ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
• Pacientes não conseguem atendimento no fim de semana, em Goiânia
• Menina com perna maior que a outra espera há quase um mês por raio-X, em Goiânia
• Mais hospitais ou mais serviços de saúde?
• Site orienta profissionais quanto a interações medicamentosas
• Ouvidorias de planos respondem dentro do prazo, diz ANS
• Artigo – Parto cesárea X normal
• Maior concentração de mortes em Goiânia é acima de 81 anos
• Novo tratamento até dezembro
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Pacientes não conseguem atendimento no fim de semana, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/pacientes-nao-conseguem-atendimento-no-fim-de-semana-em-goiania/4349838/
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Menina com perna maior que a outra espera há quase um mês por raio-X, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/menina-com-perna-maior-que-a-outra-espera-ha-quase-um-mes-por-raio-x-em-goiania/4349784/
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SAÚDE BUSINESS
Mais hospitais ou mais serviços de saúde?
Por Verena Souza
É sempre bom dar uma olhada no que está acontecendo fora do Brasil, para antever tendências ou traçar paralelos para o que se deve ou não fazer, investir, replicar em termos de gestão. Lendo sobre o possível reaquecimento do mercado de construção hospitalar nos EUA, me veio em mente que esta também é uma indústria com grande potencial no Brasil, já que o País tem menos leitos de hospitais que o mínimo recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Dos quase 7 mil estabelecimentos hospitalares, 88% possuem menos de 150 leitos. E para agravar a situação, nos últimos quatro anos, 13 mil leitos de terapia intensiva do SUS foram desativados, enquanto estimativas apontam que precisaremos de mais de 13 mil leitos a cada três anos.
Entretanto, olhando o atual cenário, com o avanço do envelhecimento, cabe uma pergunta: construir mais hospitais resolveria a necessidade do mercado ou o caminho seria aumentar investimentos em serviços de saúde com foco em promoção e prevenção?
Um levantamento da publicação Modern Healthcare conta que, depois do mercado norte-americano ter focado intensamente em soluções de TI em Saúde, a indústria de construção demonstra ganhar fôlego novamente. E a maior parte dos investimentos tem sido para serviços ambulatoriais de saúde, ou seja, unidades menos custosas. Além disso, constatou-se que as redes de hospitais estão abrindo serviços de emergências independentes.
E, com relação aos pacientes internados, os hospitais buscam ser mais competitivos nas especialidades que trazem maiores margens.
As características comuns entre os novos projetos são: maiores espaços para atividades de pesquisa, quartos projetados para serem cada vez mais aconchegantes para os pacientes e incorporação de novas tecnologias, como a possibilidade de realizar videoconferências em cada quarto.
Também é cada vez mais comum a construção de unidades integradas, em que o paciente possa realizar suas consultas e procedimentos de diagnósticos em um único local, o que abre também oportunidades para parcerias entre as instituições.
Talvez a pergunta mais hospitais ou mais serviços de saúde, que acabam contemplando os hospitalares, não dá para ser respondida objetivamente. Mas vale a reflexão “para onde vamos” diante do aumento da demanda e das novas construções de saúde que começam a surgir.
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Site orienta profissionais quanto a interações medicamentosas
Criado em 2010 para orientar médicos e especialistas quanto às interações medicamentosas, o site Hep Drug Interactions, da Universidade de Liverpool, é uma importante ferramenta no tratamento das hepatites virais. Um treinamento para profissionais de saúde sobre como utilizar o site aconteceu nesta sexta-feira (24), durante a 18ª edição do Simpósio Hepatologia do Milênio.
“Através do portal, o médico pode gerenciar o tratamento de seus pacientes e ver como os medicamentos interagem entre si, para que tenham a eficácia desejada”, declarou o professor de farmacologia da Universidade de Liverpool, David Back, coordenador do site. A página, que possui cerca de 10 mil acessos diários, também apresenta as possíveis consequências das interações de medicamentos utilizados para o tratamento de agressões ao fígado com vitaminas e ervas, como ginkgo biloba, por exemplo.
O site se propõe a oferecer informações clinicamente úteis e atualizadas sobre as interações, livremente disponíveis para os profissionais de saúde, pacientes e pesquisadores. Estes dados também estão disponíveis no aplicativo HEP iChart, disponível para Android e iOS.
Durante três dias, o Simpósio Hepatologia do Milênio 2015, coordenado pelo médico hepatologista Dr. Raymundo Paraná, reuniu mais de mil profissionais de diversas unidades da federação, além de países latino-americanos, Angola e Portugal. Realizado há 18 anos na capital baiana, o Simpósio tem como objetivo o treinamento multidisciplinar para acompanhamento das doenças do fígado.
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Ouvidorias de planos respondem dentro do prazo, diz ANS
Na semana passada, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) divulgou relatório inédito mostrando que das 1.425 operadoras de planos de saúde ativas no país (dados de dezembro de 2014), 1.320, o equivalente a 93%, possuem ouvidorias cadastradas em cumprimento à Resolução Normativa n° 323/2013. E que mais de 89% das ouvidorias respondem conclusivamente suas demandas dentro do prazo de sete dias úteis estipulado pela legislação. Os dados fazem parte do primeiro levantamento feito pela ANS junto às ouvidorias depois que a normativa entrou em vigor.
O relatório contempla informações sobre as demandas recepcionadas pelas ouvidorias e avalia o empenho das equipes no controle dos serviços e na busca de solução para os problemas relatados pelos usuários. Para isso, são descritas as características das demandas recebidas ao longo do ano; o tempo médio de resposta conclusiva ao demandante; e a situação atual de recomendações.
Com isso, a ANS afirma buscar proporcionar aos beneficiários um canal de atendimento com escuta qualificada, diferenciada dos Serviços de Atendimento ao Cliente (SAC). Segundo a Agência, as ouvidorias são uma forma de reduzir assimetria de informações do mercado e a judicialização dos conflitos.
Análise das demandas recebidas – Das 1.320 ouvidorias cadastradas, 1.241 (94%) enviaram relatórios à ANS, cumprindo com a obrigação de envio de informação. Destes, 804 (64,8%) foram considerados aptos para análise dos dados referentes às demandas recebidas pelas unidades de ouvidoria das operadoras. Foram excluídos da análise formulários com informações preenchidas com o numeral zero, com dados incompletos para os campos referentes às demandas ou por conterem dados inconsistentes. Mais de 89% das ouvidorias informaram que respondem conclusivamente suas demandas dentro o prazo de sete dias úteis estipulado pela Resolução Normativa nº 323.
Em 2014, as 804 unidades de ouvidoria recepcionaram 800.239 manifestações/demandas de seus 68,1 milhões de beneficiários. No mesmo ano, a ANS recebeu 328.935 demandas de consumidores através de seus canais de atendimento. Comparativamente, as unidades de ouvidorias das operadoras receberam aproximadamente 2,5 demandas para cada grupo de 1.000 beneficiários a mais que os canais de atendimento da ANS.
De uma forma geral, o telefone é o canal de atendimento mais utilizado pelos consumidores (58,6%). O tema mais frequente das demandas foi prestação do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), com aproximadamente 35%, seguido de cobertura assistencial (23,2%), rede credenciada/prestadora (18,6%), questões administrativas (11,8%) e financeiras (11,6%). No geral, a consulta foi o tipo mais frequente de demanda, com aproximadamente 63% das manifestações, seguida de reclamação (32,9%), elogio (2,3%), sugestão (1,4%) e denúncia (0,4%).
Em relação às reclamações recebidas pelas ouvidorias, 32,4% se referem à rede credenciada/prestadora (dificuldade de marcação de consulta/agendamento, falta de prestador, mau atendimento por parte do prestador, descredenciamento de rede); 22,4% a questões administrativas (relação comercial entre operadora e consumidor, corretores, carteirinhas, contratos); 17,7% a questões financeiras (reajuste, boletos, cobranças, reembolso); 14,1% a assuntos pertinentes à cobertura assistencial (autorização, negativa de cobertura/atendimento, demora na liberação de material); e 13,4% a SAC.
O relatório mostra ainda que aproximadamente 88% (1.079) das unidades de ouvidoria não possuem sistema avaliação de seu atendimento pelo usuário. Das 11,7% ouvidorias (143) que possuem tal serviço, o atendimento foi muito bem avaliado; o conceito bom recebeu 40,6% (58 ouvidorias) e ótimo teve 31,5% (45 ouvidorias). Uma pequena parcela considera o serviço regular ou ruim, 1,4% e 2,1%, respectivamente.
As operadoras que ainda não cadastraram suas respectivas unidades de ouvidoria e/ou não enviaram os relatórios à ANS nos prazos normatizados estão sujeitas a multa no valor de R$ 25 mil. As informações recebidas pela ANS serão compiladas, analisadas e divulgadas anualmente.
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O POPULAR
Artigo – Parto cesárea X normal
Conta a história que em 1.500, em uma cidade na Suíça, Jacob Nufer, um homem simples, ao se deparar com o sofrimento de sua esposa na hora do parto, resolveu fazer uma incisão em seu abdômen. Após a retirada do bebê, fechou o corte de modo que tanto a mulher como o bebê sobreviveram em perfeitas condições. Lendas e sagas provenientes da mitologia também tentam explicar como surgiu a cesariana: Apolo, um dos deuses gregos, abriu o ventre de Corônis, enquanto agonizava em uma fogueira, fazendo nascer seu filho, Esculápio, o Deus da Medicina.
Não se sabe ao certo a origem da cesariana; apenas no século XVIII esta prática passou a fazer parte das salas de parto, mas, em virtude do alto índice de mortalidade materna, eram feitas apenas em casos especiais.
Não existem dúvidas de que o parto cesariano, desde sua origem, veio com o objetivo de preservar a vida, seja ela materna ou fetal. Entretanto, os altos índices de cesarianas realizadas em nosso país justificam este objetivo? Não, infelizmente não!
Enquanto que o índice recomendado pela OMS é de 15%; em nosso país, este índice fica em torno de 50%, podendo chegar a 84% na rede privada e 40% no Sistema Único de Saúde (SUS). Será que a mulher brasileira apresenta mais indicações à cesariana do que as demais mulheres?
Recentemente, a recomendação do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Saúde (ANS), de janeiro desde ano, que tem como objeto a redução do número de cesáreas com a sua realização somente quando de fato haja indicação médica, gerou polêmica e ainda tem gerado entre médicos, pacientes e planos de saúde, que contestam não o benefício do parto normal para a mãe e a criança, mas o modo e as regras desta mudança e como foram impostas.
Polêmicas à parte, o que acredito ser importante destacar é que o parto normal está dentro das atitudes e preceitos que se enquadram no que é preconizado nos tratamentos chamados mais humanizados e tão buscados pelas instituições de saúde, privadas ou públicas, que têm como objetivo o ganho tão somente do paciente.
Acho o momento oportuno para a reflexão sobre a real necessidade de se realizar uma cesariana, pois, apesar da comodidade, todo procedimento cirúrgico tem um risco e muitas vezes os benefícios da dor do parto superam qualquer risco desnecessário.
Se o modelo esperado será de fato alcançado só o tempo para saber e árduas mudanças de comportamento, cultura, conhecimento e conscientização de pacientes e médicos; mas que cada um faça o seu papel para o sucesso dessa empreitada: pré-natais mais bem acompanhados, uma maior confiança e cumplicidade entre obstetra e gestante e partogramas mais rigorosos, que são exigência do SUS. Tudo com o objetivo de gerar vida, o nosso objetivo primordial.
Antônio Leonardo Gonçalves Leite é diretor-técnico do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime, em Pirenópolis
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Maior concentração de mortes em Goiânia é acima de 81 anos
É a primeira vez em seis anos que idosos são público com maior número de vítimas entre as faixas etárias
Cleomar Almeida
Pela primeira vez nos últimos seis anos, a concentração de mortes por dengue está na faixa etária acima de 81 anos em Goiânia, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Sete pessoas desse grupo já morreram neste ano, de janeiro até o início de julho, segundo o último levantamento. Especialistas alertam que os mais idosos devem ficar em alerta e são mais suscetíveis por terem outras doenças associadas.
Os sete casos de morte registrados entre pessoas acima de 81 anos, no último semestre, já é quase o total acumulado, nessa faixa etária, na capital, nos cinco anos anteriores. Entre 2010 e 2014, a dengue matou oito idosos desse grupo na cidade. Considerando todas as faixas de idade, o número de pessoas que morreram chega a 135 (veja quadro).
Superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim lembra que a capital registrou, neste ano, o maior número de casos de dengue, historicamente. Segundo ela, apesar de pessoas entre 20 e 40 anos de idade contraírem mais a doença, idosos e pessoas com outras doenças associadas, independentemente da idade, são as que mais morrem por dengue. “A situação se agrava se a pessoa com doença pré-existente for idoso”, observa.
Cerca de 60% das pessoas que morrem por dengue têm outra doença associada, como diabetes e hipertensão, confirma a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), Maria Cecília Martins Brito. “É claro que a faixa etária que tem, de forma mais grave, diabetes e hipertensão, é a dos mais idosos”, disse.
Cuidado triplicado
Pessoas com problemas cardíacos também entram no grupo das que devem redobrar a atenção, além das que são diagnosticadas com diabetes e hipertensão. O alerta é do coordenador de Controle de Dengue da SES, Murilo do Carmo Silva. “É preciso ter cuidado maior com os pacientes hipertensos, diabéticos ou com cardiopatias. Nos hospitais, os profissionais devem garantir um olhar diferenciado para eles”, asseverou ele.
A expectativa de vida maior pode ser um dos fatores que teriam provocado o aumento de casos de morte por dengue entre pessoas com mais de 81 anos, apesar de ainda não haver estudo científico que comprove a relação. É o que pontuou Flúvia, reconhecendo a possibilidade de mudanças de estratégia para combater o mosquito Aedes aegypti e de prevenção da dengue. “Temos uma população que está envelhecendo. A chance de encontrarmos, no futuro, situações como essa, é real, por isso a importância de avaliar e propor novas estratégias”, ressaltou.
Para Marilia Cecília, outro fato agravante é a circulação de quatro tipos de vírus da dengue. “Isso faz com que a pessoa que tem a doença pela segunda, terceira ou quarta vez, a tenha de forma cada vez mais grave”, afirmou. “Quando se contrai dengue, é preciso tratar a pessoa de maneira adequada. Hoje, vários hospitais já sabem disso e conduzem o paciente de maneira correta”, emendou o coordenador de Controle de Dengue da SES.
A partir de 2008 e 2009, o Ministério da Saúde (MS) percebeu que focar, prioritariamente, no controle de larvas e de insetos, assim como apenas sensibilizar a população, não estava sendo uma estratégia de sucesso, como lembrou a superintendente de Vigilância em Saúde da SES. “Então, voltamos o olhar para o atendimento aos doentes. Para isso, é necessário garantir preparo na forma como a pessoa é tratada na atenção básica, no primeiro momento”, explicou, acrescentando que o Estado e os municípios têm trabalhado para capacitar os profissionais da área. “Há casos em que o paciente chega e pede os exames, mas não são feitos os exames necessários”, lamentou.
beba água
Ao apresentar qualquer sintoma da dengue, a pessoa, principalmente idosa, por ser mais suscetível às consequências trágicas da doença, deve tomar água, como sugere Maria Cecília. “Se tomar água, ela ganha tempo no tratamento”, orientou. Ela também reforçou que os profissionais devem tomar bastante cuidado no atendimento aos pacientes, nas unidades de saúde, com a aplicação de soro, para que não haja excesso.
Além de tomar bastante água, quem tiver suspeita de dengue não deve se automedicar, reforçou Flúvia. “Goiânia tem casos de dengue durante todo o ano. Existe aumento de casos no verão mas, mesmo agora no período de seca, a gente continua registrando casos”, alertou.
População continua descuidada
Márcio Leijoto
Desde o começo de julho, o número de novos casos suspeitos de dengue começou a cair em Goiânia, assim como no restante do Estado. Dois fatores influenciaram nisso: o fim do período de chuvas em maio e o fato de que o tempo de sobrevivência do mosquito transmissor é de 45 dias.
Após uma forte epidemia que teve seu auge entre os meses de abril e junho, que levou o número de casos suspeitos neste ano superar o total registrado em todo o ano de 2013 (até então o pior ano da dengue), as autoridades comemoram a queda e dizem que já estamos fora da faixa de epidemia, apesar de os números estarem bem maiores que os registrados nos anos anteriores no mesmo período de tempo.
Relatório feito por agentes de saúde de Goiânia para o cálculo do índice de infestação de focos do mosquito Aedes aegypit em junho revelou que a falta de cuidado da população ainda é a principal responsável pelos números altos mesmo em julho. Isso porque os focos são encontrados principalmente em vasos de planta e pratos de suporte, vasos sanitários e tambores usados para armazenar água. Se antes esses tambores acumulavam água de chuva porque os moradores desejavam economizar água, agora, com o fim das chuvas, reaproveita-se água usada na lavagem de roupa, de louças e da casa. De acordo com Flúvia Amorim, diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, mesmo com produtos químicos, essa água serve como ambiente para os focos do mosquito.
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Novo tratamento até dezembro
BRASÍLIA – Um novo tratamento que amplia as chances de cura de pacientes com hepatite C estará disponível no SUS até dezembro deste ano, de acordo com o Ministério da Saúde. A nova terapia é composta pelos remédios daclatasvir, simeprevir e sofosbuvir, até então disponíveis apenas no exterior. Até aqui, pacientes recorriam à Justiça para fazer com que o SUS e os planos de saúde disponibilizassem os medicamentos, a custos que chegavam a US$ 250 mil.
Hoje, o tratamento disponível na rede pública, à base dos remédios boceprevir e telaprevir, tem chances de cura de até 47%. Com os novos remédios, o índice chega a 90%. Já o tempo de tratamento passa de um ano, em média, para três meses.
A possibilidade de trazer os medicamentos ao Brasil já havia sido aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início deste ano, mas ainda não havia previsão de data para inclusão dos remédios no SUS. Cerca de 30 mil pessoas devem ter acesso ao novo tratamento, segundo o Ministério da Saúde, contra os 15 mil atendidos anualmente.
O aumento ocorre pela possibilidade de beneficiar pacientes que não podiam receber os tratamentos antes disponíveis, como portadores de HIV, pessoas que passaram por transplante ou que não respondiam aos demais medicamentos.
Protocolo
A inclusão dos três medicamentos faz parte do novo protocolo clínico para diagnóstico e tratamento da doença, divulgado pelo governo ontem. “É uma revolução no tratamento da hepatite C nos moldes do que ocorreu com a Aids e os coquetéis”, compara o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Segundo ele, o valor a ser investido com a nova terapia – só neste ano, serão R$ 500 milhões – é 2,5 vezes menor que o aplicado atualmente, devido a descontos de até 90% obtidos no preço dos produtos. Além dos medicamentos, o novo protocolo incorpora ao SUS três novas alternativas de exames capazes de detectar complicações por hepatite C e que definem a necessidade de início do tratamento.
Antes, isso era possível apenas por meio de biópsia. “Era um procedimento invasivo, que poucos hospitais tinham condições de fazer”, explica Fábio Mesquita, do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. Agora, há possibilidade de adotar outros modelos, por meio do cruzamento do resultado de exames de sangue ou por uma elastografia hepática, exame que verifica o grau de comprometimento do fígado.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação