ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Unimed Goiânia aposta em humanização e lança rede de cuidados paliativos
Judicialização da Saúde no Brasil: Desafios e Soluções
Mulheres a partir dos 40 anos terão rastreamento do câncer de mama nos planos de saúde, decide ANS
7 tendências digitais da saúde
Os impactos e desafios das Organizações Sociais de Saúde
Do comércio à saúde: o futuro está em entender antes de vender
A REDAÇÃO
Unimed Goiânia aposta em humanização e lança rede de cuidados paliativos
Goiânia – A Unimed Goiânia lançou, nesta quarta-feira (26/3), a Rede de Cuidados Continuados, um projeto voltado à estruturação do cuidado integral e paliativo. Para além de abordar um tema ainda cercado de preconceitos, a iniciativa chama atenção por outro motivo: no país, até o ano passado, havia somente 177 equipes atuando na área — o que coloca o sistema de cooperativas de saúde na dianteira quando o assunto é o acesso a terapias do tipo, que, no contexto de doenças graves e progressivas, surgem como uma abordagem essencial para garantir suporte físico e emocional em momentos em que a cura não é mais possível.
O cenário se intensifica diante de outro dado da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP): mais da metade dessas 177 equipes está no Sudeste. Talvez por isso, a iniciativa da Unimed Goiânia, cujo público-alvo é formado por pacientes com doenças crônicas, graves e progressivas, tenha despertado grande interesse junto aos médicos. Nesta quarta-feira (26/3), na apresentação do projeto, oncologistas, neurologistas e geriatras lotaram o salão da apresentação.
………………………..
AGÊNCIA JORNAL DE NOTÍCIAS ONLINE
Judicialização da Saúde no Brasil: Desafios e Soluções
A judicialização da saúde no Brasil é um fenômeno crescente que tem gerado debates intensos sobre a sustentabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e a garantia do direito à saúde. Este processo ocorre quando cidadãos recorrem ao Poder Judiciário para obter tratamentos, medicamentos ou procedimentos médicos que não são disponibilizados pelo SUS. Embora a Constituição Federal de 1988 assegure o direito à saúde como um direito fundamental, a judicialização levanta questões complexas sobre a alocação de recursos e a gestão do sistema de saúde.
A judicialização da saúde apresenta diversos desafios. Primeiramente, há a sobrecarga do sistema judiciário, que precisa lidar com um número crescente de ações relacionadas à saúde. Além disso, a concessão de pedidos judiciais pode ter um impacto significativo no orçamento público, desviando recursos que poderiam ser utilizados para outras áreas prioritárias do SUS.
Outro desafio é a desigualdade no acesso à saúde. Decisões judiciais podem beneficiar indivíduos que têm acesso a advogados e conhecimento sobre seus direitos, enquanto outros, menos informados ou com menos recursos, podem não conseguir o mesmo nível de acesso. Isso pode gerar uma disparidade no tratamento dos cidadãos, contrariando o princípio de equidade do SUS.
Um dos principais focos da judicialização são os medicamentos de alto custo. O SUS possui uma lista de medicamentos essenciais, conhecida como RENAME (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais), que é atualizada periodicamente. No entanto, muitos medicamentos de alto custo, especialmente aqueles para doenças raras ou crônicas, não estão incluídos nesta lista, levando os pacientes a buscar a via judicial para obtê-los.
Entre os medicamentos de alto custo fornecidos pelo SUS, destacam-se aqueles para o tratamento de doenças como esclerose múltipla, hepatite viral, AIDS, e câncer. A inclusão desses medicamentos na lista do SUS é um processo complexo que envolve avaliações de custo-efetividade e impacto orçamentário.
Para enfrentar os desafios da judicialização da saúde, é necessário um esforço conjunto entre o Poder Judiciário, o Executivo e a sociedade civil. Uma das soluções propostas é o fortalecimento do SUS, com investimentos em infraestrutura e capacitação de profissionais, além da ampliação do acesso a serviços de saúde de qualidade.
Outra medida importante é a adoção de critérios transparentes e baseados em evidências para a inclusão de novos medicamentos na RENAME. Isso pode ajudar a reduzir a necessidade de judicialização, garantindo que os pacientes tenham acesso aos tratamentos necessários de forma equitativa e eficiente.
Em suma, a judicialização da saúde no Brasil é um fenômeno que reflete tanto as limitações do sistema de saúde quanto a busca legítima dos cidadãos por seus direitos. Enfrentar esse desafio requer uma abordagem integrada e colaborativa, visando a promoção de um sistema de saúde mais justo e sustentável para todos.
………………………………
GLOBO
Mulheres a partir dos 40 anos terão rastreamento do câncer de mama nos planos de saúde, decide ANS
Operadoras já eram obrigadas a cobrir o exame de mamografia quando solicitado pelo médico, mas agora devem estruturar um rastreamento mais amplo para obter certificação de boas práticas
A Agência Nacional de Saúde Suplementar ( ANS ) acatou a recomendação de entidades médicas e incluiu, na segunda-feira, que exames de mamografia sejam recomendados para mulheres a partir dos 40 anos, e não mais apenas a partir dos 50.
A medida visa ampliar o diagnóstico precoce da doença, que afeta milhares de brasileiras. Cerca de 44% dos casos e 22% das mortes decorrentes do câncer de mama afetam mulheres abaixo dos 50 anos, segundo dados da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à saúde da Mama (Femama).
Embora as operadoras de planos de saúde já fossem obrigadas a cobrir a mamografia mediante solicitação médica, muitas pacientes enfrentavam o risco de ter seus pedidos negados e não autorizados pelos planos de saúde. Agora, as prestadoras de serviços de saúde terão que ampliar o rastreio para obter certificação de boas práticas.
A mudança segue uma tendência global de antecipar o rastreamento da doença. Estudos científicos mostram que iniciar acompanhamento aos 40 anos e realizar exames a cada um ou dois anos pode reduzir significativamente as mortes por câncer de mama. No ano passado, o US Preventive Services Task Force, dos Estados Unidos, também atualizou suas diretrizes para recomendar mamografias dentro dessa faixa etária.
A ANS incluiu no chamado Manual de Boas Práticas , do programa de certificação em atenção oncológica (Oncorede), a exigência de que operadoras realizem o rastreamento individualizado do câncer de mama para mulheres de 40 a 74 anos, conforme orientação médica e decisão compartilhada, com consentimento livre e esclarecido. Com isso, os prestadores de serviços que quiserem obter um selo de qualidade no atendimento oncológico terão que atender à regra.
Também ficou definido que mulheres entre 50 e 69 anos também passem a ser contatadas, por meio de busca ativa, a cada dois anos, para realizar a mamografia. Já para aquelas acima de 74 anos, o rastreamento deve ser individualizado, conforme a expectativa de vida da população feminina.
Outra recomendação prevista pela ANS que mulheres com risco aumentado para o câncer de mama, independentemente da idade, também poderão ser incluídas no rastreamento individualizado oferecido pelos planos de saúde.
Os informes foram realizados em reunião na segunda-feira com sociedades e entidades médicas, como CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia), SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia), FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), AMB (Associação Médica Brasileira) e CFM (Conselho Federal de Medicina).
A classe médica e celebridades que já enfrentaram o câncer de mama – como a apresentadora Ana Furtado, que veiculou publicações em prol de mobilização nas suas redes sociais -, vinham pressionando para mudanças sobre o tema desde que foi realizada a consulta pública pela ANS, entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano.
Entidades médicas veem o rastreamento da mamografia anual para todas as mulheres assintomáticas a partir dos 40 anos como padrão ouro no rastreamento do câncer de mama. Isso porque se alinha às diretrizes internacionais mais modernas e adequadas à realidade epidemiológica brasileira.
……………………..
MEDICINA S/A
7 tendências digitais da saúde
Foco total no paciente, maior uso da IA, conectividade, proteção de dados e medicina personalizada e preventiva estão entre as apostas do setor
O futuro da saúde está sendo moldado por inovações digitais que priorizam a experiência do paciente, a eficiência dos processos e a personalização do cuidado. As tendências para 2025 indicam um setor mais conectado, eficiente e seguro, com ferramentas que ajudam médicos e pacientes a se relacionarem de forma mais humana e eficaz.
“Essas mudanças não são apenas uma resposta aos desafios atuais do setor, como a sobrecarga de profissionais e a falta de acesso a cuidados médicos. Elas representam uma revolução na forma como entendemos e praticamos a medicina, com a tecnologia desempenhando um papel fundamental na construção de um sistema de saúde mais acessível e de alta qualidade para todos”, afirma Felipe Locatelli, Gerente de Projetos Estratégicos de IA na Doctoralia, maior plataforma de saúde do mundo e líder em agendamento online de consultas no Brasil.
Segundo o Panorama das Clínicas e Hospitais, colocar o paciente no centro de todo o ecossistema de saúde é a principal aposta do setor para esse ano. Em segundo lugar vem o uso da Inteligência Artificial como um facilitador dos processos médicos mais objetivos e burocráticos. A pesquisa é organizada pela Doctoralia e pela Feegow, healthtech focada em desenvolver soluções inovadoras em gestão para administradores e profissionais de saúde.
A saúde digital, com todos os seus avanços, vem redefinindo a medicina e tornando o paciente o centro do cuidado. De tecnologias de inteligência artificial a plataformas de automação, as tendências para 2025 buscam oferecer soluções mais eficientes, personalizadas e seguras, garantindo uma experiência inovadora e humanizada para o paciente. Confira os sete principais pontos:
Inteligência Artificial (IA): o assistente infalível no consultório médico
A IA já é uma realidade na área da saúde e, em 2025, deve ser intensificada para facilitar a atividade médica e desburocratrizar o atendimento aos pacientes.
No Brasil, os médicos já têm à disposição o Noa, assistente virtual com IA desenvolvido pela Doctoralia. Com o recurso Noa Notes, é possível ter um resumo detalhado das consultas sem que o especialista precise fazer qualquer anotação. A ferramenta permite que os médicos prestem atenção exclusivamente no paciente e, ao mesmo tempo, otimizem o tempo de cada consulta em até 30%.
“O segredo da medicina é o detalhe. E, com a IA, o detalhe não passa despercebido. Na contramão do que muitos profissionais e pacientes temem, a IA não substitui os médicos, mas, sim, potencializa suas habilidades, identificando padrões que podem passar despercebidos. A automação de tarefas, como a anotação de prontuários e o gerenciamento de agendas, libera os profissionais de atividades administrativas para que se concentrem no atendimento direto ao paciente”, comenta Ricardo Alves, pneumologista (CRM-PR 15447), disponível na plataforma Doctoralia.
Automação: combate à sobrecarga das tarefas burocráticas
Com o aumento da demanda por serviços médicos, a automação se destaca como uma solução para tornar os sistemas de atendimentos de saúde mais eficientes. Ferramentas automatizadas já realizam tarefas repetitivas, como agendamento de consultas, envio de lembretes e confirmação de presença, economizando horas preciosas.
“Em um cenário global no qual a sobrecarga dos profissionais de saúde é uma realidade crescente, a automação contribui para otimizar a agenda, reduzir faltas de pacientes e melhorar a produtividade das equipes médicas”, explica Felipe Locatelli. Com a tecnologia, clínicas e hospitais podem atender mais pessoas – e com mais qualidade e foco na experiência da jornada em saúde.
Comunicação omnichannel: fidelização por meio da conectividade
Em um mundo cada vez mais digital, a comunicação com os pacientes precisa ser integrada, acessível e eficaz. Especialmente se considerarmos que 80% das pessoas escolhem um médico com base em avaliações online e, só no Brasil, em 2024, mais de 1,13 milhão de avaliações foram publicadas, segundo dados da Doctoralia.
Nesse sentido, a estratégia omnichannel surge como uma tendência para 2025, oferecendo uma experiência contínua e conectada em todos os pontos de contato. “Hoje, respeitando integralmente a LGPD, médicos devem se comunicar com seus clientes por diversos canais – desde e-mails e WhatsApp até redes sociais e aplicativos de agendamento online. Essa abordagem multicanal não só aumenta a conveniência, como também fortalece a imagem do médico, que passa a ser percebido como acessível e comprometido. Além disso, a comunicação eficiente eleva a fidelização dos pacientes, que tendem a retornar e recomendar os serviços”, afirma José Maurício Orsolini, COO da Doctoralia.
Proteção de dados: garantia de confiança no cuidado médico
À medida que mais dados dos pacientes são digitalizados, a segurança se torna uma prioridade inegociável. A proteção de dados será um dos principais focos da saúde digital em 2025.
Ferramentas avançadas de criptografia, controle de acesso e sistemas de monitoramento contribuem para a garantia de que informações sensíveis permaneçam seguras. “A implementação de soluções robustas de segurança são cruciais para manter a confiança entre médico e paciente”, alerta Locatelli.
Medicina personalizada: tratamentos sob medida
A medicina personalizada está revolucionando a forma como tratamos as doenças. Com base em dados genéticos, históricos clínicos e fatores ambientais, ela oferece tratamentos adaptados às necessidades específicas de cada paciente. Em 2025, espera-se que essa abordagem seja ainda mais comum, com o uso de softwares de interação personalizada e campanhas digitais direcionadas à saúde.
A personalização não só melhora os resultados dos tratamentos, mas também fortalece o vínculo entre médicos e pacientes, que se sentem mais valorizados e engajados no processo de cuidado. A medicina personalizada pode até mesmo prevenir doenças, identificando riscos antes que eles se tornem condições graves.
Medicina preventiva: prevenção com o apoio da tecnologia
Ferramentas digitais, como plataformas de monitoramento da saúde e consultas por telemedicina, tornam o acompanhamento contínuo e a prevenção mais acessíveis e eficazes. Esses recursos são cada vez mais usados pela medicina preventiva, outra grande aposta para este ano, especialmente porque, no Brasil, estudos mostram que mais de 50% da população só vai ao médico quando enfrenta condições severas.
Com o uso da tecnologia, médicos podem detectar precocemente doenças, monitorar condições crônicas e fornecer orientação contínua, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e reduzindo custos com tratamentos de emergência, tornando o sistema de saúde mais eficiente, acessível e sustentável.
Digitalização da saúde: facilitando o acesso e o cuidado continuado
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que três em cada 10 pessoas no mundo não têm condições de buscar atendimento médico adequado. E com apenas 0,24 centavos de dólar por paciente ao ano, é possível salvar 2 milhões de vidas. Nesse cenário, as tendências por atendimentos que aproveitam todo o potencial que a tecnologia pode entregar para a saúde podem fazer a diferença.
A digitalização da saúde, por meio de telemedicina, agendamentos online e terapias digitais, está tornando o cuidado mais acessível e conveniente. Em 2025, espera-se que as consultas virtuais sejam ainda mais comuns, especialmente em áreas remotas ou em situações emergenciais, como as causadas, por exemplo, por desastres naturais.
A digitalização não só melhora o acesso à saúde, mas também aumenta a segurança e o conforto dos pacientes, que podem ser atendidos de forma rápida e segura, sem precisar se deslocar. Além disso, sistemas de agendamento online e farmácias digitais garantem que o atendimento seja organizado e sem falhas.
O futuro da saúde está na transformação digital
Profissionais de saúde que adotarem essas tendências estarão não apenas acompanhando o mercado, mas liderando a transformação, moldando o futuro e garantindo uma experiência de cuidado que realmente transforma vidas.
………………………………….
Os impactos e desafios das Organizações Sociais de Saúde
A saúde está passando por uma transformação profunda. O envelhecimento populacional, o aumento da incidência de doenças crônicas e os avanços tecnológicos estão redefinindo as necessidades e exigências do setor. Ao mesmo tempo, o Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta desafios estruturais, como restrições orçamentárias, aumento da demanda e a necessidade de tornar a gestão mais eficiente. Diante desse cenário, o modelo de Organizações Sociais de Saúde (OSS) tem se mostrado uma alternativa viável e eficiente para a sustentabilidade do sistema público.
As evidências confirmam que as OSS são capazes de ampliar o acesso, aumentar a eficiência e otimizar o uso de recursos públicos sem comprometer a qualidade do atendimento. Um estudo recente sobre o modelo no Brasil revelou que hospitais administrados por OSS registraram um aumento médio de 39% no número de internações, além de um crescimento de 23% na rotatividade de leitos e 14% na taxa de ocupação. O tempo médio de permanência dos pacientes caiu 9%, demonstrando uma gestão hospitalar mais ágil e eficaz.
O diferencial do modelo está na flexibilidade de gestão, que permite adaptação rápida às novas demandas assistenciais, contratação eficiente de profissionais e implementação de novas tecnologias. Enquanto a administração direta enfrenta dificuldades com burocracia e rigidez contratual, as OSS conseguem modernizar processos e alinhar suas operações às melhores práticas do setor com rapidez. Esse dinamismo será essencial nos próximos anos, à medida que a digitalização da saúde, o uso de inteligência artificial e a medicina personalizada exigirem novas formas de organização dos serviços.
Apesar dos resultados positivos, o modelo enfrenta desafios que precisam ser superados para garantir sua continuidade e aprimoramento. Um dos principais pontos de atenção é a variação na qualidade da gestão entre diferentes organizações. O estudo apontou que hospitais administrados por OSS mais experientes tiveram um aumento médio de 54% no número de internações, enquanto aqueles sob gestão de OSS menos experientes cresceram apenas 21%. Isso reforça a necessidade de critérios rigorosos na seleção das entidades gestoras, priorizando aquelas com experiência comprovada e capacidade de adaptação a cenários complexos.
Outra questão fundamental é o aperfeiçoamento dos contratos. Hoje, as metas são focadas principalmente no volume de produção, e os incentivos financeiros para qualidade ainda são limitados. O desafio é estabelecer formatos que equilibrem produtividade e excelência assistencial, garantindo que os ganhos de eficiência não comprometam os resultados clínicos e a segurança do paciente.
Além disso, as OSS’s ainda lidam com resistências institucionais e ideológicas que dificultam sua implementação e expansão. Embora o modelo seja reconhecido internacionalmente como uma alternativa eficaz para a gestão de serviços públicos de saúde, ainda há setores que insistem em tratá-lo como uma forma de privatização. Essa narrativa ignora o fato de que os serviços administrados pelas OSS’s continuam sendo 100% SUS, sem cobrança de pacientes e sob fiscalização permanente dos órgãos públicos. O que muda é a gestão, que sai das amarras da burocracia para funcionar com mais eficiência.
A saúde pública precisa de soluções que combinem gestão eficiente, inovação e compromisso social. O modelo OSS se encaixa perfeitamente nesse contexto. Por isso, é preciso aprimorar e expandir essa parceria entre público e privado para que mais brasileiros tenham acesso a uma assistência de qualidade, resolutiva e sustentável.
*Anis Ghattás Mitri Filho é presidente do Grupo Chavantes.
………………….
Do comércio à saúde: o futuro está em entender antes de vender
A maneira como compramos mudou drasticamente nos últimos anos. Mais do que vender produtos, o comércio moderno está aprendendo a compreender o consumidor, criando conexões genuínas e experiências personalizadas. Um dos maiores exemplos dessa transformação é o live commerce na China. Durante esta semana, estou vivendo uma imersão no país e, hoje, tive a oportunidade de conhecer a Kwai e compreender de perto como essa revolução está acontecendo.
O live commerce já movimenta mais de US$ 500 bilhões por ano, representando 20% de todas as compras on-line do país. Com mais de 700 milhões de chineses já tendo adquirido produtos por transmissões ao vivo, plataformas como a Kwai estão convertendo vídeos curtos e interações em um ecossistema de e-commerce dinâmico e altamente eficiente.
No Brasil, esse modelo ainda está dando seus primeiros passos, mas o potencial é imenso. O consumidor brasileiro já demonstra grande engajamento com conteúdos digitais, e o live commerce pode transformar de uma forma nunca vista, o varejo. No entanto, a chave do sucesso não está apenas na tecnologia, mas na maneira como ela é usada para criar conexões reais e atender necessidades específicas, transformando cada compra em uma experiência interativa e confiável.
Mas e se esse modelo não se limitasse ao comércio? E se a saúde também pudesse ser transformada pelo mesmo princípio? Hoje, clínicas acessíveis não vendem apenas consultas. Elas oferecem acesso à saúde, promovem qualidade de vida e incentivam a prevenção. Assim como o e-commerce moderno entende o consumidor antes de oferecer um produto, o setor da saúde precisa compreender o paciente antes mesmo que ele precise de um tratamento. Isso significa investir em tecnologia, informação e prevenção, para que mais pessoas possam cuidar da saúde de maneira acessível e eficaz.
A digitalização na saúde já começou. Ferramentas como inteligência artificial para diagnósticos, telemedicina e monitoramento remoto estão tornando os cuidados médicos mais eficientes e personalizados. Da mesma forma que o live commerce trouxe uma nova forma de interagir com produtos e serviços, a inovação na saúde pode conectar pacientes e profissionais de maneira mais humana e proativa, evitando doenças em vez de apenas tratá-las.
O futuro do comércio e da saúde não é sobre vender, e sim, sobre entender. Empresas que apenas oferecem produtos ou serviços sem criar um relacionamento real com seus clientes ficarão para trás. Já aquelas que investem em compreender, personalizar e antecipar necessidades, estão moldando o futuro. Afinal, o que realmente importa não é o que se vende, mas o impacto que se gera na vida das pessoas.
*Rafael Teixeira é CEO da Clínica da Cidade.
………………………
Assessoria de Comunicação