiguinha”, esclarece a coordenadora do projeto.

A fase 2 do projeto está em curso e terá seus primeiros resultados divulgados no primeiro semestre de 2018. Conheça mais informações sobre o Parto Adequado.
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O HOJE
Fila por transplante ultrapassa mil pessoas

Dados da Central Estadual de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) apontam que no ano passado foram realizadas, em 71 pessoas com diagnóstico de morte cerebral, captações de órgãos. Conforme os registros, em 2017, foram feitos 1.264 transplantes de órgãos e tecidos, incluindo as realizadas por meio de doações de pessoas vivas. De acordo com a SES, o Estado apresenta avanço na captação de órgãos desde 2015.
No ano de 2016, por exemplo, o número de procedimento era de 48, dois a mais que em 2015. Enquanto no ano passado, o número foi elevado em 48%, sendo efetivada a doação de órgãos de 71 pessoas. Em 2015 a quantidade de transplantes que era de 949 passou para 1.007, em 2016, até atingir os 1.264 no ano passado. Apenas nos dois últimos anos, o avanço foi de 33%, nos registros de transplantes.
Para o secretário de saúde, Leonardo Vilela, os resultados consistem em reflexos das campanhas de sensibilização e da atualização continuada das equipes dos hospitais públicos, particulares e filantrópicos, responsáveis pelos procedimentos.
Espera
Em todo o Estado, são mais de 1 mil pessoas na fila de espera por um órgão ou tecido. Em todo o País esse número é de 40 mil. A Central de Transplantes também divulgou que houve redução no número de receptores em lista aguardando por um transplante de córnea. Em janeiro de 2017, eram 676 pessoas na fila, enquanto em dezembro havia apenas 116. A pesar disso, o número de novas inscrições mensais permanecerem na mesma média.
Do efetivo número, apenas seis estavam ativos – aptos a realizar o transplante. Os demais listados no mês de dezembro estavam em situação de semiativo, que apesar de inscritos não estavam concorrendo ao tecido por algum motivo, como condições clínicas inadequadas para o procedimento, e exames pré-transplantes incompletos. Por estes motivos, desde novembro do ano passado, a Central oferece córneas para outros Estados.
Insatisfatório
Apesar do crescimento no número de transplantes, a taxa de doadores por milhão de população (PMP) estabelecida pelo Sistema Nacional de Transplantes, em Goiás está abaixo do colocado – 16 doadores. O maior valor atingido foi em 2017, quando essa taxa, em Goiás, chegou a 10,7. Se considerarmos o crescimento do número de potenciais doadores no mesmo período, de 341 para 373, a taxa ainda é insatisfatória.
No mesmo ano, as negativas familiares ultrapassaram os 61% de todas as entrevistas realizadas. A pasta esclarece ainda que o motivo de desejar o corpo integro, se deve ao fato da doação não acontecer em vida, e a recusa pela demora no processo desde o diagnóstico da morte encefálica até a captação dos órgãos que são somatórias para as decisões mais recorrentes. Outro fator presente, é a recusa pela família ao não possuir conhecimento da vontade do ente falecido. As decisões são tomadas em família e são respeitadas.
A Central de Transplantes ressalta que está à disposição para compartilhar experiências, esclarecer incertezas e desfazer descrenças no processo. A abordagem da família nesse processo só acontece, por meio da Central, depois de constatada a morte de seu ente pela equipe do hospital. Esse processo de contato é feito ainda na unidade de saúde, no momento da comunicação do óbito pelo médico assistente. (*Especial para O Hoje).
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Maternidade Nossa Senhora de Lourdes eleva taxa de partos normais

Cumprindo o papel de assistir as gestantes, parturientes e puérperas, os enfermeiros obstétricos, uma especialidade profissional muito conhecida no mundo, tem ganhado cada vez mais espaço no Brasil
Um turbilhão de emoções, como medo e insegurança, toma conta da cabeça de uma gestante no momento do parto, indicando a necessidade de apoio e cuidado especial. O suporte emocional de um profissional de saúde antes e no parto é determinante para que a experiência seja positiva e ocorra da maneira mais natural possível, como indica a Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio da Política Nacional de Humanização (PNH).
Cumprindo o papel de assistir as gestantes, parturientes e puérperas, os enfermeiros obstétricos, uma especialidade profissional muito conhecida no mundo, tem ganhado cada vez mais espaço no Brasil, pelo fato de trabalhar com foco em uma boa evolução do parto, a fim de incentivar que as mulheres deem a luz sem intervenção cirúrgica.
Na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), o serviço foi implantado no primeiro semestre de 2017 e já repercute positivamente. Segundo dados do setor de Qualidade da Maternidade, o número de partos normais realizados entre março e outubro de 2017 – período em que houve a atuação dos enfermeiros obstétricos – aumentou em 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Durante os oito meses, 1.248 partos normais foram realizados.
“É muito importante o suporte que esses profissionais oferecem às mulheres durante o processo do parto, mostrando-se próximos, preocupados e dispostos a cuidar e escutar a parturiente para a criação de laços de confiança e afeição. Isso resulta em maior facilidade na evolução do parto e redução de cesarianas desnecessárias, o que podemos confirmar com as taxas, que apontam o aumento de partos normais, conforme indica o Sistema Único de Saúde”, destaca a diretora operacional da MNSL, Ana Maria Caribé da S. Mello.
O resultado da implementação da Enfermagem Obstétrica na Maternidade não é medido apenas em números, mas também está associado à segurança e satisfação da parturiente. “O acompanhamento e a dedicação que recebi dos enfermeiros obstetras foi muito importante pra mim. Essa foi minha segunda gestação e como a primeira foi de gêmeos, o parto foi cesárea. Por isso, pensei que não conseguiria dar à luz sem cirurgia, mas consegui porque eles me incentivaram e me ajudaram até o fim”, relata Maria de Fátima Silva, que completa dizendo que a experiência do parto da filha caçula, que ocorreu em 18 julho deste ano, foi muito melhor do que a de sua primeira gravidez.
Enfoque
Além do conhecimento adquirido na especialização, a diferença entre um enfermeiro obstetra e um generalista está no olhar focado na paciente que se prepara para dar a luz. De acordo a gerente Rosa Bellucci, o enfermeiro assistencialista cuida do paciente voltado à prescrição médica, além de ter outros afazeres burocráticos, já o enfermeiro obstetra concentra-se em ajudar no momento da dor e ajudar no trabalho de parto, além de ser habilitado para examinar a gestante, verificar contrações, dilatações e demais alterações no funcionamento do organismo feminino no momento do parto.
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GOIÁS AGORA
Governo de Goiás inaugura Residência Assistencial do HDS e lança pedra fundamental do Hospital Estadual do Idoso
O Governo de Goiás inaugura nesta terça-feira, dia 16, às 10 horas, a Residência Assistencial voltada ao acolhimento dos 20 pacientes moradores do Hospital de Dermatologia Sanitária (HDS). A obra também contempla apartamentos individuais, totalmente mobiliados, área de convivência e praça de banho de sol, com infraestrutura assistencial. Logo após a inauguração, será lançada a pedra fundamental do Hospital Estadual do Idoso Dr. Nabyh Salum. Esta unidade representa o ponto de partida para a transformação do HDS em um Complexo Hospitalar, unidade de referência no atendimento ao idoso, à saúde do homem e de assistência aos casos de complicações decorrentes da hanseníase.
O governador Marconi Perillo destaca que as duas obras sintetizam a preocupação do Governo em proporcionar um atendimento mais humanizado e qualificado à população idosa, que tem crescido em todo o Estado. “O Hospital Estadual do Idoso Nabyh Salum será uma unidade diferenciada, específica e ágil para a assistência integral a esta demanda da população. Ela representa a atenção do governo às pessoas anônimas que, por meio do seu trabalho, muito contribuíram para o Estado.” O governador acentua que a Residência Assistencial também está, de certa forma, relacionada ao atendimento ao idoso, tendo em vista que a maioria dos ex-internos da antiga Colônia Santa Marta tem mais de 60 anos.
As transformações no HDS não se limitam à estrutura física. A unidade também vem passando por mudanças no atendimento oferecido à sociedade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e no cuidado à atenção aos idosos residentes no local. Desde 2013, o HDS é administrado pela Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (AGIR), organização social que tem uma parceria de gestão compartilhada com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás.
O HDS, de seu passado de isolamento de pacientes com hanseníase, pouco restou. Mas a sua história e o compromisso com os pacientes moradores do local, bem como com os ex-internos da Colônia Santa Marta residentes nos bairros vizinhos, têm sido resgatados dia após dia além de aprimorados os serviços oferecidos para a população, com os recentes investimentos promovidos.
Residência Assistencial
A Residência Assistencial é uma instituição de acolhimento de longa permanência composta por apartamentos individuais com 18,17 metros quadrados, além de 183,28 metros quadrados de praça de banho de sol e 353,58 metros quadrados de área de convivência, atingindo o total de 1.323,66 metros quadrados de área construída. A obra teve investimento de R$ 5.598.253 milhões.
A obra conta com instalações acessíveis e climatizadas, monitoradas 24 horas. Trata-se de um resgate do Governo do Estado aos pacientes com dependências físicas e emocionais decorrentes de sequelas da hanseníase e do isolamento social. Dentre os principais serviços oferecidos aos residentes estão posto de enfermagem, farmácia, consultório, refeitório e lavanderia terapêutica.
De dezembro de 2013, data em que o HDS passou a ser administrado pela AGIR, até dezembro de 2017, a unidade já realizou um total de 1.565.315 procedimentos (consultas, exames, atendimentos de enfermagem, odontologia, nutrição e multiprofissional).
Atualmente o hospital acolhe 20 pacientes, em sua maioria com alto grau de dependência que, por não terem sido inseridos na sociedade, contam exclusivamente com a tutela do Estado para viver. Antes da residência assistencial, os mesmos moravam em pavilhões precários, cuja área será destinada à construção do Hospital.
Hospital Estadual do Idoso Dr. Naby Salum
O complexo hospitalar será edificado em um terreno com área total de 84.157,02 metros quadrados e 36.066,47 metros quadrados de área a ser construída. A construção que se iniciou com a residência assistencial de longa permanência contemplará também o hospital do idoso e a clínica do homem, que deve atender a população maior de 60 anos ou, mais especificamente, considerados idosos frágeis, com necessidades de atenção ambulatorial ou internação hospitalar para cuidados médicos especializados, desafogando a rede de Urgência e Emergência do Estado e hospitais de reabilitação.
O complexo deve atender ainda a população masculina de 20 a 59 anos com doenças crônicas ou com características peculiares que demandem cuidados específicos além de pessoas com complicações decorrentes da hanseníase.
Confira o resumo dos serviços planejados para o Hospital Estadual do Idoso:
Serviços Quantidade
Leitos de internação 150
Leitos de UTI 30
Salas  cirúrgicas 8
Salas de pequenos procedimentos cirúrgicos 2
Consultórios médicos 34
Consultórios de oftalmologia 4
Ambulatório especializado em Hanseníase 1
Ambulatório de Saúde do Homem 1
Box de curativos 10
Consultórios de  odontologia 4
Box de administração de medicamentos/ observação 10
Raio X 2
Tomografia computadorizada 1
Ultrassonografia 4
Densitometria óssea 1
Exames cardiológicos (ECG, Ecocardiograma , Teste Ergométrico) 4
Exames Endoscópicos (Endoscopia, Colonoscopia, Broncoscopia) 3
Eletroencefalograma 1
BERA 1
Estudo Urodinâmico 1
Litotripsia 1
Laboratório de análises clínicas 1
Agência Transfusional 1
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação