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DESTAQUES
Banco indica 25 operadoras de saúde como alvo de compra
"A saúde não deve ser tratada como mercadoria", diz consultor de empresas
Seguros Unimed conquista certificações e reforça a qualidade do seu modelo de gestão
Despesas de operadoras de saúde com usuários podem variar até 484%, aponta estudo
Artigo – Expansão da rede própria é estratégia para o Sistema Unimed
Onyx quer novo comando na Geap
VALOR ECONÔMICO
Banco indica 25 operadoras de saúde como alvo de compra
Num cenário de consolidação, 25 operadoras de planos de saúde – a grande maioria com rede própria – são potenciais alvos de aquisição, de acordo com levantamento elaborado pelo Bank of America Merrill Lynch (BofA). As operadoras verticalizadas Hapvida e NotreDame Intermédica vêm puxando o processo de aquisições e tendem a se interessar por esses ativos.
Entre as empresas cobiçadas no setor (veja tabela abaixo) há as operadoras cariocas Assim e Golden Cross, cujas carteiras possuem, respectivamente, 588 mil e 200 mil usuários, e a paulistana Prevent Senior que, graças ao seu programa de gestão de saúde, consegue fechar no azul mesmo atendendo o público da terceira idade. Na lista do BofA aparecem ainda grupos de saúde que estão sendo formados por gestoras de private equity como o Pátria, que tem uma holding de saúde batizada de Athena, e a Kinea, que adquiriu o Centro Clínico Gaúcho em 2019.
Os ativos citados não estão necessariamente à venda. Na verdade, são operadoras que tendem a atrair a atenção dos consolidadores, em especial as verticalizadas Hapvida e Intermédica que estão capitalizadas. As duas companhias já levantaram R$ 20 bilhões no mercado desde 2018.
Os ativos cobiçados pelo setor ficam em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, na Bahia, em Manaus, no Espírito Santo e Piauí. Juntas, as 25 operadoras têm cerca de 3,8 milhões de usuários.
"A maioria dos potenciais alvos com até 50 mil usuários está em regiões onde Hapvida e NotreDame Intermédica estão presentes. Atualmente, a única sobreposição significativa é em Joinville (SC). Mas, no futuro, pode haver uma preocupação com a concorrência entre as duas empresas", destaca relatório do BofA, assinado pelos analistas Bruno Giardino e Pedro Mariani. Na cidade catarinense, a Hapvida montou uma operação própria e a Intermédica adquiriu a Clinipam, com presença em Joinville.
Entre 2014 e 2018, as operadoras de planos de saúde que podem ter rede própria (conhecidas como medicinas de grupo) viram sua participação de mercado aumentar de 34,9% para 38,6%. "Desse percentual, NotreDame Intermédica e Hapvida representam 70%. Por outro lado, as seguradoras de saúde e as cooperativas médicas perderam 190 pontos-base e 150 pontos-base, respectivamente, no mesmo período", informam Giardino e Mariani.
As duas companhias conseguiram crescer conquistando participação dos concorrentes e por meio de aquisições. Com a crise econômica, o setor de planos de saúde encolheu de forma drástica. Em 2014, havia 50 milhões de usuários e hoje são 47 milhões, ou seja, 3 milhões de pessoas perderam o convênio médico no período. Os analistas do BofA estimam que o setor só voltará a ter 50 milhões de pessoas com convênio em 2023.
"Quase 53% dos funcionários brasileiros estão em contratos formais, uma taxa mais alta do que na maioria dos pares de mercados emergentes. Nesse ponto, achamos difícil assumir níveis mais altos de formalização, a menos que o crescimento do PIB do país se recupere mais rápido do que nossas expectativas", afirmam Giardino e Mariani. Segundo os analistas, a recuperação do setor de planos de saúde é mais lenta do que o aumento da taxa de emprego, que deve voltar a crescer até 2021.
Cerca de 65% dos planos de saúde são vinculados a empresas que concedem o benefício aos funcionários. Com o desemprego, muitas pessoas não conseguiram contratar o benefício em outras modalidades (individual e por adesão) devido à falta de oferta no mercado ou por causa do elevado custo, cujos reajustes chegam a ser quatro vezes superior à inflação geral.
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PORTAL UOL
"A saúde não deve ser tratada como mercadoria", diz consultor de empresas
O consultor Daniel Greca, 37 anos, sócio-diretor da área de saúde da KPMG no Brasil, construiu uma curiosa trajetória profissional. Como biólogo, trabalhou com pesquisa genômica e imunologia no Hospital das Clínicas de Curitiba, no Paraná. Até que abandonou o jaleco e entrou para o mundo corporativo em uma empresa que fornecia soluções para medicina diagnóstica. Virou executivo e, há 6 anos, presta consultoria a clientes do universo da saúde.
Em meio à intensa transformação digital e de modelo de negócio vivida pelo setor, Greca conhece as dores dos consumidores e das empresas. Ele é um dos autores do estudo Saúde 2030: paciente como consumidor?, lançado recentemente. Greca conversou com o blog no Distrito InovaHC, um hub de inovação dentro do complexo do Hospital das Clínicas, em São Paulo. A KPMG é uma das mantenedoras do ecossistema que já tem 300 startups interessadas em criar, testar e expor soluções de saúde para o hospital e empresas.
VivaBem: A saúde pode ser vista no Brasil como um produto qualquer?
Daniel Greca: No meu ponto de vista, não. Mas em outros países algumas pessoas poderiam responder que sim. Isso me fez mudar o título do estudo. Ele foi lançado pela KPMG em outros países, sem o ponto de interrogação. Não tinha essa discussão. Em um país onde não há saúde universal (como os Estados Unidos, por exemplo) e a saúde é, de fato, mais um produto, esse título não gera tanta polêmica. Se, no Brasil, eu não colocasse o ponto de interrogação, muita gente ficaria ofendida. Principalmente os profissionais que vêem a saúde como um direito dos cidadãos.
VivaBem: O paciente é um consumidor?
Daniel Greca: O paciente consome produtos e serviços, mas ele não acorda e pensa: "Hoje quero uma tomografia feita na máquina do fabricante X". Ele não tem o mesmo discernimento, a mesma capacidade de decisão que tem no varejo. Quem quer comprar uma TV ou um celular tem informação para escolher a marca, o tamanho etc.
VivaBem: Por que, na saúde, isso é diferente?
Daniel Greca: Na saúde, o paciente tem que ser navegado por alguém. Por isso, acho que a saúde não é uma mercadoria tradicional. Por outro lado, gosto do termo "paciente como consumidor". Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, haverá um consumo maior de serviços de saúde. Diferentes gerações estarão consumindo esses serviços. Para oferecer um bom serviço e fazer com que isso tenha impacto em bons desfechos (resultados) clínicos e até redução de custo, os prestadores precisarão entender quem é esse consumidor e quais são as preferências dele em termos de comodidade e conveniência. O estudo retrata o paciente como consumidor, mas acho que a saúde não deve ser tratada como mercadoria.
Seis pilares da mudança
VivaBem: As empresas precisam mudar a forma como enxergam esse consumidor?
Daniel Greca: Esse é o maior desafio. O modelo de negócios e de operação vigente na saúde é tão viciado que essa mudança de mentalidade se tornou o fator crítico de sucesso. Para fazer a transformação, é preciso colocar o paciente no centro. Desenhar a jornada desse paciente, entender quem ele é, o que faz sentido para ele. Tudo isso para conseguir oferecer um serviço personalizado. Só é possível fazer a transformação necessária (veja os seis pilares no quadro abaixo), se houver uma mudança interna de modelo de negócio, de modelo operacional e de modelo mental das pessoas que estão lá. Por isso, a transformação da saúde não é simples.
VivaBem: E possível fazer um paralelo com a difícil transformação digital?
Daniel Greca: Transformação digital virou o assunto da moda. Uma empresa só vai se transformar e ter um modelo de negócio digital se for uma transformação de dentro para fora. Não é do mercado para dentro. O mercado pode até exigir e cobrar, mas é algo cultural. Quem vai surfar essa onda nova (de desenho de serviços focados no paciente) são as empresas que não existem hoje ou aquelas que estão nascendo. Elas já nascem sem o vício. Nascem orientadas ao paciente. É muito mais fácil fazer isso a partir do zero do que ajustar o modelo de uma grande operação já existente.
VivaBem: Essas novas empresas de saúde podem engolir as que não se transformarem?
Daniel Greca: Acho que sim. Estamos em um ambiente de inovação aqui. As startups do nosso sistema de inovação aberta já nascem orientadas ao paciente. Nascem com o seguinte modelo mental: "Primeiro vamos entender o que é bom para o paciente. E, depois, faço o meu negócio ao redor disso". É completamente ao contrário do que vemos hoje. O setor de saúde pensa no que faz sentido do ponto de vista financeiro e, se fizer sentido para o paciente, ótimo. As operadoras, empresas de medicina diagnóstica, hospitais, clínicas e outras organizações que estão no mercado há muito tempo podem surfar essa onda também. Desde que tenham capacidade de transformação e pessoas aptas a fazer isso.
VivaBem: O que acontecerá às outras?
Daniel Greca: Quem não tem as pessoas certas, não entende o que está acontecendo no mercado ou prefere não mudar para evitar riscos deve sofrer mais. Não há mais tempo de esperar para ver como o mercado se acomoda e depois tomar uma decisão. O risco de ficar parado é maior do que o de arriscar.
Reputação não é tudo
VivaBem: Como o paciente pode exercer esse papel de consumidor se ele não consegue comparar preços, desfechos clínicos e outros indicadores que fazem enorme diferença?
Daniel Greca: A percepção de valor que o paciente tem hoje sobre um serviço de saúde está muito conectada à hotelaria ou à reputação daquele médico, clínica ou hospital. O problema é que reputação não necessariamente garante bons desfechos. O paciente não consegue comparar. Por isso, ele não é um consumidor tradicional e a saúde não é um produto convencional. Alguém precisa educar esse paciente e ajudá-lo a navegar pelo mundo da saúde. O médico ou a operadora tem que oferecer as informações. Chamamos isso de navegação do cuidado. Alguém tem que indicar ao indivíduo o que faz mais sentido.
VivaBem: Quando o paciente poderá comparar os desfechos dos diferentes prestadores?
Daniel Greca: Estamos longe do mundo ideal. No mundo ideal, desfechos clínicos serão publicados. Antes de retirar a minha vesícula, posso descobrir qual hospital tem melhor desfecho. Em um site haverá uma lista auditada com os resultados de retirada de vesícula obtidos por três diferentes hospitais, com os nomes da equipe médica de cada um. Vejo os resultados e avalio qual teve o melhor desfecho e qual gerou mais valor (no sentido do desfecho alcançado, dividido pelo custo do serviço oferecido). O custo é algo a ser considerado porque, às vezes, há muito desperdício. Com essas informações, serei capaz de escolher.
VivaBem: Chegará esse dia?
Daniel Greca: Chamo isso de darwinismo da saúde. Se a transparência existir, vai chegar o momento em que o mercado será obrigado a se especializar. O paciente vai obrigar os prestadores a concorrer com o que está acontecendo no mercado. Não do ponto de vista de hotelaria, reputação e tecnologia, mas do ponto de vista de desfecho. Não sei quando isso vai acontecer. Não acho que será nos próximos cinco anos. Acho que pode acontecer depois. Uma sócia da KPMG na Holanda diz: "Não negligencie a transparência. Ela vai mudar a saúde nos próximos anos". Ela fala em transparência em dois aspectos: desfechos e no relacionamento médico-paciente. Isso significa tornar claro o que eu faço, o quanto sou bom naquilo e isso ser tão transparente a ponto do paciente entender e poder escolher. Para chegar a esse nível de maturidade, a mudança levará tempo.
VivaBem: O estudo aponta que haverá mudanças radicais na maneira como o atendimento é realizado. Que mudanças são essas?
Daniel Greca: Em outro estudo que fizemos, os CEOs de saúde disseram que os próximos três anos serão mais complexos que os últimos 50. Isso do ponto de vista de mercado. Eu falo do ponto de vista assistencial. Até 2030, a forma como o serviço de saúde vai ser entregue será completamente diferente. A tecnologia será fundamental para entender o paciente e oferecer um serviço que reflita sua condição e sua preferência.
VivaBem: Um exemplo?
Daniel Greca: Vou dar um exemplo pessoal. Para mim faz mais sentido ter uma telemedicina pediátrica (emergencial, no momento em que a minha filha tem alguma coisa na madrugada) do que correr para o pronto-socorro. Uma telemedicina para que o pediatra (não precisa ser o da minha filha) me diga: "Não faz sentido ir ao hospital. Faça isso, isso e isso e veja como ela reage em 24 horas". Um serviço desse tipo não traz apenas comodidade para mim. Ele reduz custo. Uma entrada no pronto-socorro custa X. Uma telemedicina custa X menos alguma coisa. Haverá cada vez mais ferramentas para garantir a pertinência do que é oferecido e para garantir um serviço que reflita as minhas preferências como consumidor.
VivaBem: Com tantas empresas, produtos e possibilidades de fazer bons negócios nesse universo, como evitar que o paciente se transforme em um consumista?
Daniel Greca: O paciente só vai ser consumista se o sistema permitir. Hoje o sistema permite. Há casos assustadores de excesso de pedidos de exames, de redundância, de desperdícios. O sistema tem que mudar. Tem que colocar o paciente no centro, entender a pertinência, honrar os pilares de uma boa experiência, entender quem está do lado de lá e prestar o cuidado certo, na medida certa. Nada a mais e nada a menos.
VivaBem: O entusiasmo de parte das empresas contrasta com a visão dos pacientes. Em geral, eles têm muitas reclamações no setor público e no privado. As empresas de saúde vivem em uma bolha, desconectadas da percepção desses consumidores?
Daniel Greca: Acho que sim. Vivemos em uma bolha se pensarmos que o acesso a essas coisas não é para todo mundo. Falamos o tempo todo em digital, em tecnologia e outras inovações. Quando pensamos na realidade brasileira , há um contraste enorme. Como vou discutir tecnologia em cidades que não têm saneamento básico? É um negócio que nem faz muito sentido. Vou criar um app para o cidadão, mas ele não tem saneamento básico? É desconfortável discutir tecnologia e futuro da saúde se ainda falta o básico em muitas cidades do Brasil. Quando falo em experiência do paciente como consumidor, o principal pilar é o da integridade no sentido de oferecer um serviço íntegro, sem falhas. Nem sempre isso requer tecnologia. Um serviço íntegro e sem falhas nem sempre requer um app, uma telemedicina. É garantir que o paciente tenha o cuidado certo, na medida certa, no ambiente certo. Quem honra o pilar da integridade consegue garantir uma boa experiência. Seja no público ou no privado.
VivaBem: Qual é a grande transformação que a saúde brasileira vai viver até 2030?
Daniel Greca: Acho que é a medicina personalizada. A genômica é algo que vai realmente transformar. Você conseguir entender o paciente ou uma população em detalhes é algo transformador. Hoje já é possível definir o melhor tratamento para o câncer baseado no DNA do paciente. É possível saber se uma pessoa vai precisar de duas ou de cinco sessões de quimioterapia. No Brasil, nem todos têm acesso a isso, mas é o tipo de coisa que vai crescer. Uma pessoa poderá ser aconselhada a consumir alimentos específicos, em vez de ouvir o tradicional "reduza a carne e coma legumes". Se as empresas usarem isso, vão conseguir prestar um serviço mais personalizado. Ainda é caro, mas o aumento do uso gerará escala e redução de custo. Quando eu trabalhava nos laboratórios do Hospital das Clínicas, em Curitiba, extraía DNA em seis dias. Hoje isso é feito em 20 minutos, com uma quantidade de sangue muito menor.
VivaBem: Qual será o papel da inteligência artificial?
Daniel Greca: Se você tem dados e modelos preditivos para prever o que vai acontecer com a sua população, essa é uma grande ferramenta. Tive o prazer de conhecer o sistema de saúde de Israel. Muitos dizem que é o sistema mais eficiente do mundo. O acesso é universal, mas você escolhe o seu serviço em uma das quatro operadoras e elas são remuneradas pelo governo. Essas operadoras são responsáveis por navegar você pelo sistema. O sistema é super digital. O que mais me impressionou é que, para eles, coletar e estruturar os dados de saúde é algo muito natural. Faz mais de 20 anos que eles coletam dados. Antes mesmo da internet, eles já coletavam dados, estruturavam isso e usavam a favor do paciente. É algo cultural. Lá os dados não estão em feudos como aqui.
Tecnologia como fetiche
VivaBem: Qual é a sua crítica em relação à forma como a tecnologia é adotada?
Daniel Greca: Não se deve usar tecnologia só por usar. Usar por fetiche, como é feito hoje. Genômica, inteligência artificial e outras ferramentas só fazem sentido se os dados forem interpretados e usados da forma mais estratégica. É entender o que eu quero entregar ao paciente, por que e aonde quero chegar. Depois vejo qual tecnologia vai me levar até lá. Se não, você enxerga a tecnologia como um fim, não como um meio. Ela é um meio. As empresas falham, gastam dinheiro e não conseguem se transformar quando usam tecnologia só por usar.
VivaBem: Tanta inovação vai reduzir o custo da atenção à saúde para os pacientes?
Daniel Greca: Acho que sim. Podemos pensar em tecnologia de duas formas. Se estivermos nos referindo a novas drogas, novos equipamentos médicos, novos implantáveis, é preciso pensar o quanto os produtos geram valor (no sentido de melhores desfechos divididos pelo custo). Os pagadores (empregadores e operadoras) pressionam a indústria para que esses novos produtos mostrem valor. É um produto novo? OK, mas quanto, de fato, ele impacta em desfecho e custo? Sei que a pesquisa clínica mostrou X, mas na vida real ele gerou quanto de impacto?
VivaBem: E a outra forma de pensar em tecnologia?
Daniel Greca: Ela se refere à genômica, à inteligência artificial, à análise de dados etc. Isso tudo é caro, mas, se o investimento for bem feito, haverá redução de custo porque essas tecnologias podem ajudar a reduzir a redundância (exames repetidos, por exemplo), as fraudes e a corrupção. Segundo a Organização Mundial da Saúde, isso consome 30% de tudo o que é investido em saúde. É um dinheiro gigante jogado no ralo.
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FATOR BRASIL
Seguros Unimed conquista certificações e reforça a qualidade do seu modelo de gestão
Companhia está no seleto grupo de seguradoras brasileiras que possuem a ISO 31000:2018 no nível ouro.
Focada no trabalho contínuo para fortalecer o modelo de gestão, a Seguros Unimed, grupo segurador e braço financeiro do Sistema Unimed, recebeu uma série de certificações que reforçam a busca pela qualidade e excelência em seus serviços.
Entre os destaques está a manutenção da certificação ISO 9001:2015 e da acreditação RN 277, pelo Programa de Acreditação de Operadoras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Além disso, a Seguros Unimed recebeu a ISO 31000: 2018, de gestão de riscos, no nível ouro em todos os segmentos de negócio (Saúde, Odontologia, Vida, Previdência e Ramos Elementares), tornando-se uma das seguradoras pioneiras do país a conquistar esta certificação.
"A Seguros Unimed busca, continuamente, fortalecer o seu modelo de gestão e conta com um time de colaboradores focados em aprimorar a qualidade dos nossos serviços, garantindo a satisfação dos nossos clientes, e assegurando o gerenciamento de riscos na organização", destaca o diretor-presidente da Seguros Unimed, Helton Freitas.
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SONHO SEGURO
Despesas de operadoras de saúde com usuários podem variar até 484%, aponta estudo
Pesquisa inédita da corretora ItsSeg revela a enorme discrepância de gastos com atendimentos de beneficiários em rede terceirizada e própria
Fonte: ItsSeg
O alto volume de exames, consultas e terapias realizadas pelos usuários na rede terceirizada está impactando os custos dos planos de saúde. Uma pesquisa inédita da ItsSeg, terceira maior corretora de seguros do país especializada em gestão de benefícios, revela que o desembolso de despesas das operadoras de saúde com atendimento de beneficiários na rede terceirizada é 484% superior ao registrado na rede própria.
O levantamento contemplou cerca de 165 mil vidas distribuídas em diversas operadoras de planos de saúde (medicinas de grupo, cooperativas médicas e seguradoras), em 80 clientes da ItsSeg e com apuração de dados de setembro de 2016 a agosto de 2019.
Os objetivos dessa pesquisa foram identificar as médias dos exames e terapias geradas a cada consulta ambulatorial e o custo deste pacote de atendimento nos últimos três anos, além de avaliar a eficiência das redes verticalizadas das operadoras de saúde. Foram observados os custos de eficiência de 12 operadoras a partir das despesas geradas pelos beneficiários atendidos exclusivamente por redes próprias, terceirizadas ou por operadoras com ambos formatos de atendimento (terceirizadas e próprias).
O estudo apontou a operadora A, com rede exclusivamente terceirizada, como campeã em desembolso com despesas ambulatoriais com seus usuários, totalizando R$ 788,01. Em contrapartida, os gastos dos beneficiários da operadora L, que possui rede própria, foi de R$ 134,86, registrando diferença de 484,3%. Essa grande variação também foi notada na quantidade de exames e terapias realizados pelos usuários das duas operadoras. Na operadora A foram 4,58 exames e 0,80 terapias por consulta, enquanto que na operadora L foram 1,10 exames e 0,13 terapias por consulta.
O número de redes total ou parcialmente verticalizadas tem crescido. Com hospitais e especialistas próprios, as operadoras acabam buscando melhoria em sua gestão, redução de custos, menor tempo entre a ocorrência do atendimento e o aviso dos sinistros, além de menores provisões. Essas estratégias têm ajudado essas redes a monitorarem seus indicadores e a compor custo de eficiência mais sustentável, medida extremamente necessária para a longevidade das operadoras, explica Thomaz Menezes, presidente da ItsSeg.
Ao avaliar operadoras com perfil de comercialização similar, se observa que as despesas da Operadora F, exclusivamente de rede terceira, chegaram a R$ 190,97 e na operadora L, com rede própria, a R$ 134,86, apontando variação de 41,6%. O desvio é também observado na média de exames e terapias por consulta, que na Operadora F é de 2,30 e 0,47 e na operadora L 1,10 e 0,13, respectivamente.
Mas a menor diferença apontada na pesquisa apareceu entre os beneficiários atendidos totalmente pela rede própria das operadoras. As despesas da operadora K chegaram a R$ 144,02 e na L, R$ 134,86, apontando variação de 6,8%. E foi justamente nessa categoria onde também apareceram as menores quantidades de exames e terapias por consulta. Na K, 2,84 e 0,29, enquanto na L, 1,10 e 0,13.
Essa drástica diferença de despesas e consequente volume de exames e terapias entre as operadoras mostram que as redes verticalizadas apresentam custo de eficiência bem mais satisfatório. É um indicador valioso e que serve de alerta para que outras operadoras revejam suas estratégias de negócios, finaliza Thomaz Menezes.
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FOLHA MAX
Artigo – Expansão da rede própria é estratégia para o Sistema Unimed
A Unimed Cuiabá é parte do maior sistema cooperativo de Saúde do mundo. O Sistema Unimed detém 37% do mercado de saúde suplementar do Brasil, com mais de 17 milhões de beneficiários e 115 mil médicos. Com 119 hospitais gerais próprios e 9.296 leitos, a Unimed é segunda maior rede hospitalar do país, ficando atrás apenas das Santas Casas. Esse número se deve a uma estratégia muito clara adotada desde 2018, que vê na verticalização dos serviços um dos caminhos mais seguros para a perenidade do negócio. Somente em 2018, foram investidos R$ 1,052 bilhão na construção e estruturação de recursos próprios no Sistema Unimed.
Como uma das maiores singulares do Sistema, nós, da Unimed Cuiabá, estamos alinhados com as estratégias e atentos às tendências do mercado da Saúde Suplementar. O primeiro passo já foi dado para a aquisição de um laboratório de exames próprio, aprovado em reunião da Diretoria e Conselho de Administração do dia 13 de janeiro.
Antes visto com desconfiança entre parcela dos cooperados, o investimento em recursos próprios tem dado bons resultados frente à concorrência, cada vez mais forte e capitalizada, que avança na compra de redes hospitalares menores em todo o território nacional. Segundo a publicação Panorama Saúde em Números lançando pela Unimed do Brasil neste mês, a rede própria nacional crescerá nos próximos anos com a expansão da estratégia de verticalização do Sistema. A previsão para 2020 é a construção de três novos hospitais, com 372 leitos, e mais um novo hospital, com adição de 266 leitos, em 2021, no Brasil.
Para 2020, ano em que a Unimed Cuiabá completa 45 anos de existência, além de avançar nas discussões sobre os Fundos de Investimentos e encarar com seriedade a estratégia de investimento em recursos próprios, temos como desafio a consolidação do Jeito de Cuidar Unimed, da nossa organização baseada em Compliance e do modelo assistencial de Atenção Personalizada em Saúde (APS) e na medicina preventiva.
O movimento financeiro de concentração de capital na saúde suplementar brasileiro chegou com força em nossa região, por isso temos visto notícias de vendas e negociações de hospitais e laboratórios em Cuiabá. Como uma marca forte, cuiabana, que tem uma presença importante no mercado e no coração da população da capital e região, temos a convicção de que a fidelidade aos princípios cooperativistas é nosso maior diferencial.
Seguimos investindo na melhoria dos nossos serviços e mantemos sempre o foco no melhor cuidado ao cliente, na nossa contribuição ao desenvolvimento da comunidade na qual estamos inseridos e nas boas condições de trabalho aos cooperados, que fazem parte do DNA da Unimed Cuiabá.
*Rubens Carlos de Oliveira Junior é médico patologista e presidente da Unimed Cuiabá e da Unimed Federação Mato Grosso.
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CORREIO BRAZILIENSE
Onyx quer novo comando na Geap
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, está convencido de que precisa fazer uma limpa em todo o alto escalão da Geap Saúde, a começar pela diretoria da operadora, que administra o plano de saúde de servidores públicos federais. Além de problemas financeiros, que voltaram a se agravar, pesam contra os gestores, na visão do ministro, questões políticas. A expectativa é de que a decisão seja oficializada ainda nesta semana.
Não é de hoje que a Geap sofre para fechar as contas, manter a estrutura e garantir o atendimento aos conveniados. Tanto que passou por uma sucessão de trocas de comando nos últimos anos, sem que nada fosse resolvido. Em alguns momentos, houve respiros, mas a operadora voltou cair no vermelho.
O comando da Geap sempre esteve, nos últimos anos, nas mãos de indicados pelo PP. Durante os governos petistas, houve uma guerra aberta entre PP e PT pela direção da operadora, que chegou a ter mais de 600 mil associados e, hoje, mal consegue chegar aos 400 mil. Os servidores têm reclamando da qualidade dos serviços. O atual presidente é o administrador de empresas Ricardo Figueiredo.
Reajustes
Os associados também reclamam do reajuste de 12,5% nas mensalidades do plano de saúde, já que os serviços, segundo os beneficiários, deixam a desejar. Os novos valores das mensalidades passam a valer a partir de fevereiro. Enquanto os servidores sofrem com os problemas de caixa da Geap, a operadora mantém salários elevados a seus empregados, muitos sem a qualificação exigida para o cargo, de acordo com fontes ligadas à administradora.
A Geap viveu, nos últimos anos, uma onda sucessiva de polêmicas. Uma das mais rumorosas ocorreu em abril de 2018, quando o então diretor executivo da entidade, Roberto Sérgio Fontenele Cândido, disse, em reunião com dirigentes da casa, que hospitais e médicos "roubam" os planos de saúde. Ele garantiu que, na sua gestão, isso não aconteceria. "Quer trabalhar com a gente, vai trabalhar sem roubo, porque hospital também rouba. E rouba muito. Médico também rouba muito", afirmou. A conversa deveria ser sigilosa, mas o conteúdo foi gravado, vazou e foi publicado pelo Correio. Em questão de dias, ele foi demitido.
O Correio procurou a Geap, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação