Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 14/02/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
 

SAÚDE BUSINESS WEB
Saúde brasileira tem o sexto maior buraco comercial do mundo

País é o 14.º exportador de remédios e produtos de saúde e um dos nove maiores importadores do mundo. O balanço entre exportação e importação contribuiu para uma balança comercial negativa de US$ 4 bilhões em 2010
O Brasil possui 0,5% do mercado mundial de saúde, segundo dados publicados nesta última terça-feira (12/02) pela Organização Mundial da Saúde e pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Os números apontam que o País vem importando um volume cada vez maior de remédios e produtos de saúde, mesmo diante dos projetos do governo de financiar um fortalecimento do parque industrial nacional.
Atualmente os países ricos controlam 80% do mercado mundial de remédios e produtos de medicina. EUA e Europa, juntos, determinam 60% do mercado. Os dados apontam que a China começa a entrar na briga, na quarta posição, já se aproximando da Suíça, exportadora de remédios.
Já o Brasil aparece na 14.º posição como exportador de remédios e produtos de saúde, com 0,5% do mercado mundial. O México abocanha 1,4% do mercado, e a Índia, 2,6%.
Apesar de não ser um grande exportador, o Brasil figura entre os nove maiores importadores do mundo. Hoje, 7% de tudo o que o País importa é do segmento da saúde. O balanço entre exportação e importação contribui para uma balança comercial negativa de US$ 4 bilhões em 2010. Apenas cinco países tiveram um resultado pior, entre eles Japão e EUA.
Além disso, o País, em desenvolvimento, possui tarifas de importação superior às dos países ricos para o setor de saúde.
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Alerta sobre venda indiscriminada de hormônios femininos

Na opinião de angiologista muitos problemas poderiam ser evitados se as mulheres se submetessem a análises médicas de risco, que identificam predisposições por doenças na família, obesidade, sedentarismo ou tabagismo

A venda indiscriminada de hormônios femininos, como anticoncepcionais, pode agravar os riscos à saúde das mulheres, alertam especialistas. Ginecologistas lembram que o medicamento é vendido sem a exigência de receita médica em vários países, como os Estados Unidos, e cardiologistas alertam que a automedicação sem uma avaliação de predisposição da mulher pode acarretar problemas como a trombose e a embolia.
O angiologista e cirurgião vascular Calógero Presti, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, lembra que os riscos de hormônios usados como contraceptivos, para o tratamento de problemas como acne ou para reposição hormonal, por exemplo, são conhecidos há muito tempo e estão nas bulas dos remédios.
“Quando uma menina começa a menstruar, ela pode ir a uma farmácia e comprar o anticoncepcional. Isso é um problema sério. A rigor, esse tipo de medicamento tem que ser ministrado com segurança pelo ginecologista. Mas, em geral, elas procuram as amigas e os farmacêuticos em busca de orientações sobre qual anticoncepcional comprar”, disse o médico.
Na opinião de Presti, muitos problemas poderiam ser evitados se as mulheres se submetessem a análises médicas de risco, que podem identificar predisposições por histórico das doenças na família ou por obesidade, sedentarismo e tabagismo.
Pelas estatísticas médicas, o risco de formação de trombose feminina, considerando a população geral, não ultrapassa cinco casos em cada 10 mil mulheres. Quando a mulher começa a tomar pílula, a proporção passa a ser de nove casos para cada 10 mil mulheres.
“O hormônio condiciona o maior risco. Para quem toma progesterona e outros hormônios, aumentam os fatores de coagulação”, disse Presti, ao alertar que os cuidados prévios podem ser a única solução para o problema. “A trombose instala-se agudamente, ou seja, repentinamente. “É como um infarto do miocárdio. Ela não avisa que vai ocorrer. Você só sabe depois dos sintomas instalados e, muitas vezes, nem fica sabendo. A prevenção é muito complicada”.
O angiologista não é contrário ao uso dessa ou de outras pílulas, mesmo diante da ameaça que levou quatro mulheres à morte e da ocorrência de 125 casos de trombose venosa, entre pessoas que utilizavam o Diane 35, nos últimos 25 anos, em todo o mundo. Presti descarta qualquer pressão das indústrias. Segundo ele, o medicamento que se transformou em uma necessidade da mulher moderna que decide evitar gravidez ou tratar outros problemas deve, somente, ser utilizado com responsabilidade.
As mulheres que registraram problemas tinham idade entre 18 e 42 anos e sofreram acidentes vasculares variados, como embolia pulmonar ou derrame. As denúncias levaram o governo francês a suspender, até abril, a venda do Diane 35 no país. Estima-se que, antes dessa proibição, 315 mil mulheres tomavam o remédio na França.
“Na gestante há grande aumento de hormônios femininos, há alteração endocrinológica que vai preparar a mulher para o parto. E no caso da gestação, o risco de trombose, para se ter um exemplo, é muito maior. É de 30 casos para cada 10 mil gestantes. A trombose pode ocorrer em mulheres que tomam ou não a pílula”, avaliou.
O angiologista não acredita que o Diane 35 tenha características diferentes de outros hormônios, mas lembra que o medicamento não tem autorização para ser vendido como contraceptivo. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o remédio está registrado no Brasil desde 2002 pelo Laboratório Bayer S.A. para o tratamento de distúrbios andrógenodependentes na mulher, como a acne, principalmente nas formas pronunciadas e naquelas acompanhadas de seborreia, inflamações ou formação de nódulos, e para casos leves de hirsutismo (crescimento excessivo de pelos na mulher) e síndrome de ovários policísticos.
O registro médico dos casos de trombose desenvolvidos por mulheres que usam hormônios não é obrigatório, de acordo com as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela autorização de venda de medicamentos no país. A falta da exigência talvez explique a ausência de ocorrências no Brasil.
“Até o momento, não houve geração de sinal de risco sanitário no banco de dados do sistema de notificação da agência”, informou, em nota, a Anvisa, acrescentando que a bula do medicamento “já tem as informações de que o mesmo não deve ser utilizado na presença ou histórico de processos trombóticos/tromboembólicos arteriais ou venosos, como por exemplo trombose venosa profunda, embolia pulmonar, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral, bem como na presença ou história de sintomas e/ou sinais de trombose , como por exemplo episódio isquêmico transitório, angina pectoris”.
Ainda assim, casos de trombose desenvolvidos em pessoas orientadas por médicos foram relatados à Agência Brasil – um deles, o de Rosana Lopes Lima, do Rio de Janeiro, que usou o Diane 35 por dois meses. O medicamento indicado pela ginecologista foi suspenso pela própria médica quando Rosane começou a apresentar inchaço e endurecimento dos seios e mudanças significativas no corpo.
A Anvisa comprometeu-se a monitorar os casos e informou que só pode aprovar medicamentos para finalidades comprovadas em estudos apresentados para o registro. Destacou que o sistema de notificação é aberto a qualquer profissional de saúde e aos próprios usuários. “A solução está em uma conscientização dos profissionais sobre a importância de notificar esses eventos, sejam eles quais forem”, destacou a assessoria do órgão regulador.
Em relação à venda do medicamento, a Anvisa explicou que não há um comércio indiscriminado. “Anticoncepcionais não são medicamentos de venda livre. O problema passa por outra esfera que é o uso racional”, destacou.
A agência abriu edital recentemente para montar uma força-tarefa destinada a discutir soluções para o problema. A intenção é formar grupos que sensibilizem farmacêuticos, médicos e usuários sobre a exigência da receita médica para a compra de qualquer medicamento de tarja vermelha, como é o caso dos anticoncepcionais.
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Denúncias contra enfermagem crescem 220% em dois anos

Rápido crescimento e a falta de fiscalização de cursos técnicos, aliado a condições de trabalho inadequadas desses profissionais em hospitais públicos e particulares, preocupam os representantes da categoria

Em um ano, 124.342 novos técnicos de enfermagem entraram no mercado de trabalho no Brasil. De 2010 a 2011, o número desses profissionais aumentou 19,8%, aproximadamente 17 vezes mais que a taxa média de crescimento anual da população, que é de 1,17%. O rápido crescimento e a falta de fiscalização de cursos técnicos, aliado a condições de trabalho inadequadas desses profissionais em hospitais públicos e particulares, preocupam os representantes da categoria.
Em 2010, o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) recebeu 250 denúncias contra profissionais (entre técnicos, auxiliares e enfermeiros). O número subiu para 800 no ano passado, segundo o presidente da entidade, Mauro Antônio Pires Dias da Silva – alta de 220%. Como para cada enfermeiro há dois técnicos no País, estes acabam concentrando o maior número de erros de procedimento.
Hoje, a profissão é dividida entre enfermeiros, que têm graduação; técnicos de enfermagem, cuja formação exige ensino médio e curso técnico de dois anos; e auxiliares, que completam apenas o primeiro ano do curso técnico.
De acordo com reportagem do Estado de S. Paulo, para membros dos conselhos estaduais e federal de enfermagem, a escalada de técnicos, que somam mais de 750 mil de pessoas no País, ocorre de forma desenfreada. Eles apontam a falta de critérios mais rígidos para a criação de novos cursos técnicos como um dos problemas. Além disso, a fiscalização dessas instituições, cuja responsabilidade é pulverizada entre as Diretorias Regionais de Ensino, também é considerada falha – o que não ocorre no curso superior, cuja abertura e fiscalização cabem ao Ministério da Educação (MEC).
Dentre os problemas elencados por profissionais da área, a formação técnica é um dos mais citados. Muitos cursos técnicos, e até de graduação, são abertos em municípios onde não há hospital, apenas unidades básicas de saúde (UBS).
No caso de São Paulo, somente em 2011 os enfermeiros passaram a constituir a equipe que autoriza a abertura de cursos técnicos. Segundo a conselheira Neide Cruz, do Conselho Estadual da Educação (CEE), os cursos técnicos não são avaliados por ninguém.
Neide relatou ao Estadão que, diante dessa situação, os cursos de Enfermagem eram os que geravam preocupação do CEE pelas denúncias que passaram a vir à tona envolvendo estagiários e técnicos. Por esse motivo, com a Deliberação 105, de 2011, instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) passaram a se responsabilizar por esses pareceres em SP.
Dados sobre quantos cursos técnicos existem não são fornecidos pelas secretarias estaduais de Educação. Levantamento informal feito pelo Coren-RJ aponta a existência de 254 cursos técnicos no Estado do Rio. O Cofen estima que há 2.812 cursos técnicos no Brasil – 743 só no Estado de São Paulo.

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Opinião – Crise na obstetrícia: o momento exige cautela

"É evidente o desgaste causado pelas perdas acumuladas ao longo dos anos e pela completa falta de equilíbrio na relação entre médicos e planos de saúde"

A polêmica causada pelo parecer 39/2012 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que trata sobre critérios da disponibilidade obstétrica, levanta cortina de fumaça e desvia o foco dos reais problemas envolvidos na questão. Na verdade, o que assistimos é um triste espetáculo onde os interesses das operadoras de plano de saúde são defendidos, inclusive com a ajuda de setores do governo, cabendo aos médicos e à população se contentar com o que sobra.
Na Obstetrícia, é evidente o desgaste causado pelas perdas acumuladas ao longo dos anos e pela completa falta de equilíbrio na relação entre médicos e planos de saúde. Os valores por consultas e procedimentos têm tido reajustes tímidos, quando são feitos. Em contrapartida, a lucratividade das empresas cresce ano a ano, tornando o setor um dos mais rentáveis da economia.
Os dados não nos deixam mentir. Levantamento realizado pela Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de São Paulo (Sogesp) feito junto a 44 operadoras de planos de saúde revela que elas pagam ao médico, em média, R$ 353,00 pela realização de um parto. Do total, 20 repassam de R$ 160,00 a R$ 300,00 pelo procedimento; outros 21, de R$ 304,00 a R$ 480,00; dois de R$ 528,00 a R$ 660,00; e apenas um o valor de R$ 1.181,40.
Pelo que foi demonstrado, a grande maioria dessas empresas paga ao médico menos que às equipes de gravação contratadas pelas famílias para registrar o parto. A responsabilidade e a disponibilidade recebem recompensa insuficiente, enquanto, por outro lado, a calculadora dos empresários registra continuamente os lucros obtidos com a prevalência dessa visão que privilegia os ganhos de mercado em detrimento da qualidade da assistência e da valorização dos profissionais.
Esta realidade torta, infelizmente, justifica a opção de centenas de colegas em abandonar a prática obstétrica. O fazem como reação à empáfia das operadoras e à indiferença com que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) trata o caso. Outra pesquisa recente, conduzida pelo Datafolha, denuncia a insatisfação em massa dos obstetras.
Sem remuneração e condições de trabalho adequadas, não há paixão que resista. O estudo mostra que 13% dos obstetras entrevistados decidiram abandonar a área, uma constatação séria, que deveria ser levada em conta pelos gestores públicos e privados pelas consequências severas que traz para a qualidade da assistência oferecida.
Com o parecer 39/2012, o CFM procurou contribuir para reduzir este desgaste. No entanto, distorções tendenciosas, que poluem o debate, exigem esclarecimento para afastar a falsa celeuma causada na imprensa, que só interessa aos empresários da saúde suplementar, ao transformar os médicos em vilões, ignorando-se a raiz do problema que gerou tal polêmica.
Para não incorrer no mesmo erro, optamos pelo didatismo. Em primeiro lugar, o parecer do CFM resulta de questionamento feito pela própria ANS, que detectou situações nas quais gestantes (usuárias de planos de saúde) pagavam às obstetras credenciados, que as acompanhavam no pré-natal, valores extras para que o parto fosse realizado por estes profissionais. A dúvida encaminhada foi: este acerto é ético ou não?
O grande mérito do parecer foi definir o caráter antiético dessa forma de recebimento. Ou seja, o honorário do médico não pode ser custeado parte pelo plano de saúde e parte pela paciente. O pagamento deve ter origem em apenas uma fonte. No caso, a mulher receberá um recibo do profissional, que poderá ser usado em pedido de ressarcimento junto à operadora ou para dedução no imposto de renda.
É bom ainda lembrar que a mulher que não optar por esse acompanhamento presencial – com pagamento à parte – poderá fazer todo o seu pré-natal com um médico e fazer o parto com outro, que será disponibilizado em hospital de referência indicado pelo plano de saúde. Esta possibilidade já estará coberta pelo valor pago por ela mensalmente.
Lembramos ainda que o parecer do CFM cumpre papel orientador ao indicar cenários de conforto ético e sugerir comportamentos para evitar transtornos futuros. O texto – sabiamente – libera médicos e pacientes para tomarem suas decisões, apenas inserindo neste contexto as regras do jogo.
Contudo, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) introduziu no último minuto elemento estranho, que ainda precisa ser objeto de análise criteriosa. Ao afirmar em nota que o médico deverá fazer novo contrato com a operadora se acolher a orientação do parecer do CFM, a ANS interfere negativamente nesta relação.
Em nossa avaliação, essa repactuação penalizará o médico ao definir que ele passará a atender todos os procedimentos da segmentação obstétrica descritos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Em outras palavras, esse obstetra ficará refém de um acordo pelo qual será obrigado a estar disponível para o atendimento do parto em qualquer circunstância, faça chuva ou faça Sol, privando-o de seu direito constitucional de ir e vir.
Num contexto, de insatisfação com os valores de honorários e descrédito com as perspectivas profissionais, a ANS e as operadoras colocam os obstetras num campo nebuloso. Certamente, o impacto poderá ser sentido com o aumento abandono da área, inclusive por aqueles que ainda mantêm a esperança de mudanças positivas. Os prováveis problemas na cobertura assistencial causada pela queda no número de profissionais qualificados parecem ignorados.
São aspectos deste tipo que nos levam a recomendar muita cautela aos médicos e às pacientes ao analisar essa polêmica em torno do parecer 39/2012. Historicamente, as decisões tomadas na esfera da saúde suplementar têm prejudicado a estes dois grandes segmentos. Neste momento, no qual interesses midiáticos, econômicos e políticos estão em jogo, o bom senso pede que o tema seja devidamente dissecado para as decisões sejam as melhores.

*Escrito por Desiré Carlos Callegari: conselheiro federal representante do estado de São Paulo, 1º Secretário do CFM (Diretor de Comunicação e da Tecnologia de Informação), ex-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremesp);; diretor adjunto de Tecnologia da Informação da APM Estadual; Superintendente do HEMC da Fundação ABC; Professor Regente da Disciplina de Anestesiologia da Faculdade de Medicina da Fundação ABC

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DIÁRIO DA MANHÃ
Hugo atendeu 610 pessoas neste carnaval

O Hospital de Urgências de Goiânia, Hugo, divulgou nesta quarta-feira, 13, o número de pessoas atendidas no feriado de carnaval. Neste ano foram atendidos 610 pacientes, sendo que 57,2% são moradores de Goiânia, representando 349 pessoas.
Das pessoas atendidas 177 deram entrada como emergência, enquanto que 433 eram de pronto atendimento. O Hugo também atendeu 134 pessoas do interior do Estado de Goiás. Sendo que o maior índice de pacientes do interior são oriundo de Aparecida de Goiânia.
O número de pacientes atendidos de 2012 para 2013 aumentou em 28%. Mas uma das justificativas está no não atendimento do Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia que não estava fazendo atendimento de emergência e pronto atendimento.

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O POPULAR
Hugo
Número de atendimentos cresce mesmo com menos acidentados
Camila Blumenschein

Kariton Ferreira Arruda, de 30 anos, foi esfaqueado na noite de segunda-feira de carnaval enquanto fumava crack, no Setor Balneário Meia Ponte. Ele foi levado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde recebeu atendimento. Este é apenas um dos 54 casos de agressão atendidos no Hugo neste carnaval. O número de atendimentos prestados no Hugo neste feriado aumentou 28% em relação ao mesmo período do ano passado. A quantidade de casos de agressão aumentou 25,6% e de ciclistas feridos cresceu 60%.
Os casos de agressão registrados pelo Hugo compreendem espancamento e ataques realizados com armas de fogo e armas brancas. O que chama a atenção do diretor técnico do hospital, Nasser Tannús, é que o número de pessoas atendidas na unidade de saúde após se ferirem em acidentes de trânsito diminuiu, enquanto o número de casos de acidentes envolvendo bicicleta e de agressão física aumentaram. “Percebemos que a Lei Seca está começando a fazer efeito já que recebemos menos casos de acidentes envolvendo motos e carros. Os acidentes com bicicleta aumentaram, considerando que para conduzir este tipo de veículo os ciclistas não precisam de carteira de habilitação e por isso não são parados nas blitze da Lei Seca”, observa. A Lei Seca, que pune motoristas que associam álcool e direção, passou por mudanças recentemente e está mais rigorosa.
Há outros motivos para o número de casos de acidentes com ciclistas ter aumentado, conforme o médico. “O número de adeptos deste esporte tem aumentado porque a bicicleta não exige o uso de combustível, é econômica. Também foram construídas ciclovias em Goiânia, o que incentiva as pessoas a usarem a bicicleta”, ressalta.
De acordo com o médico, o número de pessoas atendidas em decorrência de acidentes de moto diminuiu 28,6% do carnaval de 2012 para o de 2013. A quantidade de atendidos após acidentes de carro diminuiu 11,8% e o número de atropelamentos caiu 8%. “Concluímos também que os casos de agressões estão aumentando nessa época do ano, o que também é um reflexo do uso de bebida alcoólica e drogas”, destaca.
Apesar do número total de atendimentos ter aumentando no carnaval de 2012 para 2013, nos anos anteriores, desde 2009, a quantidade de atendimentos decresceu. Em 2009 foram 1.230 atendimentos e em 2012 chegou a 476. “No ano passado os números foram mais baixos porque o Hugo enfrentava uma crise no carnaval, o que culminou no desabastecimento do hospital. Muitos pacientes que chegavam eram encaminhados para outras unidades de saúde, o que não aconteceu neste ano”, explica.
Outra explicação de Nasser Tannús para o aumento do número de atendimentos no Hugo no carnaval deste ano é o fato do Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa) não estar realizando atendimentos de urgência e emergência. “O Hugo recebe pacientes de todo o Estado, sendo que nestes quatro dias de feriado, 57% deles eram de Goiânia, 42,6% de outras cidades do interior e 14,2% de Aparecida”, informa.
O número de pacientes de Aparecida de Goiânia atendidos no Hugo neste carnaval aumentou 19% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o diretor técnico do hospital.

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Aids
Procura por exames cresce 50%
Depois do carnaval, muitas pessoas vão aos laboratórios públicos para saber se contraíram a doença
Bárbara Daher

Após as festas de carnaval, a procura pelo teste diagnóstico de Aids aumenta cerca de 50% nos laboratórios da rede pública. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), 16 municípios goianos possuem centros especializados em atendimento, diagnóstico e prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), os chamados Centros de Testagem e Aconselhamento. Em Goiânia, o CTA, localizado no Setor Norte Ferroviário, fornece um aconselhamento em grupo, em reuniões que ocorrem de segunda a sexta-feira, às 9 e às 14 horas, antes de realizar os testes.
“O atendimento é todo gratuito. Quem se expor durante o Carnaval e ficar com alguma dúvida deve procurar o CTA, ouvir a palestra e depois passar pela consulta individual”, explicou Letícia Dogakiuchi, superintendente de DST/Aids da SES. O teste é feito na hora – um hemograma que procura no sangue anticorpos que indiquem a presença do vírus HIV. Porém, se a contaminação ocorreu no Carnaval, o teste feito logo após as festas pode apresentar como resultado o chamado falso negativo.
De acordo com Letícia, o período que o corpo humano leva para combater o vírus da Aids, e assim, apresentar os sinais da presença dele, é de um mês – a chamada janela imunológica. “Nestes casos, se o teste do paciente dá negativo, mas ele foi exposto a condições de transmissão do vírus, agendamos um retorno após 30 dias para um segundo e definitivo teste”, explicou a superintendente da SES. Ela lembra que a melhor ação é a prevenção, com o uso do preservativo, mas, caso isso não ocorra, é importante procurar ajuda médica.
“Se a presença do vírus for diagnosticada cedo, antes da manifestação da doença, o tratamento é muito mais eficaz”, alertou. Isso ocorre porque, em média, um paciente que contrai o vírus HIV pode ficar até 10 anos sem manifestar os sintomas da Aids.

Teste evita novas ocorrências

O exame diagnóstico também evita a transmissão da doença. Sem o teste, e sem a manifestação da Aids, muitas pessoas contaminadas acabam transmitindo o vírus por falta de conhecimento e precaução. Letícia lembra que todo o tratamento para Aids, assim como o teste diagnóstico, é oferecido pela rede pública gratuitamente. Além disso, segundo Letícia Dogakiuchi, a consulta com os profissionais da saúde dos CTAs também pode ajudar a diagnosticar outras DSTs, como sífilis, gonorreia e herpes genital.
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Ajuste dos relógios
Horário de verão acaba à zero hora do próximo domingo
Lúcia Monteiro

O horário brasileiro de verão termina à zero hora do próximo domingo, quando os relógios dos moradores das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste e do Estado do Tocantins devem ser atrasados em uma hora. A previsão da Celg Distribuição era que o horário de verão 2012/2013, iniciado em outubro do ano passado, gerasse uma redução da demanda de ponta do sistema em torno de 3%, ou cerca de 60 megawatts, o equivalente à demanda das cidades de Rio Verde e Santa Helena.
Já a redução de energia era estimada em torno de 0,2%, ou 2.300 megawatts, o equivalente ao consumo mensal de uma cidade do porte de Iporá. O horário de verão é considerado pelo governo uma medida necessária para melhorar a segurança do sistema elétrico, eliminando riscos de sobrecarga no horário de ponta (das 19 horas às 22 horas), quando o consumo aumenta muito.
A expectativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) era economizar R$ 282 milhões, 56% mais que os R$ 180 milhões economizados no ano passado. Isso porque como os dias ficam mais longos com os relógios adiantados em uma hora, a demanda por energia nas casas só aumenta após as 19 horas, quando a luz natural começa a diminuir e o consumo industrial já está caindo.
De acordo com a Celg, quando a demanda diminui, as empresas que operam o sistema nacional conseguem prestar um serviço melhor ao consumidor. Porém, como o dia também está demorando mais para amanhecer, muita gente está saindo de casa às escuras neste mês de fevereiro.
VOOS
Os usuários dos aeroportos com voos programados para o próximo fim de semana devem ficar atentos para o término do horário brasileiro de verão. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a mudança poderá impactar a malha aérea de alguns destinos, prioritariamente as cidades que não sofreram mudanças com o horário de verão. A recomendação é que os usuários verifiquem junto ao atendimento de suas companhias aéreas se seus voos serão alterados.
A partir do decreto de número 6558/08 do Ministério das Minas e Energia (MME), o horário de verão teve o seu período de implantação definido, tendo sempre o seu início no terceiro domingo do mês de outubro e o encerramento no terceiro domingo do mês de fevereiro do ano seguinte. Contudo, se o terceiro domingo de fevereiro cair no carnaval, o horário de verão é prorrogado para o final de semana seguinte.
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O HOJE
Coluna Estilo
Presidente da Associação Médica de Goiás, Rui Gilberto, sempre envolvido com a defesa profissional da categoria, é candidato à presidência do Conselho Regional de Medicina.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação