ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
O POPULAR
Epidemia
Investigados 48 óbitos por dengue
Vandré Abreu
Nas dez primeiras semanas deste ano, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) já registrou 48 óbitos suspeitos de ter a dengue como causa. O número já é mais da metade do atingido em 2010, quando o Estado registrou 93 mortes pela doença, recorde histórico. Na mesma décima semana de 2010, o número de óbitos confirmados era 38. A estimativa da SES-GO é que a epidemia deste ano seja maior do que a registrada em 2010, quando mais de 115 mil casos foram notificados. A expectativa é que 120 mil casos sejam registrados neste ano.
Até o dia 9, em todo Estado, já foram notificados 65.262, mais que o dobro do número de 2012 (31.952). Apenas em Goiânia, o número de casos notificados já é de 32.171 – estão em investigação 14 mortes. Outros 4 óbitos ocorreram em Senador Canedo, 3 em Anápolis, 2 em Trindade, Serranópolis, Piracanjuba, Jataí e Aparecida de Goiânia e outras 17 cidades apresentam 1 óbito cada. Para se ter uma ideia, no ano passado, o número de óbitos suspeitos na semana 10 era de 22 – 12 em Goiânia. Do total, outras 6 cidades tinham registro de óbitos suspeitos.
Coordenador de Controle de Dengue e Febre Amarela da SES-GO, Murilo do Carmo Silva afirma que na terça-feira deve ser divulgado o resultado dos exames que confirmam a causa dos óbitos suspeitos. “As amostras são levadas para o Pará, onde são realizados os exames, por isso a confirmação é mais demorada. O número é surpreendente e nos preocupa.” Em todo o ano de 2012, foram confirmados 43 óbitos por dengue no Estado, sendo 28 em Goiânia.
Silva salienta, no entanto, que não há, ainda, uma epidemia de dengue no Estado. “Existe em municípios isolados, mas não em todo o Estado, concentrado.” Segundo ele, os números são altos em cidades que apresentam características favoráveis à dengue, como a falta de agentes de combate ao mosquito Aedes aegypti, adensamento populacional e maior concentração de chuvas e lixo, que propiciam o acúmulo de água parada. De acordo com o relatório semanal divulgado pela SES-GO, entre a semana 27 de 2012 e a 10 deste ano, 126 municípios goianos são classificados como em situação de alto risco para a doença.
Nos números, se destaca a cidade de Barro Alto, a 249 quilômetros de Goiânia, com 772 casos notificados. O número gera uma estimativa de 8493,78 casos por 100 mil habitantes. Em Goiânia, sétima colocada no ranking estadual em proporção de casos, a estimativa é de 2714,34 por 100 mil habitantes. “Nas últimas semanas tivemos um aumento considerável nos casos no Entorno de Brasília, mas não podemos apontar isso como uma tendência”, diz o coordenador. Silva afirma ainda que a tendência de aumento no número de casos notificados em todo o Estado deve ocorrer até maio, quando começa de fato o período da seca no Estado. Porém, com a volta das chuvas a partir de outubro, há um novo período de aumento nas notificações da doença.
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Governo estadual
Marconi busca parcerias na saúde e infraestrutura
Governador articulou recursos em três ministérios. Prioridade é conclusão de hospitais
Fabiana Pulcineli
Em audiências em Brasília ontem, o governador Marconi Perillo (PSDB) discutiu repasses de recursos e parcerias para as áreas de saúde e infraestrutura no Estado. Ele esteve nos Ministérios do Planejamento, Saúde e Relações Institucionais.
Depois de ter entrado na polêmica das novas divergências do governo goiano com a Eletrobras por conta da Celg, o subchefe de Assuntos Federativos da Presidência da República, o goiano Olavo Noleto (PT), recebeu o governador junto com a ministra Ideli Salvatti e disse que o tucano pode contar com o apoio do governo federal.
Marconi articula parceria para retomar as obras de dois hospitais regionais no Entorno do Distrito Federal, em Santo Antônio do Descoberto e Águas Lindas. Iniciadas pelas prefeituras e paralisadas, as unidades foram requeridas pelo Estado.
Mais adiantado, o hospital de Santo Antônio do Descoberto precisa de R$ 13,7 milhões para a conclusão e outros R$ 32 milhões para aquisição de equipamentos. O investimento necessário no hospital de Águas Lindas é de cerca de R$ 80 milhões para o funcionamento.
“É uma iniciativa louvável e importante do governador. O governo do Estado não precisava fazer isso, mas está fazendo pelo compromisso que tem com a população do Entorno. E pode contar com o apoio do governo federal”, disse Olavo, segundo informações da assessoria de imprensa do governo goiano.
No Ministério de Planejamento, o governador estava acompanhado do prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB). Eles foram solicitar mais recursos para saneamento, além de discutir projetos da área de habitação. O governador relatou que também foi analisado o andamento de obras federais previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“Falamos ainda do VLT e levamos para a ministra o projeto da reformulação da Praça Cívica, que é uma obra muito importante. Nós fizemos o projeto que entrará na proposta da Prefeitura de Goiânia para o PAC das Cidades Históricas”, disse o governador.
No Ministério da Saúde, acompanhado de Maguito e do secretário da Saúde, Antonio Faleiros, o governador solicitou estudos para aumentar o repasse do SUS para atendimentos de média e alta complexidade. A reivindicação é de mais R$ 170 milhões por ano.
Celg
Na quarta-feira, o governador esteve no Ministério de Minas e Energia para discutir possíveis formas de financiamento para investimentos na Celg. Eletrobras e governo estadual afirmam que não farão aportes na companhia, que teve prejuízo recorde no ano passado e piora na prestação de serviços.
Em meio ao jogo de empurra, Olavo Noleto disse pelo Twitter que o governo de Goiás resolveu “lavar as mãos” sobre o problema da Celg. “O governo de Goiás precisa cumprir o combinado. Não adianta disputar quem é o culpado. Temos de resolver o problema”, provocou.
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Cartas dos Leitores – Saúde
Em relação à carta do leitor Francisco Amorim, publicada na quarta-feira, informamos que a Secretaria de Estado da Saúde tem se empenhado, desde 2011, em ampliar a quantidade de leitos destinados às Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) em Goiás. Foram acrescentados em todo Estado 176 leitos, atingindo número preconizado pelo Ministério da Saúde.
Em relação aos leitos de UTIs pediátricos e neonatais, a sobrecarga do Materno Infantil é notória, porque, sozinho recebe todos os pacientes de Goiás e de outros Estados. No entanto, as crianças internadas naquela unidade são assistidas por equipes qualificadas e mesmo não estando em UTIs, são mantidas com monitoramento seguro dos sinais vitais com aparelhagem de apoio em leitos de estabilização e Unidades Intermediárias.
Desde 2011 foram abertas, no Hospital São Judas Tadeu, oito neonatais, quatro pediátricas na Santa Casa de Misericórdia de Anápolis e dez pediátricas em Santa Helena, no Hospital de Urgências da Região Sudoeste. Outros seis leitos pediátricos serão inaugurados no Hospital São Pedro de Alcântara, em Goiás. A SES aguarda a abertura da Maternidade Dona Íris, onde estão mais 20 leitos neonatais, e o pleno funcionamento dos oito leitos previstos para o Hospital das Clínicas para desafogar o Materno.
Maria Cecília Martins Brito
Superintendente das Unidades Assistenciais de Saúde da SES-GO
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O HOJE
Depoimento de médico é contraditório
Depoimento não muda a linha que a PC já estava seguindo, responsabilizando coordenadora e o hospital pelo ato.
Angélica Queiroz
O pediatra Feikazu Pamashiro – que atendeu o menino de 2 anos que não foi internado no Hospital Lúcio Rebelo no dia 5 de março por conta da exigência de um cheque-caução de R$5 mil – foi ouvido ontem como testemunha no 8º Distrito Policial de Goiânia. Ele confirmou que indicou a internação, mas disse que o caso não era de emergência, justificativa dada pela coordenadora de internação do hospital, Kesllye de Siqueira e Silva, ouvida na quarta-feira.
Para o delegado, o depoimento do médico é contraditório. “Como vai internar se não é emergência? Está sobrando leito em hospital, por acaso?,” questiona. Waldir lembra que após não conseguir a internação no Lucio Rebelo, o pai procurou a rede pública e o garoto foi internado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Dom Bosco, onde ficou por três dias. “Hospital público só interna se o caso for grave, se for emergência”, pontua.
Por conta da contradição, o delegado explica que o depoimento do médico não muda a linha que a Polícia Civil já estava seguindo, responsabilizando Kesllye e o hospital pelo ato. A diretoria do hospital deve se apresentar na delegacia hoje pela manhã.
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Depois de farpas, encontro tranquilo
Marconi Perillo visitou vários ministros em Brasília, entre eles dois da área política federal
Charles Daniel
O governador Marconi Perillo (PSDB) visitou ontem dois ministros políticos no Palácio do Planalto, em Brasília: o subchefe de Assuntos Federativos da Presidência da República, Olavo Noleto, e a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Além de tratar de assuntos administrativos, a visita serviu também para aliviar a tensão verificada nos últimos dias entre o governo goiano e setores do governo federal.
A temperatura havia esquentado na terça-feira, quando Olavo disse que o governo de Goiás precisa “cumprir o combinado”, ao comentar pelo Twitter as declarações do chefe do Poder Executivo estadual sobre a ausência de investimentosda Eletrobras na Celg. Pelas declarações após o encontro de ontem, os ânimos foram apaziguados.
A informação oficial é de que a visita de ontem teve o intuito de pedir ao goiano Olavo Noleto ajuda para acelerar a liberação de verbas do Ministério da Saúde para o término dos Hospitais de Santo Antônio do Descoberto e de Águas Lindas. No entanto, o encontro teve também a conotação de suavizar o tom criado em virtude das declarações de ambos acerca de falta investimentos da Eletrobras na companhia energética goiana, segundo uma fonte do Palácio das Esmeraldas.
Para tratar do assunto Celg/Eletrobrás, o governador esteve reunido com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, quarta-feira, em Brasília. Na ocasião, ele assegurou que não há a mínima possibilidade de investimentos do Estado na companhia, uma vez que o governo não possui o controle administrativo e por ser o acionista minoritário. Um dia antes, a Eletrobrás declarou que não realizará aporte de recursos antes de ser a sócia majoritária, formalmente.
Hospitais regionais
Ontem, Marconi visitou também a ministra do Planejamento, Miriam Aparecida Belchior, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Está em curso uma negociação entre o Estado, através da Secretaria de Saúde, e o Ministério da Saúde, que disponibilizaria mais dois hospitais regionais para o do Entorno do Distrito Federal. Seria, no caso, a retomada das obras de construção dos hospitais de Santo Antônio do Descoberto e Águas Lindas de Goiás. As duas unidades foram requeridas pelo Estado junto às prefeituras das duas cidades, para que sejam concluídas e equipadas.
Atendendo ao pedido de ajuda do governador, Olavo Noleto garantiu que Goiás terá o apoio necessário do Ministério da Saúde para colocar os dois hospitais em funcionamento. “No caso do hospital de Santo Antonio do Descoberto, o processo já está bem avançado. Quanto ao de Águas Lindas de Goiás, o Ministério da Saúde realiza estudos para definir o quantitativo de recursos para o seu término”, disse.
O hospital de Santo Antônio do Descoberto requer o aporte de R$ 13,7 milhões para o término das obras e outros R$ 32 milhões para aquisição de equipamentos. Para o de Águas Lindas, cujas obras físicas encontram-se em fase inicial, o montante de recursos será bem maior, da ordem de R$ 80 milhões para término da construção e aquisição de equipamentos.
“É uma iniciativa louvável e importante do governador. O governo do Estado não precisava fazer isso, mas está fazendo pelo compromisso que tem com a população do entorno. E pode contar com o apoio do governo federal”, salientou Noleto.
“Estamos assumindo a responsabilidade de terminar as obras e equipar esses hospitais. Eles foram iniciados pelas prefeituras, mas há muitos anos tiveram suas obras paralisadas. São obras importantes e que atenderão dignamente uma grande parcela da população do entorno”, disse Marconi
Na audiência com a ministra de Planejamento, Orçamento e Gestão, Míriam Belchior, Marconi estava acompanhado do prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela. “Solicitamos recursos para obras de saneamento básico em Aparecida. A cidade tem pouco esgoto e nós queremos, em pouco tempo, universalizar esses serviços”, disse Maguito.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação