Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 18 a 20/02/17

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Pacientes reclamam de espera por atendimento na Santa Casa de Misericórdia de Anápolis
Oftalmologista fala sobre os cuidados básicos com a saúde da visão
Situação de pacientes que precisam de vagas de UTI é tema da série 'UTI: Risco de Caos'
Idosa espera há dois meses cirurgia para retirar coágulo da cabeça, em Goiânia
Morre homem que, segundo família, teve gaze esquecida dentro da cabeça em hospital
Especialista tira dúvidas sobre atuação dos planos de saúde, em Goiânia
Editorial – Por uma vida longa
48 horas decisivas para o bebê
42% dos pacientes não conclui tratamento
Imbróglio – Prefeitura ainda não atendeu nem metade dos diabéticos com bombas de insulina
Diabetes: quando a cirurgia bariátrica é indicada, afinal?


TV ANHANGUERA / GOIÁS

Pacientes reclamam de espera por atendimento na Santa Casa de Misericórdia de Anápolis
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/pacientes-reclamam-de-espera-por-atendimento-na-santa-casa-de-misericordia-de-anapolis/5666465/

……………………………………

Oftalmologista fala sobre os cuidados básicos com a saúde da visão
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/oftalmologista-fala-sobre-os-cuidados-basicos-com-a-saude-da-visao/5666608/

……………………………..

Situação de pacientes que precisam de vagas de UTI é tema da série 'UTI: Risco de Caos'
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/situacao-de-pacientes-que-precisam-de-vagas-de-uti-e-tema-da-serie-uti-risco-de-caos/5663847/

…………………………….

Idosa espera há dois meses cirurgia para retirar coágulo da cabeça, em Goiânia

http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/idosa-espera-ha-dois-meses-cirurgia-para-retirar-coagulo-da-cabeca-em-goiania/5663741/

…………………………………

Morre homem que, segundo família, teve gaze esquecida dentro da cabeça em hospital
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-2-edicao/v/morre-homem-que-segundo-familia-teve-gaze-esquecida-dentro-da-cabeca-em-hospital/5664697/

…………………………………

Especialista tira dúvidas sobre atuação dos planos de saúde, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/especialista-tira-duvidas-sobre-atuacao-dos-planos-de-saude-em-goiania/5663808/


Especialista esclarece sobre cobranças polêmicas de hospitais
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/especialista-esclarece-sobre-cobrancas-polemicas-de-hospitais/5663774/

……………………………

O POPULAR

Editorial – Por uma vida longa

Nos derradeiros cinco anos, 2.637 bebês não chegaram ao terceiro dia de vida segundo registros do Sistema Único de Saúde (SUS), da rede privada ou filantrópica contratada pelo SUS.
Vale dizer que 42% dos bebês mortos antes de 1 ano feneceram neste momento crítico. Tais números têm oferecido subsídios para que o Estado intervenha em ações de contenção, no sentido de manter a tendência de inclinação da mortalidade infantil em Goiás.
Desde 2012, 6.263 recém-nascidos morreram antes de completar 1 ano. Muitos deles, sobretudo os mortos nas primeiras 48 horas de vida, sucumbiram diante de razões evitáveis.
O acompanhamento da gestante, durante ou após o parto, serviria para identificar infecções generalizadas, prematuridade e malformações congênitas -situações que normalmente se repetem em casos de mortes precoces.
Reportagem nesta edição mostra uma miríade de números, sinalizando ações governamentais para estancar o problema.
Se por um lado é desolador que bebês sigam morrendo de causas totalmente evitáveis, por outro, a consciência exata das raízes do problema oferece subsídios claros para uma solução.
………………………………….

48 horas decisivas para o bebê

As primeiras horas são as mais cruciais para a sobrevivência dos recém-nascidos em Goiás. É nesse período, proporcionalmente, que mais crianças morrem
As primeiras 48 horas de um recém-nascido são as mais críticas em Goiás.
Estudo da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) mostra que as mortes neonatais precoces – antes de o bebê completar uma semana de vida – representam mais da metade da mortalidade infantil. Nesta faixa, 80% são registradas nos dois primeiros dias.
Ao todo, desde 2012, 6.263 recém-nascidos morreram antes de completar um ano. Isso significa que, nos últimos cinco anos, 2.637 bebês não chegaram ao terceiro dia de vida nos registros do Sistema Único de Saúde (SUS), da rede privada ou filantrópica contratada pelo SUS. O equivalente a 42% do geral.
Embora a mortalidade infantil no Estado tenha regredido nesse mesmo período (veja o quadro), é justamente essa faixa, de mortes precoces, principalmente nos dois primeiros dias, que preocupa, já que, proporcionalmente, o número de óbitos tem avançado.
Os mesmos 30% se repetem em outra estatística: é o porcentual de casos cujas causas poderiam ser evitadas. Seja no acompanhamento da gestação, durante ou após o parto. Entre as principais razões dos óbitos estão infecções generalizadas, prematuridade e malformações congênitas.
As mortes nas primeiras 48 horas, segundo especialistas, são consequências principalmente de falhas no pré-natal, na falta de especialização ou de estrutura na unidade para partos de risco, no transporte inadequado dos recém-nascidos fragilizados entre unidades de saúde e na concentração de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal em apenas três cidades (Goiânia, Aparecida e Anápolis).
"Temos um quadro complexo, no qual falta o pediatra na hora do nascimento. Ele que adotará as condutas ideais e saberá como conduzir o recém-nascido", diz a pediatra especialista em neonatologia Paula Pires de Souza, membro da Sociedade Goiana de Pediatria. "Além disso, trabalho em UTI e tenho essa vivência de receber bebês em Goiânia que chegam mal assistidos e transportados de maneira inadequada de todo o Estado. Eles já chegam "nas últimas"", diz a pediatra, que coordena a UTI neonatal do Hospital da Criança.
Perfil dos óbitos
Professor do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Goiás (UFG), Otaliba Libânio Morais Neto, pesquisador do tema, destaca uma mudança no perfil dos óbitos infantis. Se antes a maioria morria depois de 28 dias de vida, agora é o contrário. Algo, na visão dele, já esperado. A melhoria da qualidade de vida e o combate á desnutrição e a causas mais evitáveis de mortes, como diarreia e pneumonia, no Brasil, mudaram o panorama. Mas isso não foi suficiente para reduzir o número nas primeiras 48 horas.
"No País e em Goiás, 70% das mulheres têm sete consultas durante a gestação. Os dados mostram que avançamos, mas precisamos melhorar, agora, nas primeiras 48 horas. Países desenvolvidos têm taxa de mortalidade infantil, a cada mil nascidos vivos, em torno de quatro. Estamos ainda em dois dígitos."

Mãe luta para fugir da estatística goiana

No histórico familiar de Anderla Sorrane Melo da Costa, de 25 anos, já constava um caso de recém-nascido com malformação no coração. Durante sua gestação ela realizou o pré-natal em Nova Crixás, onde mora, com um médico clínico geral pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, ela relata que não sentiu a preocupação necessária do profissional com a questão e decidiu, com recursos próprios, realizar nova consulta e um exame de ultrassom em Mozarlândia, pouco mais de 80 quilômetros de distância.
Ainda durante a gravidez, por meio do exame, foi detectada a complicação cardíaca de seu filho. Ela decidiu mudar o curso imposto pelo sistema. No quinto mês da gestação Anderla veio para Goiânia, junto de sua filha de quatro anos e a mãe, para ficar na casa de uma tia até o parto aos nove meses.
Com o conhecimento das condições do filho, diz, viu a necessidade de procurar maternidades com estrutura mais adequada para a chegada do bebê, como uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal, e que não dependesse da regulação para o acesso. Buscou, então, uma unidade conhecida como portas abertas. "Se eu não tomasse essa atitude eu teria perdido o meu filho. Minha cidade não tem estrutura, não realiza nem ultrassom. E acredito que, se tivesse dependido de regulação, meu filho também teria morrido."
Mesmo internado em Goiânia, a 380 quilômetros de casa, a condição de Amaro Samuel ainda é grave. No próximo dia 26 ele completa um mês de vida. "Ele é um bebê sindrômico, com malformação do coração. Está sendo bem atendido, mas os médicos não têm muita expectativa para ele. Mesmo assim me prometeram que vão fazer o máximo", conta. Conforme o estudo da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), essa é a terceira maior causa de morte de bebês em Goiás.
O recém-nascido continua incubado. A mãe, que se recupera de um parto cesáreo, chega todo dia ás 7h e vai embora ás 5h da unidade de saúde para voltar até a casa da tia. Como conta, ela só conseguiu pegar o filho uma única vez no colo após o nascimento. "Ele está muito mal, teve uma piora nos últimos dias com o inchaço de alguns órgãos. Precisa fazer uma cirurgia e não tem condições por agora. Ele está sendo amamentado com o leite que é doado pela maternidade e eu só peguei meu filho uma vez. Eles dizem que ele não tem condições, até pelo risco de infecção. Ele, inclusive, já contraiu uma infecção e está lutando para melhorar."
Durante a entrevista a mãe segurou as lágrimas. Momentos depois, Anderla se dirige até a incubadora e, após lavar adequadamente as mãos, consegue fazer um carinho em Amaro já na área destinada aos leitos. No retorno ela passa pela reportagem, acena, já com os olhos marejados até chegar a uma sala que é destinada às mães. Sentada, então, se debulha em lágrimas. "É uma situação horrível. Eu tenho esperança e quero muito sair daqui com meu filho no colo", afirma.
Prática comum
Funcionários de unidades de saúde conhecidas como portas abertas, que recebem a demanda independentemente da regulação de vagas, dizem que é cada vez mais comum as gestantes de risco de cidades do interior se mudarem momentaneamente para Goiânia em busca de atendimento especializado, para evitar possíveis complicações durante e após o parto. A diretora do Hospital Materno Infantil, Rita Leal, também confirma a iniciativa (veja na página ao lado).
Casas de familiares, associações e casas de acolhida dos pacientes de outras cidades são os destinos mais procurados, por vezes custeadas pelas Prefeituras de onde vivem, segundo as profissionais de saúde ouvidas pela reportagem.

Descentralização como alternativa

As informações do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), de abril de 2016, mostram que Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis oferecem, ao todo, 254 leitos de UTI neonatal, sendo 225 apenas na capital.
O professor da UFG, Otaliba Libánio Morais Neto, ressalta que não é possível trazer leitos para cada cidade, mas sugere a criação de poios com hospitais de referência para receber os recém-nascidos e com transporte adequado em outros municípios. "O que não podemos ter é uma ruptura da assistência ás gestantes para a internação hospitalar. Precisamos melhorar essa ligação. Chamamos de assistência continuada"
A reportagem solicitou á Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, via e-mail, na última quinta-feira, dados sobre a Central de Regulação, por exemplo, qual o tempo médio de espera dos pacientes para obter acesso a um leito de UTI neonatal e se essa média se difere entre os regulados da capital e os que são encaminhados do interior. Até o fechamento desta edição, as respostas não foram enviadas á reportagem.

Estado tenta atingir meta até ano que vem

O estudo feito pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) identificou, ainda, que 76% dos óbitos infantis em Goiás estão concentrados nos 30 maiores municípios. As informações do levantamento, a partir da investigação das mortes, iniciada em 2012, também subsidiaram as ações para reduzir os índices. A intenção é que, até 2018, a taxa de mortalidade infantil no Estado alcance 10,6 óbitos por mil nascidos.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Maria Cecília Martins Brito, ressalta que, para alcançar a meta, o foco do Goiás Mais Competitivo -Programa Siga Bebê será, justamente, na atenção básica, com assistência ao pré-natal, ao parto, o puerpério e ao recém-nascido. "Não tem UTI que salve a criança que, na gestação, não teve um manejo adequado. Seguir a mãe e o bebê até um ano de idade será a nossa prioridade", afirma.
Maria Cecília relata que o Estado investe na qualificação e atualização dos profissionais. "É no pré-natal de baixo risco que perdemos mais os nossos bebês. Além disso, mais de 80% das mães que morrem em Goiás são por hipertensão, situação perfeitamente tratável na atenção básica. Já tivemos duas turmas e, agora, começaremos a terceira, com aproximadamente 400 profissionais qualificados."
Em março, adianta, 22 maternidades e 30 ambulâncias desses 30 maiores municípios receberão "jogos de estabilização do recém-nascido para que ele possa ter uma chance a mais de receber um atendimento em UTI."
Sobre a descentralização dos leitos, Maria Cecília admite que é uma necessidade, já que essas 30 ambulâncias que estão regionalizadas fazem o transporte de todo o Estado. "Estamos empenhados nisso, mas dependemos de algumas decisões que interferem, inclusive, na regulação com os municípios", diz,sem repassar mais informações.
Ela ressalta que as gestantes já são rastreadas e georreferencidas pela SES-GO em um projeto-piloto com 20 municípios. Intenção é abranger todas as cidades em, no máximo, dois anos.

Acompanhar a gestante no município muda o quadro

Na opinião da diretora regional do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), organização social que administra o Hospital Materno Infantil (HMI), Rita Leal, para mudar o quadro é necessária uma intervenção contundente na base, no acompanhamento às gestantes no pré-natal nos municípios. "A maior patologia que prevalece na internação na fase neonatal do HMI, por exemplo, é a prematuridade extrema por causa da baixa resolutividade do pré-natal na atenção básica", afirma.
Ela não quis confirmar se a questão mostra um despreparo no acompanhamento à gestante e nem os municípios que mais deixam a desejar no quesito. Diz apenas "que acolhemos muitas pacientes sem receber o pré-natal, tanto de Goiânia como de todos os municípios do interior", relata. "É preocupante. Justamente no pré-natal bem-feito é que evitamos partos prematuros. Qualquer intercorrência no período gestacional pode ser tratada. Senão há um agravo que ocasiona um parto prematuro e, consequentemente, internação em UTI. Fortalecendo o atendimento na atenção básica, prevenindo os agravos gestacionais, evitamos prematuridade e mortes precoces", completa.
alta complexidade
O HMI é referência estadual na atenção obstétrica, neonatal e infantil de alta complexidade. Além da regulação e do transporte efetuado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a principal demanda do hospital, conforme a diretora, é espontânea e do interior. "As mães já têm uma cultura de nos procurar porque sabem que serão atendidas por sermos um hospital em regime de portas abertas" diz.
Dados de altas médicas de pacientes internados na UTI neonatal do HMI mostram que 60% delas vêm do interior do Estado. As informações foram compiladas entre Io de julho de 2016 e 15 de fevereiro de 2017.
……………………………………

42% dos pacientes não conclui tratamento

Em funcionamento há 8 meses, Credeq atendeu 105 pacientes, sendo que apenas 60 chegaram até o fim do programa estipulado

As obscuridades da doença vão persegui-los para o resto da vida. A dependência química é controlada, mas não curada totalmente, pois as consequências não se resumem à questão física. Dinamar mesmo, apesar da desintoxicação, relata, ainda hoje, ter pesadelos e sonhos dele comprando a droga ou com ela na mão. Diferente de antes, no entanto, hoje ele já aceita a visão de que se trata de uma doença crônica, que, se não monitorada, abre brechas para recaídas. "Eu pensava que dependência química era uma coisa que você poderia curar quando quisesse, mas não. Ela não tem cura", frisa.
A internação é apenas uma das fases do tratamento. O diretor técnico do Credeq, Tiago de Oliveira, ressalta que não existe garantia de que a pessoa deixará de usar drogas. O tempo na unidade gera mudanças imediatas e sentidas, principalmente, pelos mais próximos, como melhoras no físico e no comportamento, mas isso não é capaz de garantir, por si só, a estabilidade. Tanto, que aqueles que recebem alta deixam o Credeq já com data de retorno marcada para acompanhamento ambulatorial. "O nosso comprometimento é com a qualidade do tratamento, mas estamos falando de uma doença crônica que pode ter recaídas", destaca Tiago. Ele compara, por exemplo, a dependência química à diabetes, que, se não tratada, gera implicações ao paciente.
Lucas e Dinamar, como todos que receberam alta, vão realizar consultas esporádicas com a equipe multiprofissional do Credeq por seis meses, continuando, em seguida, indo aos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) da capital. Em razão do pouco tempo, ainda não é possível, segundo Tiago, mensurar os porcentuais de pacientes que tiveram alta e que ficaram longe das drogas ou tiveram recaídas.
Internações compulsórias "furam" fila de espera
Na quinta-feira (16), havia 28 internos no Credeq, em Aparecida de Goiânia. Desses, segundo o diretor técnico da unidade, Tiago Batista de Oliveira, três foram levados compulsoriamente, por meio de decisões judiciais, algo que tem se tornado recorrente. A situação preocupa, de certa forma, os profissionais, pois, além de furar a fila de espera, impõe uma nova característica de paciente: aquele que é obrigado a se internar, enquanto o usual é a pessoa decidir voluntariamente.
A decisão judicial tem prioridade na hora de distribuir a vaga. Na quinta-feira, por exemplo, segundo Tiago, havia 20 homens na fila normal, à espera de leito vago para iniciar o tratamento no Credeq. Estes são chamados conforme as altas vão sendo concedidas. Se as medidas compulsórias persistirem, no entanto, o tempo médio de espera pode ser maior para quem aguarda pelo tratamento.
"A estrutura da unidade não foi feita para isso, não existe uma proteção para manter aqui uma pessoa que não deseja se tratar, pois isso exige medidas de segurança que não temos como tomar. A nossa estrutura é muito aberta nesse sentido", aponta Tiago. Em algumas experiências, frisa ele, os pacientes aderiram ao tratamento, mas existem casos que acabaram gerando problemas.
Funcionamento pleno em março
Apesar de quase oito meses de inaugurado, o Credeq de Aparecida de Goiânia, única das cinco unidades prometidas pelo governo que chegou a ser concluída, continua a funcionar apenas com um terço da capacidade. As alas feminina e de adolescentes estão paradas, com previsão de funcionamento para o mês que vem, conforme forem sendo efetivadas as contratações dos novos funcionários aprovados no processo seletivo realizado pela Comunidade Luz da Vida, organização social (OS) responsável pela gestão do local. As entrevistas devem ser concluídas amanhã e o resultado divulgado até o final do mês, com posterior convocação. A princípio, diante da demanda, a ala feminina será a primeira a ser colocada em funcionamento e, de 15 a 20 dias depois, a direção técnica pretende ativar a ala de adolescentes. Hoje, o Credeq atende apenas homens acima dos 18 anos. Segundo o diretor técnico, Tiago Batista de Oliveira, a tendência geral é a de que o número de mulheres em situação grave de dependência seja menor que a de homens, mas, desde junho do ano passado, alguns casos surgiram e chegaram a ser encaminhados para o Credeq, sendo redirecionados, em seguida, diante da estrutura inadequada. Em visita aos três Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) de Goiânia, a reportagem ouviu de técnicos e funcionários que realmente a quantidade de mulheres é menor, mas carente de tratamento. No atual contexto, o Credeq recebe pacientes de todo o Estado. Até então, de junho do ano passado a janeiro deste ano, homens de 23 cidades foram internados no local. A ideia é pulverizar essa demanda com inauguração das demais unidades. Segundo a Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop), no entanto, as demais obras (Caldas Novas, Goianésia, Morrinhos e Quirinópolis) estão paradas por falta de dotação orçamentária.

"As pessoas desistem, em muito, por falta de apoio familiar"

Motorista profissional, pai de quatro filhos, Dinamar recebeu alta do Credeq e diz que quase desistiu do tratamento
Como o senhor veio parar no Credeq?
Sou usuário de drogas há oito anos e eu estava numa situação de rua, praticamente.
A decisão foi sua?
Sim. Eu decidi espontaneamente. E foi indo, minha irmã não aguentou mais me ver daquele jeito, porque ela já tinha me ajudado antes. Passei por outras duas clínicas antes, mas não deu resultado. Eu desisti.
Pensou em desistir de novo?
Para falar a verdade, no começo do tratamento eu quase desisti, porque me deu muita abstinência. Com o passar dos dias, conversando com psicólogos, nutricionistas e psiquiatras, eu fui me envolvendo com as atividades, com o artesanato, academia, piscina, futebol de salão. Depois de três semanas, já não me deu vontade de sair.
Por que as pessoas desistem
Acho que desiste, em muito, por falta de apoio familiar. No meu caso, a minha família vinha todo sábado, mas tem paciente aqui que não tem visita. Fica mês, até 40 dias sem ninguém aparecer. A pessoa vai ficando depressiva, e não por falta de apoio interno, porque quando sai alguém é uma perda para todos nós.
Somos uma família. Ontem mesmo um disse que vai embora e isso me deixa até emocionado (chora). Tem só 20 dias que ele está aqui. Conversamos, mas ele está decidido. A gente conversa um com o outro, expomos o que passamos. Eu comi até comida de lixo em porta de restaurante. Cheguei a fumar oito pedras (crack) por dia.
E tinha dinheiro para isso?
Não. Eu pedia, nos bares, sinaleiros, inventava, mentia… A gente mente para a gente mesmo. Falava que eu tinha pessoa doente na família. É por isso que eu acho que não vou usar mais droga. Dei uma limpada por dentro, tanto espiritual quando emocionalmente. Estou limpo agora. Porque vou querer algo que sei que já me destruiu?
O senhor já tinha pesquisado antes sobre dependência?
Não. Só aqui (Credeq) que eu vim aceitar que se trata de uma doença. Eu pensava que dependência química era uma coisa que você poderia curar quando você quisesse, mas não. Ela não tem cura. Eu vou ficar velhinho, babando, mas sempre vou pensar na droga e, se você está pensando na droga, você está doente. Isso é um sintoma da doença. Temos apenas controle dela.
Foi difícil o processo de desintoxicação?
Demais. A gente toma muito remédio no começo para abstinência, insônia, pesadelo. Eu chorava à noite toda de vontade de fumar pedra. Dava nervoso, vontade de voar na parede, tinha que tomar calmante para dormir. Foi terrível. É uma coisa que não quero passar nunca mais na minha vida.

É cedo para julgamentos

Desde que o governo anunciou a criação do Credeq, ele tornou-se assunto de muita polêmica. Infelizmente, a maioria embasada em ideologias retrógradas e não em argumentos científicos. Neste cenário de resistência, o projeto se desenvolveu e entrou em funcionamento em junho de 2016. Iniciou, no entanto, muito aquém de sua capacidade, com apenas 30 leitos masculinos. Desde então, 105 homens foram internados e 34 deles desistiram do tratamento antes da conclusão. Os opositores de plantão estão sedentos para atirarem as pedras. "Para que tanto investimento?", "Internação não se justifica:". É cedo para qualquer julgamento. Agora que as equipes inter-profissionais serão formadas. Elas vão se sedimentar, estreitar a comunicação entre si e entre os
diferentes aparelhos de tratamento que o SUS dispõe, fazendo realmente o tratamento em rede. O fato é que a dependência química é uma doença complexa. São inúmeros fatores a serem analisados. Cada caso deve ser
avaliado individualmente. Uma equipe multidisciplinar é necessária, assim como contemplar todas as necessidades do dependente em cada etapa do tratamento. A literatura científica mostra que as internações, tanto de curto prazo (3 a 6 semanas) quanto de longo prazo (6 a 12 meses) têm resultados expressivos.
Não há dúvidas de que o Credeq é uma ferramenta fundamental e necessária para parcela importante dos dependentes químicos. Esperemos que o funcionamento seja pleno e que no futuro possamos aferir os resultados com olhar crítico.
………………………………………..

JORNAL OPÇÃO
Imbróglio
Prefeitura ainda não atendeu nem metade dos diabéticos com bombas de insulina

Por Alexandre Parrode

Associação cobra ação concreta da gestão Iris Rezende no caso, que se arrastada desde o começo do ano
O vice-presidente da Associação Metropolitana de Apoio ao Diabético (Amad), André Fabrício, revelou ao Jornal Opção que apenas 70 pacientes que fazem uso da bomba de insulina serão atendidos pela Prefeitura de Goiânia.
Alegando crise financeira, a gestão Iris Rezende (PMDB) não conseguiu normalizar, até hoje, a entrega de insumos para os diabéticos da capital. São 187 pessoas, entre crianças, adultos e idosos, que dependem do fornecimento para sobreviver, mas menos da metade será contemplada nos próximos dias.
“A secretaria de Saúde disse que a distribuidora fez a entrega e irá atender, primeiro, as prioridades. No entanto, minha filha de nove anos ainda não recebeu a insulina para a bomba”, lamentou.
Sem o Poder Público, os próprios pacientes têm que arcar com os custos dos medicamentos — que variam de R$ 1,7 mil a R$ 2 mil por mês.
Desde o começo do mês, os vereadores Jorge Kajuru (PRP) e Delegado Eduardo Prado (PV) têm tentado resolver a questão junto à titular da pasta municipal, Fátima Mrué — que inclusive participou de audiência pública na última sexta-feira (17/2) –, mas pouco avançou.
Responsáveis pelo fornecimento, as empresas Hospfar e FBM negam que haja problemas na entrega e cobram posicionamento da secretaria no que diz respeito ao cronograma de pagamento. As fabricantes, tanto da bomba quanto da insulina (Roche e Sanofi) também reiteraram à reportagem que a entrega está normal, de acordo com a demanda dos clientes.
Segundo o vice-presidente da Amad, Fática Mrué não falou uma vez sequer durante a audiência com eles sobre dívidas com fornecedores. “Disse que a prefeitura estava em dia com os pagamentos e não sabia porque as empresas não estavam entregando. Como dependem delas, não tinham o que fazer, não haveria outro fabricante. O que não é verdade”, completou.
Na Câmara, a secretária reiterou que há um acordo com a Hospfar de entrega das insulinas mesmo sem a quitação da dívida da SMS, mas que ainda não foi cumprido totalmente. “Nós queremos comprar, mas precisamos de alguém que queira vender”, afirmou na ocasiaõ.
De acordo com ela, a empresa alega atraso da fabricante e por isso não está cumprindo os prazos. Ela afirmou que a secretaria vem buscando algumas alternativas, como tentar entrar em processos licitatórios feitos em outros estados para garantir o medicamento em momentos de emergência.
Os pacientes seguem aguardando a prefeitura e uma nova audiência foi marcada para a terça-feira (21/2).
…………………………………….
VEJA ONLINE
Diabetes: quando a cirurgia bariátrica é indicada, afinal?

O Brasil é considerado o segundo país do mundo em número de cirurgias. As mulheres representam 76% dos pacientes

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de adultos com diabetes tipo 2 quadruplicou nas últimas quatro décadas, passando de 108 milhões de pessoas em 1980 para 422 milhões atualmente. No Brasil, a porcentagem de pessoas com a doença passou de 5% para 8,1% no mesmo período. Em 2014, foram 71.700 mortes causadas no país pela doença.
O diabetes tipo 2 ocorre quando o organismo de uma pessoa torna-se resistente à insulina, o hormônio que controla os níveis de glicose no sangue. O excesso de peso é um fator de risco importante para a doença. Em geral, a doença é controlada por meio da aplicação de injeções de insulina e de outros medicamentos. Mas, nos últimos anos, diversas linhas de pesquisa têm analisado o papel da cirurgia bariátrica ou metabólica, popularmente conhecida como redução de estômago, para o controle eficaz da doença em longo prazo.
Tanto que, uma diretriz assinada por 45 entidades mundiais, entre elas a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), publicada no primeiro semestre de 2016 na revista Diabetes Care, aponta a operação como uma opção a ser considerada no tratamento do diabetes tipo 2 para pacientes com índice de massa corpora (IMC) entre 30 e 35.
Entretanto, no Brasil, a diretriz do Conselho Federal de Medicina (CFM) indica o procedimento apenas para pacientes obesos (com IMC igual ou maior 35) e diabetes ou outras doenças associadas. Isso porquê, a maioria dos estudos observou benefícios da cirurgia bariátrica ou metabólica em pacientes com essas especificações.
Segundo Márcio Mancini, membro do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), que defende a recomendação do CFM, nenhuma cirurgia bariátrica – aprovada ou experimental – tem documentação robusta de eficácia e segurança em pacientes com IMC menor do que 35. "Não se pode extrapolar os benefícios vistos em obesos mórbidos para pessoas mais magras. Os riscos e resultados podem ser diferentes", afirma o especialista.
Veja tambémSaúdeCirurgia bariátrica é eficaz no controle do diabetes tipo 2query_builder 1 jun 2016 – 19h06SaúdeConselho Federal de Medicina altera regras para cirurgia bariátricaquery_builder 13 jan 2016 – 11h01SaúdeCirurgia bariátrica deve priorizar diabéticos – e não apenas obesosquery_builder 21 set 2015 – 14h09
Um dos riscos associados à cirurgia metabólica é a perda de massa óssea. "Uma pessoa obesa tem aumento de massa óssea e isso de certa forma a 'protege' da perda associada à operação. Por outro lado, pacientes obesos leves ou com sobrepeso podem ter essa perda e apresentar complicações, como fraqueza e fraturas cerca de 10 a 15 anos depois. Isso não está documentado [pois não existem estudos tão longos com esses pacientes], mas é uma possibilidade", diz Mancini.
Outros riscos são a possibilidade de desnutrições como anemia e deficiência de vitaminas e minerais; e a volta da doença caso o paciente engorde, mesmo que poucos quilos. "Quando operamos um obeso mórbido, existe a remissão do diabetes, mas a doença pode voltar se ele recuperar o peso. Quando se opera pessoas mais magras, existe a possibilidade de uma recuperação de poucos quilos, por exemplo só dois ou três quilos trazer o problema de volta", explicou o médico.
Mancini ressalta ainda que existe uma série de novos medicamentos contra o Diabetes tipo 2. Além do controle da doença, alguns deles mostram redução de mortalidade cardiovascular, um benefício que a cirurgia ainda não mostrou em pacientes com IMC menor que 35. "Quem opta pela cirurgia, troca um tratamento bom, aprovado e com benefícios, por um incerto".
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), o número de cirurgias bariátricas no Brasil aumentou 7,5% em 2016 em comparação com o ano de 2015. Os dados e apontam que, no ano passado, cerca de 100.512 pessoas fizeram a cirurgia, contra 93.500 em 2015. O Brasil é considerado o segundo país do mundo em número de cirurgias realizadas e as mulheres representam 76% dos pacientes.
Para o Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Caetano Marchesini, o aumento no número de procedimentos pode estar relacionado ao crescimento da obesidade no Brasil e também com as novas regras do CFM – Conselho Federal de Medicina para realização de cirurgia bariátrica, como a redução do IMC e a idade mínima para a realização da cirurgia.
A polêmica da cirurgia bariátrica como tratamento para diabetes veio à tona recentemente após o senador  e ex-jogador de futebol Romário contar que foi submetido a uma cirurgia bariátrica experimental para controlar o diabetes. O procedimento de Romário foi contestado por especialistas pelo fato dele supostamente não se enquadrar nos critérios aprovados pelo CFM (IMC igual ou superior a 30) e pelo tipo de cirurgia realizado.
Romário foi submetido a um procedimento chamado interposição ileal. O procedimento reduz em 80% a capacidade do estômago e aproxima o órgão ao íleo, porção final do intestino delgado, o que estimula a secreção de insulina pelo pâncreas, diminuindo o diabetes. No entanto, no Brasil, a operação só é regulamentada pelo CFM para o tratamento de casos de obesidade mórbida. O conselho não reconhece a técnica para o tratamento de doenças metabólicas, como o diabetes. Nestes casos, o procedimento pode ser realizado, desde que em caráter experimental.
Isso significa que a técnica deve ser realizada sob protocolo de pesquisa, sob a supervisão de Comissões de Ética em Pesquisa (CEP) e/ou Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
SBCBM
"A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) tem em uma de suas missões esclarecer o público quanto à indicação, segurança e resultados da cirurgia metabólica para o tratamento do diabetes do tipo 2 não controlado apesar do melhor tratamento clínico.
Em 1991 quando o Instituto Nacional de Saúde (NIH) Norte Americano definiu as indicações para cirurgia, para perda de peso em índices de massa corpórea acima de 35kg/m2, estas determinações na época influenciaram diversas agências reguladoras pelo mundo, incluindo o Conselho Federal de Medicina (CFM).
A SBCBM respeita e orienta seus associados a seguir a resolução do Conselho Federal de Medicina n° 2.131/2015 que regulamenta a indicação da cirurgia bariátrica.
A partir de 2007 inúmeras publicações científicas vêm demonstrando os resultados da cirurgia gastrointestinal no tratamento do diabetes tipo 2 não controlado. Baseados nestes estudos esclarecemos que:
a) Toda intervenção médica, incluindo clínicas e cirúrgicas tem seus riscos e benefícios, podendo ocorrer complicações graves e mesmo desfechos fatais. As operacões bariátricas têm índices de mortalidade de 0,3%, semelhante a uma simples retirada da vesicula biliar ou cesariana, o que se traduz em muita segurança.
b) Existem mais de 30 importantes publicações que demonstraram decréscimo de eventos cardiovasculares com ou sem morte (derrames e infarto) e diminuição da incidência de câncer com até 25 anos de seguimento após cirurgias bariátricas/metabólicas.
c) Somente dois estudos de relevância demonstraram diminuição de mortes de causas cardíaca com tratamento medicamentoso. Temos que lembrar que estas drogas podem apresentar efeitos colaterais severos como câncer de tiroide, pancreatite, cetoacidose de difícil reversão dentre outras, além de mortalidade, situações inerentes aos tratamentos médicos em geral.
d) Existem diversos estudos que compararam cirurgia metabólica versus o melhor tratamento clínico em pacientes com IMC desde 27,5 kg/m2 com até 5 anos de seguimento. Nestes estudos foram demonstrados melhores resultados com a cirurgia acrescida de tratamento clínico e diminuição importante dos índices de risco cardiovascular. Também nas publicações científicas há incontáveis séries prospectivas, nacionais e internacionais, em que se obteve excelentes resultados relativos ao controle do diabetes e perda de peso com poucas complicações.
e) A transposição ileal é ainda considerada um procedimento experimental pelo CFM. Existem estudos em andamento para validá-la, porém, até lá não deve ser considerada opção terapeutica em qualquer IMC.
f) Entendemos ser inegável a melhora dos resultados com as novas opções de medicamentos, mesmo com seus riscos, mas é inquestionável atualmente que a cirurgia metabólica, associado ao tratamento clínico melhora consideravelmente os resultados.
Em setembro de 2015, um encontro de especialistas produziu uma diretriz de conduta que recomenda a cirurgia metabólica para o diabetes tipo 2 não controlado clinicamente. Estas diretrizes foram aprovadas por 49 Sociedades Médicas, dentre elas a SBCBM e a Sociedade Brasileira de Diabetes. Sabe-se que um número considerável dos pacientes com diabetes tipo 2, mesmo com o melhor tratamento clínico, não tem sua doença controlada. Estes dados estão publicados na revista da Sociedade Americana de Diabetes (ADA) desde maio de 2016, juntamente com outras importantes comunicações científcas respaldando o papel da cirurgia para o tratamento do diabetes em pacientes com IMC a partir de 30 kg/m2.
g) A SBCBM, em conjunto com o Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva está auxiliando o CFM trazendo evidências científicas para promover o melhor para os pacientes. Afinal, o órgão traz um belo histórico de luta em prol dos interesses da saúde e do bem estar do povo brasileiro, sempre voltado para a adoção de políticas de saúde dignas e competentes, que alcancem a sociedade indiscriminadamente."
Sbem e Abeso
"Devido à grande repercussão sobre a cirurgia bariátrica realizada no Senador Romário, ex-jogador de futebol, para o tratamento do diabetes tipo 2, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) vêm a público reforçar que:
1- Não existem evidências científicas robustas e de longo prazo que comprovem a segurança e eficácia de cirurgia bariátrica no tratamento de diabetes tipo 2 para pacientes com IMC abaixo de 35 kg/m2, considerando quaisquer técnicas cirúrgicas, regulamentadas ou não regulamentadas.
2- A Sbem e a Abeso participam da Câmara Técnica de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Conselho Federal de Medicina (CFM) e lançaram, no ano passado, um Posicionamento Oficial em conjunto com Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) sobre o tema."
……………………………………

Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação