Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 24 A 28/05/18

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

Hospital tem limpeza e alimentação afetadas por causa da greve dos caminhoneiros
Fornecimento de remédios em Goiás fica prejudicado por causa de paralisação
UTI pediátrica inaugurada há um mês é interditada por causa de irregularidades
Regulação tinha brecha para fraudes
Conass diz temer que greve dos caminhoneiros prejudique saúde da população
Saúde em Goiás começa sofrer impactos com a greve dos caminhoneiros
Hospitais particulares em Goiás também alertam para risco de desabastecimento

TV ANHANGUERA/GOIÁS

Hospital tem limpeza e alimentação afetadas por causa da greve dos caminhoneiros

http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/hospital-tem-limpeza-e-alimentacao-afetadas-por-causa-da-greve-dos-caminhoneiros/6767500/
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Fornecimento de remédios em Goiás fica prejudicado por causa de paralisação

http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/fornecimento-de-remedios-em-goias-fica-prejudicado-por-causa-de-paralisacao/6768771/
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O COLETIVO/TOCANTINS
 

UTI pediátrica inaugurada há um mês é interditada por causa de irregularidades
 

Após a constatação de uma série de irregularidades, ainda não sanadas, na infraestrutura física, materiais, medicamentos, equipamentos e pessoal da UTI Pediátrica de Araguaína, o MPE obteve decisão judicial favorável nesta quinta-feira, 24, que suspende o atendimento no local por até 30 dias. O pedido foi motivado pela gravidade dos fatos confirmados em relatório do Hospital Municipal de Araguaína, o documento foi elaborado após provocação do Ministério Público Estadual.
A Promotora de Justiça Araína Cesárea Ferreira dos Santos D Alessandro, responsável pelo caso, aponta diversas irregularidades não sanadas na unidade hospitalar, a exemplo do uso de cortinas em desacordo com as normas sanitárias, irregularidades na rede de gases, falta de materiais, medicamentos, além de falhas nas equipes médica e de enfermagem.
Desde o início de maio, o MPE requer que o Estado do Tocantins, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, apresente escala médica já cumprida, com nome, CRM e Registro de Qualificação de Especialista (RQE) dos profissionais, bem como a escala prevista para o mês de maio, com a identificação do coordenador do serviço, responsável técnico e equipe de enfermagem. Requer também que o Município de Araguaína, informe sobre eventuais pendências para funcionamento dos demais leitos.
A decisão que atendeu aos pedidos do Ministério Público Estadual, por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína, foi proferida pelo Juiz de Direito Herisberto Silva Furtado Caldas e determinou que no dia 29 de maio, próxima terça-feira, seja realizada inspeção judicial junto à UTI Pediátrica. Inicialmente, o MPE solicitou ao secretário municipal que informasse todas as pendências, listando o que seria de responsabilidade do Município e o que seria atribuição do Estado, o que foi cumprido com a juntada do relatório mencionado acima.
Durante o prazo de suspensão, de até 30 dias, o Estado do Tocantins e o Município de Araguaína devem corrigir as irregularidades apontadas, bem como aquelas eventualmente destacadas no momento da inspeção, sob pena de responderem por crime, ato atentatório à dignidade da Justiça e multa. Uma audiência está marcada para o dia 06 de junho para acompanhamento do cumprimento da decisão.
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O POPULAR
Regulação tinha brecha para fraudes

Denúncia, encaminhada pela atual titular da secretaria em junho de 2017, afirma que sistema antigo permitia registrar internações, exames e consultas mais de uma vez
O Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO) investiga há quase um ano a existência até o primeiro semestre do ano passado de brechas no sistema informatizado de gestão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia que permitiam burlar o Sistema Único de Saúde (SUS). A suspeita de fraude foi denunciada pela própria titular da SMS, Fátima Mrue, em junho do ano passado, quando ela disse ter tomado conhecimento do fato. Conforme a reportagem apurou, entretanto, a investigação do caso pouco avançou.
A denúncia, que nunca havia sido divulgada antes e a qual O POPULAR teve acesso na íntegra, aponta esquemas para conseguir desde o pagamento por procedimentos não contemplados pelo governo federal até inclusão de exames e a regulação de pacientes sem o encaminhamento de um médico.
Foram apontadas na denúncia quatro irregularidades, que englobam serviços como consulta médica, autorização de internação hospitalar (AIH), cirurgia eletiva e leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (veja quadro nesta página).
Apesar de constar o recebimento da denúncia pelo MPF-GO no dia 28 de junho de 2017, o processo caminha bem devagar. O MPF-GO já teria entrado em contato com o Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) para que fosse feita uma auditoria do sistema, o que ainda não teria ocorrido. A procuradoria estaria agora, então, buscando outra forma de conseguir investigar o sistema.
Questionada pelo POPULAR sobre o motivo de não ter divulgado antes as denúncias, a titular da SMS de Goiânia disse que o que cabia à gestão municipal foi feito, que foi denunciar no Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). "Não cabe a minha sair por aí divulgando isso", pontuou.
Fátima afirma que a compra de um software de gestão no valor de R$ 4,2 milhões, feito pela pasta no ano passado com dispensa de licitação, foi justamente para substituir o então sistema da Saúde da prefeitura. O software é o responsável, por exemplo, pela marcação de exames. Na época, entretanto, a alegação para a troca estava nas constantes panes no sistema que causavam filas enormes de pacientes em busca de agendamento de exames.
A troca de sistema foi alvo de muitas críticas, principalmente por parte dos vereadores que integraram a Comissão Especial de Investigação (CEI) da Saúde, da Câmara de Goiânia, que apurou supostas irregularidades na rede municipal de Saúde.
Processo fictício
A aquisição do software foi tomada após chegar ao conhecimento do Comitê de Gestão, Modernização e Monitoramento da prefeitura possíveis irregularidades nos códigos do sistema, possibilitando questões como encaminhamento de pacientes por qualquer pessoa, mesmo sem ser médico.
Membro do comitê na época, o atual titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), Ricardo De Val Borges, diz que servidores da pasta e técnicos do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico (Idtech), que na época prestava serviços terceirizados à SMS, estavam mexendo no sistema para implantação do programa chamado "Exame Fácil", com o objetivo de acabar com as filas de autorizações para exames. Esse grupo chamou o comitê para expor o que chamaram de "procedimentos fictícios".
De acordo com De Val, como a mudança seria feita em cima do antigo sistema, os servidores foram perguntar o que deveria ser feito com códigos fictícios existentes no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes). O cadastro é obrigatório a toda unidade que presta qualquer tipo de serviço do Sistema Único de Saúde (SUS).
Fátima afirma que, uma vez que sabendo da possibilidade de fraudes, não seria mais possível confiar no antigo sistema e por isso a mudança para o software era necessária. O chefe de gabinete da SMS, Joney Luiz Clemente de Oliveira, que também integrava o comitê, diz que são emitidos mais de 200 mil procedimentos por mês pela Prefeitura de Goiânia, segundo Joney. "E o receio de encontrar mais coisas? O que poderia aparecer mais? A gente nem sabe. Poderia aparecer muito mais coisa", disse.
O antigo sistema foi desenvolvido pela prefeitura na década de 80. Para utilizá-lo, uma auditoria teria que ser feita por uma empresa especializada, por se tratar de uma linguagem ultrapassada, segundo Borges. "Fizemos um parecer para a secretária dizendo que a confiabilidade do sistema foi embora."
Códigos para fraudes
Denúncia feita pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia em junho do ano passado aponta para suspeita de desvios no sistema da pasta que envolve serviços como marcação de exames, leitos de UTI e consultas
1° Procedimentos fictícios: no caso de procedimentos não contemplados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ao serem lançados no sistema, eram transformados em serviços abarcados pela tabela SUS. Exemplo: exame que custa R$ 100, mas não possuía cobertura do SUS, era transformado em 10 exames que custavam R$ 10 e estavam na tabela SUS.
2° Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) fictício:para uma unidade de Saúde prestar serviços pelo SUS, ela precisa de um cadastro junto ao Ministério da Saúde (MS). Caso um procedimento fosse realizado em um hospital sem CNES, o sistema transformava o código em um CNES real. Assim, constava que o exame, por exemplo, foi feito em outra unidade.
3° Multiplicação de exame:no caso de exames que não necessitavam de identificação dos pacientes, uma solicitação era sujeita a multiplicação do quantitativo. Exemplo: se fosse requerido um exame, o sistema colocaria dois.
4° Para fazer encaminhamento ou solicitação de vagas, é preciso colocar a inscrição do Conselho Regional de Medicina(CRM) do médico. O sistema permitia que um código genérico (999999) encaminhasse, pedisse exame, sem referência ao devido registro do profissional. Isso permitia que pacientes entrassem na regulação sem a necessidade de indicação de um CRM real.
CEI pediram indiciamento por troca de sistema
A compra de um software por meio de dispensa de licitação para substituir o antigo sistema informatizado da rede municipal de saúde em Goiânia, por R$ 4,2 milhões, foi um dos principais alvos da Comissão Especial de Investigação (CEI) da Saúde, da Câmara de Goiânia, entre outubro de 2017 e maio deste ano. No relatório final dos vereadores, dentre as irregularidades citadas para o pedido de indiciamento da secretária municipal de Saúde, Fátima Mrue, está a compra do software.
Relator da CEI da Saúde, o vereador Elias Vaz (PSB) afirma que informações não influenciam nas denúncias apresentadas pelos vereadores em relação à compra do software. De acordo com ele, o problema é a conduta, e não o antigo sistema. "O que foi detectado é que você alimentava o sistema com dados falsos. Não tem nada que comprove que o problema era de software", disse.
Elias lembra que o antigo sistema foi desenvolvido pela própria prefeitura e que as fraudes encontradas não justificariam a mudança. "Na verdade, o software poderia ser adequado. O problema é que o erro aí, na minha opinião, não era o software. Era permitir alimentar dados falsos", disse.
Fátima argumenta que houve a tentativa de desenvolver um sistema, mas os técnicos informaram que precisariam de pelo menos dois anos. Quando estavam pensando em abrir uma licitação para contratar um sistema, conforme Fátima, houve a descoberta dos indícios de fraude. De acordo com ela, após levar a denúncia ao Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO) e ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), a orientação foi de não tocar no sistema e adquirir outro. "Pela licitação, demoraria no mínimo 30 dias e a gente continuaria com o descontrole que seria prejudicial para a população."
Após a compra do software, o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), Ricardo Del Val Borges, membro do comitê que apresentou a denúncia à Fátima, também foi convocado a depor na CEI. Na ocasião, o gestor disse que a compra foi feita porque no antigo sistema indícios de irregularidades, mas sem detalhar. À reportagem, o secretário frisa que a pressa para adquirir o software foi devido às possíveis irregularidades encontradas. "Estamos falando de vidas. Como poderia parar a Saúde para trocar um sistema?", pontuou.
De acordo com Borges, do jeito que estava antes, era difícil saber quem manipulava os procedimentos fictícios. No caso da inscrição do Conselho Regional de Medicina (CRM) inexistente, por exemplo, não dava para descobrir quem fazia as solicitações. "Era um código genérico. Não dá para identificar quem é que estava do outro lado fazendo a solicitação", disse. Assim, qualquer pessoa com acesso ao sistema poderia lançar pedidos de exames, internações, pedir leitos de UTI para qualquer paciente com esse código fictício.
Atraso na denúncia
Elias também diz que a denúncia feita pela SMS chegou à CEI apenas no final dos trabalhos, em maio, quando o relatório já estava pronto. Porém, no documento entregue aos vereadores há um ofício no qual a titular da SMS, Fátima Mrue, diz que já havia repassado a denúncia no dia 13 de março, chegando a descrever as páginas onde se encontra o documento no processo elaborado pela comissão e o número do ofício do primeiro documento. Vaz, por sua vez, garante que o documento só chegou a ele na data em que fez a leitura do relatório. "Pode ser que tenham feito o ofício antes e não quiseram mandar."
6 perguntas para Ricardo De Val
Atual titular da Sedetec estava em comitê que comunicou a SMS sobre a existência de possíveis fraudes no sistema.
1. O que foi identificado no sistema era irregular?
Não posso dizer que é irregular ou não, mas é suspeito. Ao nosso ver enquanto comitê, eu estou transformando uma coisa que não é legal em uma coisa legal. Entendeu a nossa preocupação? Estou pegando um negócio que não existe, que não é autorizado legalmente a fazer, e estou transformando em uma coisa legal.
2. A prefeitura sabia disso?
Eu não posso afirmar que alguém tinha conhecimento disso. Mas quando nós tivemos conhecimento, falamos: "isso aqui está errado, não tem como prosseguir desse jeito."
3. Como foi o teor da conversa com servidores da Sedetec e funcionários terceirizados do Idtech?
A gente estava mudando um pouco o processo (para poder agilizar o chequinho). Aí nos chamaram: "ó, existe isso no sistema, como vamos proceder?"
4. Perguntaram se deveriam excluir ou permanecer?
Exatamente. Aí eu disse: "espera, vamos entender o que está acontecendo aqui primeiro". De posse das informações, chegamos à conclusão de que do jeito que estava o sistema não era confiável. Estou falando de um sistema feito em uma linguagem de 1984, com mais de 10 mil linhas de código.
5. Alguém estava embolsando alguma coisa?
É complicado para nós, que somos servidores e à frente de uma gestão, falar: "vou te acusar". Temos órgãos de controle que nós recorremos assim que soubemos da denúncia. Como envolve verba federal, informamos também o Ministério Público Federal.
6. E o que o senhor achou quando ficou sabendo?
Vou te falar como cidadão: quando você olha um negócio desse, pensa que é pelo menos muito esquisito. Como eu estou pagando uma coisa que eu não deveria pagar? Por que isso está aqui? Por que isso veio parar aqui dentro? Quem pediu?
MPF-GO diz que denúncia está sendo investigada em sigilo
O documento de quatro páginas assinado pela titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Fátima Mrue, e pela procuradora-geral do Município, Anna Vitória Caiado, foi entregue ao então procurador-chefe do Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO), Marcello Wolff, no dia 28 de junho e já passou pelas mãos de dois outros procuradores desde então. O caso foi encaminhado ao MPF por envolver suspeita de fraude com recursos do governo federal.
Junto ao documento, a titular da SMS entregou uma lista de materiais, como por exemplo planilhas com a relação dos registros fictícios no Cadastro Nacional de Estabelecidos de Saúde (CNES) e seus respectivos CNES reais. Atual titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec) e membro do comitê que teria repassado à SMS o teor da denúncia, Ricardo De Val Borges disse que no dia que a denúncia foi levada ao MPF-GO todos os presentes prestaram depoimento separadamente.
A denúncia foi repassada então para o procurador Mário Lúcio Avelar. Com o afastamento dele para disputar o governo do Tocantins neste ano, o procurador Jorge Luiz Ribeiro ficou como substituto. De acordo com ele, o inquérito corre como reservado e existem diligências pendentes, por isso não é possível passar informações sobre a investigação. A assessoria de imprensa do MPF-GO também afirmou que o processo está sob sigilo e em fase de investigação.
O POPULAR questionou o Ministério da Saúde sobre as denúncias, se o órgão já está ciente das suspeitas e se já havia identificado alguma irregularidade no sistema goianiense, mas não obteve resposta.
A reportagem entrou em contato com o MP-GO na tarde de sexta-feira para saber sobre a denúncia feita também ao órgão, mas até o fim do dia não obteve retorno.

OS diz que não mexia no sistema
O Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), organização social que na época da denúncia era responsável por ceder três funcionários ao Município para fazer a gestão no sistema informatizado de saúde, afirmou, por meio de nota, que desconhece a denúncia feita pela titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e que nunca teve nenhuma responsabilidade sobre o sistema.
Ainda segundo o Idtech, o desenvolvimento do sistema nunca foi objeto do contrato, se referindo apenas ao suporte técnico-operacional envolvendo disponibilização de servidores. A OS disse que nunca teve acesso ao banco de dados ou ao código-fonte do sistema, estando estes no ambiente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec). E frisou que os servidores eram subordinados à SMS e à Sedetec. O contrato da Idtech com a prefeitura foi rompido em setembro.
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A REDAÇÃO
Conass diz temer que greve dos caminhoneiros prejudique saúde da população

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou neste domingo (27/5) um comunicadomanifestando preocupação quanto a permanência da paralisação dos caminhoneiros.
Assinada pelo presidente Leonardo Vilela, que também é secretário da Saúde de Goiás, o documento cita pontos críticos que o protesto dos caminhoneiros está gerando. O Conass teme que o prolongamento do movimento venha causar consequências sanitárias de extrema gravidade ocasionando prejuízos à saúde da população, inclusive com ameaça à vida dos nossos pacientes , diz o texto ao citar sete dificuldades:
1- abastecimento de insumos e medicamentos aos hospitais, hemocentros, centros de hemodiálise, unidades oncologia;
2- translado dos pacientes crônicos para unidades especializadas de tratamento agravando o quadro clínico dos mesmos;
3- abastecimento de gases medicinais e oxigênio;
4- recolhimento do lixo hospitalar;
5- abastecimento de alimentos nos hospitais;
6- captação e distribuição de bolsas de sangue, essenciais aos serviços de urgência e emergência;
7- dos pacientes acessarem a serviços de urgência e emergência , bem como aos ambulatórios devido a escassez de transporte público.
No final, Leonardo Vilela afirmou que todas as Secretarias Estaduais de Saúde estão mobilizadas e adotando as medidas possíveis para garantir a normalidade dos serviços e a redução dos danos para a população . Aguardamos, portanto, que prevaleça o bom senso nas negociações e que o país volte à normalidade , finaliza.
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MAIS GOIÁS
Saúde em Goiás começa sofrer impactos com a greve dos caminhoneiros
Unidades de saúde do estado, públicas e privadas, sinalizam falta de insumos, medicamentos e até gás de cozinha
* João Paulo Alexandre

 
A situação dos hospitais em Goiás não está das melhores com o oitavo dia da greve dos caminhoneiros e causa preocupação de gestores dos órgãos responsáveis. De acordo com a Secretaria do Estado da Saúde (SES), a falta de combustíveis já afeta o transporte de pacientes em ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para os hospitais estaduais.
Ainda conforme a secretaria, cirurgias e internações estão sendo desmarcadas em razão da falta de insumos, como soro fisiológico e escalpes para agulhas. Um levantamento preliminar feito pela SES mostra que boa parte dos 11 hospitais estaduais poderá ter seus estoques de remédios e insumos comprometidos se não houver reabastecimento nos próximos 30 dias.
A Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa, no Setor Central, em Goiânia, também apresenta déficits de entradas de remédios, o que compromete a distribuição à população.
O Laboratório Central (Lacen-GO) sofre sem o transporte aéreo de amostras biológicas para outros estados. Além disso, o local está com o fornecimento de gelo seco para o acondicionamento de amostras e de gases medicinais comprometido. O laboratório também informou que há possibilidade de não entrega de reagentes para análises, assim como a suspensão de transporte de amostras de outras cidades do Estado para o laboratório nesta segunda-feira (28). O local também sinaliza dificuldade de recebimento de kits oriundos do Ministério da Saúde, na próxima semana, caso a greve perpetue.
Hospitais particulares
Segundo o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (AHPACEG), Haikar Helou, dos 21 hospitais ligados à associação, seis já sinalizaram algum tipo de problema de desabastecimento causado pela greve dos caminhoneiros.
“Tem hospitais que estão com o estoque baixo de alimentos, gás e medicamentos. Ouço dizer que caminhões de remédios não estão sendo parados, mas um hospital não funciona só com eles. O gás, por exemplo, é fundamental para a alimentação e para a esterilização de lençóis”, conta.
Além disso, o presidente expõe que a situação pode ficar mais crítica se a greve não chegar ao fim. “Estamos tendo atrasos ou a não entrega de medicamentos quimioterápicos e hemodialíticos. Eu entendo a greve, mas há vidas em jogo e isso é preocupante. Buscamos uma colaboração de todos, para que a situação não se torne mais crítica de uma hora para outra”, relata Helou.
Os atendimentos não foram suspensos, segundo o presidente, mas algumas unidades já sinalizaram que nesta segunda-feira (28) pode ser o último dia de funcionamento normal à população.
ABRAMED e ANAHP
“Situação preocupante”. Assim que a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) e a Agência Nacional de Hospitais Particulares (ANAHP) descrevem os impactos logísticos que a greve está ocasionando à saúde. Além da falta de insumos vitais para a realização de simples exames, as associações destacam a preocupação com o transporte de paciente a hospitais.
“Alertamos para o fato de que exames diagnósticos compõem a cadeia de serviços essenciais nos cuidados à saúde. A ausência de insumos vitais para realização de exames já é verificada em instituições diagnósticas e hospitalares de todas as regiões brasileiras, afetando diretamente o apoio a pacientes que estão sendo submetidos a processo de investigação e tratamento de doenças que necessitam de intervenção imediata e contínua, como os casos oncológicos”, diz a nota da Abramed.
“Há grande dificuldade de acesso dos médicos e demais funcionários dos hospitais para chegarem às instituições, o que dificulta, e por vezes impede o atendimento aos pacientes. Também há escassez de alimentos para a dieta dos pacientes internados; ambulâncias paradas por conta da falta de combustível; escassez de rouparia limpa nas instituições, uma vez que grande parte dos hospitais terceiriza o serviço de lavanderia; e problemas no recolhimento do lixo hospitalar”, acentua a ANAHP.

Rede municipal
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) destacou, por meio de nota, que os serviços essenciais à população estão garantidos e que não há falta de insumos, medicamentos ou vacinas na rede. A secretaria também informou que há combustível para as ambulâncias do Samu e outro veículos que transportam pacientes. Segundo a nota, os veículos serão atendidos pelas reservas técnicas dos postos.
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JORNAL OPÇÃO
Hospitais particulares em Goiás também alertam para risco de desabastecimento
Por Nathan Sampaio
21 hospitais e centros comerciais do segmento hospitalar da Ahpaceg já detectam uma queda dos estoques e uma iminente falta de insumos
Depois que o governo e a Secretaria da Saúde do Estado (SES) anunciaram que a greve dos caminhoneiros já tem provocado ausência de insumos hospitalares nas unidades de saúde em todo o Estado e a suspensão de cirurgias eletivas por ausência de material, outro órgão se manifestou.
A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) pediu neste sábado (26/5) às lideranças do movimento grevista dos caminheiros do Brasil que cargas de gases medicinais (como oxigênio), medicamentos e outros insumos essenciais sejam liberados do embargo estabelecido.
Apesar de garantir que reconhecem o direito de greve, a associação pediu por atenção ao direito à saúde e à vida dos pacientes.
De acordo com a Ahpaceg os 21 hospitais associados em Anápolis, Aparecida de Goiânia, Catalão, Goiânia e Rio Verde e parceiros comerciais no segmento hospitalar, já foram detectada queda dos estoques e uma falta de insumos nas instituições de saúde.
País
Hospitais particulares do restante do país também alertaram para o risco de fechamento, a partir de segunda-feira (28/5), de prontos-socorros que atendem urgências e emergências.
“A partir do início da próxima semana, os hospitais não conseguirão mais garantir o acesso e a continuidade do cuidado dos pacientes que necessitarem de tratamento, se nenhuma medida imediata for adotada. Prontos-socorros correm o risco de fecharem as portas”, diz nota divulgada pela Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp), que representa 107 unidades hospitalares espalhadas pelo país.
A entidade apela para que o governo e os grevistas “entendam a gravidade do problema” e tomem providências imediatas para “evitar a indisponibilidade de medicamentos, materiais, insumos e serviços necessários para o atendimento aos pacientes”.
Caminhoneiros
Apesar de não terem um representante que responda por toda a categoria, visto que grande parte dos grevistas são autônomos, vídeos que circulam pela internet mostram que os manifestantes estão, sim, deixando cargas que contém insumos hospitalares ultrapassarem os bloqueios.

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação