Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 27/06/18

 CLIPPING AHPACEG 27/06/18

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Iris não entrega o prometido e caos na Saúde continua após prazo de 60 dias

Alunos de faculdade de Rio Verde acusam conteúdo homofóbico em prova de medicina

Universidade demite professor de medicina que formulou prova com teor homofóbico, em Goiás

Spot – Saúde

Cartas do Leitor – Cirurgia metabólica

Homem vendia atestados médicos para detentos

Artigo – Nunca foi loucura

Palestras para os jovens médicos

Novo Hospital do Câncer de Goiás

Artigo – 20 anos de desnutrição hospitalar

Para 89% dos brasileiros, saúde é considerada péssima, ruim ou regular
ANS divulga teto de reajuste para planos de saúde individuais

JORNAL OPÇÃO
Iris não entrega o prometido e caos na Saúde continua após prazo de 60 dias

Por Larissa Quixabeira

Prefeito tinha declarado aos vereadores da CEI que investigou a pasta que Goiânia seria referência no país em um prazo de dois meses

“Se a situação da prefeitura fosse boa, como está Deus no céu, eu não teria sido candidato. Fui candidato para consertar e estou consertando. A senhora vai observar […] dentro de 60 a 90 dias, Goiânia será espelho para o Brasil inteiro na área da saúde.”

Há exatos 60 dias, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), estabeleceu, mais uma vez, um prazo para que a Saúde do município não apenas melhorasse, mas fosse referência para o País. A declaração foi feita durante reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde, na Câmara Municipal de Goiânia, em resposta a um questionamento da vereadora Dra. Cristina Lopes (PSDB). Com o fim do prazo, porém, grande parte dos problemas levantada à época continuam.

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No questionamento feito ao prefeito há dois meses, a vereadora levantou, por exemplo, o problema do que chamou de “via dolorosa da saúde”, ou seja, todo o trajeto que o paciente tem que percorrer para conseguir o atendimento completo com realização do exame e retorno da consulta. “Não podemos ocupar um leito de alta complexidade com um paciente da atenção básica. O problema é que os pacientes da atenção básica estão se complicando dentro da rede municipal porque não conseguem atendimento”, questionou a vereadora.

É a situação da dona Arlete (nome fictício), de 57 anos, que sente fortes dores no pé direito. Nesta terça-feira (26/6), ela estava na fila de espera no Cais do Setor Leste Vila Nova para marcar um exame de Raio-X. “A única resposta que eu tenho é que precisa esperar porque o problema é a falta de vagas. Antigamente, você marcava e fazia o Raio-x muito rápido, agora é o fator sorte. O médico desconfia que seja gota (artrite aguda), mas precisa do exame para ter certeza e começar o tratamento”, lamentou. Nesta terça-feira, o sistema de agendamento de exames estava fora do ar.

Outro argumento recorrente da prefeitura é de que o sistema da capital é saturado, já que muitos cidadãos de cidades do interior buscam atendimento em Goiânia e, muitas vezes, a administração não recebe a contrapartida das cidades menores.

Dona Neli, moradora do residencial Jardins do Cerrado, estava no Cais de Campinas às 10 horas da manhã de terça-feira (26/6), sentindo fraqueza, tontura e enjoo. Apesar do mal estar, ela estava de saída, pois não havia clínico geral atendendo na unidade, apenas pediatras. À reportagem, a senhora faz muitas reclamações e chega a comparar o atendimento com unidades do interior.

“Cheguei por volta de 8 horas, me deram uma senha e pediram para aguardar. Quase duas horas depois, perguntei de novo sobre o atendimento e outra funcionária me orientou a procurar outra unidade, porque o médico não virá hoje. Ela tem uma lista com vários lugares que têm três ou quatro médicos atendendo, mas aqui não tem nenhum? Onde está a organização? Eles têm as brigas internas deles e a gente é que fica prejudicado”, reclamou.

A diarista comparou o atendimento e lamentou a falta de informação. “Na sexta-feira passada [22] estava com muita dor nas costas. Procurei atendimento no Hutrin [Hospital Estadual de Urgências de Trindade Walda Ferreira dos Santos] de Trindade. Fui atendida na hora. Duas horas depois, já tinha feito exame de sangue, de urina Raio-X e estava com o diagnóstico do médico”, destacou.

Os problemas encontrados pelo Jornal Opção em visita às unidades de Saúde foram encaminhados para a Secretaria Municipal de Saúde para os devidos esclarecimentos. Em resposta, a pasta encaminhou nota em que informa que as intercorrências não se relacionam ao software de agendamento de exames, mas sim a rompimento de duas fibras ópticas que alimentam a rede da prefeitura. “Técnicos já solucionaram o problema e o site deve retornar nas próximas horas”, diz.

“Em relação aos médicos, além dos pediatras há um clínico na estabilização e outro na enfermaria do Cais de Campinas. Nenhum paciente grave deixa de ser atendido na unidade”, finaliza a nota.

Pós-CEI

A CEI da Câmara Municipal que apurou diversas irregularidades na Saúde encerrou suas atividades em maio, com a promessa de continuar como comissão temporária até o fim desta legislatura.

Para o relator da comissão, vereador Elias Vaz (PSB), mesmo após o trabalho ostensivo, nada mudou e as reclamações continuam no mesmo nível. “A saúde ainda se encontra em péssimas condições. Todos os prazos que o prefeito já estabeleceu já se esgotaram, mas a secretária [Fátima Mrué] não consegue entregar melhorias. Não reconhecer isso é não ouvir a sociedade. A saúde de Goiânia vai muito mal”, declara.

Integrante do mesmo colegiado, Dra. Cristina cobra um posicionamento da Justiça e de todos os outros órgãos acionados pela comissão. “Houve uma piora. Nós, vereadores da CEI, já chegamos até o limite de nossas investigações e denúncias. O Judiciário precisa se manifestar, assim como todos os órgãos de controle externo. O que tem que acontecer é um freamento dessa gestão em relação à saúde. Alguma coisa precisa ser feita, porque as pessoas estão morrendo”, defende.

Ao longo dos trabalhos da CEI, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) chegou a entrar com pedido de liminar para afastar imediatamente a secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, após denúncias feitas pelos vereadores. O processo de investigação continua em andamento, mas os pedidos para que a secretária fosse afastada foram negados pela Justiça.

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Alunos de faculdade de Rio Verde acusam conteúdo homofóbico em prova de medicina

Por Nathan Sampaio

Frase no exercício denunciado parece remeter à uma situação estereotipada de um casal gay

Por meio de uma denúncia anônima, estudantes da Universidade de Rio Verde acusam um professor do curso de Medicina por homofobia após uma questão de um exame aplicado conter um enunciado considerado preconceituoso.

O exercício contava a história de um rapaz chamado Davi, que estava com um abscesso (inflamação na pele) e que “seu noivo serelepe, ao ver aquele quadro horroroso, ficou tresloucado e furou o abscesso com espinho de limoeiro em um movimento rodopiante de bailarino, imitando um beija-flor”.

A referida frase, que parece demonstrar uma situação estereotipada de um casal gay, teria sido aplicada em uma prova na semana passada para 67 alunos de uma disciplina do 5º período de Medicina.

A Universidade de Rio Verde respondeu uma nota onde informou que abriu um processo administrativo para averiguar a veracidade da denúncia e também se a questão foi de fato utilizada na prova, e, se sim, em qual turma e por qual professor.

Se os fatos forem comprovados, a universidade também disse que irá tomar as providências previstas no regimento interno da instituição.

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PORTAL G1/GOIÁS
Universidade demite professor de medicina que formulou prova com teor homofóbico, em Goiás
Nome do docente não foi revelado; denúncias partiram de alunos. No enunciado, questão diz que 'noivo serelepe' de paciente furou abscesso na nádega 'em movimento rodopiante de bailarino.

Universidade de Rio Verde (UniRV), no sudoeste de Goiás, exonerou o professor que formulou e aplicou uma prova com teor homofóbico para uma turma do curso de medicina. A exoneração, ocorrida nesta quarta-feira (27) e assinada pelo reitor da instituição, Sebastião Lázaro Pereira, se deu após denúncias anônimas de um grupo de estudantes.

O enunciado da questão afirma que o paciente Davi, de 24 anos, estava com abscesso na nádega "e seu noivo serelepe, ao ver aquele quadro horroroso, ficou tresloucado e furou o abscesso com espinho de limoeiro em um movimento rodopiante de bailarino, imitando um beija-flor".

O nome do professor não foi revelado. Na nota em que informa o desligamento, a UniRV afirmou ainda que "repudia veemente a atitude do professor e destaca que esse comportamento isolado não reflete o pensamento da instituição".

O comunicado pontua ainda que, em 45 anos de existência, a universidade tem como princípio "pugnar pela dignidade da pessoa humana, seus direitos fundamentais, vedando quaisquer discriminações filosóficas, políticas, religiosas, raciais, de gênero ou classe".

Por fim, a UniRV alegou que visa "difundir os valores éticos e de liberdade", respeitando sempre os "princípios de respeito e valorização às diferenças".
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A prova, de acordo com o grupo de estudantes, foi aplicada na semana passada para os 67 estudantes da disciplina de clínica cirúrgica, do 5º período de medicina. Um dos alunos, que preferiu não se identificar por medo de represália, criticou a postura do professor.

"Medicina é uma profissão a serviço da saúde da comunidade. Então, um professor elaborar uma questão desse cunho… Ele não tem que criar nenhum tipo de discriminação, independentemente da questão orientação da pessoa", afirmou.

"Foi uma questão elaborada por ele mesmo e que foi de cunho extremamente homofóbico", completou o estudante.

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O POPULAR
Spot – Saúde

O médico Salomão Rodrigues Filho ministra palestra hoje, no Encontro Nacional de Entidades Médicas, em Brasília. Amanhã, ele estará em Natal (RN), participando do 2º Fórum do Jovem Médico.
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Cartas do Leitor – Cirurgia metabólica

Parabenizo O POPULAR pelo espaço dedicado aos assuntos relativos à Saúde, em seus vários aspectos. Reforço ainda a relevância da aprovação pelo Conselho Federal de Medicina da Cirurgia Metabólica para o tratamento de pacientes com diabetes tipo 2 e índice de massa corporal (IMC) a partir de 30, pauta do artigo publicado na edição do dia 19 pelo competente colega cirurgião Maxley Alves. Desde 10 de maio, o serviço de Cirurgia Metabólica está sendo oferecido aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de Goiás exclusivamente pelo Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG, que realizou 10 procedimentos em 30 dias de funcionamento, estando, atualmente, com cerca de 15 pacientes em preparação.

A cirurgia está sendo direcionada aos pacientes diabéticos inseridos no Programa de Controle e Cirurgia da Obesidade (PCCO) do HGG, acompanhados pelo Serviço de Endocrinologia, que avalia a necessidade e as condições clínicas do paciente para a cirurgia metabólica. Ressalto que a cirurgia não é um tratamento inicial, e somente será indicada após várias etapas de tratamento clínico no HGG e mudanças de hábitos na vida dos pacientes com obesidade.

Paulo Reis

Cirurgião-geral e responsável pelo Serviço de Cirurgia Metabólica do Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG

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Homem vendia atestados médicos para detentos

Lucas Breno Moreno de Miranda Cambui, de 24 anos, foi preso na noite desta segunda-feira (25), no Jardim Novo Mundo, em Goiânia, portando cerca de 50 atestados médicos falsos que, segundo ele, seriam comercializados. Os documentos eram vendidos, principalmente, para detentos do semiaberto do Complexo Penal de Aparecida de Goiânia, segundo o suspeito.

Ao ser abordado por um agente da Guarda Civil Metropolitana, Lucas teria confessado que os atestados seriam vendidos e que em seu local de trabalho haviam mais documentos falsos. Ao chegarem na empresa de equipamentos médico-hospitalares, onde Lucas trabalha, os agentes encontraram cerca de 50 atestados.

Em depoimento à Polícia Civil, o suspeito declarou que os atestados eram vendidos, principalmente, para detentos do semiaberto para justificar a ausência dos presos no Complexo Prisional.

Os documentos estavam carimbados com o nome e o número do Conselho Regional de Medicina (CRM) de um médico. De acordo com a Polícia Civil, o médico em questão foi contatado, afirmou não ter ciência do caso e negou qualquer participação no crime. O médico teria, ainda, sido chamado para depor, mas disse à polícia que está viajando a trabalho.

A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) afirma que a Polícia Civil ainda não repassou os detalhes do caso mas, se confirmada a venda dos atestados para os detentos, estes responderão pelo crime.

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Artigo – Nunca foi loucura

Na última semana a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a transexualidade da lista das doenças mentais, na classificação internacional de doenças (CID). A decisão, além de histórica, representa avanço no olhar integral ao ser humano.

Não obstante, é necessário que se esclareça que a transexualidade continua tendo cobertura pelo SUS e por planos de saúde. Com efeito, a exclusão da transexualidade do âmbito das doenças mentais representa uma nova forma de se pensar a categoria gênero na saúde mais consentânea com a realidade social, dando ênfase à vontade do sujeito, faceta da cidadania e do conceito jurídico de personalidade.

A busca pela caracterização da identidade fulcrada no binômio sexual feminino e masculino abria espaço para a psiquiatrização do diferente (não hétero), isso porque definia semiologia de comportamento anormal, passível, portanto, de inclusão dentre as doenças mentais. Não é novidade tal categorização no âmbito da saúde, tanto que até a década de 80 a homosexualidade era tratada como distúrbio mental pelo manual de distúrbios mentais.

Assim, a não conformidade entre o sexo biológico e o gênero deveria obrigatoriamente se transformar em uma doença, que demandaria o acompanhamento psiquiátrico do paciente, para que este tivesse acesso ao serviço de saúde, que lhe é destinado, como a cirurgia de transexualização.

A exigência do diagnóstico psiquiátrico que considera o gênero em sua definição tradicional, biologicista, como condição de acesso ao tratamento gera uma série de barreiras além da estigmatização desses indivíduos, desconsiderando a vulnerabilidade social a qual estão expostos, a subjetividade do sujeito e a expressão das várias identidades de gênero, isso porque, apesar de tratados como grupo são indivíduos com singularidades, vivências e contextos sociais específicos.

O conceito do corpo que deve respeito ao padrão social cede espaço ao conceito do eu-indivíduo, detentor de personalidade e direito de autoafirmação, atendendo aos ditames do que a própria organização mundial preconiza como saúde, ou seja, "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades".

Assim, em tempos de cura gay, compreender a necessidade de se atender ao indivíduo com os princípios do SUS, como a integralidade, por intermédio de práticas de cuidado da saúde superando o estigma da doença representa vitória de toda uma categoria rotineiramente marginalizada.

"O conceito do corpo que deve respeito ao padrão social cede espaço ao conceito do eu-indivíduo, detentor de personalidade e direito de autoafirmação, atendendo aos ditames do que a própria organização mundial preconiza como saúde"

Michelle Bitta Alencar – Graduada em Direito e Ciências Sociais. Defensora Pública do Núcleo de Saúde

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DIÁRIO DA MANHÃ
Palestras para os jovens médicos

Titular do Conselho Federal de Medicina (CFM), o médico Salomão Rodrigues Filho participa hoje do Encontro Nacional de Entidades Médicas (Enem), que acontece em Brasília. Ele vai abordar o tema "Financiamento da Saúde no Brasil". Amanhã ele estará em Natal participando do II Fórum do Jovem Médico, no qual vai abordar o tema "Mercado de Trabalho".

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* Integrante do Conselho Federal de Medicina (CFM), o médico Salomão Rodrigues Filho participa hoje em Brasília do Encontre National de Entidades Médicas (Enem). Ele dará palestra com o tema "Financiamento da Saúde no Brasil".

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Novo Hospital do Câncer de Goiás

Uma instituição filantrópica que está sendo construída para atender doentes de câncer

A Associação para Cuidado de Câncer em Goiás, en­tidade sem fins lucrativos, fundada em 2014, foi criada com o propósito de dotar o Estado de Goiás de uma estrutura inteligen­te, equipamento de primeira li­nha em diagnósticos, construção multifuncional, para prevenção e combate ao câncer. A prefeitura de Inhumas acampou o projeto e doou uma área de 70.000 m² às margens da Go 070, Km 47. Trata­-se do Hospital de Câncer de Goiás, com projeto final de 600 leitos. As obras já começaram e a estimativa é de que em 90 dias a primeira eta­pa esteja em funcionamento.

A proposta é a de que o hospi­tal seja um centro de referência para diagnóstico, tratamento e pre­venção dos casos de câncer, com estrutura de primeira linha, dis­ponibilizando ambulatórios, en­fermaria, pronto-socorro 24 horas, clínica para diagnósticos, consul­tórios médicos e outros profissio­nais correlatos, para uma atuação multidiciplinar, além de um cen­tro de radioterapia e quimiotera­pia, laboratórios de análises clíni­cas e anatomia, centro cirúrgico, Uti, Cti, área de reabilitação, insta­lações para hospedagens e acom­panhantes além da estrutura de apoio como lanchonetes, restau­rantes, dentre outros e estaciona­mento para mil vagas.

A intenção é a de que haja 5 mil atendimentos mensais, entre con­sultas, exames e demais procedi­mentos, visando a humanização do paciente e de sua família.

Como entidade filantrópica, tem como objetivo o atender a de­manda reprimida com tratamen­tos, internações, diagnósticos e prevenção ao câncer em Goiás e no Brasil, com atendimento 100% pelo SUS (Sistema Único de Saúde), par­cerias são fundamentais. A inten­ção é firmar convênios com enti­dades socialmente reconhecidas, tanto no brasil quanto no exterior.

Wagner Miranda, presidente da ACCEG (Associação Para Cui­dado de Câncer em Goiás), médi­co e idealizador do projeto, pen­sou em realizar um projeto que pudesse proporcionar à comu­nidade em geral, sem distinção de qualquer ordem, atendimen­to ágil com estrutura física huma­nizada e eficiente, através de tec­nologia de ponta e corpo clínico preparado e capacitado.

OBRAS

As obras já são uma realida­de e a primeira etapa está sen­do levantada com a previsão de que em 90 dias o hospital esteja apto para atender 200 pessoas/ dia. Para a construção, as doa­ções voluntárias são fundamen­tais, de modo que tanto pessoas físicas como jurídicas participar, além de entidades públicas.

Em 2017 houve a ocorrência de 576.070 novos casos de câncer, incluindo os de pele não mela­noma. Desses, 49% (205.960) em mulheres e 51% (214.350) em ho­mens. Esses números precisam ser considerados. Excluindo os casos de câncer de pele não me­lanoma, estima-se um total de 420.310 novos casos.

Os tipos mais comuns entre as mulheres são o de pele não mela­noma, mama, colorretal, colo de útero e pulmão. Entre os homens, estão listados do de pele não me­lanoma, próstata, pulmão, color­retal e estômago. O câncer infan­til vem se alastrando de forma progressiva e corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação des­controlada de células anormais e pode ocorrer em qualquer local do organismo. As maiores ocor­rências são leucemias (que afe­tam os glóbulos brancos), siste­ma nervoso central e linfomas (sistema linfático).

Também são comuns en­tre crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de cé­lulas do sistema nervoso peri­férico, frequentemente de loca­lização abdominal), Tumor de Wilms (tipo de tumor renal), re­tinoblastoma (retina/fundo do olho), tumor germinativo (de cé­lulas que vão dar origem aos ová­rios ou aos testículos), osteossar­coma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores nas partes moles).

No Brasil, o câncer já repre­senta a maior causa de mortes (8%) por doenças entre crianças e adolescentes de 01 a 19 anos. Estima-se que ocorreram cerca de 12.600 novos casos de cân­cer em crianças e adolescentes no Brasil em 2017. As regiões Su­deste e Nordeste apresentam os maiores números de casos no­vos, 6.050 e 2.750, respectiva­mente, seguidas pelas regiões Sul (1.320), Centro-Oeste (1.270) e Norte (1.210), segundo do Inca (Instituto Nacional de Câncer do Ministério da Saúde).

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Artigo – 20 anos de desnutrição hospitalar

No Brasil, a taxa de desnutrição varia entre 40 e 60% em adultos hospitalizados e, durante a permanência no hospital, essa condição piora progressivamente, principalmente quando se trata de pessoas idosas e pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

A desnutrição aumenta em três vezes o tempo de internação, aumenta em quatro vezes o risco do desenvolvimento de lesões por pressão (conhecidas antigamente como escaras e úlceras) e aumenta consideravelmente o risco de mortalidade, mas apenas 7% dos pacientes são identificados como desnutridos. Então, fica a pergunta: se a prevalência no país chega a 60%, onde estariam os outros 53%?

Diante de todo esse cenário, com um projeto inovador, a Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (BRASPEN) criou uma campanha de combate à desnutrição hospitalar, intitulada "Diga não à Desnutrição!", visando tornar públicas informações sobre o distúrbio, sua prevalência e os problemas causados por ele. O objetivo principal, no entanto, é apresentar medidas simples que, quando aplicadas em conjunto, são capazes de melhorar a assistência ao tratamento prestado aos pacientes desnutridos.

Além disso, a ideia da campanha é ampliar a imagem que normalmente vem em mente quando se fala em desnutrição, ou seja, de crianças com a doença em decorrência da má-alimentação por fatores socioeconômicos, pois pouco se fala ou se conhece sobre a nutrição parenteral, administrada via endovenosa, e enteral, quando a ingestão dos alimentos é feita por sonda, em pessoas hospitalizadas que não conseguem se alimentar via oral.

Com o projeto, alertamos uma parcela importante da população adulta sobre a grande possibilidade de, ao ser internada, estar ou tomar-se desnutrida ao longo dos dias em que ficar no hospital. A causa da desnutrição é multifatorial, principal mente relacionada à doença de base do paciente, em especial se forem doenças crônicas, como insuficiência cardíaca, doença pulmonar, doenças inflamatórias intestinais e câncer. Os principais sinais de alerta para o diagnóstico, redução da aceitação alimentar e perda de peso, no entanto, podem ser detectados precocemente com medidas simples, como medir e monitorar o peso do paciente durante a internação e tratar a desnutrição, quando descoberta. Dessa forma, é possível evitar que, desnutrido, o paciente piore e sofra os riscos de reincidência de internação e mortalidade.

Dentre as metas de nossa campanha está levar a público as informações sobre o problema e fazer com que familiares e pacientes de pessoas hospitalizadas, também sejam agentes de cobrança e fiscalizadores durante o tempo de internação e, até mesmo, depois da alta.

Desnutrição hospitalar tornou-se um dos maiores problemas de saúde pública, que vem sendo negligenciado há mais de 20 anos. Um descaso que também sai caro para as casas de saúde que têm, com isso, um custo anual considerável. Temos certeza de que é possível reverter este quadro, com medidas simples nos hospitais, envolvendo profissionais de saúde, familiares e responsáveis pelos pacientes.

(Diogo Oliveira Toledo, nutrólogo e presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (BRASPEN))

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ISTOÉ ONLINE
Para 89% dos brasileiros, saúde é considerada péssima, ruim ou regular

Oitenta e nove por cento dos brasileiros classificam a saúde – pública ou privada – como péssima, ruim ou regular. A avaliação é compartilhada por 94% dos que possuem plano de saúde e por 87% dos que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo dados apresentados hoje (26) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

A pesquisa, realizada pelo Instituto Datafolha, tem abrangência nacional e ouviu 2.087 pessoas – 59% delas residentes no interior. A amostra, composta por homens e mulheres com idade superior a 16 anos, respondeu a um questionário estruturado que dispõe ainda sobre a expectativa dos brasileiros sobre a atuação dos próximos governantes e parlamentares em relação à assistência médica.

Para os entrevistados, os políticos que vencerem o pleito deste ano devem adotar medidas que combatam a corrupção na área da saúde (26%); reduzam o tempo de espera por consultas, exames, cirurgias e outros procedimentos (18%); aperfeiçoem a fiscalização dos serviços na rede pública (13%); fomentem a construção de mais postos e hospitais (11%); e garantam melhores condições de trabalho e de remuneração para médicos e outros profissionais da área (9%).

A valorização do SUS como política social relevante aparece com ênfase na pesquisa. Os números mostram que, para 88% dos entrevistados, o sistema deve ser mantido no país como modelo de assistência de acesso universal, integral e gratuito para brasileiros, conforme previsto em seus princípios e diretrizes legais.

De acordo com o estudo, 83% das pessoas ouvidas acreditam que os recursos públicos não são bem administrados; 73%, que o atendimento não é igual para todos; e 62%, que o SUS não tem gestores eficientes e bem preparados. Entre os 14 serviços disponíveis em postos e hospitais analisados pelo estudo, 11 foram alvo de críticas.

Os dados mostram que, entre os itens com maior dificuldade de acesso na rede pública estão: consultas com médicos especialistas (74%); cirurgias (68%); internação em leitos de UTI (64%); exames de imagem (63%); atendimento com profissionais não médicos, como psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas (59%); e procedimentos específicos como diálises, quimioterapia e radioterapia (58%).

A análise dos dados sugere que, de forma geral, a percepção de mau atendimento decorre de problemas registrados ao longo do processo, como o tempo de espera para ter uma resposta do SUS para uma demanda encaminhada, item apontado por 24% dos entrevistados.

Também são vistos como vilões a falta de recursos financeiros para o SUS (15%) e a má gestão administrativa e operacional do sistema (12%). Questões como a falta de médicos (10%) e a dificuldade para marcar ou agendar consultas, cirurgias e procedimentos (10%) completam o topo do ranking .

O tempo de espera é o fator com avaliação mais negativa do SUS – o item é apontado como maior gargalo na rede pública para 82% dos entrevistados que buscam consulta, 80% dos que precisam de um exame de imagem e para 79% dos que aguardam cirurgia.

Na semana de realização das entrevistas (9 a 16 de maio), 39% dos entrevistados declararam estar aguardando algum tipo de atendimento na rede pública, índice nove pontos percentuais maior do que o registrado em pesquisa semelhante realizada pelo CFM em 2014.

Para o presidente do CFM, Carlos Vital, os resultados da pesquisa demonstram claramente uma posição de insatisfação por parte da sociedade brasileira e não devem ser ignorados pelos candidatos ao pleito de outubro. "Esses números falam por si só. Precisamos ter mais sensibilidade política, financiamento mais adequado, gestão mais eficiente", concluiu.

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AGÊNCIA CÂMARA
Lei obriga notificação de casos de câncer ou malformação congênita

Serviços de saúde públicos e privados terão que notificar as autoridades de dois tipos de agravos à saúde: câncer e malformações congênitas. É o que estabelece a Lei 13.685/18, sancionada pela Presidência da República e publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (26).

A nova lei tem origem no Projeto de Lei 8470/17, da deputada Carmen Zanotto (PPS-SC). As novas regras entram em vigor daqui a 180 dias.

O texto original do projeto tratava da notificação obrigatória de doenças, agravos e eventos de saúde relacionados ao câncer, mas o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família, que incorporou também a comunicação compulsória de malformações congênitas.

O texto altera a Lei 12.732/12, que prevê o prazo máximo de 60 dias para o Sistema Único de Saúde (SUS) dar início ao tratamento de pacientes diagnosticados com câncer.

O objetivo da medida é identificar gargalos de assistência, diagnóstico, tratamento e prevenção dos diversos tipos de cânceres. Para Carmen Zanotto, a notificação e o registro compulsórios permitirão estabelecer dispositivos técnicos para o efetivo cumprimento da chamada “Lei dos 60 dias”.

O texto sancionado também altera a Lei 12.662/12, que assegura a validade nacional da Declaração de Nascido Vivo, documento que depois é substituído pela certidão de nascimento. Atualmente, a Declaração de Nascido Vivo contém o número de identificação nacionalmente unificado, gerado pelo Ministério da Saúde, além dos seguintes dados: nome do bebê; data, hora e município de nascimento; sexo; informação sobre gestação múltipla, se for o caso; além de dados sobre os pais. A nova lei acrescenta a obrigatoriedade de constar também a informação sobre nascimento com malformações congênitas.

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AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR
ANS divulga teto de reajuste para planos de saúde individuais

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fixou em 10% o índice máximo de reajuste a ser aplicado aos planos de saúde médico-hospitalares individuais/familiares no período compreendido entre maio de 2018 e abril de 2019. O percentual é válido para os planos de saúde contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98 – atinge, portanto, 8,1 milhões de beneficiários, o que representa 17% do total de 47,3 milhões de consumidores de planos de assistência médica no Brasil, de acordo com dados referentes a abril de 2018.

É importante destacar que o índice autorizado pela ANS é o percentual máximo que pode ser aplicado. Dessa forma, as operadoras não podem aplicar um percentual mais alto do que o autorizado, mas são livres para adotar índices inferiores ao divulgado pela ANS, ou mesmo manter suas mensalidades sem reajuste. 

Os consumidores têm o poder escolha. Caso entendam que seu plano de saúde não está lhes atendendo adequadamente, podem optar pela portabilidade para outra operadora. Para saber as opções disponíveis no mercado para contratação ou troca via portabilidade de carências, o interessado pode fazer comparações ao consultar o Guia ANS, no portal da Agência. Atualmente, 458 operadoras comercializam planos individuais de assistência médica no Brasil.

http://www.ans.gov.br/aans/noticias-ans/consumidor/4496-ans-divulga-teto-de-reajuste-para-planos-de-saude-individuais

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação