Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 26/03/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Pacientes relatam que faltam remédios, insumos básicos e produtos de limpeza

https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/pacientes-relatam-que-faltam-remedios-insumos-basicos-e-produtos-de-limpeza-13458547.ghtml

Mulher busca morfina para o marido que estava infartando em UPA de Goiânia

https://g1.globo.com/go/goias/videos-bom-dia-go/video/mulher-busca-morfina-para-o-marido-que-estava-infartando-em-upa-de-goiania-13455962.ghtml

Cultura organizacional na saúde: engajar equipes multidisciplinares para felicidade, entrega e excelência operacional

https://www.saudebusiness.com/colunistas/cultura-organizacional-na-saude-como-engajar-equipes-multidisciplinares-para-garantir-felicidade-entrega-e-excelencia-operacional

Fraudes consomem mais de 10% das receitas das operadoras de saúde

Hospitais inteligentes: quais os avanços da IA no Brasil?

Atendimento integrado: estrutura faz diferença no tratamento

TV ANHANGUERA

Pacientes relatam que faltam remédios, insumos básicos e produtos de limpeza

https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/pacientes-relatam-que-faltam-remedios-insumos-basicos-e-produtos-de-limpeza-13458547.ghtml

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Mulher busca morfina para o marido que estava infartando em UPA de Goiânia

https://g1.globo.com/go/goias/videos-bom-dia-go/video/mulher-busca-morfina-para-o-marido-que-estava-infartando-em-upa-de-goiania-13455962.ghtml

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SAÚDE BUSINESS

Cultura organizacional na saúde: engajar equipes multidisciplinares para felicidade, entrega e excelência operacional

Engajar equipes multidisciplinares na área da saúde é um desafio que envolve a construção de uma cultura organizacional sólida e inclusiva.  A complexidade do cuidado exige um trabalho conjunto de diversos profissionais, de diferentes especialidades, que precisam atuar de maneira integrada. E, no meio hospitalar, um ambiente colaborativo e bem estruturado pode ser a diferença entre um atendimento eficiente, com pertinência, segurança, humanização e desfecho clínico, e um processo fragmentado.

De acordo com o 2021 Mental Health at Work Report, publicado pela Mind Share Partners, uma cultura organizacional forte é a pedra angular para alinhar o comportamento dos funcionários com os objetivos estratégicos, fomentar a inovação e garantir uma vantagem competitiva de longo prazo 1. E, para mim, essa jornada começa com a definição clara da visão e dos valores institucionais. Quando todos compreendem e compartilham esses princípios, há maior coesão e alinhamento nas ações diárias.  E essa cadência e integração não só pode – como deve – estar bem afinada.

Mais do que apenas estabelecer diretrizes, é essencial que a liderança seja a principal promotora dessa cultura, servindo como exemplo e referência. No meu dia a dia, estou presente na rotina da equipe, tendo como prioridade visita a hospitais. Além disso, faço questão de participar de todas as premiações, programas e projetos que incentivam o desenvolvimento dos colaboradores.

Acredito, inclusive, que programas de reconhecimento e valorização desempenham um papel fundamental neste engajamento. O ambiente hospitalar pode ser altamente desafiador e, por isso, é essencial reconhecer os esforços. Celebrar conquistas individuais e coletivas, seja por meio de feedbacks positivos seja com premiações formais, motiva os times a manterem um desempenho elevado e a se sentirem parte essencial da organização.

Paralelamente, investir na educação continuada reforça esse compromisso. Programas de qualificação e especialização médica, treinamentos interdisciplinares e simulações realísticas preparam as equipes para atuar de forma mais integrada e segura.

A comunicação transparente é outro fator essencial. A confiança entre as equipes se fortalece quando há abertura para diálogo. Ferramentas digitais e rounds multidisciplinares regulares são estratégias eficazes para integrar diferentes especialidades e garantir que a tomada de decisão seja colaborativa e baseada em evidências. Hospitais que adotam protocolos estruturados de comunicação assistencial minimizam erros e otimizam os fluxos de atendimento, garantindo mais eficiência e segurança.

A cultura organizacional na saúde não é apenas um conceito abstrato, mas um fator determinante para a excelência operacional. Na saúde, a estratégia aponta o caminho, mas é a cultura que assegura que ele seja trilhado com propósito. Uma liderança forte harmoniza ambos os aspectos, transformando desafios em avanços e promovendo o cuidado com excelência.

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MEDICINA S/A

Fraudes consomem mais de 10% das receitas das operadoras de saúde

O impacto das fraudes no sistema de saúde brasileiro consome mais de 10% das receitas das operadoras de saúde suplementar. Os dados estão no estudo “Fraude no sistema de saúde brasileiro”, da PwC Brasil, que também indica, ainda, seis ações que as empresas podem adotar no processo de prevenção de fraudes.

Nos últimos cinco anos, houve mais de 4 mil notificações de crimes e ações cíveis registradas contra fraudadores de planos médicos e odontológicos, de acordo com dados da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde). Apenas em 2023, foram registrados 2.042 casos, 66% mais do que no ano anterior. Só em São Paulo, Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Saúde Suplementar (Abramge), os desvios no setor podem ter causado um prejuízo estimado em R$ 33 bilhões no último ano.

Entre as recomendações apresentadas pelo estudo da PwC está o gerenciamento de riscos de terceiros, especialmente fornecedores de insumos e serviços médicos, já que 42% das empresas globais não têm programas eficazes nesse sentido. Os dados estão na Pesquisa Global de Crimes Econômicos e Fraudes 2024, também da PwC.

O documento também aponta como a tecnologia pode ser uma aliada essencial com o uso de inteligência artificial (IA) para identificar padrões irregulares e fraudes. A colaboração entre operadoras, hospitais e órgãos reguladores age como uma ferramenta capaz de acelerar a detecção de irregularidades e promover uma gestão mais eficiente e ética.

“Adotar uma abordagem proativa e colaborativa, que combine inteligência artificial e educação contínua, é essencial para combater as fraudes. Esse esforço integrado não apenas reduz custos como promove um sistema de saúde mais transparente, eficiente e acessível para todos”, explica Bruno Porto, sócio e líder da indústria de Saúde da PwC Brasil.

Outro destaque do estudo é a necessidade de regulamentações específicas para facilitar o compartilhamento de informações sobre fraudes, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O modelo adotado pelo sistema financeiro do Banco Central do Brasil, por exemplo, é citado como um caso de sucesso que pode inspirar o setor de saúde.

“A fraude é um problema complexo, mas podemos combatê-la com inteligência, tecnologia e, principalmente, colaboração. Precisamos transformar o ciclo de desconfiança em um ciclo de integridade”, afirma Bruno Porto.

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Hospitais inteligentes: quais os avanços da IA no Brasil?

Por Paulo Laurentys

A China já está operando hospitais em grande parte digitalizados, nos quais a Inteligência Artificial e a automação substituem, ou minimamente complementam, grande parte das tarefas humanas. Em Pequim, por exemplo, o conceito de “Agentic Hospital” (Hospitais Agentes, em tradução livre) já está em operação e existem outros casos que combinam IA com sensores, robótica e hiperautomação que realizam diagnósticos, triagens e até mesmo suporte cirúrgico de maneira eficiente e segura.

O cenário é muito aderente à condição da China, uma vez que é o segundo país do mundo em termos de maturidade no uso da IA, ficando atrás somente dos Estados Unidos, que reúne as Big Techs.

No Brasil, as operações ainda estão alguns passos atrás na adoção de tecnologias emergentes com o nível de avanço citado acima. De modo geral, poucas são as instituições que já utilizam IA de maneira avançada e com grande alcance, mas o mercado já tem inúmeras iniciativas que podem apoiar a revolução tecnológica na saúde.

Começando pelo administrativo, uma dor comum das instituições de saúde é a glosa no ciclo de receita, ou seja, quando o plano de saúde não paga a conta das despesas hospitalares do paciente. Somente sob este aspecto, numa análise feita em 2023 pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), as empresas do setor deixaram de faturar entre 10% e 12% neste período em função deste descontrole.

Para sanar este problema, é possível usar agentes de Inteligência Artificial e aplicar um processo de governança para coletar, analisar e decidir sobre informações sensíveis dos contratos hospitalares utilizando dados que permeiam esses processos complexos, reduzindo, assim, um dos problemas mais críticos das redes hospitalares, além de buscar mais previsibilidade financeira e eficiência na gestão. Ou seja, um sonho que é totalmente possível.

Quando pensamos em redução de custos operacionais, é possível gerar uma diminuição de até 20%, segundo a Federação Brasileira de Hospitais (FBH). Além do aumento da eficiência administrativa, que envolve também evitar falhas operacionais, a melhoria na experiência do paciente e a otimização do tempo dos profissionais de saúde também são frentes que podem obter excelentes resultados com o avanço da IA.

Entre os processos que podem ser otimizados por meio dessa tecnologia estão análise de prontuários eletrônicos para diagnóstico e tratamento, triagem e agendamento de consultas (incluindo telemedicina), atendimento automatizado via chatbots, monitoramento de anomalias administrativas e assistência a cirurgias com fornecimento de dados em tempo real aos médicos.

No quesito automação, que traz uma discussão sobre o uso excessivo da tecnologia num ambiente de cuidado humano, a chave está em dosar as fortalezas do uso da IA versus as fortalezas humanas. É importante considerar que a automação na saúde está longe de representar um risco de ‘desumanização’ no atendimento. Pelo contrário, trata-se de um recurso poderoso para fortalecer a relação entre médico e paciente.

Ninguém quer ficar numa fila esperando dentro de um hospital, e o médico quer e precisa atender mais pacientes com mais qualidade. Abordagens com fila virtual digital ou mesmo o assistente médico são exemplos de iniciativas de digitalização que já apresentam resultados extraordinários após a adoção da IA.

Indo além, na medicina diagnóstica, o uso dessa tecnologia pode ajudar o médico a tomar melhores decisões ao identificar uma doença em uma imagem, aumentando a capacidade humana e, no final das contas, quem vai ganhar, principalmente, é o paciente. O segredo, portanto, é equilibrar o uso das máquinas com a empatia e o olhar humano que só os profissionais de saúde podem oferecer.

Se ainda não chegamos ao avanço chinês, cabe às instituições olharem de perto as inúmeras possibilidades de adoção da IA para transformar a saúde, pois temos no Brasil milhões de potenciais usuários que poderiam ser beneficiados com essa tecnologia. Há muitos projetos com resultados de sucesso que podem ser replicados para avançarmos nessa pauta.

Cabe ao setor hospitalar e às lideranças empresariais abraçar essa revolução para construir um futuro mais promissor e acessível, que não apenas trará ganhos de eficiência operacional e receitas para os hospitais, mas, principalmente, permitirá salvar mais vidas.

*Paulo Laurentys é COO da A3Data.

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Atendimento integrado: estrutura faz diferença no tratamento

Por Luiz Gonzaga Coelho

O modelo de atendimento em saúde tem passado por mudanças significativas nos últimos anos. Com a descentralização de serviços, muitos tratamentos que antes eram realizados em hospitais migraram para clínicas e centros especializados. Embora essa tendência tenha vantagens em alguns contextos, há uma questão essencial a ser debatida: a importância de um atendimento integrado, com toda a estrutura necessária reunida em um único local.

A fragmentação do cuidado pode trazer desafios para pacientes e profissionais. Quando diferentes etapas do tratamento ocorrem em locais distintos, há um maior risco de descontinuidade assistencial, dificuldades na comunicação entre equipes médicas e até impactos na segurança do paciente. Além disso, a necessidade de deslocamento entre unidades pode representar um obstáculo, especialmente para quem está lidando com condições de alta complexidade.

A importância da integração entre especialidades

Uma estrutura hospitalar que oferece todos os níveis de assistência em um só local — desde o pronto atendimento até a reabilitação — proporciona ganhos expressivos em eficiência e qualidade. Isso se torna ainda mais relevante em especialidades como cardiologia e oncologia, onde o tempo de resposta e a coordenação entre diferentes áreas impactam diretamente os resultados clínicos.

Na cardiologia, por exemplo, um paciente com suspeita de infarto precisa de acesso imediato a diagnóstico, exames, equipe especializada e eventuais procedimentos de emergência, como uma angioplastia primária. Se cada uma dessas etapas ocorre em locais distintos, há um risco maior de atrasos que podem comprometer a evolução do quadro.

No tratamento oncológico, a abordagem integrada também faz diferença. Um centro que reúne consultas, exames, cirurgia, internação, quimioterapia e cuidados paliativos em um mesmo espaço não apenas otimiza a jornada do paciente, mas também favorece o trabalho multidisciplinar. A troca constante de informações entre oncologistas, cirurgiões, radiologistas, hematologistas e equipes de suporte aumenta as chances de personalização do tratamento e melhora os desfechos terapêuticos.

Tecnologia e infraestrutura como pilares da segurança

Além da integração de especialidades, a infraestrutura hospitalar tem papel fundamental na qualidade do atendimento. Hospitais equipados com UTIs especializadas, centros cirúrgicos modernos e laboratórios de última geração garantem maior precisão nos diagnósticos e segurança nos procedimentos.

Na área da cardiologia, por exemplo, a presença de um laboratório de eletrofisiologia de alta complexidade permite intervenções minimamente invasivas para o tratamento de arritmias, reduzindo riscos e tempo de recuperação. Da mesma forma, uma UTI neurológica estruturada com protocolos alinhados a padrões internacionais é essencial para pacientes em recuperação de AVCs e outras condições neurológicas graves.

A incorporação de novas tecnologias também reforça essa tendência. A cirurgia robótica, que tem sido cada vez mais adotada em hospitais de referência, representa um avanço importante ao proporcionar procedimentos mais precisos, com menor tempo de internação e recuperação mais rápida.

Uma estratégia para o futuro da saúde

Diante da crescente complexidade do setor da saúde, o modelo de atendimento integrado se apresenta como uma solução eficiente para garantir qualidade, reduzir riscos e otimizar recursos. À medida que a medicina avança, a necessidade de coordenação entre equipes, especialidades e tecnologias se torna ainda mais evidente.

No Brasil, hospitais que investem nesse formato têm demonstrado que é possível equilibrar inovação, eficiência e segurança, promovendo melhores resultados para os pacientes. Mais do que um diferencial competitivo, a integração do atendimento deve ser vista como um pilar essencial para a sustentabilidade e evolução da assistência médica no país.

*Luiz Gonzaga Coelho é CEO do SOS Cárdio.

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Assessoria de Comunicação