Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

Grupo de estudos do Sindhoesg promove palestra de capacitação em segurança do paciente

Especialistas da Vigilância Sanitária de Goiânia, Thaís Araújo, Carlos Caixeta e Solange Fonseca, apresentaram modos de gerir riscos em ambientes hospitalares


Enfermeiros responsáveis pela segurança do paciente em hospitais filiados ao Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sidhoesg) participaram da palestra de capacitação “Vigilância Sanitária em Segurança do Paciente”. O evento foi realizado no dia 29 de junho, na sede do Sindicato, e fez parte das atividades do Grupo de Estudos da NR-32, criado em 2010 pelo Sindhoesg para discutir a segurança e saúde em unidades assistenciais da saúde.


No cenário em que cerca de 800 brasileiros morrem em decorrência de falhas evitáveis em hospitais públicos e privados, segundo pesquisa do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o evento buscou discutir diversos fatores da gestão de risco. A farmacêutica Thaís Araújo, especialista em Saúde Pública, ensinou aos alunos quatro maneiras de lidar com os incidentes: evitar, aceitar a existência destes, transferir a responsabilidade (pela contratação de um seguro, por exemplo) e reduzir.

“A evolução da segurança do paciente visa a redução do risco, pois é impossível evitá-los totalmente nos serviços de saúde. Por isso, prezamos pela prevenção, com a antecipação e o gerenciamento de possíveis casos”, explica Thaís Araújo, responsável por apresentar o tema “Inspeção em Gestão de Riscos Assistenciais”.
 

Para Carlos Caixeta, mestre em Cuidados de Enfermagem e especialista em administração hospitalar, cada profissional deve analisar quais os maiores riscos do local onde trabalha. Nos hospitais com emergência, por exemplo, são as quedas. Já nos que possuem UTI, as úlceras por pressão. “Além das consequências para os pacientes, a falta de uma política de segurança também gera o aumento de custos e processos judiciais para os estabelecimentos”, lembra ele.
 

Prática e teoria
 

Transmitir conhecimentos sobre segurança aos profissionais que trabalham diretamente com os pacientes é primordial, segundo Solange Fonseca, especialista em Assistência de Enfermagem na Rede Básica de Saúde e Controle de Infecção. Ao falar sobre “Evidências da implantação dos protocolos de segurança do paciente”, ela afirma que é preciso compreender as estratégias de gestão de riscos e adaptá-las à realidade de cada hospital.
 

A enfermeira Amanda Santos, do Hospital Vitta, conhece a necessidade de ajustar os ensinamentos à prática. “O que a gente vê no dia a dia nem sempre é o mesmo do que deve ser feito. Então, o treinamento nos atualiza e mostra o que precisamos fazer para implantarmos as medidas apresentadas onde trabalhamos”, reflete.
 

Para Kelly Policena, a palestra foi de grande importância. “É interessante um evento feito para nos passar essas informações, porque não basta apenas cobrar, também é preciso nos ensinar. Enquanto os palestrantes falavam, eu pensei em muitas coisas que podem ser implantadas onde trabalho”, revela a enfermeira do Instituto do Rim.
 

Apesar de os profissionais já atuarem na área, o treinamento é um reforço nos conhecimentos deles. “É importante essa aproximação da Vigilância Sanitária com os enfermeiros. Não temos dúvidas que eles já colocam em prática as maneiras de evitar incidentes, mas palestras assim ajudam a eliminar ainda mais os casos de quedas, medicações erradas ou pulseiras trocadas”, avalia a coordenadora do Grupo de Estudos da NR-32 do Sindhoesg, Luciene Potenciano.