Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 23/03/17

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Infecção por superbactéria KPC acontece de forma rápida pelas mãos ou objetos
Secretaria de Saúde afirma que não há previsão para vagas de UTI, em Goiás
Famílias pedem vaga para parentes que aguardam vaga em UTI, em Goiânia
Motoristas de ambulâncias do Samu levam denúncias ao MP
A importância da cirurgia plástica reparadora
A Máfia da Judicialização da Saúde
Compliance Médica
A prática médica e a prescrição de OPME e medicamentos serão debatidas no Cremego nesta quinta-feira
Cremego constata problemas graves no Hospital Materno Infantil e unidade poderá ser interditada
Vereador solicita auditoria no Imas para apurar possível desvio de verba
Codese oferece acordo à Câmara e vereadores rejeitam influência do setor imobiliário

TV ANHANGUERA/GOIÁS

Infecção por superbactéria KPC acontece de forma rápida pelas mãos ou objetos
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/infeccao-por-superbacteria-kpc-acontece-de-forma-rapida-pelas-maos-ou-objetos/5743372/
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Secretaria de Saúde afirma que não há previsão para vagas de UTI, em Goiás
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/secretaria-de-saude-afirma-que-nao-ha-previsao-para-vagas-de-uti-em-goias/5744600/

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Famílias pedem vaga para parentes que aguardam vaga em UTI, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/familias-pedem-vaga-para-parentes-que-aguardam-vaga-em-uti-em-goiania/5744586/

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TV SERRA DOURADA
Motoristas de ambulâncias do Samu levam denúncias ao MP
https://www.youtube.com/watch?v=RPD9wJFc9MY
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PORTAL NOTÍCIAS DA SAÚDE

A importância da cirurgia plástica reparadora

O atendimento da criança vítima de escalpelamento em Anápolis mostra a importância do trabalho do cirurgião plástico em procedimentos reparadores
Por Rosane Cunha
Normalmente associada a procedimentos estéticos e embelezadores, a cirurgia plástica tem também um grande papel social e reparador no atendimento a pacientes com deformações congênitas ou adquiridas, como sequelas de queimaduras, câncer e traumas.
No domingo, 19 de março, uma equipe de cirurgiões plásticos de Goiânia teve uma atuação fundamental no atendimento a uma criança de 11 anos, cujo couro cabeludo foi arrancado enquanto ela conduzia um kart no Kartódromo Internacional de Anápolis.
A menina, inicialmente atendida em um hospital de Anápolis, foi transferida para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, onde foi submetida a uma cirurgia plástica. O delicado procedimento para reimplante do tecido arrancando no acidente, segundo o cirurgião plástico Rafael Panisi de Campos Meirelles, que integrou a equipe de atendimento, durou oito horas e envolveu cinco cirurgiões.
O caso da criança acidentada em Anápolis é similar a outros também envolvendo karts. Em 2013, uma jovem, então com 23 anos, teve o couro cabeludo arrancado em um acidente com um kart em um parque temático de Santa Catarina. Em julho de 2015, uma acadêmica de medicina, de 24 anos, também teve seu cabelo preso e arrancado pelo motor de um carro de kart em que corria em um shopping do Rio de Janeiro. Nos dois casos, o trabalho da cirurgia plástica foi de grande importância para a recuperação das pacientes, vítimas de escalpelamento.
O aumento das cirurgias reparadoras
Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Goiás (SBCP-GO), o médico Luiz Humberto Garcia de Souza, chama a atenção para a importância da cirurgia plástica reparadora, que contribui para devolver a autoestima e reestabelecer funções perdidas por pacientes. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e divulgada no ano passado constatou um grande crescimento das cirurgias plásticas reparadoras entre 2009 e 2014.
De acordo com a pesquisa, em 2009, de 629 mil cirurgias plásticas feitas no Brasil, 170 mil (27%) foram reparadoras. Em 2014, esse tipo de cirurgia já representava 40% do total de 1, 23 milhão de operações plásticas feitas no País.
As cirurgias reparadoras mais comuns em 2014 foram as de tumores de pele (39,9%), defeitos congênitos (12%), reconstrução mamária (8,4%), procedimentos em pacientes vítimas de acidentes urbanos (7,1%) e em vítimas de acidentes domésticos (6,4%).
Médicos participam de ações humanitárias em Goiás
Uma parte das cirurgias reparadoras tem sido feita pelos cirurgiões plásticos em serviços públicos ou de forma voluntária em campanhas humanitárias, como as campanhas Cirurgia Plástica Solidária, promovida pela SBCP-GO no primeiro semestre de 2016, e Reconstrução Mamária, realizada pela SBCP como apoio de suas Regionais no segundo semestre. Ambas atenderam pacientes que necessitavam de cirurgias reparadoras e não tinham condições de arcar com os custos dos procedimentos.
Nesta semana, médicos goianos estão participando de uma ação humanitária voltada para a realização de cirurgias reparadoras. A campanha, que acontece com o apoio da SBCP-GO, Departamento de Ação Social da SBCP e Fundação Ideah, faz parte das atividades da 30ª Jornada Centro-Oeste de Cirurgia Plástica, que acontecerá em Goiânia entre os dias 30 de março e 1º de abril.
As cirurgias começaram na última quarta-feira (22) e serão intensificadas na próxima semana com a operação de cerca de 80 pacientes já cadastrados pelos Serviços de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, Hospital Geral de Goiânia e Santa Casa de Misericórdia de Goiânia. Serão realizados procedimentos, como cirurgias de mama, ginecomastia (redução de mamas em homens), correção de “orelha de abano” e de “barriga de avental”.
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PORTAL SAÚDE BUSINESS


A Máfia da Judicialização da Saúde

Por Pedro Ramos-Diretor da Abramge

“Eu acuso! Meu dever é de falar, não quero ser cúmplice. Minhas noites seriam atormentadas pelo espectro do inocente que paga por um crime que não cometeu”. O trecho, extraído da célebre carta “J’Accuse” escrita em 1898 por Émile Zola ao então presidente francês Félix Faure denunciando irregularidades na Justiça Militar daquele país, ilustra o ímpeto que o Brasil deve encarar a questão da Máfia da Judicialização da Saúde, a qual vem trazendo grandes lucros a fabricantes de materiais médico-hospitalares e seus parceiros às custas da saúde e boa fé de pacientes em todo território nacional.

São esquemas onde profissionais da saúde, advogados e fabricantes de materiais médico-hospitalares mancomunam-se para incentivar o cidadão comum a buscar benefícios indevidos na Justiça. O uso deste expediente jurídico é generalizado e visa desde o acesso a itens banais como achocolatados diet e papéis higiênicos até procedimentos não previstos no rol de procedimentos da ANS ou medicamentos caríssimos que sequer são legalizados no país. Este mal, além de sangrar o orçamento para o atendimento na rede pública, também põe em cheque a saúde suplementar.

E os casos, infelizmente, estão espalhados por todo o país, até mesmo em instituições reconhecidas, como o Hospital das Clínicas e Albert Einstein. Já no Distrito Federal, a Operação Mr. Hyde revelou recentemente um conluio envolvendo médicos, enfermeiros, diretores de hospitais e empresários para a realização de cirurgias desnecessárias que chegavam a mutilar pacientes utilizando materiais de baixa qualidade.

É necessário combater o problema por diversos motivos. O primeiro, é óbvio: evitar que o judiciário seja usado para a obtenção de vantagens indevidas. O segundo diz respeito à ameaça que tais procedimentos constituem à integridade física e emocional de pacientes que, sem saber, tomam parte em negociatas para a realização de procedimentos desnecessários e que podem, até mesmo, levar à morte. O terceiro é o impacto financeiro e social desta corrupção, uma vez que milhões são desviados de investimentos em atendimentos básicos de muitos para privilegiar o tratamento em caráter excepcional de poucos que têm condições de pagar um advogado.

Antes de mais nada, o sistema de remuneração da saúde deve evoluir do atual “fee for service” – remuneração variável conforme o número de procedimentos e produtos utilizados por médicos e demais profissionais da saúde – para o padrão DRG, que privilegia a criação de pacotes de serviços e produtos hospitalares fechados com base em dados coletados a partir da internação de pacientes. Dentre as principais vantagens deste paradigma estão, além da possibilidade de comparação entre a assistência realizada por diferentes prestadores e a padronização dos tratamentos, a redução dos riscos de máfias se articularem por meio da utilização de recursos finitos de maneira irresponsável e desnecessária.

Ainda, é desejável a discussão de regras mais rígidas em relação à venda de materiais médico-hospitalares. Atualmente, nos EUA, a Abramge está processando alguns dos maiores fabricantes destes produtos a nível mundial cujas filiais comprovadamente tomam parte em negociações de superfaturamento e uso desnecessário destes itens. A ideia é exigir, pelas regras de compliance americanas, uma atitude mais transparente destas organizações. No final, o recado é simples e claro: não há e nunca haverá preço que cubra a saúde e bem-estar da população e qualquer esquema corrupto deverá ser combatido.
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Compliance Médica
Por Luís Augusto Damasceno Melo e Andréa D. Drumond

Atualmente, está na moda mencionar a palavra Compliance. O termo em si se origina do verbo em inglês “to comply”, que significa agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, um comando ou um pedido. Com efeito, o sentido veiculado pela palavra se traduz no conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para uma determinada atividade ou negócio em seu benefício, bem como evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade que possa gerar prejuízo.

A intenção principal dessa orientação ou raciocínio é a diminuição do risco e, via de consequência, dos eventos adversos. Considerando que evento adverso representa um incidente no percurso do cuidado, que causou dano ao paciente, sua abrangência engloba todos os aspectos da prestação da assistência à saúde.

O risco, assim, é encarado como algo indissociável em um sem número de atividades. Dada essa característica, convenientemente se trabalha para sua prevenção ou abrandamento – mitigação – com vistas a se perseguir o êxito.

Nas empresas, existem áreas exclusivamente voltadas ao controle e monitoramento dos riscos, visando redução de perdas e otimização produtiva. De igual modo, ainda que não possamos falar de atividade empresarial, a área médica deve voltar sua atenção para o estabelecimento de sua própria “Compliance”. A isso damos o nome de Compliance Médica. Mas afinal, o que poderíamos dizer a esse respeito? Não seria desarrazoado vincular a atividade médica a uma “espécie” de Compliance? Respondo afirmando que não! Não é despropositado estabelecer uma Compliance Médica.

A esse respeito, o objetivo de redução de riscos e otimização de resultados, com alcance exitoso, deve orbitar a atuação médica de forma inafastável. Os ganhos advindos disso são exponenciais.

Primeiramente, porque o setor de saúde como um todo ganha com a redução de contingenciamento financeiro para custear a defesa em inúmeros processos judiciais, que abarrotam os Tribunais de todo o País. Depois, porque pacientes que estão submetidos, cotidianamente, ao risco não almejado estarão inseridos em um contexto de maior segurança, em relação ao cuidado ofertado e, portanto, com reais possibilidades de êxito completo em relação ao objetivo que os motivou a buscar a atividade médica.

Nem se fale do Médico em si. Hoje, existem tantos procedimentos administrativos (em conselhos regionais) e processos judiciais por erro médico que se tornou imprescindível ao médico aumentar sua grade curricular para o estudo da responsabilidade civil médica.

Nossos Tribunais têm sido chamados a decidir sobre centenas e centenas de causas envolvendo a atuação médica e a saúde. Não sem razão é que se cunhou a expressão “JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE”. Se de um lado a culpa médica, tal como evidenciada pelo que se infere da leitura do §4° do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor atua como uma “proteção” ao médico, no que se refere a sua responsabilização, uma vez que basta ao profissional de saúde demonstrar que atuou diligentemente e utilizou-se das técnicas e ferramentas disponíveis pela ciência no cuidado ao paciente, de outro, ao que se infere da leitura do parágrafo único do artigo 927 do Código Civil a culpa se liga intrinsecamente ao risco inerente a atividade normalmente desenvolvida.

Assim, podemos dizer que existe uma tendência que, aliás, vem se confirmando nos Tribunais, de que a responsabilidade do médico seja aferida, além do parâmetro de atuação diligente, de acordo o modo e forma com que o profissional de saúde lidou com os riscos inerentes a sua atividade. Além disso, vale mencionar que a atividade judicial atual, e não poderia ser diferente, cada vez mais decide, concretizando (literalmente dizendo o que é certo e o que é errado em um determinado caso submetido a sua apreciação) conceitos jurídicos indeterminados com elevada carga de interpretação subjetiva.

Daí porque ser extremamente importante que o médico atue inserido na esfera de proteção oferecida pela Compliance Médica – estruturação discriminada de forma de atuação e respeito protocolar do profissional de saúde em relação aos parâmetros, regras e normas – que trará como resultado a redução do risco inerente e, via de consequência, terá um efeito limitador na interpretação subjetiva do Juiz que, ao apreciar um determinado caso, já terá presente o fato de que o profissional da saúde atuou diligentemente, justamente porque antes de tudo, promoveu a redução do risco inerente ante sua atividade em compliance.

A proposta é de que a Compliance Médica seja uma espécie de certificação rigorosa a ser utilizada na formação do profissional de saúde e que atue, inclusive, como formação diferenciadora no mercado, tanto em benefício do profissional quanto das instituições que o contratam e, ainda, do próprio paciente que se vê assistido segundo os preceitos da qualidade, segurança na assistência e das melhores indicações e práticas recomendadas e aplicadas.

A Joint Commission International, por exemplo, seguindo esta vertente, adota entre seus padrões e propósitos de qualidade para acreditação a verificação dos processos relacionados à compliance, à ética profissional e institucional, além de requerer elementos que avaliam a conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis e o monitoramento da qualidade e segurança no âmbito dos serviços de saúde.

Busca desta forma, assegurar a atuação, o comportamento diligente, ético, adequado, monitorado, com base nas diretrizes e práticas embasadas nas melhores referências e evidências, considerando uma ação preventiva e mitigadora, quando indicada, dos riscos implícitos.

É certo que questão se aplica a todos os profissionais da assistência e às organizações e serviços de saúde… Que o segmento possa avançar nesta discussão e reconhecer que este caminho é imprescindível, muito necessário!
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CREMEGO

A prática médica e a prescrição de OPME e medicamentos serão debatidas no Cremego nesta quinta-feira

O Cremego vai realizar nesta quinta-feira, 23 de março, às 19 horas, uma sessão plenária especial para o debate daprática médica e a prescrição de órteses, próteses, materiais especiais e medicamentos. Além de diretores e conselheiros do Cremego, vão participar médicos, representantes do setor hospitalar e de órgãos de saúde.
O objetivo do Conselho é discutir a ética na relação entre médicos e a indústria de OPME e medicamentos. O ponto de partida do debate será a aplicação da Resolução número 98 do Cremego, em vigor desde 16 de dezembro de 2016 e que estabelece critérios norteadores da relação entre médicos e as indústrias de órteses, próteses, materiais especiais e medicamentos.
A plenária será realizada na sede do Cremego – Ruas T-27, 148, Setor Bueno, em Goiânia.
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Cremego constata problemas graves no Hospital Materno Infantil e unidade poderá ser interditada
Médicos fiscais do Cremego estiverem no Hospital Materno Infantil (HMI) nos dias 20 e 21 de março para fiscalizar as condições de funcionamento da unidade e a relação entre o hospital e a central municipal de regulação de vagas na rede de saúde da capital. A fiscalização realizada na segunda-feira constatou problemas graves, como a superlotação do HMI e a precariedade das instalações físicas, indicando que o hospital é passível de interdição ética.
A interdição, que vedaria o trabalho de médicos no hospital, está sendo avaliada pelo Cremego e a medida poderá ser adotada caso as ações emergenciais anunciadas para sanar a crise que afeta o Materno Infantil não sejam imediatamente adotadas.
Entre as ações apontadas como urgentes pelo Cremego em reuniões realizadas nos últimos dias com representantes do corpo clínico e da administração do hospital, Secretarias Estadual e Municipal de Saúde de Goiânia e Ministério Público Estadual, estão a reabertura dos 24 leitos desativados na Maternidade Dona Íris para desafogar o atendimento no Materno Infantil e a regulação de pacientes para a unidade, com o encaminhamento apenas de casos de média e alta complexidade – a assistência básica em pediatria, obstetrícia e ginecologia, hoje prestadas pelo hospital, seria oferecida em Cais.
Em reunião realizada no dia 20, o Ministério Público Estadual cobrou dos gestores da saúde no Estado e em Goiânia uma resposta urgente para situação do Materno Infantil. Um plano emergencial com o fluxo de atendimento e regulação de pacientes deve ser apresentado até sexta-feira, 24, e implantado em 60 dias.
A reunião foi coordenada pelo promotor Eduardo Prego, do Centro de Apoio Operacional da Saúde do MP. Na segunda-feira, o promotor participou da reunião convocada pelo Cremego para debater falhas no funcionamento e a superlotação no Materno Infantil, que pode ter levado duas crianças à morte, vítimas da superbactéria KPC.
A Secretaria Estadual de Saúde já anunciou a contratação imediata de mais 10 novos leitos de UTI neonatal do Hospital Vila Nova. A Secretaria Municipal falou sobre a reativação de leitos de UTI neonatal e pediátrica do Igope, da autorização de um edital para credenciamento de médicos pediatras e das negociações com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc), responsável pela administração da Maternidade Dona Iris, para priorizar o atendimento emergencial obstétrico e neonatal na unidade.
O Cremego vai continuar acompanhando a situação para garantir o atendimento à população e condições adequadas de trabalho médico. Nos últimos dias, a diretoria do Conselho reuniu-se por várias vezes com representantes do hospital, gestores da saúde e promotores em busca de soluções para a crise no Materno Infantil.
Além de mudanças na regulação dos pacientes, abertura dos 24 leitos de obstetrícia fechados na Maternidade Dona Íris e reforço do atendimento em pediatria nos Cais Campinas e Vila Nova, o Cremego defende a ampliação e readequação dos serviços no HMI; o aumento de leitos e de atendimento de obstetrícia na rede conveniada e a clara definição do perfil dos hospitais da rede pública.
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JORNAL OPÇÃO
Vereador solicita auditoria no Imas para apurar possível desvio de verba
Por Marcelo Gouveia 
Alysson Lima apresentou requerimento durante sessão desta quarta-feira (23), motivado por reclamações de usuários e prestadores de serviço do plano de saúde

Durante sessão nesta quarta-feira (22/3), o vereador Alysson Lima (PRB) apresentou requerimento para que seja encaminhada à Prefeitura de Goiânia pedido de realização de uma auditoria nas contas do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas).

O vereador quer a apuração quanto à possibilidade de desvios de dinheiro no instituto. Em entrevista, ele afirma que tem ouvido diariamente reclamações de usuários e prestadores de serviço do plano de saúde, expondo a situação de crise vivenciada hoje pelo instituto. “Há relatos de médicos que tem atendido por mês apenas seis pacientes pelo Imas por falta de pagamento”, conta.

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Em protesto, servidores municipais exigem auditoria no Imas

Em “crise”, prefeitura paga R$ 420 mil em gratificação para 40 servidores da Comurg
Caso aprovado pelos vereadores, o pedido para a investigação nos cofres do Imas será encaminhado ao Tribunal de Contas dos Município (TCM) e também deve ser objeto de trabalho da Comissão de Saúde da Casa de leis.

A falta de pagamento dos fornecedores, a suspensão de atendimento por médicos e até mesmo a atuação do atual secretário Sebastião Peixoto são questionados pelo autor do pedido. “É inadmissível problemas como estes, uma vez que os usuários do sistema tem o pagamento de contrapartida descontado na folha de pagamento todos os meses”, salienta.

“Ao que parece ocorre uma gestão totalmente equivocada com desvio de contrapartida paga pelos usuários além dos repasses devidos”, emenda o vereador na justificativa do requerimento.

Conforme já noticiou o Jornal Opção em outras ocasiões, o funcionalismo público municipal tem se mobilizado contra o caos instalado no Imas. Além de solicitar auditoria nos cofres da pasta e a realização de audiências públicas para discutir o tema, os trabalhadores exigem a saída do atual presidente Sebastião Peixoto. Os líderes sindicais afirmam que, quando passou pelo Imas, o gestor foi responsável por vários problemas — sobretudo dívidas.

Este é o segundo pedido de auditoria em pastas municipais durante a gestão do prefeito Iris Rezende (PMDB). As contas da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) já passam por análise por conta de denúncia de pagamento de “supergratificações” a funcionários.
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Codese oferece acordo à Câmara e vereadores rejeitam influência do setor imobiliário

Por Larissa Quixabeira 
Após firmar convênio com a Prefeitura de Goiânia, conselho liderado por empresários deve enfrentar dificuldade em conseguir o apoio da Casa de leis

Em posse do documento que firma convênio de cooperação com a Prefeitura de Goiânia, os integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese) foram à Câmara Municipal de Goiânia na manhã desta quarta-feira (22/3) em busca do apoio dos vereadores nos projetos que fazem parte do Plano Goiânia 2033.

Presidente do conselho, Renato Correa usou 10 minutos da tribuna livre para expor o teor do projeto e propor que o Poder Legislativo, a exemplo do Executivo, também assine acordo de cooperação com o Codese.

O possível acordo entre as duas partes, porém, deve enfrentar grande resistência dentro da Casa. Há meses, alguns vereadores já se posicionaram contra e tecem críticas ao grupo liderado por empresários do ramo imobiliário. No último dia 10, data de assinatura do Termo de Compromisso entre a Prefeitura de Goiânia e o Codese, apesar do convite encaminhado ao Legislativo, apenas quatro dos 35 vereadores compareceram à solenidade.

Em questão de ordem na manhã desta quarta (22), o vereador Zander Fabio (PEN), por exemplo, ressaltou que o setor imobiliário tem um histórico de desrespeito para com a Câmara, lembrando de casos de empresas que descumpriram as leis municipais.

“O Codese começou bem pelo fato de vir a essa Câmara, porque é aqui que as decisões são feitas, mas, com todo respeito, o histórico que temos com o setor imobiliário é uma tristeza, é um setor que não tem respeito com esta Casa. Não sei de onde vem esse altruísmo, mas ninguém trabalha de graça. Isso precisa ficar claro para a população”, disse o vereador.

O mesmo posicionamento tomou Elias Vaz (PSB), que lembrou do esquema de corrupção entre servidores da prefeitura e empresários do ramo imobiliário investigado pela CEI das Pastas Vazias. “Entendo e defendo que o empresário tenha direito de colocar suas posições, mas não podemos querer camuflar, falar que são exclusivamente técnicos e que defendem os interesses da sociedade. Sabemos que existem empresários bons e empresários ruins, mas eles representam apenas um segmento da sociedade. Dizer que o setor empresarial representa a sociedade é uma falácia”, explicou.

Em resposta, Renato Correia, do Codese ressaltou que as entidades do ramo imobiliário são minoria entre os associados e que também fazem parte do conselho, órgãos como Ordem dos Advogados do Brasil seccional Goiás, Universidade Federal de Goiás, Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás.

“O Codese é uma entidade sem fins lucrativos formada pela sociedade civil. São mais de 40 entidades, muitas delas que não fazem parte do setor empresarial. O nosso objetivo é abrir o diálogo com os poderes Legislativo e Executivo, para apresentar ideias e projetos viáveis para Goiânia até 2033, ano do centenário da capital. Queremos tirar a passividade do cidadão de somente votar nos parlamentares e também assumir a responsabilidade de participar das decisões”, disse Correia.

O presidente da Câmara, Andrey Azeredo (PMDB), disse que vê com bons olhos a proposta e afirmou que a mesma “será ouvida e discutida como qualquer solicitação que chega ao Legislativo”. “A visita à esta Casa foi importante para esclarecer quais os verdadeiros interesses do Codese e isso vai permitir que os estudos que apresentarão sejam analisados com mais inocuidade pelos vereadores”, disse em entrevista.

Sobre o teor do acordo que deve ser proposto à Câmara Municipal, o presidente do Codese, Renato Correia, afirmou que ainda não há um documento pronto, mas que o conselho pretende elaborar um “esqueleto” para ser discutido juntamente com os vereadores.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação