Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 13/03/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR

Editorial – Carência de UTIs
 

Entre as muitas carências da assistência hospitalar em Goiânia, uma delas vai se tornando um problema crônico e grave, que é a de falta de leitos em unidades de tratamento intensivo para atendimento infantil, principalmente no caso de recém-nascidos.
O problema é muito acentuado em relação ao Hospital Materno-Infantil, que divide essa responsabilidade, no caso de hospitais da rede pública, com o Hospital das Clínicas. Mas ambas as unidades só oferecem oito leitos cada uma e no início desta semana o hospital estava com 34 recém-nascidos precisando do tratamento intensivo.
Existem 73 leitos disponíveis na rede hospitalar particular conveniada, mas quase sempre não é conveniente a transferência de bebês nascidos no Materno-Infantil, por causa dos riscos. A diretoria do Materno está reivindicando pelo menos mais 20 leitos, o que é uma necessidade que não pode deixar de ser atendida pela Secretaria Estadual de Saúde.
Existem muitas outras falhas e carências na rede hospitalar pública de Goiás, mas no caso de assistência infantil elas assumem dimensão mais grave, pois a impossibilidade, por exemplo, de internação em UTI por causa de falta de leitos pode deixar algum paciente recém-nascido em risco de morte ou de ficar com sequelas graves. A assistência à saúde de recém-nascido.
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Materno Infantil
UTI lota por falta de pré-natal, diz secretário

 

Titular da Secretaria Municipal de Saúde aponta também o envio de pacientes de outras cidades como fator que contribui para problema
Pedro Palazzo

A lotação dos 73 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal em Goiânia se deve, entre outros fatores, à falta de pré-natal adequado. Esta é a opinião do secretário municipal de Saúde, Fernando Machado. Somam-se a isso os problemas respiratórios – que aumentam em março e abril -, e o envio de pacientes do interior sem comunicação ao Complexo Regulador da capital. A superlotação do Hospital Materno Infantil trouxe, novamente, o debate à tona. Na segunda-feira, o hospital, que tem 8 leitos na especialidade, chegou a ter 34 crianças com necessidade de atendimento. Às 16h30 de ontem já havia diminuído para 8, o limite de vagas disponíveis.
Profissionais da área afirmam que a variação de pacientes é uma das características do atendimento em terapia intensiva. Parte dos 34 bebês de segunda-feira ou tinham sido transferidos para outras unidades ou deixaram de necessitar de atendimento em UTI. Ao meio-dia, no Materno Infantil havia 18 crianças que necessitavam de UTI mas estavam recebendo atendimento na unidade de cuidados intermediários neonatal (Ucin), adequada para pacientes com menor gravidade. Às 16h30, já não havia nenhum recém-nascido, no hospital, fora do leito adequado.
No início da tarde, o Complexo Regulador tinha 16 crianças na fila, esperando vagas, informa o secretário Fernando Machado. “Durante a manhã eram 20. Varia muito.” O secretário afirma que, em ação conjunta com o Estado, serão disponibilizados mais 45 leitos de UTI neonatal e Ucin, entre eles 5 abertos na semana passada no Hospital da Criança e os 25 a serem abertos em 2 de abril, na Maternidade Dona Iris, do município. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) alega, em nota, “que, dos 55 novos leitos de UTI que serão integralmente financiados pelos cofres estaduais, 11 são neonatais e serão instalados na Maternidade Dona Iris.
Demanda
Fernando Machado afirma que todos os 73 leitos de UTI neonatal regulados pela Prefeitura estão ocupados atualmente. “Estão todos abertos e todos ocupados. Mas com os 45 que vamos criar (incluindo Ucin), resolve a demanda. Mas daqui a um ano vai precisar de novo. Quando se cria serviço e aumenta a qualidade, vêm mais pessoas para serem atendidas.” Ele cita, por exemplo, interesse do Tocantins em enviar mais pacientes para Goiânia.
A falta de UTI neonatal é um problema específico. Pelo fato de a demanda ser variável e, de forma geral, crescente, outros tipos de serviço também podem ficar aquém da necessidade. Às 16h30 de ontem, por exemplo, havia, no Materno Infantil, 11 bebês que precisavam de UTI pediátrica (para crianças acima de 6 meses). O hospital tem 10 leitos desta especialidade.
Atendimento
Ambulâncias traziam, durante a tarde, pacientes de Cachoeira Dourada e Guapó, entre outros municípios, para serem atendidos no Materno Infantil, unidade de referência. Devido à falta de profissionais especializados nas unidades de atendimento primário, pais são encaminhados ou procuram, por iniciativa própria, o hospital.
A teleoperadora Conceilândia Moraes Rocha Melo, de 28 anos, aguardava o resultado dos exames de Ester, de 3 meses. “Ela está com febre e vômito desde domingo. Procurei Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) e Programa de Saúde da Família (PSF) e não consegui atendimento”, diz a mãe.
No domingo, Conceilândia levou Ester ao Cais do Setor Cândida de Morais. “Me disseram que não tinha médico.” Ela seguiu para o Cais do Bairro Goiá. “Lá deram uma dipirona.” Na segunda-feira, a criança ainda passava mal. “Fui ao PSF do Bairro São Francisco, onde moro. Disseram que não tinha profissional e nem previsão para ter.”
A teleoperadora e o pai da criança, o alinhador Adilson Ribeiro Melo, de 25, resolveram ir ao Materno Infantil. “O médico me disse que aqui é só emergência. Falei que tem três dias que ela está passando mal. Ele disse que eu deveria cobrar a presença do médico do bairro. Mas o que eu posso fazer?”, questiona a mãe.
 

Dona Iris vai contratar 18 profissionais
 

O diretor técnico da Maternidade Dona Iris, José Renato Rezende, afirma que estão sendo contratados 18 profissionais (veja quadro ao lado) para a abertura dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal e de unidade de cuidados intensivos neonatal (Ucin). A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) aguarda também a chegada dos últimos equipamentos necessários para colocar as unidades e o laboratório em funcionamento. “A previsão é abrir UTI e Ucin até 2 de abril, mas pode ser que façamos antes”, afirma José Renato.
Ele diz que, com a transferência do laboratório e a abertura das unidades de atendimento a recém-nascidos, serão abertos mais 20 leitos de ginecologia, para atendimento às mães. O secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, afirma que a abertura das vagas de neonatal e de outras 20 – 5 já abertas e 15 a serem disponibilizadas em 2 meses –, a demanda será coberta.
Fernando Machado insiste na necessidade de melhora do acompanhamento pré-natal. “O foco do problema é o mal planejamento pré-natal. Não é falta de leito. Se fizessem o pré-natal adequadamente em todo o Estado – incluindo Goiânia –, com exames de sangue, entre outros, creio que não precisaríamos nem de 50 leitos.” Hoje Goiânia tem 73 vagas.


Situação
O que falta abrir e quando abre

 

Refeitório – dia 20 de março – estava terceirizado e vai começar a funcionar no local
Laboratório – dia 20 de março – estava terceirizado e vai começar a funcionar no local
UTI e Ucin – previsão de abertura dia 2 de abril – 10 vagas de UTI neonatal e 15 de Ucin (5 do método canguru)
20 leitos de Ginecologia – mês de abril, sem dia definido
Contratações
■ UTI
8 pediatras intensivistas
1 pediatra diarista
■ UCIN
8 pediatras neonatalogistas
1 pediatra diarista
■ Os profissionais estão em fase final de credenciamento
■ Chegada de parte da Reservadora de Raios-X, laboratório (falta capacitação dos profissionais pela fábrica. Previsto para início da semana que vem)
s tem de ser olhada como alta prioridade.
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Cartas dos Leitores – UTIs para bebês

 

É muito triste ouvir, ler e ver os noticiários sobre saúde, segurança, transportes, educação, entre outros, no Estado. Por último, vemos a notícia do descaso e da falta de estrutura no Hospital Materno Infantil, onde vidas de crianças estão, a todo momento, sendo colocada em riscos, ora por falta de profissionais, ora por falta de infraestrutura adequada. Na segurança, o que estamos presenciando são assaltos à luz do dia, assassinatos por motivos fúteis, ou seja, estamos reféns do medo, transformando nossas moradias em prisões domiciliares. E a educação, onde começa todo o processo de formação pessoal, de formação do caráter do adolescente, do jovem? Nosso transporte nega comentários, pois estamos totalmente a pé.
E nosso governador? Ou melhor: nossos governantes? Estes sim, fazem vistas grossas a tudo. Ultimamente, o que vemos é um empurrando o problema para o outro e solução que é bom… fica estampado o sofrimento de quem precisa de usufruir dos direitos adquiridos quando pagamos os impostos absurdos.
Outro fato que deixou-me indignado foi quando um cidadão disse que a polícia não tem interesse em investigar os pequenos delitos porque ela prende e a Justiça solta. Por falar em Justiça, é outra que está totalmente obsoleta em suas leis e tomada de decisões, colocando em primeiro lugar os interesses particulares.
O pior de tudo é percebermos que nossos governantes nada fazem para melhorar a situação de caos que ora se instalou em nosso Estado, e que eles estão preocupados apenas com coisas que não dizem respeito à população em si.
Francisco Amorim – Aparecida de Goiânia – GO
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Anápolis
Bebê morre depois de tomar injeção

Paulo Nunes Gonçalves
Êmily Vitória Araújo Souza, de 9 meses, morreu ontem, por volta das 15h30, no Hospital da Criança de Anápolis. Os pais da criança dizem que a morte ocorreu minutos depois dela ter recebido uma injeção de antibiótico na veia, que deveria combater um princípio de pneumonia. Eles ficaram revoltados e afirmaram que Êmily estava bem, rindo e brincando, mas teve uma convulsão assim que o medicamento foi aplicado.
De acordo com a mãe de Êmily, Thays Oliveira de Souza, como o hospital não dispõe de unidade de terapia intensiva (UTI), foram feitas várias ligações para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas o socorro não apareceu. O diretor geral do Samu, Sérgio Marques, disse que não fez o transporte da criança porque ela estava com uma parada cardíaca e não pode transportar pacientes em reanimação. O diretor disse que a unidade chegou a oferecer um médico para ajudar na reanimação, mas infelizmente a criança morreu antes.
O médico responsável pelo caso, Divino Pedroso, que segundo a mãe, já havia atendido a criança por três vezes, não quis falar sobre o assunto, afirmando que só depois de o Instituto Médico Legal (IML) fornecer o laudo é que vai apresentar suas explicações.

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Cheque-caução
Pai de paciente denuncia cobrança

Vandré Abreu

Eduardo Alves de Araújo, de 33 anos, denunciou no 8º Distrito Policial (DP), no Setor Pedro Ludovico, na manhã de ontem o Hospital Lúcio Rebelo por cobrança de dois cheques-caução. Ele tentou internar o filho de 2 anos e 3 meses na unidade de saúde. A cobrança é proibida em casos de urgência e emergência tanto pela lei municipal nº 8242 quanto pela lei federal nº12.653, ou se o paciente é atendido por plano de saúde credenciado. O hospital alega que a pneumonia do paciente foi considerada leve, não sendo caso de urgência e a internação era desnecessária. Além disso, conta que o paciente ainda estava dentro do período de carência, não podendo ser atendido via plano de saúde.
Titular do 8º DP, o delegado Waldir Soares afirma que deve ouvir nesta manhã a funcionária e o médico que atenderam a família. O atendimento ocorreu no dia 5 de março. Soares explica que o período de carência do paciente no Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) – plano de saúde que possuem – não interfere no processo. Em nota, o Ipasgo afirma que ainda havia prazo de carência, mas que não há registro do pedido de internação por conta da urgência.
Eduardo Alves havia levado o filho a outro hospital para uma consulta, na qual foi detectada a pneumonia. A unidade de saúde lhe concedeu um pedido de internação. Com o documento, Eduardo foi até o Hospital Lúcio Rebelo. Na versão de Alves, o médico confirmou a necessidade de internação e a funcionária do hospital pediu dois cheques-caução, de R$ 5 mil cada. Segundo o diretor geral do Lúcio Rebelo, João Antunes de Macedo Neto, o diagnóstico do médico foi de pneumonia leve, sem necessidade de internação.
Macedo Neto informa que o hospital segue a lei municipal e, em casos de urgências e emergências, interna o paciente imediatamente, mas não era o caso do filho de Eduardo. O diretor conta que, com a recusa da internação, Eduardo voltou ao hospital dois dias depois e pediu um orçamento, via particular, sobre a internação pediátrica, documento que teria sido usado na denúncia à polícia. Segundo a versão do pai, o menino foi levado para outro hospital e internado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por três dias. A criança já se encontra em casa, mas requer cuidados.

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Consumo
Preços de remédios devem subir até 6,3%

Brasília – O preço de alguns medicamentos pode subir até 6,31% a partir de 30 de março, segundo estimativa da indústria farmacêutica. Na média, o reajuste deve ficar em 4,59%. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) publicou no Diário Oficial de ontem a fórmula que será usada para definir os porcentuais-limite de reajuste das categorias de medicamentos – são três, que variam de um cenário de maior competição (onde há mais genéricos) para um de pouca competição.
A expectativa agora é que, até dia 30, a CMED oficialize os porcentuais de reajuste – aumento que pode demorar até três meses para ser percebido nas farmácias pelo consumidor. Com base na fórmula apresentada ontem e com o recente resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a indústria estimou os aumentos que serão autorizados: 6,31% para a categoria com maior concorrência, 4,51% para a intermediária e 2,70% para a com quase nenhuma concorrência.
Se todos os produtos forem reajustados segundo o teto permitido, o reajuste médio seria de 4,59%, calcula o setor.
Representantes da indústria dizem, no entanto, que o reajuste máximo não vem sendo praticado por conta do alto grau de concorrência. Assim, o reajuste pode até ser incorporado ao preço, mas há descontos e o preço final acaba sendo mais baixo.
Impostos
Representantes da indústria criticaram a manutenção do patamar de impostos do setor. Eles estimam que, em um cenário sem tantos impostos, em vez de haver reajustes de 2% a 6%, seria possível ter uma redução de 6% a 10% nos preços dos remédios.
“No mesmo dia em que se fala que o “foie gras” vai ser desonerado, sai a fórmula do reajuste dos medicamentos – que poderiam ter um preço menor se fossem comparados ao “foie gras””, disse Antônio Britto, presidente-executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).
Inflação
Apesar de questionamentos sobre se o governo poderia oficializar um reajuste menor que o estimado ou atrasar o reajuste previsto para o dia 30, integrantes do setor dizem não acreditar nessa possibilidade, já que os reajustes reais dos remédios têm sido inferiores à inflação de forma geral.
Em março de 2012, os aumentos autorizados pela CMED foram de 5,85% no grupo de maior concorrência e 2,80% no intermediário e uma redução de preços de 0,25% na categoria com menor competição.
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Coluna Giro –  Magoou
“Marconi ajuda prefeituras ao firmar convênio com hospitais para disponibilizar mais de 50 UTIs. Eu articulei, estou satisfeito, mas Marconi não me citou.” @depjoaocampos, do PSDB.

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O HOJE
Medicamentos podem sofrer reajuste em abril

Órgão que define preço dos remédios no País permite o aumento com a publicação de critérios de recomposição do segmento
André Passos

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) deu carta branca para a indústria de medicamentos aplicar reajustes de preços em três níveis de medicamentos. Embora ainda não haja definição do percentual de reajuste, a publicação dos critérios de composição de fatores para o ajuste de preços de medicamentos, no Diário Oficial da União, possibilita altas a partir do dia 30 de março.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás (Sindifargo), Marçal Henrique Soares, o reajuste é importante para a recomposição de perdas que o setor tem sofrido nos últimos anos. Soares acredita que a alta deve ficar abaixo da inflação, na média de 5%, mas avalia que seria necessário 8% para repor perdas do setor.
“É justo e necessário, mas esse reajuste vem corrigir apenas uma pequena parte dos nossos custos. Só de mão de obra tivemos reajuste de 7%. A energia elétrica ficou 36% mais cara, o frete, a matéria-prima e o dólar também tiveram altas que não foram repassadas”, ressalta. Soares informa ainda que o reajuste depende de uma série de burocracias, mas que, se confirmada a alta, o consumidor começará a perceber a diferença nos preços a partir do início do mês de abril.
O presidente da federação diz ainda que, para o reajuste, é avaliado o índice de produtividade do setor. No caso dos medicamentos de referência, é observado o índice de inflação acumulada no período de março a fevereiro e abatido o índice de produtividade. Nos genéricos o reajuste deve ser aplicado observando o índice global da inflação.
Segundo a publicação, serão consideradas as expectativas de inflação, de ganhos de produtividade das empresas de medicamentos e o preço dos insumos usados na produção dos remédios. Na inflação deverá ser usado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulado entre março de 2011 e fevereiro de 2012, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Peso no bolso dos consumidores
A notícia não agrada ao consumidor, em especial àquele que depende de vários medicamentos, como a dona de casa Maria de Fátima Rodrigues, 59. Ela toma oito tipos de remédio diariamente, alguns mais de uma vez por dia. São para controle da pressão, da tireoide e do nível glicêmico, entre outras enfermidades. “Gasto entre R$ 600 e R$ 700 por mês. É quase toda a aposentadoria do meu marido, que tem que continuar trabalhado para conseguir pagar tudo”, lamenta Rodrigues.
A “novidade” vem logo após a publicação de um estudo da Cmed, em janeiro, dizendo que os preços de remédios caíram 35% em oito anos, por pressão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária Anvisa). Segundo a assessoria de imprensa da Anvisa, a publicação da base de cálculo para o reajuste não significa que haverá alta e a maioria das indústrias acaba não reajustando por causa da concorrência.
No ano passado, mais de 8,8 mil medicamentos de nível 3, como ritalina e antirretroviral Kaleta, não sofreram acréscimo inflacionário e mantiveram seus preços inalterados nas prateleiras das farmácias. Outros quase 15 mil dos níveis 1, como omeprazol e amoxilina e 2, como lidocaína e risperidona, foram reajustados entre 2,8% e 5,85%.
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Cobrança indevida em hospital
Lúcio Rebelo exige cheque-caução para atender criança em situação de emergência, porém ação configura crime
Cejane Pupulin

A direção do Hospital Lúcio Rebelo é acusada por pais de um paciente, e investigada pela Polícia Civil, por exigir cheque-caução para prestar socorro emergencial, ato médico considerado crime desde maio de 2012. No dia 5 de março, o hospital solicitou dois cheques de R$ 5 mil para internar um menino de 2 anos e 3 meses que teve crise de pneumonia. O primeiro cheque seria para pagamento à vista e o segundo para o prazo de três dias.
O pai da criança, Eduardo Alves de Araújo, de 33 anos, registrou a ocorrência no 8º Distrito Policial de Goiânia. Segundo o titular da delegacia, Waldir Soares, ainda hoje a chefe do departamento de internação do hospital será ouvida e, posteriormente, os proprietários da unidade também serão intimados a prestar esclarecimentos na delegacia.
Percurso
No dia 5 de março, o menino apresentava febre e até tremores. A família levou a criança iniciamente ao Hospital Jardim América. Na unidade, uma pediatra o atendeu e exames de raio X e hemograma confirmaram que a criança estava com pneumonia e precisava ser internada.
Como a família tem o plano de saúde do Ipasgo desde dezembro do ano passado, os pais da criança o levaram para o Hospital Lucio Rebelo. Na unidade, outro pediatra confirmou a gravidade do estado de saúde da criança e a encaminhou para a internação.
“Nesse momento, falaram que não poderia interná-lo pelo plano, que estava em período de carência, e solicitaram os cheques. Até mesmo o médico ficou preocupado com o estado do meu filho”, afirma o pai da criança.
Segundo Eduardo, o hospital afirmou que, se a internação fosse acima do valor dos cheques, ele deveria, posteriormente, quitar os débitos, mas se não, o troco seria devolvido. Eduardo afirmou que procurou ajuda na Defensoria Pública. O delegado entrou em contato com a ouvidoria do Ipasgo. Ele foi informado que o plano de saúde da criança não estava mais em período de carência.
Atendimento
Após não conseguir o atendimento adequado para o filho no Lúcio Rebelo, Eduardo levou o menino ao Hospital Materno-Infantil (HMI). Após espera, a criança foi internada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Dom Bosco.
“Como é prática do SUS, o menino ficou internado apenas por três dias”, explica o delegado. Hoje, a criança está em casa e ainda não se recuperou. “Ele precisa tomar medicamentos e fazer uso de aerosol. Tudo depende de Deus. Saúde pública e de planos de saúde não funcionam”, desabafa o pai.
Procon
O Procon Goiás recebeu a denúncia e, em nota, classificou a prática como criminosa, e esclareceu que desde 2004 está em vigência a Lei Municipal nº 8.242, de 7 de janeiro, que proíbe a solicitação do cheque-caução como condição para atendimento médico de emergência e urgência.
O órgão orienta que os consumidores que se depararem com tal prática abusiva acionem a Polícia Militar, por ser conduta tipificada como crime no Código Penal, e compareçam ao Procon com algum comprovante de que o estabelecimento exigiu a garantia. O pedido de caução é ilegal tanto para os usuários de planos de saúde quanto para os que não os possuem. A lei é clara e diz que quando há vida em risco iminente (emergência), o prestador de serviço não pode negar atendimento. Caso haja negativa de atendimento, a pena prevista é de três meses a um ano de detenção, além de multa para o estabelecimento.
Hospital diz que plano estava em carência
O diretor-geral do Hospital Lúcio Rebelo, João Antunes de Macedo Neto, explicou para a reportagem de O HOJE que a unidade hospitalar não é credenciada junto ao Ipasgo para atendimento pediátrico. “Há 35 anos um especialista da área, que é pessoa física, presta o atendimento de urgência”, afirma.
O diretor complementou que o plano não autorizou a internação por estar em período de carência. “Quando o plano não autoriza é como se fosse particular”, explica. Ele complementou que é um problema geral do Ipasgo a falta de pediatras na rede de atendimento.
Também hoje o diretor irá ao distrito policial prestar esclarecimentos. “Vamos levar toda a documentação que temos e vamos reingressar uma ação contra os pais do menino”, explica João Antunes.
Ipasgo
Em nota encaminhada à reportagem, o Ipasgo informou que “Todos os procedimentos previstos pelo Ipasgo Saúde em relação ao segurado foram atendidos. Prova disso são as consultas e os exames feitos no dia 5 de março, que diagnosticaram o quadro de pneumonia. Por força das regras de funcionamento do Ipasgo Saúde, o usuário ainda estava dentro do prazo de carência para internações”.
Também consta na nota que “nos casos de urgência e emergência, a rede credenciada está orientada a propiciar todos os recursos necessários, para o bem-estar dos usuários do Ipasgo Saúde. Em resumo, as carências não valem para estes casos. Não há nenhum registro de pedido de tais procedimentos de internação, em função do caráter emergencial, em nossos sistemas, que funcionam on-line.
Sobre a cobrança de cheque-caução para a internação, o instituto alega que “não orienta e não aceita que o prestador assim proceda. Em relação à também suposta intimação da Polícia Civil, o Ipasgo é transparente, tanto que, informalmente, já prestou, através de seus funcionários, alguns dados sobre o caso. O Ipasgo está abrindo uma sindicância, em função da gravidade do fato, para apurar responsabilidades no caso”, informa.
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PORTAL SAÚDE
Antibiótico Zithromax é potencialmente perigoso segundo FDA

 

A Food and Drug Administration (FDA), agência note-americana que regula medicamentos, publicou um aviso na última segunda-feira, 11, para alertar sobre os riscos do antibiótico azitromicina, comercializado com o nome Zithromax. A utilização pode causar no usuário arritmia cardíaca que pode levar ao óbito.
A nota vai ao encontro do estudo, divulgado em maio de 2012 pelo New England Journal of Medicine, que compara a potencialidade de morte cardiovascular causada por diferentes medicamentos antibacterianos.O medicamento, da Pfizer (bem como suas versões genéricas), teve a maior taxa entre os pesquisados.
A FDA alerta para a alteração no intervalo QT – medida de tempo entre o começo da onda Q e o final da onda T no eletrocardiograma. A irregularidade nas contrações cardíacas é potencialmente perigosa em pacientes com baixos níveis de potássio e/ou magnésio, ritmo cardíaco mais lento do que a normal, usuários de medicamentos para perturbações cardíaca, ou arritmias.
No Brasil, além do Zithromax há as versões genéricas (Azivista e Onazit). Esses remédios tratam vários tipos de infecções, como respiratórias, de pele, de ouvido, e também doenças sexualmente transmissíveis.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação