ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Moradores da capital reclamam de atendimento precário em Cais de Goiânia
Pacientes reclamam de falta de médico em unidades de Goiânia
Pacientes reclamam de falta de médicos em Cais de Goiânia
Hospital Materno Infantil
Família diz que hospital vazou notícia da morte de vereador após bariátrica
Entenda a polêmica do implante de chip com hormônio para fins estéticos
Em nota, Saúde diz que vai punir médicos “demitidos” que não forem trabalhar
Em seis anos, SUS desativa 10,1 mil leitos pediátricos
Número reduzido de UTIs exige soluções práticas para manutenção da vida
Cremego debate a prática médica e a prescrição de OPME e medicamentos
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Moradores da capital reclamam de atendimento precário em Cais de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/moradores-da-capital-reclamam-de-atendimento-precario-em-cais-de-goiania/5756163/
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Pacientes reclamam de falta de médico em unidades de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/pacientes-reclamam-de-falta-de-medico-em-unidades-de-goiania/5756132/
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Pacientes reclamam de falta de médicos em Cais de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/pacientes-reclamam-de-falta-de-medicos-em-cais-de-goiania/5756101/
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O POPULAR
Hospital Materno Infantil
A equipe multiprofissional do Hospital Materno Infantil (HMI) parabeniza o jornal O POPULAR pela forma consciente e equilibrada como foi conduzida a matéria publicada em 27 de março (segunda-feira) sob o título "Falhas em postos de saúde lotam hospital" escrita pelo jornalista Cleomar Almeida. Após a divulgação por parte do hospital da presença da bactéria Kleibisiella Pneumoniae Carbapenemase em dois pacientes internados na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin), muito se discutiu sobre a superlotação, mas ainda não havia sido explicado à sociedade a real importância de todos os profissionais envolvidos nos diversos níveis de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS) para que o atendimento ao paciente ocorra de forma satisfatória. Nesta reportagem, o jornalista deixou ao alcance da população a informação sobre a necessidade de um bom desempenho, desde a formação dos profissionais de saúde, passando pela atenção primária, secundária até a terciária.
Equipe do Hospital Materno Infantil
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PORTAL G1
Família diz que hospital vazou notícia da morte de vereador após bariátrica
Irmão de Jaime Ferreira afirma que informação circulou em redes sociais.
Político de Senador Canedo morreu após ficar 8 dias em UTI, em Goiânia
A família vereador de Senador Canedo Jaime Ferreira (PROS), de 28 anos, que morreu após fazer uma cirurgia bariátrica, em Goiânia, denuncia que o Hospital Samaritano, onde o procedimento foi realizado, divulgou a informação sobre a morte antes que os parentes fossem devidamente comunicados. Irmão do parlamentar, Jamilton Neres de Oliveira disse ao G1 que o assunto já era divulgado em redes sociais pelo menos uma hora antes da oficialização.
“Um enfermeiro da UTI [Unidade de Terapia Intensiva] me ligou por volta das 20h30 de sexta-feira [24]. Ele disse que a gente deveria ir até o hospital com os documentos do Jaime, pois ele não tinha resistido. Foi quando eu tentei falar com a minha mãe e ela já estava sabendo. Algumas pessoas viram a notícia circulando nas redes sociais, desde às 19h30 daquela data, e já tinham ido lá na casa dela. Foi uma situação muito difícil”, relatou.
Jamilton disse que, como o irmão era uma pessoa pública, muita gente ligava no hospital para saber sobre o estado de saúde dele. No entanto, família já tinha proibido a unidade de passar qualquer informação. “Eu mesmo pedi isso pessoalmente e pedi que não falassem nem mesmo com familiares por telefone. Não queria que o assunto ficasse circulando por aí, mas, infelizmente, vazaram logo a notícia da morte”, reclamou.
O G1 entrou em contato com o Hospital Samaritano, nesta segunda-feira (27), e a gerente de pessoas Marina Rosa confirmou que um enfermeiro ligou para a família após a morte do vereador, na noite de sexta-feira. No entanto, ela ressalta que o funcionário pediu para que os parentes comparecessem com os documentos, mas não falou que o parlamentar tinha morrido.
“Não avisamos sobre morte por telefone, pois os familiares ficam muito abalados. Assim, o funcionário pediu que eles viessem até o hospital, mas, quando eles chegaram, já sabiam que ele tinha falecido. Ainda não sabemos o que aconteceu, como essa informação vazou, mas a situação está sendo apurada. Além disso, estamos reforçando a proibição aos funcionários sobre o uso de celular nas dependências do hospital, exatamente para que esse tipo de situação não ocorra”, ressaltou Marina.
Já a assessoria de imprensa do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) destacou que soube da suspeita de vazamento da informação sobre a morte do vereador pela imprensa e que vai apurar a conduta do hospital.
Jamilton diz que a família ainda estuda se vai entrar com uma ação contra a unidade de saúde. “É inaceitável que o hospital tenha uma conduta dessas. Imagina só como foi para minha mãe receber a notícia da morte desse jeito, por rede social. Não queremos que isso se repita com mais ninguém”, afimrou.
Morte
O vereador morreu após ficar oito dias internado na UTI do Hospital Samaritano. Segundo o irmão, a cirurgia de redução do estômago foi realizada no último dia 14. Dois dias depois, Jaime apresentou um sangramento e precisou ser operado novamente.
“Depois disso ele voltou para o quarto e, aparentemente, estava bem. No entanto, apresentava uma tosse e falta de ar. Foi quando, no dia 17, ele acabou indo para a UTI, onde ficou até a última sexta-feira, quando morreu”, contou o irmão.
Segundo Jamilton, durante o período de internação, o médico que fez a cirurgia chegou a dizer que Jaime estava indo bem e que, inclusive, teria alta médica.
“Até agora não sabemos o que aconteceu de verdade, pois não conseguimos falar com o médico. Mesmo enquanto meu irmão estava na UTI a gente tinha dificuldade em saber dele qual era a situação. Ele nunca nos acompanhava durante as visitas e era muito difícil encontrá-lo no hospital. Isso é o que deixa a gente indignado, pois em uma das poucas vezes que ele falou conosco disse que o Jaime estava bem”, reclamou.
O irmão revelou que o vereador sabia que o procedimento era de alto risco, mas mesmo assim quis ser operado. “Ele fez todos os exames pré-operatórios e estava bem, eu mesmo o acompanhei durante os exames. Mesmo assim, a gente tentou convencê-lo de que ele não precisava da cirurgia, que podia emagrecer fazendo exercícios, mas ele tinha a personalidade forte e queria de todo jeito. Por isso decidimos apoiá-lo”, contou.
Jamilton destacou que ainda espera que o hospital e o médico contatem família para explicar o que aconteceu. “A princípio o que houve foi uma fatalidade, mas ainda precisamos saber de tudo o que aconteceu, todos os detalhes do atendimento dele, para ter uma real noção do que aconteceu. Até agora ninguém nos procurou para falar nada”, disse.
O G1 solicitou à Marina Rosa informações sobre o atendimento prestado ao vereador, por e-mail, e aguarda um parecer do hospital sobre o caso.
Desejo por emagrecer
Jamilton diz que o irmão pesava 115 kg e tinha 1,75 metro de altura. Para ele, o irmão não estava gordo, mas ainda assim encontrou na cirurgia uma forma de emagrecer rapidamente. “Ele sempre quis fazer a cirurgia, não conseguimos tirar isso da cabeça dele, infelizmente”, lamentou.
Amigos e colegas de trabalho de Jaime já tinham dito que ele era sedentário e não praticava esportes. “Eu falava para ele parar com isso, que ele não estava tão gordo assim. Todo muito até fez uma campanha e disse que ia caminhar com ele, mas ele dizia não. Fomos todos contra [a cirurgia], pois foi tudo muito rápido, mas ele tinha uma coisa de querer resolver as coisas em menos de 15, 20 dias. Aí aconteceu isso”, contou Solange Gouveia.
Durante o velório e enterro do corpo do parlamentar, que foi realizado no último sábado (25), todos estavam inconformados com a morte. “Ele era muito querido na cidade. Além de vereador, era professor, então, conhecia muita gente. Ninguém consegue acreditar ainda”, destacou Jamilton.
O prefeito de Senador Canedo, Divino Lemes (PSD), também lamentou a morte de Jaime. “Ele era muito querido, muito trabalhador. Não é porque faleceu, mas era mesmo muito trabalhador”, ressaltou.
Histórico
Jaime estava no seu primeiro mandato como vereador. Segundo a assessoria da Prefeitura de Senador Canedo, ele foi eleito como suplente do vereador Sérgio Bravo Jr (PROS), que assumiu a Secretaria de Esporte e Lazer. Assim, o parlamentar tomou posse do cargo.
Nascido em São Paulo, Jaime se mudou para Senador Canedo em 2002. Em novembro de 2006, aos 17 anos, começou a ministrar aulas como aluno substituindo um professor na escola onde foi velado. No ano seguinte, começou a cursar biologia e química e continuou a lecionar.
Anos depois, ao lado de irmãos, fundou uma rede de escolas na cidade, que mais tarde também passou a contar com a primeira faculdade e instituto de pós-graduação do município. Ele era solteiro.
Segundo amigos, Jaime era apaixonado pela sala de aula. “Ele foi um professor que, na sua extravagância, era ousado. Então ele fez diferença, ele fez história na Educação de Senador Canedo. A sua busca sempre foi pelo crescimento da Educação”, contou a ex-colega de trabalho do vereador, Rosana Rodrigues.
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O ESTADO DE SÃO PAULO
Entenda a polêmica do implante de chip com hormônio para fins estéticos
Aos 78 anos, o médico norte-americano Jeffry Life exibe abdôme sarado, peitoral definido e braços musculosos. Autor best-seller do New York Times , ele é um dos defensores mais famosos no mundo do implante do chip com hormônios para combater o envelhecimento. A técnica promete promover a perda de peso, aumentar o vigor físico e o tônus muscular, reduzir medidas, combater a TPM, melhorar a libido e acabar com acne e celulite. No entanto, a prática envolve uma gama de riscos – no Brasil, é proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
A promessa de ter um bom corpo sem fazer grandes esforços ronda o imaginário de muita gente. Neste caso, teoricamente você não faz nada: basta desembolsar a partir de R$ 3 mil para implantar um tubinho de silicone do tamanho de um fósforo no braço, abdôme ou nádega e esperar que o aparelho large no organismo, ao longo dos meses, hormônios que farão a mágica no corpo.
Também chamada de medicina anti-aging (antienvelhecimento, em inglês), a técnica é usada para fins estéticos e costuma seduzir muitas modelos – como é o caso de Ana Hickmann, Raica de Oliveira, Letícia Birkheuer e Thalyta Pugliesi, que exaltam os benefícios do chamado "chip da beleza" no site de um ginecologista famoso de São Paulo. Entre os hormônios utilizados, estão testosterona, progesterona, hormônio do crescimento (GH), estrógeno, estradiol, melatonina, cortisol, entre outros.
Especialistas consultados pelo E+ , no entanto, alertam para os perigos da prática. "Vemos meninas de 16 anos na onda fit que querem colocar implante de hormônio masculino para ficarem definidas. É um uso indiscriminado para uma finalidade puramente de culto ao corpo estético, deixando de lado as complicações que isso pode trazer", diz a endocrinologista Dolores Pardini, vice-presidente do departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
A ciência sabe, hoje, que hormônios regem todas as funções do nosso organismo, passando por fome, saciedade, libido, ovulação, crescimento e até batimentos cardíacos. Além de comandarem essas questões, eles também interferem entre si: há hormônios que promovem ou bloqueiam a ação de outros. Toda esse entrecruzamento é regulado naturalmente pelo corpo – e colocar o dedo no meio, se não houver déficit de algum hormônio, é cilada.
"O Dr. Jeffry Life, por exemplo, usa hormônio do crescimento para aumentar os músculos. Mas isso também aumenta o tamanho da próstata e do coração", explica Dolores, ressaltando que, quando o chip é usado para fins estéticos, não há déficit de hormônio no corpo, então a técnica acaba interferindo na saúde do indivíduo. "Usar hormônio sem necessidade pode fazer o corpo parar de produzi-lo naturalmente", alerta.
Prejuízos. O grande problema do implante do chip com hormônio para beleza é que faltam grandes estudos provando sua eficácia e segurança a longo prazo. Desde 2012, o Conselho Federal de Medicina proibiu a técnica – e o médico que aplica a prática pode ter a licença cassada.
Os possíveis prejuízos são inúmeros: desde o aumento de pelos do timbre de voz até mais riscos no desenvolvimento de câncer e doenças cardiovasculares, como AVC.
"O implante hormonal para fins estéticos pode causar maior risco de enfarte, AVC, trombose, embolia, câncer – sobretudo de mama, próstata e fígado -, além de doenças típicas do excesso de hormônio", cita a geriatra Elisa Franco, membro da Câmara Técnica de Geriatria do Conselho Federal de Medicina que participou da elaboração do parecer que sustentou a decisão do CFMde proibir o chip com hormônio para fins estéticos
A testosterona, por exemplo, é comumente usada no chip da beleza para proporcionar mais músculos e vigor físico. Mas uma pesquisa publicada em fevereiro no conceituado Journal of the American Medical Association mostrou que a reposição hormonal de testosterona em homens com mais de 65 anos, com déficit natural do hormônio por conta da idade, esteve associada a um maior volume de placas nas artérias coronárias – o que predispõe para acidentes cardiovasculares.
Já o hormônio do crescimento (GH) tem, entre seus efeitos, o poder de proporcionar mais ânimo e energia. Mas um estudo da Universidade de Ohio publicado no periódico da Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos, em 2010, observou dois grupos de ratos: um era geneticamente modificado para produzir mais do GH e o outro produzia normalmente a substância. Ao fim, as cobaias que fabricavam mais GH morreram bem mais cedo, em vez de viverem mais.
Ao E+ , o Conselho Federal de Medicina emitiu uma nota na qual ressalta que o implante de chip com hormônios para fins estéticos é uma prática proibida pelo Conselho e que o método deve ser usado exclusivamente em caso de deficiência comprovada do hormônio – como pessoas com hipotireodismo, que tomam o hormônio TSH. Ou no caso de doenças para as quais o uso de hormônios ajude no tratamento – como corticoides, usados para doenças reumáticas e algumas alergias.
Diz, ainda, que "a utilização de hormônios em pessoas que não apresentam deficiências hormonais está contraindicada, pois pode ser acompanhada por vários efeitos colaterais". Por fim, o CFM afirma que "é vedado ao médico realizar atos não consagrados nos meios acadêmicos ou ainda não aceitos pela comunidade científica" e que "o paciente que se sentir prejudicado pode denunciar o caso ao Conselho Regional de Medicina (CRM) do Estado onde ocorreu o procedimento, que apurará os indícios de irregularidades. Em caso de condenação em processo ético-profissional, o médico acusado fica sujeito às penalidades previstas em lei".
Elisa Franco explica que, quando a comissão foi levantar estudos acerca da técnica ou do uso de hormônios, restaram pouquíssimas pesquisas relevantes, não o bastante para sustentar que a técnica é segura. "Não há evidências consistentes sobre os benefícios, e há muitos riscos. Nossa expectativa de vida cresce cada vez mais, mas não temos conhecimento dos efeitos dessa técnica a longo prazo, para daqui a 10, 15 ou 20 anos" diz Elisa.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) enviou uma nota ao E+ , assinada pelos presidentes da entidade, na qual afirma que "a utilização de hormônios em pessoas que não apresentam deficiências hormonais está contraindicada" e que "pode ser acompanhada por vários efeitos colaterais".
"Médicos e outros profissionais da saúde que utilizam hormônios no tratamento de pacientes sem deficiências hormonais e que geram efeitos adversos e complicações podem ser penalizados pelos conselhos profissionais pela má prática da medicina", segue a nota, ressaltando que a SBEM não reconhece a modulação hormonal com finalidades estéticas.
Nos Estados Unidos, meca da medicina anti-aging e onde o Dr. Jeffry Life atua, cada Estado tem autonomia para regular a questão – mas a maioria proíbe a prática. No fim das contas, para envelhecer de forma saudável, a fórmula você já conhece. "Tem que fazer atividade física e mental, ter uma boa dieta e uma boa relação interpessoal", resume a geriatra Elisa Franco.
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JORNAL OPÇÃO
Em nota, Saúde diz que vai punir médicos “demitidos” que não forem trabalhar
Por Marcelo Gouveia
Mesmo após ordem que rescindiu contrato de profissionais, pasta afirma que o não comparecimento às unidades pode resultar em penalidades graves. Categoria contesta
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) emitiu nota na manhã desta terça-feira (28/3) em que confirma que irá punir os médicos credenciados à pasta que não forem trabalhar, mesmo após ordem publicada na última semana no Diário Oficial que rescinde os contratos dos 480 profissionais.
A pasta argumenta que os contratos estão em vigor até o final dessa semana e que, por isso, os credenciados devem continuar em seus postos de trabalho. “O descumprimento das cláusulas do contrato vigente – tais como o não comparecimento à unidade de serviço sem justificativa legal – poderá ensejar penalidades previstas que vão desde a advertência até a proibição de prestar serviços junto à administração pública por até 5 anos”, alerta o comunicado.
Acontece que os profissionais alegam estar, em teoria, dispensados do serviço, uma vez que tiveram os contratos rescindidos por meio de edital. “Depois houve reiteração apenas verbal ou através de memorando, o que não se sobrepõe ao Diário Oficial”, explica ao Jornal Opção um dos médicos credenciados.
Publicada no Diário Oficial de quinta-feira (23), a ordem para a “demissão em massa” fez com que os profissionais se mobilizassem na tentativa de negociação com a gestão Iris. Segundo a SMS, para continuar atuando no município, os médicos dispensados devem procurar a secretaria para aderir a um novo tipo de acordo contratual, o qual a categoria rejeita.
Entre os pontos considerados prejudiciais pelos médicos no novo contrato, estão o estabelecimento de multas em caso de faltas, a redução de salário em termos reais e a impossibilidade de escolha do local de trabalho. A categoria reforça que não está atrás de reajuste salarial, e sim de condições mais dignas de trabalho.
Confira abaixo a íntegra da nota publicada na manhã desta terça-feira nas redes sociais da SMS:
A SMS publicou no dia 23 último um novo edital de chamamento público para credenciamento de médicos conforme as novas instruções do TCM, o que permitirá uma distribuição muito mais racional dos médicos nas unidades de saúde, ampliando especialmente o atendimento pediátrico ambulatorial e de emergência.
O credenciamento deve ser aberto a todo e qualquer médico disposto a prestar serviços ao sistema público de saúde na capital.
Nos novos contratos, cujo edital atende as instruções do TCM, o credenciado deverá optar por carga horária semanal de 20 ou 40 horas em ambulatório, emergência ou Programa Saúde da Família.
A tabela de valores de procedimentos médicos (anexo I do edital) tomou como parâmetro as remunerações mais elevadas contidas na tabela atual, sendo estes valores recentemente aprovados pelo Conselho Municipal de Saúde.
Os médicos hoje credenciados cujos contratos estão em vigor até o dia 31 de março poderão aderir ao novo contrato caso se interessem e já estejam habilitados ao novo edital.
Portanto, os credenciados cujos contratos estão em vigor devem continuar em seus postos de trabalho cumprindo o que está estabelecido em seus contratos. O descumprimento das cláusulas do contrato vigente – tais como o não comparecimento à unidade de serviço sem justificativa legal – poderá ensejar penalidades previstas que vão desde a advertência até a proibição de prestar serviços junto à administração pública por até 5 anos, conforme previsão contida na lei 8.666/93.
Os médicos interessados podem ter acesso ao edital através do link http://www.saude.goiania.go.gov.br/…/Edital_de_Chamamento_P… ou entrar em contato em dias e horários de expediente pelo telefone 3524-3822 ou ainda na sede da SMS.
SMS
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VEJA
Em seis anos, SUS desativa 10,1 mil leitos pediátricos
Entre 2010 e 2016, o Sistema Único de Saúde (SUS) fechou quase 10,1 mil leitos de internação em pediatria clínica (para pacientes de 0 a 18 anos), segundo levantamento inédito feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Em 2010, a rede pública tinha 48,2 mil vagas do tipo (entre leitos próprios e conveniados). Em 2016, caiu para 38,1 mil.
Só em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatais, estruturas necessárias para atender recém-nascidos em estado grave, faltam 3,2 mil leitos, conforme parâmetro da Sociedade de Pediatria. De acordo com a entidade, são necessários ao menos 4 leitos do tipo por mil nascidos vivos. No país, a taxa atual é de 2,9.
“É uma situação gravíssima porque as crianças muitas vezes chegam a um serviço de pronto-socorro e não têm para onde ser encaminhadas”, afirma Luciana Rodrigues Silva, presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria. Ela atribui a situação à falta de investimento do Ministério da Saúde na área. “Muitos serviços estão fechando as portas por uma questão financeira. Há ainda casos de unidades desativadas porque não têm profissionais suficientes no quadro.”
Fila em São Paulo
O estado que perdeu mais leitos pediátricos no período é São Paulo. A Defensoria Pública acumula casos de crianças da capital que só conseguiram vaga por decisão judicial ou cuja sentença favorável chegou tarde. “A fila é a coisa mais cruel que existe porque quem cuida da regulação dos leitos acaba tendo que brincar de ser Deus, organizando por gravidade os que vão conseguir”, afirma Flávio Américo Frasseto, defensor público da Infância e Juventude.
Morte de bebês em Goiás
Consequência do déficit de leitos pediátricos na rede pública de Goiás, a superlotação de uma unidade de tratamento semi-intensivo neonatal do Hospital Materno Infantil, referência em Goiânia, pode ter sido responsável pela morte de dois bebês por infecção hospitalar neste mês.
“Estamos investigando a raiz desse surto de KPC (superbactéria), mas, sem dúvida, a superlotação da Ucin (Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal) contribuiu para essa situação. Temos uma capacidade instalada de 22 leitos na unidade e, no período em que ocorreu o surto, estávamos com 36 bebês internados”, afirma Rita Leal, diretora regional do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), organização social que administra o Hospital Materno Infantil.
Ela explica que, embora a superlotação aumente o risco para os pacientes, o hospital não pode negar atendimento aos bebês e gestantes que procuram a unidade. “Somos um hospital porta aberta. Temos de atender a quem procura. No entanto, é claro que quando você tem uma superlotação, há problemas. A distância adequada entre os leitos não é respeitada e o número de profissionais é insuficiente para todos os pacientes”, afirma Rita.
Rita ressalta que, assim que o surto foi identificado, todas as providências foram tomadas para isolar os pacientes com suspeita de infecção e evitar novas contaminações. “Colocamos uma equipe exclusiva pra cuidar desses bebês,”, afirma. Procurada, a Secretaria de Saúde de Goiás não se manifestou.
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PORTAL HOSPITAIS BRASIL
Número reduzido de UTIs exige soluções práticas para manutenção da vida
Wataru Ueda
Segundo informações do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), o Brasil possui quase 41 mil leitos de UTI, sendo que metade está disponível para o SUS e a outra metade dedicada à saúde privada ou aos planos de saúde, que hoje é responsável pelo atendimento de aproximadamente 25% da população.
Contudo, segundo o levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), 70% dos estados brasileiros não têm número de leitos de UTI indicado pelo Ministério da Saúde para garantir o atendimento ideal. Segundo a portaria nº 1.101/2002, devem existir de 2,5 a três leitos hospitalares por cada 1 mil habitantes. A oferta necessária de leitos de UTI para atender a demanda deve ficar entre 4% e 10% do total de leitos hospitalares, isto é, um índice de um a três leitos de UTI para cada 10 mil habitantes.
A realidade é outra: há apenas 1,86 leito para cada grupo de 10 mil habitantes. Proporcionalmente, o SUS conta com 0,95 leitos de UTI para cada grupo de 10 mil habitantes, enquanto a rede privada tem 4,5 leitos para cada 10 mil usuários de planos de saúde, ainda segunda dados do CFM.
Diante desse cenário enxuto, o uso da tecnologia é cada vez mais valioso para agilizar os atendimentos. Entre os aparelhos essenciais para a manutenção da saúde em tratamento intensivo estão os ventiladores pulmonares. Como as ações dentro de uma UTI devem ser rápidas, os equipamentos precisam ser um ponto de apoio para os profissionais. Neste momento, o uso de um equipamento simples faz toda a diferença.
Nós, empresas do setor de saúde intensiva, devemos pensar nos enfermeiros e técnicos que manuseiam os equipamentos, para deixar a interface de nossos produtos mais simples. Devemos desenvolver soluções para suprir as reais necessidades das equipes de emergência e centros de tratamento intensivos, especialmente diante de um cenário enxuto de números de leitos. É nosso papel sanar obstáculos e colaborar com um atendimento de saúde de qualidade. Nós sempre trabalhamos com a premissa de ajudar a preservar vidas e podemos afirmar que nosso olhar em direção à real necessidade da saúde já ajudou a preservar mais de um milhão de vidas.
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CREMEGO
Cremego debate a prática médica e a prescrição de OPME e medicamentos
Com a participação de médicos, de diretores e conselheiros do Cremego e de representantes do setor hospitalar, de sociedades de especialidades médicas e da Unimed Goiânia, Ipasgo e grupo Unidas – os maiores compradores de serviços médico-hospitalares no Estado -, o Conselho realizou, no dia 23 de março, uma sessão plenária para debater a prática médica e a prescrição de órteses, próteses, materiais especiais (OPME) e medicamentos. O debate foi baseado na aplicação da Resolução Cremego número 98/2016, que estabelece critérios norteadores da relação entre médicos e as indústrias de OPME e medicamentos.
Em vigor desde 16 de dezembro do ano passado, quando foi publicada no Diário Oficial do Estado, a resolução veda ao médico prescrever medicamentos, órteses, próteses e materiais, bem como utilizar métodos diagnósticos baseados em recompensas, como recebimento de gratificações ou pagamentos de inscrições em eventos e viagens, bem como qualquer outra forma de vantagem. A norma também corresponsabiliza os diretores técnicos e clínicos dos hospitais quanto à normatização dos fluxos da correta utilização desses materiais especiais.
O vice-presidente do Cremego, Aldair Novato Silva, leu o texto da resolução, que foi debatida pelos participantes. Houve críticas à disparidade de preços de órteses e próteses praticados em diferentes regiões do País, à remuneração dos médicos, às glosas feitas por operadoras de planos de saúde, ao alto custo de contas hospitalares, ao desperdício e à prescrição excessiva ou desnecessária de OPME com o objetivo de aumentar os ganhos do profissional – uma prática que já foi alvo de ação policial em vários Estados.
Presidente da Unimed Goiânia, Sizenando da Silva Campos Júnior, ressaltou que a resolução dá um importante passo para alcançar o equilíbrio entre o papel dos médicos, hospitais e operadoras na relação com a indústria de OPME e medicamentos. “Pois, hoje, nenhuma das partes está satisfeita”, disse. As operadoras, segundo os representantes do setor, têm um alto gasto com essas prescrições; os hospitais alegam não receber adequadamente pelos custos que envolvem o uso dos produtos nas cirurgias e os médicos se queixam da baixa remuneração e de restrições para a utilização de determinados medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais.
O presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, ressaltou que uma resolução similar, editada em 2015 pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), revolucionou a relação entre médicos e a indústria de materiais e medicamentos no Estado. A expectativa é que aconteça o mesmo em Goiás e que as mudanças venham melhorar o mercado, assegurando a sustentabilidade das operadoras de planos de saúde, a adequada remuneração dos médicos e hospitais e, principalmente, o bom atendimento aos pacientes. Ele defendeu a adoção de protocolos e diretrizes para o uso de OPME e chamou a atenção dos diretores técnicos e clínicos dos hospitais para suas novas responsabilidades previstas na resolução.
Representando a Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (Aheg), Adelvânio Francisco Morato, observou que o que encarece as contas hospitalares não é o uso dos materiais, mas o ganho inadequado de médicos e de outros profissionais envolvidos na utilização de OPME. Presidente do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg), José Silvério Peixoto Guimarães, defendeu a melhoria dos honorários médicos e que os hospitais tenham centros de compras habilitados para a aquisição de produtos com qualidade, bom preço e registro na Vigilância Sanitária.
Conselheiro do Cremego, Adriano Alfredo Brocos Auad, disse que a resolução visa a defesa da ética médica e o combate à má prática de aumento dos ganhos com o recebimento de comissões pagas pela indústria farmacêutica e de materiais. O presidente do Cremego, Leonardo Mariano Reis, explicou que cada vírgula da resolução foi estudada pelos conselheiros e que o texto aprovado e em vigor deverá ser cumprido por todos os médicos.
“O Cremego tem o papel de legislar e zelar pela ética médica e está fazendo isso”, disse o presidente, ressaltando que o Conselho vai fiscalizar o cumprimento da resolução e encaminhar as denúncias de irregularidades ao Ministério Público. O Conselho está atento a indicações indevidas de OPME e ao recebimento de vantagens, práticas que, segundo o presidente, ferem a ética médica e também ameaçam a sobrevivência das operadoras de planos de saúde. “É melhor a classe médica se adequar à resolução, que foi profundamente estudada, pois vamos fiscalizar seu cumprimento”, alertou.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação